Ano VI - Nº 85 - Fevereiro 2014 (Ein Karen – Igreja da Visitação) HOMILIA PRONUNCIADA NA SANTA MISSA DO DIA 1.º DE JANEIRO DE 2014 Na Solenidade da Maternidade Divina de Maria, no dia 1.º de janeiro de 2014, pronunciei a homilia que transcrevo abaixo. Resolvi publicá-la porque talvez nos ajude a refletir um pouco mais sobre a nossa comunidade. Peço desculpas, porque resolvi manter o tom mais coloquial em que ela foi feita: Nós estamos celebrando hoje a Oitava do Natal São duas as festas do ano que nós celebramos durante oito dias. Uma é a Páscoa, que é a festa mais importante do ano litúrgico e da qual derivam todas as demais. Outra é o Natal. Por que celebrar o Natal durante oito dias? Porque, de acordo com a Lei, quando nascia um menino, no oitavo dia, os pais davam o nome à criança e ela era circuncidada. A mãe podia receber visitas, ainda que estivesse no seu período de purificação, que durava quarenta dias. Ao celebrarmos hoje a Oitava do Natal, ela coincide com duas coisas: o início do ano civil e a comemoração da Fraternidade Universal. Para nós, cristãos, a data vai mais além: celebramos a Maternidade Divina de Maria. É interessante observarmos que, em Israel, todas as representações da Virgem são com o Menino. Uma ou outra, raramente e muito raramente, a Virgem é representada sozinha. Sempre com o Menino no colo. Por quê? Porque, para eles, a Maternidade Divina de Maria é a festa mariana mais importante do ano de todo o Mistério de Maria. Vamos refletir um pouco sobre a festa de hoje. Não vou usar os textos apresentados pela Liturgia da Palavra. Vou usar um outro texto, que está no Evangelho de João, no capítulo 2. Uma pessoa me chamou a atenção para uma coisa que eu não tinha percebido. O Evangelho de João tem a narrativa das bodas de Caná, nos versículos 1 a 11 do capítulo 2. Na festa, acabou o vinho. Nossa Senhora diz para Jesus: “Eles não têm mais vinho.” Gostaria que notassem que Nossa Senhora não falou mais com Jesus depois disso. Ela só mandou que os garçons fizesContinuação pág 02. 2 sem o que Ele mandasse. E Jesus, então, transforma a água em vinho. A gente costuma ler aqui Nossa Senhora pedindo para Jesus fazer alguma coisa. NÃO TEM PEDIDO. Nossa Senhora não pede para Jesus fazer o milagre. Ela apenas diz para Ele: “Eles não têm mais vinho.” E não precisaria dizer mais do que isto. Por quê? Porque, sendo mãe dele, sabendo quem Ele era, mesmo que ela não tivesse uma clareza total de quem era Jesus, o coração dela batia em sintonia com o coração de Jesus. Vocês, que são mãe, sabem disso, porque o coração da mãe sempre bate em sintonia com o coração de seus filhos. Isto é, bate no mesmo tom. Não bate só no mesmo tom. Bate em sintonia e em sincronia, no mesmo tempo. Sin: igual, cronos: tempo. No mesmo tom e no mesmo tempo. Daí, ser interessante notarmos que ao longo de toda a história de Jesus, em que a gente lembra o Mistério de Maria, é isto mesmo que a gente vai percebendo e foi para isso que me chamaram a atenção: sobre a sintonia e a sincronia do coração de Maria com o coração de Jesus e do coração de Jesus com o coração da Mãe dele, de modo que não precisavam nem falar. Simplesmente a coisa (comunicação) acontecia. É aí, então, que a coisa me chamou mais atenção. Porque é o que nos falta. Nos falta, primeiro, fazer o nosso coração bater em sintonia e em sincronia com o coração de Jesus. Não tem aquela jaculatória que nós rezamos: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso”? É meio mentira isso que a gente reza. Por quê? Porque nós temos uma dificuldade muito grande em fazer o nosso coração bater em sintonia e em sincronia com o coração de