SYDNEY OPERA HOUSE™ Sydney, New South Wales, Austrália www.sydneyoperahouse.com SYDNEY OPERA HOUSE™ superfícies brancas brilhantes. Utzon comparava-a a uma catedral gótica que nunca cansaria as pessoas e que nunca estaria concluída. Actualmente a Ópera de Sydney não serve apenas de local para espectáculos de ópera ou de música sinfónica, mas é também um local de exibição de variadas formas de arte e actividades comunitárias. Estas incluem música contemporânea e clássica, bailado, ópera, teatro, dança, cabaré, palestras e programas públicos de larga escala. Desde a sua abertura em 1973, mais de 45 milhões de pessoas assistiram a mais de 100 000 espectáculos, e estima-se que mais de 100 milhões de pessoas visitaram o local. É uma das atracções turísticas mais visitadas e o símbolo da nação mais reconhecido internacionalmente. Actualmente, a Ópera de Sydney recebe mais de 8 milhões de visitantes e realiza cerca de 2400 eventos por ano. Ópera de Sydney em Bennelong Point. (©WE-EF LIGHTING 2011 Foto de Ralph Alfonso) A Ópera de Sydney é uma obra-prima dos finais da arquitectura modernista e um edifício icónico do século XX. É admirada a nível internacional e constitui uma preciosidade da qual os australianos muito se orgulham. Foi projectada por um jovem arquitecto dinamarquês, Jørn Utzon (1918-2008), que entendeu o potencial da localização que tinha como cenário de fundo o Porto de Sydney. As conchas esculturais de betão maciço que formam o telhado da Ópera de Sydney parecem velas ondulantes cheias pelos ventos do mar, com a luz solar e sombras de nuvens a atravessar as suas História A Ópera de Sydney projecta-se sobre o porto, tendo como pano de fundo o centro de negócios da cidade. (©Michael Moy Idea to Icon) Os três grupos de conchas que se entreligam estão dispostas sobre uma plataforma em degraus. (©Michael Moy Idea to Icon) A história da Ópera de Sydney é tão extraordinária e complexa quanto o próprio edifício. É uma história de visão, coragem, dedicação, desafio, controvérsia e triunfo. Os muitos aspectos notáveis incluem a apresentação de um projecto visionário que os júris corajosamente seleccionaram como o vencedor, a parceria do arquitecto e engenheiro que produziram as soluções de construção inovadoras, o rompimento criado pelo afastamento do projecto de Jørn Utzon em 1966, e o seu regresso em 1999 para retomar e levar adiante o projecto da Ópera de Sydney. Tudo começou em 1956 quando o Governo da Nova Gales do Sul anunciou a abertura de um concurso de apresentação de um projecto de arquitectura internacional, tendo para o efeito nomeado um júri independente. O programa do concurso não especificava os parâmetros do projecto nem definia um limite de custo. O único requisito era que fosse apresentado um projecto de desenho arquitectónico para duas salas de espectáculos: uma sala principal para ópera e música sinfónica e uma sala mais pequena para teatro. Tinha de haver espaço adicional para teatro experimental e ensaios. A combinação do local e programa de concurso provaram ser irresístiveis. Registaram-se 933 concorrentes de todas as partes do mundo e foram recebidas 233 candidaturas de 28 países. A decisão do júri, conhecida em Janeiro de 1957, foi unânime e a vitória foi atribuída à candidatura do quase desconhecido arquitecto, Jørn Utzon. Tanto a associação de arquitectos como o público ficaram maravilhados com a proposta de projecto e consideraram-na uma espectacular resposta aos requisitos do programa do concurso e localização. Desenhos da candidatura submetida por Jørn Utzon ao Comité do Concurso para a Ópera de Sydney; Perspectiva da escadaria entre as duas salas viradas a norte, 1956. (©State Records NSW) Maquete da Ópera de Sydney. (©State Records