CP 5 Comunidade Muçulmana e Cigana Comunidade Muçulmana A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (actualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. A religião muçulmana é monoteísta, ou seja, tem apenas um Deus: Alá. Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da actual Arábia Saudita. Vida do profeta Maomé Muhammad (Maomé) nasceu na cidade de Meca no ano de 570. Filho de uma família de comerciantes, passou parte da juventude viajando com os pais e conhecendo diferentes culturas e religiões. Aos 40 anos de idade, de acordo com a tradição, recebeu a visita do anjo Gabriel que lhe transmitiu a existência de um único Deus. A partir deste momento, começa sua fase de pregação da doutrina monoteísta, porém encontra grande resistência e oposição. As tribos árabes seguiam até então uma religião politeísta, com a existência de vários deuses tribais. Maomé começou a ser perseguido e teve que emigrar para a cidade de Medina no ano de 622. Este acontecimento é conhecido como Hégira e marca o início do calendário muçulmano. Em Medina, Maomé é bem acolhido e reconhecido como líder religioso. Consegue unificar e estabelecer a paz entre as tribos Paula Rosa CP 5 árabes e implanta a religião monoteísta. Ao retornar para Meca, consegue implantar a religião muçulmana que passa a ser aceita e começa a se expandir pela península Arábica. Reconhecido como líder religioso e profeta, faleceu no ano de 632. Porém, a religião continuou crescendo após sua morte. Livros Sagrados e doutrinas religiosas O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: omnipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também regista tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão. Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos. A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé. Paula Rosa CP 5 Preceitos religiosos A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios: - Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta; - Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados; - Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos; - Realização diária das orações; - Jejuar no mês de Ramadão com objectivo de desenvolver a paciência e a reflexão. Locais sagrados Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para se encontrar com Moisés e Jesus. Paula Rosa CP 5 Divisões do Islamismo Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia. O papel da mulher na sociedade A mulher muçulmana ganha um destaque na responsabilidade e direitos sociais: além dos itens descritos acima, ela é a grande responsável pela orientação das crianças, isso significa que as futuras gerações se tornam mais ou menos virtuosas segundo a educação proveniente de nossas mulheres. A mulher muçulmana deve deixar claro às suas crianças a postura islâmica do individuo dentro de uma sociedade. Deve deixar claro a seus meninos a importância de um carácter nobre e para suas meninas, a importância da obediência. A muçulmana tem direito ao voto, a parte da herança, direito de escolher seu marido e manter seu nome após casar, direito ao divórcio e ao amparo financeiro. Gerar renda para o sustento de uma família é um dever apenas masculino, a mulher tem o direito de trabalhar e também gerar renda, mas não é seu papel dentro de uma sociedade islâmica. Paula Rosa CP 5 Características culturais Oppana é uma tradicional e uma dança de entretenimento, parte das comemorações do casamento do Mappila (muçulmana) da comunidade na região de Malabar de Kerala. Trajes coloridos e passos rítmicos são as características desta dança, a maioria realizada por mulheres. A noiva, vestidos com o traje tradicional colorido com brocados de ouro, estaria sentada no meio dos dançarinos. Os dançarinos são jovens donzelas e parentes da noiva. Eles cantam e dançam ao redor da noiva, palmas das mãos e provocando-lhe sobre a bênção nupcial. As canções são retiradas de Mappilappattu, um género de canções baseadas no folclore muçulmano. As canções são cantadas por primeiro o líder e são repetidos pelo coro. Harmonium, Tambourine, Ilathalam (pratos) e Tabla são os acompanhamentos instrumentais. Paula Rosa CP 5 Comunidade cigana Os Roma (singular: rom), chamados vulgarmente de ciganos, são por norma povos nómadas, originários do norte da Índia e que hoje vivem espalhados pelo mundo, a grande parte espalhada pela Europa. Existe uma grande ausência de história escrita, a origem e a história inicial dos povos rom foram durante muito tempo um mistério. Há cerca de 200 anos os antropólogos culturais criaram a hipótese dos Roma serem originários da Índia devido à evidência linguística, o que foi confirmado por dados genéticos. Iniciaram a emigração para a Europa e África do Norte, pelo planalto iraniano por volta de 1050. No