anais xix jabro

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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 6| FORAME MENTUAL ACESSÓRIO: RARA VARIAÇÃO ANATÔMICA
DETECTADA ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Ludmila de Faro Valverde, Marianna Guanaes Gomes Torres, Manuela Torres
Andion Vidal, Paulo Sérgio Flores Campos, Iêda Margarida Crusoé-Rebello
O forame mentual (FM) consiste numa abertura na porção vestibular da mandíbula,
bilateral, por onde emergem terminações nervosas, artérias e veias
correspondentes. Na prática odontológica, a importância desta estrutura está
relacionada especialmente ao posicionamento de implantes dentários, bem como
outros processos cirúrgicos na região. Radiograficamente, o FM é observado como
uma área radiolúcida arredondada ou oval, à altura dos ápices dos pré-molares
inferiores. Em uma hemi-mandíbula, o FM normalmente é uma estrutura única, mas
já existem relatos, apesar de raros, sobre a presença de variações anatômicas em
relação à quantidade de FM, o qual pode apresentar forames acessórios, bem como
estar ausente. É de grande importância a identificação de variações anatômicas em
exames imaginológicos pré-cirúrgicos, uma vez que danos em feixes
neurovasculares podem influenciar diretamente no sucesso terapêutico. Este
trabalho descreve a presença de um forame mentual acessório(FMA), em região de
mandíbula direita, detectado previamente à colocação de implantes dentários,
através de tomografia computadorizada de feixe cônico. Cortes axiais sequenciais
no sentido crânio-caudal, cortes parassagitais sequenciais de 1mm em 1mm no
sentido disto-mesial e cortes coronais no sentido póstero-anterior evidenciaram a
presença de dois FM do lado direito da mandíbula, enquanto que no lado esquerdo
apenas um forame podia ser identificado. Ao nível da região de segundo pré-molar,
antes da sua abertura na porção vestibular da mandíbula, o canal mandibular do
lado direito apresentou uma ramificação, com curso intra-ósseo distinto e
independente, com direcionamento para posterior, e abertura adicional na cortical
vestibular da mandíbula. O FM e o FMA, com 2,83mm e 1,75mm de diâmetro,
respectivamente, apresentavam-se na mesma altura, estando o acessório
ligeiramente para posterior. O FM do lado esquerdo apresentava-se único, na
mesma altura dos demais, mas com um diâmetro maior de 4,84mm.
Palavras-chaves:
forame
mentual,
computadorizada de feixe cônico.
variação
anatômica,
tomografia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/6.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 7| VARIANTE AGRESSIVA DO GRANULOMA CENTRAL DE CÉLULAS
GIGANTES ASSOCIADAS À LESÃO FIBRO-ÓSSEA BENÍGNA: UM CASO
INCOMUM DE LESÃO HÍBRIDA
Ludmila de Faro Valverde, Marianna Guanaes Gomes Torres, Iêda Margarida
Crusoé-Rebello, Jean Nunes dos Santos, André Carlos de Freitas, Paulo Sérgio
Flores Campos
Lesões híbridas são caracterizadas pela associação de aspectos de diferentes
patologias em uma única lesão. Lesões híbridas compostas por granuloma de
células gigantes e componentes fibro-ósseos são raras, com apenas nove relatos na
literatura acometendo os maxilares. As lesões fibro-ósseas (LFO) dos maxilares
formam um grupo heterogêneo, caracterizado pela substituição do osso normal por
um tecido fibrovascular contendo um produto mineralizado recém-formado. O
Granuloma Central de Células Gigantes (GCCG) dos maxilares é considerado uma
lesão intra-óssea que, devido a seus aspectos histológicos, características
biológicas dinâmicas e padrão clínico variável, pode ser classificada como um
neoplasma verdadeiro associado a um processo reativo proliferativo. O
comportamento clínico dessa lesão é amplamente variável e o GCCG tem sido
classificado em lesões agressivas e não agressivas, sendo a maioria dos casos
descritos do tipo não agressivos e assintomáticos. Todos os casos de lesão híbrida
previamente relatados são caracterizados pela associação de uma LFO com GCCG
do tipo não agressivo. Este trabalho descreve um caso incomum de lesão híbrida,
com associação de LFO com GCCG do tipo agressivo, em mandíbula direita, com
desenvolvimento de até dois anos. A tomografia computadorizada multislice com
cortes axiais de 0,6mm e incrementos de 0,6mm e reconstruções para-sagitais e
para-coronais com cortes de espessura de 1,0mm evidenciaram lesão insuflante na
região posterior do lado direito da mandíbula, medindo aproximadamente 28,39 x
32,40 x 19,27mm, com aspecto multilocular, distendendo e perfurando as corticais
vestibular e lingual, erodindo e distendendo também a basilar e invadindo o canal
mandibular (rebatido para vestibular). A enucleação da lesão, com curetagem e
margem de segurança, foi realizada e, ao exame anatomopatológico, o diagnóstico
foi de lesão central de células gigantes associada à fibroma ossificante. Em
proservação de 17 meses, observou-se neoformação óssea consistente.
