HOMILIA PRONUNCIADA NA SANTA MISSA DO DIA 1.º DE

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Ano VI - Nº 85 - Fevereiro 2014
(Ein Karen – Igreja da Visitação)
HOMILIA PRONUNCIADA NA SANTA MISSA
DO DIA 1.º DE JANEIRO DE 2014
Na Solenidade da Maternidade Divina de Maria, no dia 1.º de janeiro de
2014, pronunciei a homilia que transcrevo abaixo. Resolvi publicá-la porque
talvez nos ajude a refletir um pouco mais sobre a nossa comunidade. Peço
desculpas, porque resolvi manter o tom mais coloquial em que ela foi feita:
Nós estamos celebrando hoje a Oitava do Natal
São duas as festas do ano que nós
celebramos durante oito dias. Uma é a
Páscoa, que é a festa mais importante
do ano litúrgico e da qual derivam todas
as demais. Outra é o Natal. Por que celebrar o Natal durante oito dias? Porque,
de acordo com a Lei, quando nascia um
menino, no oitavo dia, os pais davam o
nome à criança e ela era circuncidada.
A mãe podia receber visitas, ainda que
estivesse no seu período de purificação,
que durava quarenta dias.
Ao celebrarmos hoje a Oitava do
Natal, ela coincide com duas coisas: o
início do ano civil e a comemoração da
Fraternidade Universal.
Para nós, cristãos, a data vai mais
além: celebramos a Maternidade Divina
de Maria.
É interessante observarmos que,
em Israel, todas as representações
da Virgem são com o Menino. Uma ou
outra, raramente e muito raramente,
a Virgem é representada sozinha.
Sempre com o Menino no colo. Por
quê? Porque, para eles, a Maternidade
Divina de Maria é a festa mariana mais
importante do ano de todo o Mistério
de Maria.
Vamos refletir um pouco sobre a
festa de hoje.
Não vou usar os textos apresentados
pela Liturgia da Palavra. Vou usar um
outro texto, que está no Evangelho de
João, no capítulo 2.
Uma pessoa me chamou a atenção
para uma coisa que eu não tinha percebido.
O Evangelho de João tem a narrativa
das bodas de Caná, nos versículos 1
a 11 do capítulo 2. Na festa, acabou o
vinho. Nossa Senhora diz para Jesus:
“Eles não têm mais vinho.” Gostaria
que notassem que Nossa Senhora não
falou mais com Jesus depois disso.
Ela só mandou que os garçons fizesContinuação pág 02.
2
sem o que Ele mandasse. E Jesus,
então, transforma a água em vinho. A
gente costuma ler aqui Nossa Senhora
pedindo para Jesus fazer alguma coisa.
NÃO TEM PEDIDO. Nossa Senhora não
pede para Jesus fazer o milagre. Ela
apenas diz para Ele: “Eles não têm mais
vinho.” E não precisaria dizer mais do
que isto. Por quê? Porque, sendo mãe
dele, sabendo quem Ele era, mesmo
que ela não tivesse uma clareza total
de quem era Jesus, o coração dela batia
em sintonia com o coração de Jesus.
Vocês, que são mãe, sabem disso,
porque o coração da mãe sempre bate
em sintonia com o coração de seus
filhos. Isto é, bate no mesmo tom. Não
bate só no mesmo tom. Bate em sintonia
e em sincronia, no mesmo tempo. Sin:
igual, cronos: tempo. No mesmo tom e
no mesmo tempo. Daí, ser interessante
notarmos que ao longo de toda a história
de Jesus, em que a gente lembra o Mistério de Maria, é isto mesmo que a gente
vai percebendo e foi para isso que me
chamaram a atenção: sobre a sintonia
e a sincronia do coração de Maria com
o coração de Jesus e do coração de
Jesus com o coração da Mãe dele, de
modo que não precisavam nem falar.
Simplesmente a coisa (comunicação)
acontecia.
É aí, então, que a coisa me chamou
mais atenção. Porque é o que nos falta.
Nos falta, primeiro, fazer o nosso
coração bater em sintonia e em sincronia com o coração de Jesus. Não tem
aquela jaculatória que nós rezamos: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei
meu coração semelhante ao vosso”? É
meio mentira isso que a gente reza. Por
quê? Porque nós temos uma dificuldade
muito grande em fazer o nosso coração
bater em sintonia e em sincronia com
o coração de Jesus. Por isso, muitas
vezes, não conseguimos compreender
as coisas nem os outros ou perdemos
as coisas e pessoas porque falta isto aí.