entanto, existem algumas controvérsias, havendo alguns estudiosos que acreditam que a sua origem se deu na Roménia, daí o nome Rom. Os Roma originaram-se de uma casta inferior do noroeste da Índia, que por razões desconhecidas foi obrigada a abandonar o país no primeiro milénio d. c.. Partiram em direcção à pérsia onde se dividiram em dois ramos: o primeiro rumou para oeste chegando à Europa através da Grécia; o segundo grupo rumou para Sul, chegando à Síria, Egipto e Palestina. Devido à conquista territorial e política dos estados hindus, muitas caravanas rom partiram para a Europa, Oriente médio e Norte da África, uma migração que os Roma chamaram de Aresajipe. O grupo espalhou-se, principalmente pelo continente europeu: Hungria, Áustria e Boêmia, chegando à Alemanha em 1417. A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia que se lhes reconhecesse como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo Paula Rosa CP 5 haviam sido qualificados como Egípcios. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe no florescimento de lendas e provérbios tendendo a pôr os roma sob mau prisma, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos.[2] Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação de Cristo. Caracterizados pelo nomadismo, o modo de vida dos ciganos e suas condições de subsistência são sempre determinados pelo país em que se encontram: os mais ricos são os ciganos suecos e os mais pobres encontram-se nos Bálcãs e no sul da Espanha. Embora mantendo sua identidade, em alguns aspectos os roma revelam grande capacidade de integração cultural: sempre professam a religião local dominante, da mesma forma que suas danças, músicas, narrativas e provérbios manifestam a assimilação da cultura no meio em que se radicam. Sua capacidade de assimilar músicas folclóricas permitiu que muitas fossem preservadas do esquecimento, principalmente as do oeste europeu. Excluindo as publicações soviéticas, existem apenas nove livros escritos em romani. Durante a Segunda Guerra Mundial, de duzentos a quinhentos mil ciganos europeus teriam sido exterminados nos campos de trabalho e de extermínio nazistas, episódio denominado de porajmos entre os roma. Esta realidade começou a ser recuperada pela historiografia apenas a partir dos anos 1970. Paula Rosa CP 5 Idiomas A maioria dos roma falam algum dialeto do romani, língua muito próxima das modernas línguas indo-europeias do norte da Índia e do Paquistão, tais como o prácrito, o maharate e o punjabi. Tanto o sistema fonológico como a morfologia podem ter sua evolução facilmente reconstruída a partir do sânscrito. O sistema numeral também reflete parcialmente os respectivos vocabulários sânscritos. Com as migrações, os roma levaram sua língua a várias regiões da Ásia, da Europa e das Américas, modificando-a. De acordo com as influências recebidas distinguem-se dialetos asiáticos de europeus. Entre as línguas que mais influenciaram nas formas modernas do romani estão o grego, o húngaro e o espanhol. Tradições Os roma não representam, como já se salientou, um povo compacto e homogéneo; mesmo pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fraccionada no tempo e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialectos diferentes, ainda que afins entre si. O acréscimo de componentes léxicos e sintácticos das línguas faladas nos países atravessados no decorrer dos séculos acentuou fortemente tais diversificações, a tal ponto que podem ser tranquilamente definidos como dois grupos separados, que reúnem subgrupos muitas vezes em evidente contraste social entre si. As diferenças de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros pode gerar Paula Rosa CP 5 uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente. Em linhas gerais se poderia afirmar que os sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram. Quanto aos roma de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. Sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem. Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos. No casamento, tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. É possível a um rom casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não-rom, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições rom. Vige naturalmente o dote, especialmente para os ciganos; no grupo dos sintos, tende-se a realizar o casamento através da fuga e consequente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores. No que se refere à morte e aos ritos a ela conexos, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos sintos parece prevalecer o costume de se queimar a Paula Rosa CP 5 kampína (o trailer) e os objectos pertencentes ao defunto. Entre os ritos fúnebres praticados pelos roma está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto. Além