NSW) 2 Construção O notável projecto de Utzon era composto por conjuntos de conchas abobadadas que se entreligavam sobre um pódio. Durante três anos, Utzon fez mudanças graduais ao seu projecto original por forma a desenvolver uma forma de construir as grandes conchas do telhado. Enquanto o pódio ia sendo construído, a geometria das conchas ainda não tinha sido resolvida no plano de engenharia. Foram exploradas várias opções que culminaram na “solução esférica” de Utzon, desenvolvida em colaboração com Ove Arup, usando segmentos de uma esfera única. Isto permitiu a pré-fabricação economicamente viável de um conjunto único de moldes. A escala de construção da Ópera de Sydney era enorme. Mais de 30.000 metros cúbicos de rocha e terra tiveram de ser removidos do local e, para a construção da estrutura em concha foi necessária a maior grua do mundo. A partir de 1964, as abóbadas de vigas pré-fundidas que dariam forma às conchas começaram a ser eregidas sobre todo o pódio. A construção do telhado juntou alguns dos melhores engenheiros civis e artífices num dos trabalhos de engenharia mais difíceis alguma vez feito. Foi também a primeira vez que os computadores foram usados para resolver alguns dos problemas de desenho/engenharia. Se bem que Utzon tivesse planos espectaculares para o interior das conchas, ele não iria realizar esta parte do projecto. Uma mudança governamental e e uma crescente crítica relativamente ao excedente de custos levaram ao afastamento de Utzon em Fevereiro de 1966. Em Abril ele deixou Sydney, para não voltar. O Governo da Nova Gales do Sul nomeou uma equipa de arquitectos locais para completar as paredes de vidro e interiores. Os fins a que se destinavam as salas principais foram revistos. A Sala Principal foi dedicada à música sinfónica e designada de Sala de Concertos. A Sala Pequena foi dedicada à ópera e bailado e designada de Teatro da Ópera. Três espaços não planeados previamente foram acrescentados à Sala de Concertos na parte ocidental. A Ópera de Sydney foi formalmente aberta por sua majestade a Rainha Elizabeth II em 20 de Outubro de 1973, perante uma enorme multidão. A abertura que foi transmitida pela televisão, incluiu fogo de artifício e foi tocada a Sinfonia n°.9 de Beethoven. Passariam mais de 30 anos antes que o arquitecto se pudesse reunir à sua obra-prima. Após várias tentativas de aproximação, conversações e reuniões, Utzon concordou em 1999 em voltar a ser contratado para desenvolver um conjunto de directrizes de projecto que serviriam de guia para todas as futuras alterações ao edifício. O trabalho na sua visão deveria ser “articular a perspectiva geral e as pormenorizadas directrizes de projecto para o local e forma do edifício e o seu interior”. O seu principal projecto era a transformação da Sala de Recepções num espaço assombroso, cheio de luz que acentuasse as “vigas” originais de betão e a tapeçaria colocada ao longo de toda a parede, projectada por ele, e que se situa no lado oposto ao porto. A sala foi rebatizada, passando em 2004 a designar-se de sala Utzon, em sua homenagem. Utzon, em colaboração com o seu filho arquitecto Jan e com um arquitecto sediado em Sydney, Richard Johnson, continuariam a trabalhar numa série de alterações de modernização até à sua morte em 2008. A abertura da Ópera de Sydney em 1973. (Fotografia de Max Dupain and Associates) (©Michael Moy Idea to Icon) Maquetes de conchas (©State Records NSW) O pódio ganha forma em Bennelong Point. (Fotografia de Max Dupain and Associates) A Ópera de Sydney durante a sua construção. (Fotografia de Max Dupain and Associates) A Ópera de Sydney é uma obra significante de engenharia e tecnologia envolvendo talento e criatividade em muitos aspectos do seu design