Jesus. Por isso, muitas vezes, não conseguimos compreender as coisas nem os outros ou perdemos as coisas e pessoas porque falta isto aí. Aí, então, temos o outro lado. Se não conseguimos fazer o nosso coração bater em sintonia e em sincronia com Fevereiro 2014 o coração de Jesus, nós não vamos conseguir fazer o nosso coração bater em sintonia e em sincronia entre nós. E, a partir do momento em que cada um toca num tom ou num andamento, nós perdemos a beleza da música. A imagem que me vem à cabeça é a de uma grande orquestra. Uma orquestra tem, mais ou menos, de 70 a 80 componentes. Temos vários grupos de instrumentos: as cordas, as madeiras, os metais, os tímpanos. E temos o regente, que faz com que todos aqueles instrumentos, apesar de pertencerem a famílias diferentes, toquem uma bela obra de arte, uma bela música, em harmonia. Se um instrumento desafina, a gente logo percebe e a obra foi estragada. Se um instrumento toca num andamento diferente do que a orquestra está tocando, a gente diz: “opa, saiu fora.” Isto geralmente acontece porque o músico deixou de prestar atenção no regente. Jesus é o grande regente e nós os instrumentos da orquestra. Às vezes, desafinamos, estamos fora do tom, ou estamos fora do andamento do restante da orquestra. Aí, a gente estraga toda a obra. Isto acontece todas as vezes que não conseguimos nem sintonizar nem sincronizar com o coração de Jesus e entre nós. Deixamos de prestar atenção no regente! Ou desafinamos ou estamos fora do andamento no nosso trabalho, ou seja, não conseguimos nem sintonizar nem sincronizar nosso coração com aqueles que trabalham conosco. Aí acontecem todos os estragos que a gente sabe que faz quando um instrumento bate diferente dos outros ou desafina. Isto vale para todas as nossas realidades. Nós estamos no início do ano. Estamos começando ano sob a proteção de Maria. Esta talvez seja a grande graça que devemos pedir para este ano: APRENDERMOS A SINTONIZAR E A SINCRONIZAR NOSSO CORAÇÃO COM O CORAÇÃO DE JESUS, PARA PODERMOS SINTONIZAR E SINCRONIZAR NOSSO CORAÇÃO EN- TRE NÓS. Seremos mais felizes na nossa casa, no nosso trabalho, com nossos amigos e faremos mais felizes os que convivem conosco e faremos melhor a nossa comunidade. Esta é a grande graça que vamos pedir hoje. Temos um ano inteiro para experimentar isso, para buscar viver isso. Condição nós temos porque Deus nos dá todas as condições. Basta termos coragem de encarar, porque, senão, os estragos continuarão a acontecer na nossa vida, na vida dos outros e na vida da comunidade. Então, que Nossa Senhora apure os nossos ouvidos para que nós possamos, cada vez mais, sintonizar e sincronizar nosso coração com o do seu Filho, como ela o fez e não precisou pedir. A intimidade era grande, a sintonia e sincronia eram tão perfeitas que não precisou pedir, bastou dizer: “Eles não têm mais vinho” e Jesus realizou o que ia no coração de sua Mãe. Que bom seria se nós tivéssemos também esse comportamento que Maria teve em relação a Jesus e estaríamos realmente celebrando do Dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal. Poderíamos ter um mundo em paz e viveríamos como irmãos. Pode ser uma utopia? Pode ser. Pode ser que alcancemos, pode ser que não. Mas, se não alcançarmos, podemos ter certeza absoluta que a culpa não é de Deus, mas porque colocamos nosso coração fora da sintonia e sincronia com o coração de Jesus. Se o colocarmos, então será verdadeira a nossa oração: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso.” Um último lembrete: o coração orgulhoso não consegue nem sintonizar nem sincronizar seu coração com o de Jesus e sempre estragará a música. Feliz Ano Novo para todos, sob a proteção da Virgem Mãe de Deus! Pe. LUIZ HENRIQUE BUGNOLO Pároco EXPEDIENTE Equipe Pax et Bonum! Conselho: Pe. Luiz H. Bugnolo, Elenice Ferro da Silva. Diagramação e Impressão: Gráfica e Editora Lima | Fone: (16) 3663-5066 | Rua Vice. Pref. Otaviano Riul, 911 - Centro - CEP: 14680-000 - Jaridnópolis/SP. Tiragem: 1.000 exemplares Distribuição Gratuita. 