Palavras-chaves: lesão híbrida, granuloma central de células gigantes, lesão fibroóssea.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/7.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 8| ESTUDO DOS PADRÕES DE ARTEFATOS EM IMAGENS OBTIDAS
POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Karla de Faria Vasconcelos, Laura Ferreira Pinheiro Nicolielo, Francisco Haiter Neto,
Frab Norberto Bóscolo, Jeroen Van Dessel, Reinhilde Jacobs
Universidade Católica de Leuven, Bélgica.
A presença de materiais de alta densidade, como a guta-percha, pode provocar
artefatos em imagens tomográficas, comprometendo-as, e gerando imagens
inadequadas para fins de diagnóstico. O principal objetivo da presente pesquisa foi
avaliar subjetivamente os padrões de artefatos em imagens tomográficas obtidas de
dentes obturados com guta-percha, em diferentes aparelhos de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Após aprovação pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade de Hasselt/Bélgica, protocolo número S55619, dez dentes
pré-molares humanos tratados endodonticamente foram posicionados em alvéolos
vazios de um crânio macerado. Utilizando filtro de cobre para simular a atenuação
dos tecidos moles da face, as imagens foram adquiridas nos tomógrafos:
Accuitomo3D®, WhiteFox®, Scanora 3DX® e Cranex3D® seguindo protocolos de
alta resolução e de redução de artefatos. Os observadores julgaram cada imagem,
separadamente, quanto à presença ou ausência de três tipos de artefatos de
imagem: halo hipodenso, cuppingartefacte estrias. Após registro das imagens no
software OnDemand3D™, as mesmas foram avaliadas por três radiologistas
bucomaxilofaciais por meio da observação individual das reconstruções axiais,
coronais e sagitais previamente selecionadas e em ambiente apropriado.O Kappa
te
-1.0) e entre
-0.9). O teste Chi-Square evidenciou diferença estatística
significante entre os padrões de artefatos e os diferentes tomógrafos avaliados
(p=0.0001). Cuppingartefact foi o mais prevalente dos artefatos (70%), seguido do
halo hipodenso (35%) e estrias (16%). O protocolo EndoMode com redução de
artefatos não revelou melhorias na imagem. Foi observada também, diferença
significativa quanto à presença de estrias nos cortes axiais (α=0.05).A variação no
padrão de artefatos entre imagens tomográficas de dentes tratados
endodonticamente com guta-percha revelou ser significante, com alguns aparelhos
tomográficos apresentando comportamento significantemente inferior.
Palavras-chaves: artefatos,
endodontia, diagnóstico.
tomografia
computadorizada
de
feixe
cônico,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/8.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 9| CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES RADIOGRÁFICAS
SISTÊMICAS EM DIFERENTES GENÓTIPOS DA DOENÇA FALCIFORME
E
Frederico Sampaio Neves, Cristina Pinho Passos, Christiano Oliveira Santos, Iêda
Crusoé Rebello, Maria Isabela Guimarães Campos
Alterações orofaciais têm sido descritas em portadores de doença falciforme (DF),
entretanto seu valor preditivo para o quadro sistêmico da doença é pouco discutido.