e construção. (Fotografia de Max Dupain and Associates) 3 Design A Ópera de Sydney é um edifício excepcional. A sua forma arquitectónica é composta por três grupos de “conchas” abobadadas que se entreligam, dispostas sobre um pódio disposto em escadaria e rodeado por passagens largas que funcionam como áreas pedonais. As conchas estão revestidas com telhas vidradas de cor brancopérola, enquanto o pódio está revestido por painéis de granito reconstituído em tom de terra. As duas salas principais estão dispostas lado a lado, com orientação norte-sul, tendo os seus eixos levemente inclinados. Os auditórios situam-se na ponta norte-alta do pódio para ficarem viradas a sul e de frente para a cidade, com as áreas do palco posicionadas entre eles e os átrios de entrada. As pontas norte e sul das conchas encontram-se suspensas A cobertura do telhado em tom mate e levou três anos a desenvolver sobre paredes de vidro de cor acetinado com o fabricante. de topázio que se projectam na (©Michael Moy Idea to Icon) diagonal para o exterior para formarem átrios com vista para o interior e exterior. A concha mais alta atinge a altura de um edifício de 20 andares acima da água. As estruturas em concha cobrem quase dois hectares e, a totalidade do local tem aproximadamente seis hectares. Em 2007, a Ópera de Sydney foi inscrita na lista de edifícios considerados Património Mundial: “Na lista, é descrita como um “notável” trabalho arquitectónico do século XX. Representa uma multiplicidade de elementos de criatividade, tanto na forma arquitectónica como no design estrutural; uma grandiosa escultura urbana assente numa notável paisagem marítima e, um edifício que é uma referência a nível mundial.” No relatório de avaliação de peritos do Comité do Património Mundial constava: “...é uma das incontestáveis obrasParedes de vidro projectando-se primas da criatividade humana, não diagonalmente para o exterior. só do século XX , como também da (©Michael Moy Idea to Icon) história da humanidade.” O pódio é revestido a painéis em tom de terra. (©Michael Moy Idea to Icon) (©Michael Moy Idea to Icon) As poderosas formas geométricas da Ópera de Sydney. (©Michael Moy Idea to Icon) Factos sobre a Ópera de Sydney Localização:..................... Bennelong Point, Sydney, New South Wales, Austrália Arquitecto:. . .......................Jørn Utzon Estilo:................................... Expressionista Materiais:........................... Betão, cerâmica, granito, bronze e vidro Construção:........................ Estrutura de betão e vigas do telhado em betão pré-fundido com telhas de cerâmica e revestimento exterior em granito reconstituído até à base Data:. . ................................... De 1959 a 1973 Área ocupada:.................. 1,8 hectares Altura:.................................. 67 m A Ópera de Sydney fica situada em Bennelong Point, sítio onde, durante milhares de anos antes da colonização europeia, a população aborígene local, conhecida como povo Cadigal, esteve instalada. O sítio foi designado de Bennelong Point, nome de um aborígene local conhecido por Bennelong que foi capturado e posteriormente protegido pelo Governador Arthur Philip. A Ópera de Sydney reconhece a importante história do sítio Bennelong Point e, a rica contribuição das culturas aborígene e dos indígenas do estreito de Torres para a diversidade da comunidade australiana. A Ópera de Sydney desenvolveu um plano de acção de reconciliação que define objectivos mensuráveis no trabalho de eliminação da distância entre os indígenas do estreito de Torres, os aborígenes e os seus compatriotas australianos. Para mais informações, consulte www.sydneyoperahouse.com/rap Ópera de Sydney e ponte do porto. (©Michael Moy Idea