Aí, então, temos o outro lado. Se não
conseguimos fazer o nosso coração
bater em sintonia e em sincronia com
Fevereiro 2014
o coração de Jesus, nós não vamos
conseguir fazer o nosso coração bater
em sintonia e em sincronia entre nós.
E, a partir do momento em que cada
um toca num tom ou num andamento,
nós perdemos a beleza da música. A
imagem que me vem à cabeça é a de
uma grande orquestra. Uma orquestra tem, mais ou menos, de 70 a 80
componentes. Temos vários grupos de
instrumentos: as cordas, as madeiras,
os metais, os tímpanos. E temos o regente, que faz com que todos aqueles
instrumentos, apesar de pertencerem
a famílias diferentes, toquem uma bela
obra de arte, uma bela música, em
harmonia. Se um instrumento desafina,
a gente logo percebe e a obra foi estragada. Se um instrumento toca num
andamento diferente do que a orquestra
está tocando, a gente diz: “opa, saiu
fora.” Isto geralmente acontece porque
o músico deixou de prestar atenção no
regente. Jesus é o grande regente e nós
os instrumentos da orquestra. Às vezes,
desafinamos, estamos fora do tom, ou
estamos fora do andamento do restante
da orquestra. Aí, a gente estraga toda a
obra. Isto acontece todas as vezes que
não conseguimos nem sintonizar nem
sincronizar com o coração de Jesus e
entre nós. Deixamos de prestar atenção
no regente!
Ou desafinamos ou estamos fora do
andamento no nosso trabalho, ou seja,
não conseguimos nem sintonizar nem
sincronizar nosso coração com aqueles
que trabalham conosco. Aí acontecem
todos os estragos que a gente sabe
que faz quando um instrumento bate
diferente dos outros ou desafina. Isto
vale para todas as nossas realidades.
Nós estamos no início do ano. Estamos começando ano sob a proteção
de Maria. Esta talvez seja a grande
graça que devemos pedir para este
ano: APRENDERMOS A SINTONIZAR
E A SINCRONIZAR NOSSO CORAÇÃO
COM O CORAÇÃO DE JESUS, PARA
PODERMOS SINTONIZAR E SINCRONIZAR NOSSO CORAÇÃO EN-
TRE NÓS.
Seremos mais felizes na nossa casa,
no nosso trabalho, com nossos amigos
e faremos mais felizes os que convivem
conosco e faremos melhor a nossa comunidade. Esta é a grande graça que
vamos pedir hoje. Temos um ano inteiro
para experimentar isso, para buscar
viver isso. Condição nós temos porque
Deus nos dá todas as condições. Basta
termos coragem de encarar, porque,
senão, os estragos continuarão a acontecer na nossa vida, na vida dos outros
e na vida da comunidade.
Então, que Nossa Senhora apure
os nossos ouvidos para que nós possamos, cada vez mais, sintonizar e
sincronizar nosso coração com o do
seu Filho, como ela o fez e não precisou
pedir. A intimidade era grande, a sintonia
e sincronia eram tão perfeitas que não
precisou pedir, bastou dizer: “Eles não
têm mais vinho” e Jesus realizou o que
ia no coração de sua Mãe.
Que bom seria se nós tivéssemos
também esse comportamento que Maria
teve em relação a Jesus e estaríamos
realmente celebrando do Dia Mundial
da Paz e da Fraternidade Universal.
Poderíamos ter um mundo em paz e
viveríamos como irmãos.
Pode ser uma utopia? Pode ser.
Pode ser que alcancemos, pode ser
que não. Mas, se não alcançarmos,
podemos ter certeza absoluta que a
culpa não é de Deus, mas porque colocamos nosso coração fora da sintonia
e sincronia com o coração de Jesus. Se
o colocarmos, então será verdadeira a
nossa oração: “Jesus, manso e humilde
de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso.”
Um último lembrete: o coração orgulhoso não consegue nem sintonizar nem
sincronizar seu coração com o de Jesus
e sempre estragará a música.
Feliz Ano Novo para todos, sob a
proteção da Virgem Mãe de Deus!
Pe. LUIZ HENRIQUE BUGNOLO
Pároco
EXPEDIENTE
Equipe Pax et Bonum!