O objetivo deste trabalho foi investigar, em indivíduos portadores de DF, a possível
correlação entre alterações radiográficas orofaciais e severidade sistêmica da
doença. O presente estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa da FO-UFBA (protocolo 42/2008) e todos os indivíduos assinaram um
termo de compromisso livre e esclarecido. Radiografias panorâmicas de 71
indivíduos com DF, sendo 36 portadores de anemia falciforme (genótipo SS) e 35
portadores de doença SC (genótipo SC), foram avaliadas para a presença das
seguintes alterações ósseas: áreas radiopacas na maxila e/ou mandíbula, maior
espaçamento do trabeculado ósseo, arranjo horizontal do trabeculado no osso
alveolar e ausência de visualização das corticais do canal mandibular. Por meio de
questionamento direto foi investigado histórico de icterícia, necrose da cabeça do
fêmur, úlceras nas pernas e acidente vascular cerebral (AVC). Os dados foram
submetidos à análise estatística com auxílio do teste qui-quadrado (p≤0.05).
Correlações estatísticas significantes foram observadas entre histórico de icterícia e
maior espaçamento do trabeculado ósseo (p=0.021); e entre a presença do arranjo
horizontal do trabeculado ósseo e histórico de AVC (p=0.038). Tais resultados
sugerem que o maior espaçamento do trabeculado ósseo, decorrente da
proliferação compensatória da medula óssea, indica um fenótipo sistêmico
hemolítico representado pela ocorrência de icterícia.
Palavras-chaves: anemia falciforme, doença falciforme, alterações bucais.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/9.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 10| VARIAÇÃO ANATÔMICA DO CANAL NASOPALATINO: DOIS CANAIS
ACESSÓRIOS DETECTADOS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Manuela Torres Andion Vidal, Ludmila de Faro Valverde, Iêda Margarida Crusoé
Rebello, Paulo Sérgio Flores Campos, Marianna Guanaes Gomes Torres
O canal nasopalatino (CNP) é uma estrutura longa e delgada, localizado na região
anterior da maxila, que conecta o teto da cavidade oral ao assoalho da fossa nasal.
O interior do CNP contém o nervo nasopalatino e o ramo terminal da artéria
nasopalatina. Radiograficamente, as paredes laterais do CNP podem ser vistas
como um par de linhas radiopacas que se prolongam do forame incisivo até o
assoalho da fossa nasal. Os exames radiográficos em três dimensões, como a
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), têm permitido uma melhor
visualização de detalhes e variações anatômicas do CNP. O conhecimento
detalhado das variações em forma, número e tamanho do CNP é fundamental para
a realização de procedimentos cirúrgicos, como a anestesia local da região anterior
da maxila e a colocação de implantes dentários, visando evitar que artérias e nervos
importantes sejam lesados. Estudos relacionados com as variações anatômicas do
CNP são escassos na literatura e nenhum caso de CNP com dois canais adicionais
foi descrito. Este trabalho relata um caso raro de CNP trífido. Paciente do gênero
feminino, 47 anos, realizou TCFC para planejamento de tratamento reabilitador com
implantes dentários. Em cortes tomográficos axiais e sagitais observou-se uma
trifurcação do canal nasopalatino, com cada canal apresentando-se separado dos
demais por septos ósseos e estendendo-se independentemente do assoalho da
fossa nasal até o forame incisivo. Diversos procedimentos cirúrgicos são realizados
na região anterior de maxila, por isso, é necessária a análise criteriosa de toda a
trajetória do CNP para a identificação de possíveis variações anatômicas que
possam interferir no planejamento cirúrgico.
Palavras-chaves: canal nasopalatino, variação anatômica, implante dentário,
tomografia computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/10.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 11| VARIAÇÃO ANATÔMICA INCOMUM DO CANALIS SINUOSUS:
RAMO ACESSÓRIO COM FORAME NO PALATO
Manuela Torres Andion Vidal, Ludmila de Faro Valverde, Iêda Margarida Crusoé
Rebello, Paulo Sérgio Flores Campos, Marianna Guanaes Gomes Torres
O canalis sinuosus (CS) é um canal neurovascular por onde passa o nervo alveolar
anterior superior, além de artérias e veias correspondentes. Este canal é pouco
reconhecido em exames imaginológicos, apesar de sua importância no
trans e pós-cirúrgico ser evidente. Não existem estudos ou relatos de casos de
variações anatômicas relacionadas a este canal. Relatamos um caso de uma
variação anatômica rara do CS, caracterizada pela presença de um ramo acessório
e um forame na região de palato duro, detectados por tomografia computadorizada
de feixe cônico (TCFC) antes da colocação de implantes dentários. Paciente do
gênero feminino, 47 anos, realizou TCFC e observou-se na região medial ao dente
23, um ramo acessório calibroso do CS, que percorre um curso intra-ósseo em
direção inferior e posterior até desembocar em um forame localizado no palato duro,
levemente para medial do dente 23. A localização desta ramificação, bem como o
seu componente neurovascular, é importante para planejamento de implantes
dentários por causa de sua proximidade com os dentes superiores. Portanto, a
identificação de estruturas anatômicas nobres e suas variações é de fundamental
importância, especialmente através da análise tomográfica, a qual irá permitir uma
melhor qualidade no diagnóstico e no planejamento tratamento reabilitadores,
evitando complicações para o paciente.