to Icon) 4 Jørn Utzon [ Gosto de estar na fronteira do possível. ] Jørn Utzon Jørn Utzon nasceu a 9 de abril de 1918 em Copenhaga, Dinamarca. Cresceu na cidade de Aalborg, onde o seu pai era arquitecto naval, engenheiro e director do estaleiro local. Um apaixonado pela navegação marítima, Utzon estava originalmente destinado a seguir as pegadas do seu pai e a tornar-se também engenheiro naval, mas optou por estudar arquitectura na Real Academia de Belas-Artes de Copenhaga. Após concluir a licenciatura em 1942, trabalhou na Suécia até ao fim da Segunda Guerra Mundial. Foi influenciado por Gunnar Asplund e mais tarde por Alvar Aalto, com quem trabalhou por um curto período de tempo após a guerra. Em 1949, recebeu uma bolsa que lhe permitiu a si e à sua mulher Lis viajar pelos EUA e México, onde entrou em contacto com alguns dos mais influentes arquitectos de hoje, incluindo membros da escola Frank Lloyd Wright de Taliesin, Mies van der Rohe, Ray e Charles Eames e Richard Neutra. Também esteve em Paris onde se encontrou com Le Corbusier e o escultor Henri Laurens, cuja influência lhe ensinaram muito sobre formas. Um projecto importante levou-o até Marrocos; infelizmente o projecto não chegou a ser realizado, mas ele usou a oportunidade para caminhar ao longo da cordilheira do Atlas, onde foi inspirado pela arquitectura local que fazia uso do tijolo adobe. Regressou a Copenhaga em 1950 para abrir o seu gabinete de arquitectura. Em 1956, após ter ganho alguns concursos de arquitectura mais pequenos, Utzon submeteu a sua perspectiva da Ópera de Sydney ao Governo da Nova Gales do Sul. Acabou por ficar tão surpreendido quanto os outros ao ganhar o concurso. A sua proposta de projecto apresentada a concurso era um desenho esquemático, explicando claramente a ideia do edifício. Os esboços e curvas “geometricamente indefinidas” precisavam obviamente de ser desenvolvidas para o edifício poder ser construído. Isto é muito normal nos concursos de apresentação de projectos. Utzon, sabia que o seu projecto podia ser construído e, na esfera do espírito de inovação presente em Sydney na altura, a construção avançou. Foi a experiência de vida de Utzon e as viagens que deram forma às suas ideias para a Ópera de Sydney. Apesar de nunca ter estado no local, ele usou as suas bases de conhecimentos marítimos para estudar cartas marítimas do porto de Sydney. A sua prévia experiência em construção naval deu-lhe a inspiração para as “velas” da Ópera de Sydney e também o ajudariam a resolver os desafios que se lhe colocaram durante a construção das mesmas. As suas viagens ao México deram-lhe a ideia de colocar o edifício sobre uma larga plataforma horizontal. Depois do seu afastamento forçado do projecto em 1966, Utzon continuou a impulsionar a arquitectura moderna para uma nova era de experimentação livre. Os princípios por detrás da sua célebre Igreja Bagsværd (1976) situada nos subúrbios de Copenhaga e do seu edifício do parlamento no Kuwait (1983) podem ser reencontrados na sua perspectiva original da Ópera de Sydney. A reconciliação com a Ópera de Sydney em 1999 trouxe a Utzon um grande prazer. Em 2003, no mesmo ano em que a Ópera de Sydney celebrava o 30°. aniversário, Jørn Utzon recebeu o Prémio Pritzker da Arquitectura, o maior galardão desta área. Um ano mais tarde, em 2004, a recentemente renovada Sala de Recepções recebeu o nome de Utzon Room, em sua honra. Com espaços vazios e amplos, tapeçaria colorida (desenhada por ele próprio), chão de madeira clara e um tecto de vigas de betão entrelaçadas, era tal qual ele a tinha sonhado. Jørn Utzon faleceu tranquilamente durante o seu sono em Copenhaga a 29 de Novembro de 2008 aos 90 anos de idade. O seu legado perpetua-se na Ópera de