Conselho: Pe. Luiz H. Bugnolo,
Elenice Ferro da Silva.
Diagramação e Impressão: Gráfica e Editora Lima | Fone: (16) 3663-5066 | Rua Vice.
Pref. Otaviano Riul, 911 - Centro - CEP:
14680-000 - Jaridnópolis/SP.
Tiragem: 1.000 exemplares
Distribuição Gratuita.
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Fevereiro 2014
COLUNA SEMEAR
SAMBA, MÚSICA E REFLEXÃO:
UMA EXCELENTE COMBINAÇÃO PARA A FESTIVIDADE DO CRISTÃO
O carnaval caracteriza-se como
uma grande festividade comemorada
no Brasil todo por grande parte das
raças, sexos e idades. É um evento
que marca a identidade de nosso país
e, ao contrário do que muitos pensam,
possui uma longa história e relação com
a nossa religião.
O evento originou-se na Antiguidade,
período em que os povos utilizavam
este festejo para celebrar as grandes
colheitas.
Na Idade Média, a festividade foi incorporada pela Igreja Católica, marcando o período que antecede a Quaresma.
Recorrendo-se ao significado do
termo “carnaval” é possível estabelecer
sua ligação com nossa fé. A palavra significa “adeus à carne” ou “a carne nada
vale” e por isso a comemoração revela
a última oportunidade de comer carne
antes do período de jejum e abstinência
que marca a Quaresma. Nesse sentido,
a festividade representa um momento
de grande alegria e celebração, que
posteriormente dará início a um tempo
de reflexão espiritual para consolidação
da nossa fé.
Já na Idade Moderna, o carnaval
ganhou novas características quando
surgiram os bailes de máscara, as fantasias e os carros alegóricos.
Em relação ao nosso país, o carnaval
chegou por volta de 1723 sob influência
europeia, realizando-se por meio de
pessoas mascaradas e fantasiadas. A
festa ganhou mais destaque ainda com
a chegada dos portugueses ao Brasil,
no século XIX, e começou a evoluir com
a participação das classes mais ricas.
Entretanto, o famoso samba que marca
essa festividade ainda não fazia parte
da comemoração.
Dessa forma, o carnaval tornou-se a
festa mais popular adotada pelos brasileiros, ganhando muitos adeptos e crescendo em quantidade de participantes
e diversidade de fantasias, músicas e
comemorações.
Nesse sentido, o carnaval pode
e deve ser festejado pelos católicos,
aproveitando-se a oportunidade para
se reunir com a família, amigos, fazer
viagens ou descansar, não esquecendose jamais de celebrar este momento de
alegria com responsabilidade, consciência e a devida reflexão que a comemoração exige.
Os jovens em especial gostam de
aproveitar esta data para participar de
festas, micaretas e outros eventos com
os amigos, o que não se constitui como
problema algum. Contudo, é necessário
lembrar que nosso corpo é o templo de
Deus e nossa vida é obra de sua divina
graça, por isso devem ser respeitados e conservados, não podendo ser
prejudicados pelo consumo excessivo
de bebidas alcoólicas ou desejo carnal
desregrado, pois isso sim desagrada
a Deus.
Portanto, jovens, curtam, divirtam-se
e acima de tudo aproveitem bastante
este período de festividades, mas sempre com responsabilidade e seguindo os
princípios de um espírito cristão.
Marina Brunherotti e Vinicius Lopes
Integrantes do grupo de jovens SEMEAR
Carnaval versus catolicismo: exite alguma relação?
A festividade deve ser acompanhada pela reflexão do cristão.
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Fevereiro 2014
RETOMADA DAS AULAS NO CEARP
Mantendo que já começamos no
ano passado, nosso calendário escolar continuará a ter 100 dias letivos em
cada semestre.
Por este motivo, neste ano, nossas
atividades no CEARP serão retomadas também mais cedo.
O início do ano letivo será no dia
03 de fevereiro, com a celebração
d a M i s s a V o t i v a a o E spírito
Santo, às 9 h, na Capela Central de
nosso Seminário, em Brodowski, a
ser presidida pelo nosso Arcebispo,
Dom Moacir, e concelebrada pelos
Senhores Bispos e Super i o r e s d e
Co n g rega ç ã o q u e ma n t ê m alunos no nosso instituto, e pelos demais
padres professores, com a participação das professoras e professores
leigos, funcionários e alunos.