Palavras-chaves: canalis sinuosus, variação anatômica, implante dentário,
tomografia computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/11.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 12| ULTRASSONOGRAFIA - REABILITAÇÃO MANDIBULAR COM
ENXERTOS ÓSSEOS VASCULARIZADOS-NÃO VASCULARIZADOS: REVISÃO
DE LITERATURA
Marina GazzanoBaladi, Bertani TD, Abdala RJ, Aoki EM, Emiko AS, Freitas CF.
Enxertos ósseos autólogos é um recurso que atualmente constitui uma importante
ferramenta na reabilitação tridimensional de defeitos ósseos envolvendo a crista
alveolar e o osso basal, cuja causa esteja associada a situações de patologia
tumoral (benigna ou maligna) ou de trauma, que resulte na perda de continuidade
das corticais ósseas. Nesta revisão, os autores visam efetuar uma análise do estado
da arte abordando os diversos tipos de “enxertos ósseos autólogos”, destacando os
diferentes tipos ósseos e as respectivas vantagens, desvantagens e implicações
quer na perspectiva estrita da cirurgia reconstrutiva, quer em termos de reabilitação
oral com implantes osteointegrados. Para o efeito, foi efetuada uma pesquisa
bibliográfica utilizando as bases de dados PubMed e SIBI, selecionando-se, metaanálises, artigos de revisão, relatos de caso, em inglês e/ou português, publicadas
no período compreendido entre 2003 e 2014. As palavras-chaves utilizadas foram
"defeitos ósseos", "implantes osteointegrados”, "reabilitação oral e ultrassonografia”.
Objetivos funcionais, estéticos e sociais, foram alcançados por meio de
reconstruções com “enxertos ósseos autólogos”. Dentre eles, os mais citados, e os
mais utilizados foram os da Crista Ilíaca e o osso basal, visando a verificação dos
resultados clínicos da região doadora (a morbidade), bem como a qualidade do local
para uma futura reabilitação mandibular com implantes osteointegrados, com a
averiguação da vascularização da região enxertada por meio da ultrassonografia
modo B e Doppler. Mais estudos de comparação dos enxertos ósseos livres, como
este são necessários para melhorar evidências científicas nesta importante área.
Palavras-chaves: ultrassonografia, enxertos ósseos, crista hilíaca, osso basal,
implantes.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/12.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 13| VALIDADE DA ÁGUA E ACRÍLICO COMO MATERIAIS
SIMULADORES DE TECIDOS MOLES EM ESTUDO IN VITRO REALIZADO COM
TCFC
Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Gustavo Machado Santaella, Karina Lopes
Devito, Eduardo Stelling Urbano, Luciana Asprino, Francisco Haiter-Neto
O objetivo no presente estudo foi validar os materiais águae acrílico como
simuladores de tecidos moles em um estudo in vitro realizado com tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Este trabalho foi aprovado pelo CEPFOP/UNICAMP, sob o protocolo n. 129/2013. Foram utilizadas três cabeças
humanas, com tecidos moles intactos, para determinação do padrão-ouro. Para
simulação dos tecidos moles foram confeccionadas três caixas acrílicas com
diferentes espessuras (0,5 1,5 e 1,0 cm). Estas caixas foram utilizadas
isoladamente, conjugadas entre si e em combinação com a água, totalizando dez
diferentes tipos de simuladores. As imagens foram obtidas no tomógrafo de feixe
cônico i-CAT New Generation. Posteriormente estas cabeças foram totalmente
descarnadas e tomografados no mesmo aparelho, utilizando os dez tipos de
simuladores. Um único avaliador experiente realizou as mensurações em quatro
regiões de interesse para maxila e mandíbula: dentes e ossos anteriores e
posteriores. As regiões de interesse consistiram em áreas quadrangulares, nas
quais eram determinados todos os valores de cinzas expressos em pixels presentes
para cada área. Os resultados mostraram que tanto a região quanto os tipos de
simuladores interferem diretamente nos valores de pixels obtidos. As caixas acrílicas
de 0,5 e 1,5 cm de espessura foram os simuladores que mais se assemelharam ao