3 Fevereiro 2014 COLUNA SEMEAR SAMBA, MÚSICA E REFLEXÃO: UMA EXCELENTE COMBINAÇÃO PARA A FESTIVIDADE DO CRISTÃO O carnaval caracteriza-se como uma grande festividade comemorada no Brasil todo por grande parte das raças, sexos e idades. É um evento que marca a identidade de nosso país e, ao contrário do que muitos pensam, possui uma longa história e relação com a nossa religião. O evento originou-se na Antiguidade, período em que os povos utilizavam este festejo para celebrar as grandes colheitas. Na Idade Média, a festividade foi incorporada pela Igreja Católica, marcando o período que antecede a Quaresma. Recorrendo-se ao significado do termo “carnaval” é possível estabelecer sua ligação com nossa fé. A palavra significa “adeus à carne” ou “a carne nada vale” e por isso a comemoração revela a última oportunidade de comer carne antes do período de jejum e abstinência que marca a Quaresma. Nesse sentido, a festividade representa um momento de grande alegria e celebração, que posteriormente dará início a um tempo de reflexão espiritual para consolidação da nossa fé. Já na Idade Moderna, o carnaval ganhou novas características quando surgiram os bailes de máscara, as fantasias e os carros alegóricos. Em relação ao nosso país, o carnaval chegou por volta de 1723 sob influência europeia, realizando-se por meio de pessoas mascaradas e fantasiadas. A festa ganhou mais destaque ainda com a chegada dos portugueses ao Brasil, no século XIX, e começou a evoluir com a participação das classes mais ricas. Entretanto, o famoso samba que marca essa festividade ainda não fazia parte da comemoração. Dessa forma, o carnaval tornou-se a festa mais popular adotada pelos brasileiros, ganhando muitos adeptos e crescendo em quantidade de participantes e diversidade de fantasias, músicas e comemorações. Nesse sentido, o carnaval pode e deve ser festejado pelos católicos, aproveitando-se a oportunidade para se reunir com a família, amigos, fazer viagens ou descansar, não esquecendose jamais de celebrar este momento de alegria com responsabilidade, consciência e a devida reflexão que a comemoração exige. Os jovens em especial gostam de aproveitar esta data para participar de festas, micaretas e outros eventos com os amigos, o que não se constitui como problema algum. Contudo, é necessário lembrar que nosso corpo é o templo de Deus e nossa vida é obra de sua divina graça, por isso devem ser respeitados e conservados, não podendo ser prejudicados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou desejo carnal desregrado, pois isso sim desagrada a Deus. Portanto, jovens, curtam, divirtam-se e acima de tudo aproveitem bastante este período de festividades, mas sempre com responsabilidade e seguindo os princípios de um espírito cristão. Marina Brunherotti e Vinicius Lopes Integrantes do grupo de jovens SEMEAR Carnaval versus catolicismo: exite alguma relação? A festividade deve ser acompanhada pela reflexão do cristão. 