HIPERADRENOCORTICISMO CANINO â•fi Relato - PROEC

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X Congresso de Extensão da UFLA
Medicina Veterinária
HIPERADRENOCORTICISMO CANINO - Relato de caso
JÉSSICA BERNARDO DEL RIO - Médica Veterinária Residente do Hospital Veterinário da
UFLA.
BRUNA FRIAS HENRIQUE - Médica Veterinária Residente do Hospital Veterinário da UFLA.
DÉBORAH DE OLIVEIRA FREITAS - Médica Veterinária Residente do Hospital Veterinário
da UFLA.
GABRIELA PIMENTA DE ARAÚJO MOTTA - Médica Veterinária Residente do Hospital
Veterinário da UFLA.
CARINA AVENIENTE AMARAL - Médica Veterinária Residente do Hospital Veterinário da
UFLA.
RUTHNÉA APARECIDA LÁZARO MUZZI - Professora adjunta, DMV/UFLA.
Resumo
O hiperadrenocorticismo canino (HAC) é caracterizado pela produção ou administração
excessiva de glicocorticoides e os efeitos da hipercortisolemia. O HAC é classificado como
sendo dependente de pituitária, dependente de adrenocortical ou iatrogênico, sendo este
último resultante da administração excessiva de corticoides. O HAC hipófise-dependente
é caracterizado pela secreção inapropriada de ACTH pela hipófise e o adrenal-dependente
é causado por um distúrbio adrenal primário, como um tumor adrenocortical, porém
também pode ser atípico, devido a transtornos na produção de precursores esteroides.
Os principais sinais clínicos observados são polifagia, poliúria, polidpsia, abdômen abaulado
e hepatomegalia, também podem ser observados atrofia e fraqueza muscular e pele fina e
inelástica. Cães acima de 6 anos e das raças Poodle, Dachshunds, várias raças Terrier,
Pastores alemães e Labradores são mais predispostos a adquirir esta doença. Nos exames
laboratoriais pode-se observar aumento na atividade das enzimas Alanina aminotransferase
(ALT) e Fosfatase alcalina (FA), hipercolesterolemia e densidade urinária inferior a 1015. O
exame ultrassonográfico (US) pode detectar tumores adrenocorticais, adrenais normais ou
bilateralmente aumentadas. O diagnóstico é realizado por meio da dosagem de cortisol
sérico pelo teste de estimulação com ACTH ou supressão com baixa ou alta dose de
dexametasona. Foi atendida no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Lavras uma
cadela, sem raça definida, 15 anos de idade, 15,1kg, com queixa de polifagia, poliúria,
polidpsia e aumento do volume abdominal. Ao exame clínico foi observado hiperqueratose da
região ventral do abdômen, abdômen abaulado, glicemia 69 mg/dl após 3 horas da
alimentação, hipercolesterolemia e aumento das enzimas FA e ALT. Ao US, foi observado
aumento da adrenal bilateral. O animal foi submetido ao teste de supressão com baixa dose de
Dexametasona, sendo diagnosticado hipercortisolemia. O tratamento baseou-se na
administração de Trilostano 1mg/kg a cada 12 horas, Silimarina 12mg/kg a cada 24 horas e
Ácido ursodesoxicólico 10 mg/kg a cada 24 horas, até novas recomendações. O animal
retornou após 30 dias de tratamento e houve remissão satisfatória dos sinais clínicos da
doença. O tratamento com Trilostano foi mantido e tem apresentado resposta clínica
satisfatória.
Palavras-Chave: hipercortisolemia, cães, dexametasona.
Instituição de Fomento: DMV
Sessão: 1
No. Apresentação: 067
Identificador: 2662-16-2737
Dezembro de 2015
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