padrão, para as regiões dentárias. Como conclusão, a simulação dos tecidos moles
feita apenas com o acrílico é a que mais se aproxima do padrão nas imagens de
TCFC.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, tecidos moles,
simuladores.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/13.pdf
15
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 14| EFEITO NO ATRASO DO ESCANEAMENTO DE IMAGENS
OBTIDAS EM DOIS SISTEMAS DE PLACAS DE FÓSFORO NO DIAGNÓSTICO
DE FRATURA RADICULAR VERTICAL
Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento, Maria Augusta Portella Guedes Visconti,
Liana Matos Ferreira, Marília Ayres Suarez, Deborah Queiroz de Freitas
Na prática clínica, muitas vezes não é possível escanear as placas de
armazenamento de fósforo (PSP) imediatamente após a sensibilização para
obtenção da imagem radiográfica. Sendo assim, o objetivo no presente estudo foi
avaliar, objetiva e subjetivamente, a influência do tempo de espera no
escaneamento de imagens digitais obtidas com PSPs de dois diferentes sistemas
digitais. Após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa (nº 016/2013), foram
utilizados 40 dentes humanos unirradiculares, 20 sem fratura e 20 com fratura
radicular vertical, induzidas em uma máquina de ensaio universal. Os 40 dentes
foram radiografados em dois sistemas digitais, o VistaScan® e o Express®,
juntamente com escala de densidade de alumínio, sendo as placas escaneadas
imediatamente, 30 minutos, 2 e 4 horas após a aquisição. Três examinadores
avaliaram todas as imagens e, após trinta dias, 25% da amostra foi reavaliada. As
reprodutibilidades intra e interexaminador variaram de moderada a substancial e
razoável a moderada, respectivamente. A análise de variância não demonstrou
diferença significante entre os diferentes tempos de espera em relação à
sensibilidade, acurácia e especificidade; entretanto, houve diferença para a área sob
a curva ROC, sendo que o tempo de 4 horas apresentou valores menores em
relação aos demais. Para a análise objetiva, a análise de variância demonstrou
diferença entre todos os tempos no sistema digital Express, com aumento dos
valores com o aumento do tempo de espera; já para o sistema VistaScan, no geral
houve diminuição dos valores com o aumento do tempo de espera, porém os
tempos 30 minutos e 2 horas não diferiram entre si. Concluiu-se que houve diferença
no grau de escurecimento das imagens, porém, sem interferir no diagnóstico de
fratura radicular vertical. Entretanto, o tempo de espera de 4 horas para o
escaneamento das PSPs deve ser evitado. Faculdade de Odontologia de Piracicaba
– Universidade Estadual de Campinas
Palavras-chaves: radiografia dentária, sistemas digitais, placas de armazenamento
de fósforo .
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/14.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 15| DIAGNÓSTICO DE ASSIMETRIA DAS CABEÇAS DA MANDÍBULA:
COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Silvany Niemeier Meller, Vinícius César Barbosa de Menezes, Vania Regina
Camargo Fontanella
Estudos têm sido realizados para avaliar tamanho, forma, volume e simetria das
cabeças da mandíbula, contudo os critérios para classificar assimetria não estão
plenamente estabelecidos. Este estudo avaliou, em uma amostra de exames de
tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC), se a forma de verificar a
assimetria impacta nos resultados. Após aprovação pelo Comitê de Ética
Institucional (parecer 319.969/2013) foram incluídos no estudo exames por TCFC e
fichas clínicas de 72 pacientes adultos cujos volumes eram visualizadas ambas as
ATMs. Um examinador treinado e calibrado mensurou duas vezes a inclinação da
cabeça da mandíbula, suas dimensões e área, bilateralmente. Os dados foram
inicialmente analisados por meio de estatísticas descritivas, estabelecendo o
percentual de indivíduos assimétricos de acordo com o Índice de Assimetria (IA).