Diferentemente dos anos anteriores, porém, neste ano não teremos
a aula inaugural após a missa.
Logo após a celebração, Pe. Nílton, Reitor, e Pe. Paulo Fernando,
Coordenador do Curso de Teologia,
conduzirão uma reunião, na qual
serão apresentados os objetivos
a s e r e m a l c a nçado ao longo deste
ano.
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Pastoral em Conversão
Pastoral em conversão é um título
que encontramos no capítulo I da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium
do Papa Francisco. Mas não é só um
título, é um apelo para todos e cada
um de nós comprometidos na ação
pastora da Igreja. O Papa espera que
todas as comunidades se esforcem
por atuar os meios necessários para
avançar no caminho duma conversão
pastoral e missionária, que não pode
deixar as coisas como estão (EG, 25).
Isso deve questionar-nos em nossa
ação pastoral. E ele continua: Neste
momento, não nos serve uma simples
administração. Constituamo-nos em
estado permanente de missão, em
todas as regiões da terra (idem). Eis
um apelo para avançarmos no nosso
projeto Ser Igreja em Missão (SIM).
Lembra o Papa que a conversão
eclesial já foi pedida pelo Concílio
Vaticanos II: Toda a renovação da
Igreja consiste essencialmente numa
maior fidelidade à própria vocação.
(…) A Igreja peregrina é chamada por
Cristo a esta reforma perene. Como
instituição humana e terrena, a Igreja
necessita perpetuamente desta reforma (Decreto UnitatisRedintegratio,
6). A Igreja que somos nós necessita
desta reforma perene, isto é, de conversão permanente, para podermos
ser uma Igreja em estado permanente
de missão.
O Papa apresenta um sonho, que
deve ser também o sonho de todos
e cada um de nós. Ele diz: Sonho
com uma opção missionária capaz
de transformar tudo, para que os
costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se
tornem um canal proporcionado mais
à evangelização do mundo atual que à
autopreservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige,
só se pode entender neste sentido:
fazer com que todas elas se tornem
mais missionárias, que a pastoral
ordinária em todas as suas instâncias
seja mais comunicativa e aberta, que
coloque os agentes pastorais em atitude constante de «saída» e, assim,
favoreça a resposta positiva de todos
aqueles a quem Jesus oferece a sua
amizade (EG, 27).
Em seguida, o Papa chama a atenção para a estrutura paroquial e
afirma: A paróquia é presença eclesial
no território, âmbito para a escuta da
Palavra, o crescimento da vida cristã,
o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração.
Através de todas as suas atividades,
a paróquia incentiva e forma os seus
membros para serem agentes da
evangelização. É comunidade de
comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a
caminhar, e centro de constante envio
missionário. Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu
suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo
âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente
para a missão (EG, 28). Que apelos
este ensinamento papal faz para
as nossas
paróquias?
A Igreja
p a r t i c u l a r,
a Arquidio c e s e ,
também é
chamada à
conversão missionária. Ela é o sujeito
primário da evangelização, enquanto
é a manifestação concreta da única
Igreja num lugar da terra e, nela, está
verdadeiramente presente e opera a
Igreja de Cristo, una, santa, católica
e apostólica. É a Igreja encarnada
num espaço concreto, dotada de todos os meios de salvação dados por
Cristo, mas com um rosto local (EG,
30). Francisco faz um apelo: exorto
também cada uma das Igrejas particulares a entrar decididamente num processo de discernimento, purificação e
reforma (idem).
Por fim, o Papa recorda que o Bispo
deve favorecer sempre a comunhão
missionária na sua Igreja diocesana,
seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes
tinham um só coração e uma só alma
[cf. At 4, 32] (EG, 31).
Deixemos o apelo à conversão
conduzir a nossa reflexão e a nossa
ação.
Dom Moacir Silva
Arcebispo Metropolitano
São Bras - Dia 3
São Brás nasceu na Armênia, foi
médico e depois bispo de Sebaste,
onde sofreu o martírio por não sacrificar aos deuses pagãos. É invocado
especialmente contra as doenças da
garganta. É considerado protetor da
garganta porque consta que uma mãe
aflita jogou-se aos seus pés pedindo
que socorresse o filho, que agonizava
engasgado com uma espinha de peixe
atravessada. O santo rezou, fez o
sinal da cruz sobre o menino e este se
levantou milagrosa e imediatamente
como se nada lhe tivesse acontecido.