da família extensa, entre os roma encontramos a kumpánia, ou seja, o conjunto de várias famílias (não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo ou a subgrupos afins. O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre os roma, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem para dirimir eventuais controvérsias. Entre os roma, a máxima autoridade judiciária é constituída pelo krisnitóri, isto é, por aquele que preside a kris. A kris é um verdadeiro tribunal rom, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados inerentes a controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciãos designados, presididos pelo krisnitóri, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer. Em tempos recentes a controvérsia se resolve, em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais. Paula Rosa CP 5 Religião Os roma não têm uma religião própria, não reconhecem um deus próprio, nem sacerdotes, nem cultos originais. Parece singular o fato de que um povo não tenha cultivado no decorrer dos séculos crenças particulares em mérito à divindade, nem mesmo formas primitivas de tipo antropomórfico ou totémico. O mundo do sobrenatural é constituído pela presença de uma força benéfica, Del ou Devél, e de uma força maléfica, Beng, contrapostas entre si numa espécie de zoroastrismo, provável resíduo de influências que esta crença teve sobre grupos que em época remota atravessaram a Pérsia. Existem pois, nas crenças ciganas, uma série indefinida de entidades, presenças que se manifestam sobretudo à noite. Quanto à religião, em geral os roma parecem ter-se adaptado no decorrer da história às confissões vigentes nos países que os hospedaram, mas sua adesão parece ser exterior e superficial, com maior atenção aos aspectos coreográficos das cerimónias, como procissões, peregrinações, próprias de uma religiosidade popular ainda largamente cultivada no âmbito católico. Um sinal de mudança se dá pela difusão do movimento pentecostal, ocorrida a partir dos anos 50, através da Missão Evangélica Cigana, surgida na França. Em seguida a isso, registram-se todavia profundas lacerações no interior de muitas famílias, devido às radicais mudanças de costume que tal adesão impõe e que encontram explicação na natureza fundamentalista do movimento religioso em questão. T crítica e de discernimento de cada indivíduo. Paula Rosa CP 5 O Papel da Mulher na Etnia Cigana A beleza física da mulher é valorizada desde a infância, acompanhando-a no seu crescimento, uma vez que é um aspecto importante para conseguir melhores “pretendentes” para casar. Quando atinge a pré-adolescência, é, em regra, retirada da escola, por diversas razões: “despertar” do corpo, receio de envolvimento com rapazes não ciganos e atribuição de funções sociais e familiares pré-definidas. A pré-adolescente passa a ser vista na comunidade como uma “solteirinha” e os pais investem nas filhas com o objectivo de conseguir um “bom casamento” (família do pretendente estar bem inserida na comunidade cigana, poder monetário e social). Este “investimento” traduz-se na valorização da imagem (através das roupas e jóias) e da aprendizagem de determinados comportamentos, tidos como correctos e essenciais para uma futura esposa: saber dançar e cantar, ser “sossegada”, ser boa dona de casa e boa mãe. Quando a família entende que a adolescente está preparada para o casamento, é apresentada à restante comunidade. Paula Rosa CP 5 O Casamento O “pedimento” geralmente é feito através das famílias, mas também pode ser feito pelo próprio pretendente. Depois da consumação do casamento, a sogra terá que ter acesso à “prova da virgindade” da noiva, que guarda para si. No caso da mulher não ser virgem, o homem tem o direito de rejeitar o casamento e a noiva regressa a casa dos pais, apesar da vergonha que tal facto representa para a família. A família A precocidade do primeiro filho é um elemento integrante do estatuto de mãe que a cultura reconhece à mulher e reforça o elo de ligação entre as duas famílias. A primeira gravidez é um complemento natural e esperado do jovem casal, independentemente da idade da mulher. Só o segundo filho será planeado. Paula Rosa CP 5 A adesão às práticas contraceptivas é maior por parte das mulheres mais jovens. No entanto, esta prática na maioria das vezes não é precedida de aconselhamento médico. Toda a família alargada se envolve no processo educativo das crianças, embora a mãe assuma um papel preponderante. Uma mulher cigana só ganha estatuto de maior respeito dentro da comunidade quando atinge a faixa etária dos 50/60 anos. A Mulher e o Luto No caso de viuvez, a importância social da mulher é diminuída, perdendo direitos dentro da comunidade. O luto é para toda a vida. A mulher deixa de ser chamada