Para a comparação das mensurações lineares, angulares e de área entre os lados
direito e esquerdo, assim como entre os sexos, foi utilizado o teste t-Student para
amostras pareadas. A amostra foi constituída por exames de 47 mulheres e 25
homens, com idade média de 55,3±11,4 anos. Não houve diferença significativa
entre os valores das duas medições realizadas pelo examinador. O IA médio foi de
2,81±2,29 para a distância mediolateral, 8,13±6,55 para a distância anteroposterior,
4,43±3,67 para o ângulo e 4,59±3,59 para área. Houve predominância de assimetria
não significativa para o diâmetro mediolateral, ângulo e área, assim como de
assimetria moderada para o diâmetro anteroposterior. Houve diferença significativa
entre os lados para o ângulo, com valores superiores à esquerda, entre os sexos
para as medidas de área e diâmetro mediolateral, com valores maiores para os
homens. A análise estatística e o índice de Assimetria podem levar a diferentes
resultados na análise das dimensões da cabeça da mandíbula em imagens de TCFC
de indivíduos adultos.
Palavras-chaves:
côndilo
mandibular,
computadorizada de feixe cônico.
assimetria
facial,
tomografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/15.pdf
17
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 16| INFLUÊNCIA DOS FILTROS DE IMAGEM NO DIAGNÓSTICO DE
FRATURAS RADICULARES EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Liana Matos Ferreira, Helena Aguiar
Ribeiro do Nascimento, Roberta Ruano Dallemole, França DQF.
Atualmente, um método auxiliar solicitado para o diagnóstico de fratura radicular é a
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), que permite a utilização de
ferramentas, como a aplicação de filtros de imagem, que podem contribuir para o
diagnóstico. O objetivo no presente estudo foi avaliar a influência dos filtros de
imagem – suavização (S9, smooth e smooth3X3) e realce (sharpen, sharpen-mild,
sharpen 3X3) - para o diagnóstico de fratura radicular vertical (FRV).Este trabalho foi
devidamente aprovado pelo CEP-FOP/UNICAMP, sob o protocolo n.025/2013.
Foram utilizados 40 dentes humanos unirradiculares, divididos em dois grupos de 20
dentes cada: grupo controle e grupo com FRV. As imagens foram adquiridas com
oaparelho de TCFCi-CAT Next Generatione avaliadas por 3observadores; após 30
dias, 20% da amostra foi reavaliada. Pelo teste Kappa ponderado, a concordância
intra-avaliador variou de 0,15 a 0,41e a inter-avaliador de 0,17 a 0,23. Pela análise
de variância two-way,houve diferença significativa na acurácia e especificidade. Para
a acurácia, o filtro sharpen-mild diferiu apenas do filtro sharpen; porém, esses não
diferiram dos demais. Na especificidade, os filtros S9, smooth e a condição sem filtro
diferiram apenas do filtro sharpen; porém, não diferiram dos demais. Para
especificidade, não houve diferença. Concluiu-se que a aplicação de filtros nas
imagens tomográficas não influenciou o diagnóstico de FRV.
Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, fratura radicular,
diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/16.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 17| EFEITO DE ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDE NA
REPARAÇÃO ALVEOLAR EM RATOS IRRADIADOS: ANÁLISE POR
MICROTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Mayra Cristina Yamasaki, Roque-Torres GD, Nejaim Y, Freitas DQ
Visto que a radioterapia pode desencadear condições indesejadas no complexo
maxilomandibular, embora seja fundamental no tratamento de neoplasias malignas
de cabeça e pescoço, o objetivo desse estudo foi avaliar, por meio de análise por
microtomografia computadorizada, o efeito radioprotetor de anti-inflamatório não
esteroide (AINE) na reparação alveolar em mandíbulas de ratos. Para isso, após
aprovação no Comitê de Ética no Uso de Animal sob protocolo número 3048-1, 40
ratos Albinus Wistar machos foram divididos em 4 grupos: Controle (GC), Irradiado
(GI), AINE (GA) e AINE Irradiado (GAI). Com 75 dias, administrou-se 0,2 mg/kg do
AINE Meloxicam nos animais do GA e GAI. Uma hora depois, realizou-se a
irradiação dos animais do GI e GAI com dose única de 15 Gy de radiação X na
região de mandíbula. Decorridos 40 dias, realizou-se a exodontia dos primeiros
molares inferiores dos animais, sendo 5 sacrificados após 15 dias e 5 após 30 dias.