4 Fevereiro 2014 RETOMADA DAS AULAS NO CEARP Mantendo que já começamos no ano passado, nosso calendário escolar continuará a ter 100 dias letivos em cada semestre. Por este motivo, neste ano, nossas atividades no CEARP serão retomadas também mais cedo. O início do ano letivo será no dia 03 de fevereiro, com a celebração d a M i s s a V o t i v a a o E spírito Santo, às 9 h, na Capela Central de nosso Seminário, em Brodowski, a ser presidida pelo nosso Arcebispo, Dom Moacir, e concelebrada pelos Senhores Bispos e Super i o r e s d e Co n g rega ç ã o q u e ma n t ê m alunos no nosso instituto, e pelos demais padres professores, com a participação das professoras e professores leigos, funcionários e alunos. Diferentemente dos anos anteriores, porém, neste ano não teremos a aula inaugural após a missa. Logo após a celebração, Pe. Nílton, Reitor, e Pe. Paulo Fernando, Coordenador do Curso de Teologia, conduzirão uma reunião, na qual serão apresentados os objetivos a s e r e m a l c a nçado ao longo deste ano. Fevereiro 2014 5 Pastoral em Conversão Pastoral em conversão é um título que encontramos no capítulo I da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco. Mas não é só um título, é um apelo para todos e cada um de nós comprometidos na ação pastora da Igreja. O Papa espera que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as coisas como estão (EG, 25). Isso deve questionar-nos em nossa ação pastoral. E ele continua: Neste momento, não nos serve uma simples administração. Constituamo-nos em estado permanente de missão, em todas as regiões da terra (idem). Eis um apelo para avançarmos no nosso projeto Ser Igreja em Missão (SIM). Lembra o Papa que a conversão eclesial já foi pedida pelo Concílio Vaticanos II: Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação. ( ) A Igreja peregrina é chamada por Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma (Decreto UnitatisRedintegratio, 6). A Igreja que somos nós necessita desta reforma perene, isto é, de conversão permanente, para podermos ser uma Igreja em estado permanente de missão. O Papa apresenta um sonho, que deve ser também o sonho de todos e cada um de nós. Ele diz: Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta, que coloque os agentes pastorais em atitude constante de «saída» e, assim, favoreça a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade (EG, 27). Em seguida, o Papa chama a atenção para a estrutura paroquial e afirma: A paróquia é presença eclesial no território, âmbito para a escuta da Palavra, o crescimento da vida cristã, o diálogo, o anúncio, a caridade generosa, a adoração e a celebração. Através de todas as suas atividades, a paróquia incentiva e forma os seus membros para serem agentes da evangelização. É comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem a caminhar, e centro de constante envio missionário. Temos, porém, de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu suficientemente fruto, tornando-as ainda mais próximas das pessoas, sendo âmbitos de viva comunhão e participação e orientando-as completamente para a missão (EG, 28). Que apelos este ensinamento papal faz para as nossas paróquias? A Igreja p a r t i c u l a r, a Arquidio c e s e , também é chamada à conversão missionária. Ela é o sujeito primário da evangelização, enquanto é a manifestação concreta da única Igreja num lugar da terra e, nela, está verdadeiramente presente e opera a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica. É a Igreja encarnada num espaço concreto, dotada de todos os meios de salvação dados por Cristo, mas com um rosto local (EG, 30). Francisco faz um apelo: exorto também cada uma das Igrejas particulares a entrar decididamente num processo de discernimento, purificação e reforma (idem). Por fim, o Papa recorda que o Bispo deve favorecer sempre a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes tinham um só coração e uma só alma [cf. At 4, 32] (EG, 31). Deixemos o apelo à conversão conduzir a nossa reflexão e a nossa ação. Dom Moacir Silva Arcebispo Metropolitano São Bras - Dia 3 São Brás nasceu na Armênia, foi médico e depois bispo de Sebaste, onde sofreu o martírio por não sacrificar aos deuses pagãos. É invocado especialmente contra as doenças da garganta. É considerado protetor da garganta porque consta que uma mãe aflita jogou-se aos seus pés pedindo que socorresse o filho, que agonizava engasgado com uma espinha de peixe atravessada. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino e este se levantou milagrosa e imediatamente como se nada lhe tivesse acontecido. São Brás é venerado no Oriente e Ocidente com a mesma intensi- dade ao longo de séculos e, até hoje, mães aflitas recorrem à sua intercessão quando um filho se engasga ou apresenta problemas de garganta. A bênção de São Brás é procurada principalmente por quem tem problemas nesta parte do corpo, e é ministrada em muitas igrejas do mundo cristão. O padre Bugnolo irá celebrar Missa com a benção da garganta dia 3 às 19:30 horas. 6 Fevereiro 2014 FESTA DA CÁTEDRA DE SÃO PEDRO No dia 22 de fevereiro celebramos a Festa da Cátedra de São Pedro. Esta festa é celebrada como sinal da unidade da Igreja, fundada sobre o apóstolo. Para tanto, podemos nos recordar de duas passagens do Evangelho, nas quais Jesus trata de São Pe d ro c om o aquel e que d e tém o poder das chaves. A primeira está no Evangelho de Mateus, capítulo 16, versículos 13 a 20. No versículo 18 Jesus diz a Pedro: “Tu és Pedro o sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. No v e rs í c u l o 19 acrescenta: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; tudo o que tu ligares na terra será lidado nos céus e tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus.” A outra passagem está no Evangelho de Lucas: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti para que a tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22, 31-32). “É à luz da parábola do Bom Pastor (Jo 10, 1-228) que se deve compreender essa missão. O bom pastor salva ovelhas, reunidas num só rebanho (10, 16; 11, 52), e estas têm a vida em abundância; por elas ele dá até sua própria vida (10, 11); por isso, ao anuncia r a P e d r o s e u f u t u r o martírio, Cristo acrescenta: ‘ S e g u e - m e ’ . S e P e d r o d e ve andar na trilha de seu Mestre, é não só dando a própria vida, mas comunicando a vida eterna a suas ovelhas, a fim de que elas jamais pereçam (10, 2 8 )” - L A M ARCHE, P., ve rbete Pedro in LÉON-DUFOUR, X. ( d i r. ) , Vo c a b u l á r io de Teologia Bíblica, coluna 750. Assim, pelo mandato de Cristo, o Papa, sucessor de Pedro, tem a mesma missão: nos confirmar na fé. Mas, para isso, o Sucessor de Pedro, o P a pa, tem que ter sempre claro que, mais que um poder comum a qualquer o u t r o g o v e r n a n t e n a Te rra , e le t e m o d e v e r d e presidir à Igreja de Cristo na caridade, conforme nos ensina Santo Inácio de Antioquia na sua Carta aos Romanos. Aliás, esta está sendo a grande lição o atu a l S u c e s s o r d e S ã o P e d ro , o P a p a F ra n cisco, nos dá para a Igreja de hoje. Fevereiro 2014 7 FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR No dia 2 de fevereiro dá-se a celebração da Festa da Apresentação do Senhor Ela é celebrada quarenta dias depois do Natal. Quarenta dias era o período durante o qual a mulher permanecia impura depois de um parto. Nosso povo tem uma grande devoção por esta festa, conhecida popularmente com o nome de Festa de Nossa Senhora das Candeias (ou Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Luz). A palavra candeia significa