São Brás é venerado no Oriente
e Ocidente com a mesma intensi-
dade ao longo de séculos e, até
hoje, mães aflitas recorrem à sua
intercessão quando um filho se engasga ou apresenta problemas de
garganta. A bênção de São Brás é
procurada principalmente por quem
tem problemas nesta parte do corpo,
e é ministrada em muitas igrejas do
mundo cristão.
O padre Bugnolo irá celebrar Missa com a benção da garganta dia 3 às
19:30 horas.
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Fevereiro 2014
FESTA DA CÁTEDRA DE SÃO PEDRO
No dia 22 de fevereiro celebramos a Festa da Cátedra de São Pedro.
Esta festa é celebrada como sinal da unidade da Igreja, fundada sobre o
apóstolo.
Para tanto, podemos nos recordar
de duas passagens do Evangelho,
nas quais Jesus trata de São
Pe d ro c om o aquel e que d e tém
o poder das chaves.
A primeira está no Evangelho de
Mateus, capítulo 16, versículos 13 a
20. No versículo 18 Jesus diz a Pedro:
“Tu és Pedro o sobre esta pedra
edificarei a minha Igreja”. No
v e rs í c u l o 19 acrescenta: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo
o que tu ligares na terra será lidado
nos céus e tudo o que tu desligares na
terra será desligado nos céus.”
A outra passagem está no Evangelho de Lucas: “Simão, Simão, eis
que Satanás pediu insistentemente
para vos peneirar como trigo; eu,
porém, orei por ti para que a tua fé
não desfaleça. Quando, porém, te
converteres, confirma teus irmãos”
(Lc 22, 31-32).
“É à luz da parábola do Bom
Pastor (Jo 10, 1-228) que se deve
compreender essa missão. O bom
pastor salva ovelhas, reunidas num só
rebanho (10, 16; 11, 52), e estas têm
a vida em abundância; por elas ele dá
até sua própria vida (10, 11); por isso,
ao anuncia r a P e d r o s e u f u t u r o
martírio, Cristo acrescenta:
‘ S e g u e - m e ’ . S e P e d r o d e ve
andar na trilha de seu Mestre, é não
só dando a própria vida, mas comunicando a vida eterna a suas ovelhas, a
fim de que elas jamais pereçam (10,
2 8 )” - L A M ARCHE, P., ve rbete
Pedro in LÉON-DUFOUR, X.
( d i r. ) , Vo c a b u l á r io de Teologia
Bíblica, coluna 750.
Assim, pelo mandato de Cristo,
o Papa, sucessor de Pedro, tem a
mesma missão: nos confirmar na fé.
Mas, para isso, o Sucessor de
Pedro, o P a pa, tem que ter sempre
claro que, mais que um poder comum
a qualquer o u t r o g o v e r n a n t e n a
Te rra , e le t e m o d e v e r d e presidir à Igreja de Cristo na caridade,
conforme nos ensina Santo Inácio de
Antioquia na sua Carta aos Romanos.
Aliás, esta está sendo a grande
lição o atu a l S u c e s s o r d e S ã o
P e d ro , o P a p a F ra n cisco, nos dá
para a Igreja de hoje.
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FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR
No dia 2 de fevereiro dá-se a celebração da Festa da Apresentação do Senhor
Ela é celebrada quarenta dias
depois do Natal. Quarenta dias era
o período durante o qual a mulher
permanecia impura depois de um
parto.
Nosso povo tem uma grande
devoção por esta festa, conhecida
popularmente com o nome de Festa
de Nossa Senhora das Candeias (ou
Nossa Senhora dos Navegantes ou
Nossa Senhora da Luz). A palavra
candeia significa lamparina, vela,
tocha, ou seja, tudo o que serve para
iluminar.
Segundo a lei mosaica, todo filho varão
deve ser apresentado no
Templo após quarenta
dias do seu nascimento
(Lv 12, 1-4), onde a mãe
é submetida a um ritual
de purificação. Nossa
Senhora se submeteu a
essa lei, apresentando o
menino Jesus no Templo
(Lv 12, 6-8).
Esta festividade dos
luzeiros foi denominada
“Candeias”, porque ainda
hoje percorre-se o caminho que Maria fez até o
Templo. Os fiéis seguem
em procissão, levando
nas mãos velas acessas.