Por fim, submeteu-se a região de reparação alveolar à microtomografia
computadorizada para análise dos parâmetros da microestrutura óssea, como:
fração de volume ósseo, espessura trabecular média, número trabecular médio e
separação trabecular média. A análise de variância demonstrou que, aos 15 dias, a
fração de volume ósseo e a espessura trabecular média no GC e GA apresentaramse estatisticamente superiores ao GI e GAI; o número trabecular médio no GA foi
superior apenas ao GI e a separação trabecular média mostrou-se inferior no GI em
relação aos demais. Entretanto, aos 30 dias, não houve diferença significante nos
parâmetros da microestrutura óssea entre os grupos, com exceção da separação
trabecular média que foi inferior no GI em relação ao GC e GA. Concluiu-se, assim,
que o AINE, embora não tenha demonstrado evidente efeito radioprotetor,
apresentou efeito positivo na estrutura trabecular da reparação alveolar.
Palavras-chaves: radiação ionizante, protetores contra radiação, anti-inflamatórios
não esteroides.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/17.pdf
19
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 19| COMPARAÇÃO DAS MEDIDAS LINEARES EM MANDÍBULAS
OBTIDAS EM DOIS TOMÓGRAFOS DE FEIXE CÔNICO PARA O
PLANEJAMENTO DE IMPLANTES DENTÁRIOS
Luciana Barreto Aguiar, Paulo Sergio Flores Campos, Glaucia Maria Bovi
Ambrosano
O objetivo deste estudo foi avaliar a validade de medidas verticais lineares para fins
de inserção de implantes dentários em mandíbula a partir de imagens paracoronais
diagonais (tomógrafo k9000 3D) e imagens paracoronais ortogonais (tomógrafo iCAT). A amostra consistiu de 11 mandíbulas humanas secas e desdentadas na
região posterior. Após a aprovação do CEP (141/2010), foram realizadas, a partir
dos sítios implantares, três linhas de orientação, desde o rebordo alveolar até a base
da mandíbula, simulando o ângulo de implantação dos dentes na base óssea. Para
que estas linhas pudessem ser visualizadas nas imagens tomográficas, foram
colocadas no rebordo três esferas plásticas, para localização do sítio implantar, e
cones de guta percha com 01 cm de espaçamento entre eles. Após as aquisições,
três avaliadores analisaram as imagens nos softwares dos respectivos tomógrafos.
As mandíbulas foram cortadas seguindo a localização e a orientação das linhas
previamente tracejadas nos três sítios, sendo as alturas mensuradas com um
paquímetro digital desde o rebordo ósseo até o teto do canal mandibular (padrão
ouro). Os dados foram avaliados pela análise de correlação intraclasse e a
comparação entre as médias obtidas nos dois tomógrafos com o real foi realizada
pelo teste t pareado (α=0,05). Observou-se que o coeficiente de correlação
intraclasse intra-avaliadores foi excelente (variando de 0,98 a 0,99) para os dois
tomógrafos. O resultado da estatística descritiva obteve um valor de p= 0,0002 com
uma média de 13,5 para o i-Cat havendo diferença estatisticamente significativa em
relação ao padrão ouro (média 12,5). O k9000 apresentou uma média de 12,7
(p=0,4454) não havendo diferença estatisticamente significativa em relação ao
padrão ouro. Pode-se concluir que as medidas verticais reproduzem a condição
anatômica e são válidas para fins de inserção de implantes dentários. Faculdade de
Odontologia de Piracicaba- FOP
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, mensurações
lineares, implantes dentários, acurácia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/19.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 20| ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DO SARCOMA DE EWING
CENTRAL DOS OSSOS GNÁTICOS
Luciana Munhoz, Felipe Pereira Marcos Marsan, Genesis Cristian Guerra, Cláudio
Fróes de Freitas
Descrito pela primeira vez por James Ewing em 1921, sarcoma de Ewing central é
um tumor maligno agressivo infrequente nos ossos maxilares, acometendo
principalmente a mandíbula, com discreta predileção por pacientes do sexo
masculino. Clinicamente, o paciente pode apresentar sintomas não específicos, que
incluem dor, aumento de volume da área afetada e febre. Sinais e sintomas
odontológicos incluem odontalgia, alterações nas funções do Sistema
Estomatognático, parestesia, deslocamento de elementos dentários, alterações na
mucosa de revestimento, dentre outros, que eventualmente podem mimetizar
alterações odontológicas usuais como infecções de origem endodôntica ou
periodontal e osteomielites, retardando o diagnóstico final e, consequentemente,
interferindo no prognóstico do processo patológico. O diagnóstico é auxiliado por
exames de imagem e concluído com o exame histopatológico complementado por
testes imunohistoquímicos e genéticos. O objetivo nesta revisão literária foi
descrever os aspectos imaginológicos desta neoplasia, por meio das técnicas
radiográficas convencionais, associadas ou não aos recursos imaginológicos atuais,
assim como a descrição de outras características relacionadas ao tumor.