pelo seu nome próprio e passa a ser a “viúva” do marido; passa vestir-se de preto o resto de sua vida. Ou seja, a mulher é “anulada”, deixa de existir enquanto pessoa e passa a ser a “sombra” do marido falecido. Deixa de poder usar qualquer coisa que a embeleze ou chame a atenção para a sua feminilidade. Algumas tradições do luto na mulher:corte de cabelo, às tesouradas, e o cabelo cortado é colocado no caixão do marido que vai a enterrar);roupas pretas e largas; sapatos sem salto; lenço na cabeça; não pode usar qualquer acessório de beleza; não pode usar produtos de cosmética; a sua participação em eventos sociais é limitada. Os ciganos em Portugal A etnia cigana encontra-se em Portugal há, pelo menos, cinco séculos, sendo, comparativamente a outros grupos étnicos minoritários e com menos tempo de permanência no território nacional, a que mais se distingue da sociedade dominante. O Paula Rosa CP 5 elemento que marca esta tão forte distinção é a forma como esta etnia conseguiu preservar durante séculos a sua cultura e modos de vida, quase sempre à margem da sociedade, destacando-se, principalmente, a resistência sistemática pela integração escolar e profissional. A cultura cigana aparece como uma identidade étnica que não se rege pelos mesmos valores da cultura dominante, o que se reflecte em todas as dimensões da sua organização familiar e social. Contudo, as alterações da sociedade foram exercendo alguma pressão e levando a novos esforços de adaptação, a novas ocupações e condições de vida. Numa sociedade maioritária voltada para o trabalho e para o consumo, a etnia cigana vai sofrendo mudanças nos seus valores e estilos de vida e muitos dos seus membros, principalmente os jovens adultos, encontramse divididos entre a necessidade de integração na sociedade dominante e o desejo de preservação da sua identidade e autonomia étnica. Um dos condicionalismos a nível de inserção profissional é facilmente verificado no caso das mulheres: na tradição cigana, estas não têm acesso à escolaridade básica (já de si muito reduzida a nível da comunidade em geral) e não lhes cabe trabalhar para além da ocupação nas actividades domésticas e dos cuidados dos filhos, ou da ajuda ao marido em actividades tradições de venda e comércio ambulante. Por isso, existe muita resistência da parte da comunidade cigana relativamente ao trabalho feminino. Paula Rosa CP 5 Integração de estrangeiros na comunidade As associações culturais, institucionais têm um papel fundamental na integração de residentes estrangeiros em território nacional, estrangeiros quais uma os vez direitos que que ensinam têm; aos os cidadãos documentos necessários para puderem trabalhar, arrendar uma casa. Ajudam a compreender melhor a cultura, hábitos e costumes da nova comunidade para que seja mais rápida a integração. Estas associações são facilitadoras na relação uns com os outros, diminuindo por sua vez a exclusão. As ONG’s conseguem esbater as desigualdades sociais levando alimentos, água, medicamentos e outros bens de primeira necessidade para os mais necessitados. A AMI é um bom exemplo disso, especialmente em caso de catástrofe auxilia os que mais precisam e os que nada têm. Paula Rosa CP 5 A minha opinião Casamento entre o mesmo sexo No que diz respeito ao casamento entre indivíduos do mesmo sexo não concordo que se chame casamento, uma vez que a instituição casamento foi criada para constituir família. Concordo sim que houvesse um compromisso oficial. Clonagem A clonagem sou totalmente contra, pelos riscos que acarreta, e porque cada ser vivo é único e é nessa unicidade que está a beleza no sermos todos iguais todos diferentes. Até porque a clonagem nunca pode ser feita à parte psíquica, nós somos também o meio que nos rodeia, as experiências que vivemos. Paula Rosa CP 5 Eutanásia É uma problemática bastante discutível, na medida em que deve ser sempre muito doloroso para uma pessoa participar na eutanásia, mas o grau de sofrimento da pessoa que não quer viver mais e, o grau de afinidade deve pesar sempre na decisão. Barriga de aluguer Não deixa de ser uma solução para quem quer ter um filho, mas eu pessoalmente não conseguiria ser uma barriga de aluguer, pois durante a gestação criam-se laços afectivos muito fortes. Paula Rosa CP 5 Aborto O aborto tem que ser feito com consciência e responsabilidade. Cabe a cada um tomar essa decisão, mas não devendo por isso, haver descuidos. Quem não quiser engravidar tem que tomar as devidas precauções, para que tal não aconteça. Penso que ninguém o faz por gosto e que uma mulher que o faz é porque não tem condições para tê-lo. É preferível optar pelo aborto do que pôr uma criança no mundo e não lhe poder dar uma vida digna e todo o amor e carinho a que todas as crianças têm direito. Paula Rosa