lamparina, vela, tocha, ou seja, tudo o que serve para iluminar. Segundo a lei mosaica, todo filho varão deve ser apresentado no Templo após quarenta dias do seu nascimento (Lv 12, 1-4), onde a mãe é submetida a um ritual de purificação. Nossa Senhora se submeteu a essa lei, apresentando o menino Jesus no Templo (Lv 12, 6-8). Esta festividade dos luzeiros foi denominada “Candeias”, porque ainda hoje percorre-se o caminho que Maria fez até o Templo. Os fiéis seguem em procissão, levando nas mãos velas acessas. Por isso, ainda hoje, velas são levadas para serem abençoadas na Missa da Festa. “Do mesmo modo que a Mãe de Deus, Virgem Imaculada, trouxe nos braços a verdadeira luz e se fez presente aos que jaziam nas trevas, igualmente nós, à luz de sua presença, que a todos ilumina, apressemonos por nos encontrar com aquele que é a verdadeira luz. Realmente, ‘a luz veio ao mundo’ e espancou as trevas que o cobriam; ‘e visitou-nos o Oriente vindo do alto’ e resplandeceu para aqueles que se sentavam na escuridão. É nosso este mistério; por isto, caminhamos com lâmpadas nas mãos; por isto, portadores de luz, acorremos, simbolizando assim a luz que brilhou para nós; e também como sinal do esplendor que dele nos virá no futuro. Por este motivo, corramos juntamente, vamos todos ao encontro de Deus. Chegou a verdadeira luz, ‘que ilumina todo homem que vem a este mundo’. Por isso, irmãos, sejamos todos iluminados, todos refulgentes” (SÃO SOFRÔNIO, BISPO, Sermões in Liturgia das Horas – Ofício das Leituras, São Paulo: Paulinas, 1978, pp. 1305-1306). Na apresentação do Senhor, Simeão e Ana falam das belezas que viriam daquele menino que estava sendo apresentado, sem deixar de falar das dores pelas quais passariam ele e sua mãe (Lc 2, 22-40). Que cada um de nós seja realmente portador da luz de Deus neste mundo tão dominado pela escuridão que se apresenta diante de nós nos dias atuais, afinal nós somos o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5, 13). Pe. Luiz Henrique Bugnolo Pároco 8 Fevereiro 2014 Um Santo para cada dia: 01 – São Severo 02 – Apresentação do Senhor 03 – São Bras 04 – São João de Brito 05 – Santa Águeda 06 – São Paulo Miki 07 – Santa Eugenia 08 – São Jeronimo Emiliano 09 – V Domingo do Tempo Comum 10 – Santa Escolástica 11 – Nossa Senhora de Lourdes 12 – São Etevaldo 13 – São Martiniano 14 – Santos Cirilo e Metódio 15 – Santa Geórgia 16 – VI Domingo do Tempo Comum 17 – São Raimundo 18 – Santa Bernadete 19 – São Bonifácio 20 – Santo Eleutério 21 – São Pedro Damião 22 – Catedra de São Pedro 23 – VII Domingo do Tempo Comum 24 – São Sérgio 25 – Santa Valéria 26 – São Porfírio 27 – São Gabriel da Virgem 28 – São Romão Mc 4,35-41 Lc 2,22-40 Mc 5,1-20 Mc 5,21-43 Mc 6,1-6 Mc 6,7-13 Mc 6,14-29 Mc 6,30-34 Mt 5,13-16 Mc 6,53-56 Mc 7,1-13 Mc 7,14-23 Mc 7,24-30 Mc 7,31-37 Mc 8,1-10 Mt 5,17-37 Mc 8,11-13 Mc 8,14-21 Mc 8,22-26 Mc 8,27-33 Mc 8,34-9,1 Mt 16,13-19 Mt 5,38-48 Mc 9,14-29 Mc 9,29-36 Mc 9,38-40 Mc 9,41-50 Mc 10,1-12 “Santos e Santas de Deus, rogai por nós! Catequisandos Aniversariantes do Mês: 06 – Diego Henrique G. Santos 18 – Bruno Axel dos Santos da Silva 20 – Anna Júlia Silva E. Gonçalves 21 – Matheus Ramos Ribeiro 25 – João Pedro Borges Nicoletti 26 – Rafael Gomes P. Silva 28 – Gabrielle de O. Bonfá 29 – Tamires Caroline Moreti 31 – Luccas Kelvyn M. Deserto com Parabéns as bençãos de Deus! Catequese 2014 Continuamos com as inscrições e rematrículas para Catequese . Procurar a secretaria da Paróquia para informações. Os encontros começam dia 10 de março com uma reunião do padre com os pais dos catequizandos às 20 horas na Igreja onde serão fornecidas todas as informações.