Por isso, ainda hoje, velas são
levadas para serem abençoadas na
Missa da Festa.
“Do mesmo modo que a Mãe de
Deus, Virgem Imaculada, trouxe
nos braços a verdadeira luz e se fez
presente aos que jaziam nas trevas,
igualmente nós, à luz de sua presença, que a todos ilumina, apressemonos por nos encontrar com aquele
que é a verdadeira luz. Realmente,
‘a luz veio ao mundo’ e espancou as
trevas que o cobriam; ‘e visitou-nos o
Oriente vindo do alto’ e resplandeceu
para aqueles que se sentavam na
escuridão. É nosso este mistério;
por isto, caminhamos com lâmpadas nas mãos; por isto, portadores
de luz, acorremos, simbolizando
assim a luz que brilhou para nós;
e também como sinal do esplendor
que dele nos virá no futuro. Por
este motivo, corramos juntamente,
vamos todos ao encontro de Deus.
Chegou a verdadeira luz, ‘que ilumina todo homem que vem a este
mundo’. Por isso, irmãos, sejamos
todos iluminados, todos refulgentes”
(SÃO SOFRÔNIO, BISPO, Sermões
in Liturgia das Horas – Ofício das
Leituras, São Paulo: Paulinas, 1978,
pp. 1305-1306).
Na apresentação do Senhor,
Simeão e Ana falam das belezas que
viriam daquele menino que estava
sendo apresentado, sem deixar de
falar das dores pelas quais passariam ele e sua mãe (Lc 2, 22-40).
Que cada um de nós seja realmente portador da luz de Deus neste
mundo tão dominado pela escuridão
que se apresenta diante de nós nos
dias atuais, afinal nós somos o sal
da terra e a luz do mundo (Mt 5, 13).
Pe. Luiz Henrique Bugnolo
Pároco
8
Fevereiro 2014
Um Santo para cada dia:
01 – São Severo
02 – Apresentação do Senhor
03 – São Bras
04 – São João de Brito
05 – Santa Águeda
06 – São Paulo Miki
07 – Santa Eugenia
08 – São Jeronimo Emiliano
09 – V Domingo do Tempo Comum
10 – Santa Escolástica
11 – Nossa Senhora de Lourdes
12 – São Etevaldo
13 – São Martiniano
14 – Santos Cirilo e Metódio
15 – Santa Geórgia
16 – VI Domingo do Tempo Comum
17 – São Raimundo
18 – Santa Bernadete
19 – São Bonifácio
20 – Santo Eleutério
21 – São Pedro Damião
22 – Catedra de São Pedro
23 – VII Domingo do Tempo Comum
24 – São Sérgio
25 – Santa Valéria
26 – São Porfírio
27 – São Gabriel da Virgem
28 – São Romão
Mc 4,35-41
Lc 2,22-40
Mc 5,1-20
Mc 5,21-43
Mc 6,1-6
Mc 6,7-13
Mc 6,14-29
Mc 6,30-34
Mt 5,13-16
Mc 6,53-56
Mc 7,1-13
Mc 7,14-23
Mc 7,24-30
Mc 7,31-37
Mc 8,1-10
Mt 5,17-37
Mc 8,11-13
Mc 8,14-21
Mc 8,22-26
Mc 8,27-33
Mc 8,34-9,1
Mt 16,13-19
Mt 5,38-48
Mc 9,14-29
Mc 9,29-36
Mc 9,38-40
Mc 9,41-50
Mc 10,1-12
“Santos e Santas de Deus, rogai por nós!
Catequisandos Aniversariantes do Mês:
06 – Diego Henrique G. Santos
18 – Bruno Axel dos Santos da Silva
20 – Anna Júlia Silva E. Gonçalves
21 – Matheus Ramos Ribeiro
25 – João Pedro Borges Nicoletti
26 – Rafael Gomes P. Silva
28 – Gabrielle de O. Bonfá
29 – Tamires Caroline Moreti
31 – Luccas Kelvyn M. Deserto com
Parabéns
as bençãos de Deus!
Catequese 2014
Continuamos com as inscrições e rematrículas para Catequese . Procurar a secretaria da Paróquia para informações.
Os encontros começam dia 10 de março com uma reunião
do padre com os pais dos catequizandos às 20 horas na Igreja
onde serão fornecidas todas as informações.
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