Sydney e nos seus Princípios de Design como um registo permanente da sua visão do lugar, bem como nas outras magníficas estruturas que ele desenhou por todo o mundo. (©Michael Moy Idea to Icon) 5 O edifício cobre 1,8 hectares de terreno e tem 183 metros de comprimento e 120 metros de largura no seu ponto mais largo. Está apoiado em molhes de betão afundados a 25 metros abaixo do nível do mar. “O sol não sabia quão linda era a sua luz até ela ser reflectida por este edifício.” Arquitecto americano Louis Kahn, citado por Jørn Utzon A Ópera de Sydney é um local de exibição para muitas companhias de artes, incluindo as suas cinco companhias residentes: Sydney Symphony Orchestra, Opera Australia, the Australian Ballet, the Sydney Theatre Company and Bell Shakespeare Company. “e nos telhados, a enorme quantidade de telhas brancas subdivididas em segmentos assemelham-se à estrutura de uma folha que com as suas nervuras e recheio possui uma beleza orgânica que lhe é própria.” Jørn Utzon Jørn Utzon Jørn Utzon ©Michael Moy, Idea to Icon ©Michael Moy, Idea to Icon Jørn Utzon ©Michael Moy, Idea to Icon As conchas foram construídas com 2200 secções de vigas pré-fundidas e cerca de 4000 painéis de telhado pré-fabricado num processo de construção inteiramente novo. Jørn Utzon ©State Records NSW Jørn Utzon em 1999, quando concordou em ser o guardião do design do edifício. “A estrutura e geometria rigorosa expressa a lógica do edifício.” ©Michael Moy, Idea to Icon “Gosto de pensar que a Ópera de Sydney é como um instrumento musical, e como todos os instrumentos delicados, necessita de um pouco de manutenção e afinação, de tempos a tempos, se pretendemos que continue a tocar no seu máximo de perfeição.” “É algo de que nunca nos cansamos, do qual nunca conhecemos o fim—quando passamos à sua volta ou a vemos no céu...acontece sempre algo de novo... juntamente com o sol, a luz e as nuvens, é algo muito vivo.” ©Michael Moy, Idea to Icon Frank Gehry, arquitecto da Sala de Concertos de Walt Disney, Los Angeles ©Michael Moy, Idea to Icon ©Michael Moy, Idea to Icon “A Ópera de Sydney provou que a arquitectura pode ter um impacto que ultrapasse os 15 metros à sua volta. Pode ser emocional. Pode atrair um mundo. E acho que devíamos estar todos gratos por este exemplo dos nossos dias.” ©Michael Moy, Idea to Icon Jørn Utzon “Ir à Ópera de Sydney constitui uma sucessão de estímulos visuais e audiovisuais que aumentam em intensidade à medida que nos aproximamos do edifício, quando entramos e finalmente nos sentamos nas salas, culminando tudo com o espectáculo.”». ©Michael Moy, Idea to Icon “As pessoas de Sydney fizeram da Ópera de Sydney um símbolo para Sydney que se vê em todo o mundo em diferentes réplicas... mas nunca ninguém duvidou que isto é tanto um símbolo de Sydney como da Austrália ... na minha opinião, uma situação como esta, em que um edifício exerce um fabuloso impacto sobre uma cidade é coisa rara.” ©Michael Moy, Idea to Icon Jørn Utzon Para mim é uma grande alegria saber quanto o edifício é adorado pelos australianos e em particular pelos cidadãos de Sydney.” ©Michael Moy, Idea to Icon “A contribuição do arquitecto para a sociedade é trazer alegria às pessoas através da atmosfera que ele cria à sua volta” ©Michael Moy, Idea to Icon Factos e citações 6 Uma Palavra do Artista Enquanto artista arquitectónico o meu desejo é apreender a essência de um particular edifício histórico na sua forma escultural pura. Primeiro e antes de tudo, eu não vejo os meus modelos como réplicas literais, mas sim como interpretações artísticas em que são utilizadas peças LEGO®. A peça LEGO não é inicialmente pensada para ser um material tipicamente usado na criação de arte ou para ser usada como meio de trabalho por um artista. Todavia, descobri rapidamente que a peça LEGO se prestava tão naturalmente às minhas aplicações como a tinta para o pintor ou o metal para o ferreiro. Ao explorar a forma de capturar estes edifícios com as formas básicas das peças e bases de construção, encontro possibilidades e desafios quase mágicos. A ÓPERA DE SYDNEY A forma poderosa que esta estrutura icónica possui cria desafios difíceis e únicos. Sendo este o 13°. modelo de LEGO Architecture que desenhei, na série, poder-se-ia pensar que já quase todo o tipo designs tinham surgido. Como é óbvio, não é esse o caso dado que esta forma fluida de estrutura é verdadeiramente única. Em modelos prévios eu estava igualmente preocupado com a forma, proporções, escala, cor, textura, mudanças de local e sobretudo composição. Contudo, com este desafio eu estava apenas preocupado com as pontas angulosas, tudo o resto podia ser tirar um pouco aqui e um pouco ali, mas caso seja feito algum erro nas pontas angulosas, toda a essência da forma poética fica comprometida. Quer acreditem ou não, a ideia para capturar a forma surgiu-me enquanto estava a construir um modelo de Buzz Lightyear™. As suas botas tinham esses elementos curvos especiais que por acaso eram brancos; a imaginação foi assim facilitada ao poder identificar esses elementos com as pontas angulosas. Depois coloquei umas dobradiças, alguma criatividade aqui e ali e depressa surgiu o modelo. Isto é um exemplo perfeito de como, por vezes, em vez de usarmos apenas a imaginação, se usarmos algo para gerar inspiração, também conseguimos alcançar o objectivo pretendido. – Adam Reed Tucker O “Modelo em escala reduzida” – a linha LEGO® Architecture na perspectiva dos anos 60 A história da actual série LEGO® Architecture pode ser reencontrada no início dos anos 60, quando a popularidade das peças LEGO aumentou fortemente. Godtfred Kirk Christiansen, o então proprietário da empresa, começou a procurar formas para expandir o sistema LEGO, e pediu aos seus designers para desenvolverem um conjunto de novos componentes que acrescentasse uma nova dimensão à construção LEGO. A resposta daqueles foi tão simples quanto revolucionária: cinco elementos que combinavam as existentes peças e que tinham apenas um terço da altura. Estas novas “bases” de construção tornaram possível construir modelos mais pormenorizados do que antes. Esta maior flexibilidade da LEGO parecia adequar-se ao espírito da época, em que os arquitectos modernistas estavam a redefinir o aspecto das casas, e as pessoas participavam cada vez no desenvolvimento do design da casa dos seus sonhos. Foi destas novas tendências que nasceu o “Modelo em escala reduzida” da LEGO nos inícios de 1962. O nome era uma ligação directa à forma como os arquitectos e engenheiros trabalhavam, e esperava-se que eles e os outros construíssem os seus projectos “em escala reduzida” com elementos LEGO. Tal como com a LEGO Architecture de hoje, os conjuntos originais foram concebidos para se diferenciarem das normais caixas muito coloridas da LEGO, e também incluíam “Um Livro de Arquitectura” para inspiração. Apesar dos cinco elementos continuarem a fazer parte integral do sistema de construção LEGO, a linha “Modelo em escala reduzida” foi gradualmente abandonada em 1965. Passariam mais de 40 anos antes que os princípios fossem recuperados na série LEGO Architecture que conhecemos hoje. Referências Créditos de texto: A ÓPERA DE SYDNEY Créditos das fotos: A ÓPERA DE SYDNEY Michael Moy State Records NSW Max Dupain and Associates Ralph Alfonso Serviço de Assistência ao Cliente Kundenservice Service Consommateurs Servicio Al Consumidor www.lego.com/service ou ligue 00800 5346 5555 : 1-800-422-5346 : ©2012 The LEGO Group 7