Palavras-chaves: sarcoma de Ewing, imaginologia, maxilares.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/20.pdf
21
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 21| UTILIZAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO NO DIAGNÓSTICO DE DISPLASIA CEMENTO ÓSSEA FLORIDA
Claudio Costa, Caputo, BV, Noro Filho, GA, Salgado, DMRA, Carvalhosa, AA,
Giovani, EM
A displasia cemento óssea florida (D.C.O.F.) é uma lesão fibro óssea benigna que
acomete principalmente mulheres negras a partir da 3ª década. As lesões mostram
uma tendência para a bilateralidade, e frequentemente o envolvimento é simétrico.
Apresenta evolução lenta e assintomática, sem manifestação clínica. Os aspectos
radiográficos de massa radiopacas e com bordas periféricas radiolúcidas, podendo
afetar áreas com dentes e edêntulas. O objetivo do estudo foi revisar a literatura a
cerca da lesão (displasia cemento óssea florida) além de relatar um caso clínico
onde ao fazer o exame de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC)
com o objetivo de planejamento para implantes, foi diagnosticada a patologia bucal
óssea. Paciente S.S.B.A, leucoderma 39 anos, em seu exame tomográfico ficou
evidenciado múltiplas áreas hiperdensas circundadas por áreas hipodensas,
dispostas pela região relativa aos pré molares do lado direito e esquerdo da
mandíbula com observações sugestivas de displasia cemento óssea florida,
observado nos cortes axial, transaxiais, corte panorâmico e reconstrução 3D. A
displasia cemento óssea florida é uma patologia bucal incomum, muitas vezes se
constitui num achado radiográfico, necessitando de controles periódicos. E ao ser
observado através de um exame de TCFC é possível visualizar a extensão e
profundidade da lesão em diversos cortes tomográficos, bem como estabelecer a
melhor conduta para o caso.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, diagnóstico bucal,
patologia bucal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/21.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 22| UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS PANORÂMICOS DIGITAIS PARA
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ANATÔMICAS DO ÂNGULO MANDIBULAR
Claudio Costa, Salgado, DMRA, Caputo, BV, Noro Filho, GA, Cavalli, M, Giovani, EM
Departamento de Estomotalogia, Faculdade de Odontologia, Universidade de São
Paulo, São Paulo, Brasil. Introdução: Os sistemas digitais panorâmicos permitem a
mensuração de dados antropométricos. Objetivo: Verificar a diferença das medidas
do Ângulo Mandibular Direito e Esquerdo (AMD e AME) reais com as obtidas em
radiografias panorâmicas digitais. Materiais e Métodos: Foram utilizados dois
aparelhos diferentes e o software Image J® versão 1.47 (National Institutes of
Health, EUA). Em uma mandíbula humana seca, cedida pelo Laboratório de
Anatomia do ICB-USP foram estabelecidos os valores reais (padrão-ouro) para AMD
e AME. As radiografias panorâmicas digitais foram obtidas nos aparelhos Kodak
9000 (Carestream, EUA) e Cranex D (Soredex, Finlândia). Após a aquisição das
imagens, dois examinadores, separadamente, realizaram as medidas AMD e AME
na peça anatômica com a utilização de um goniômetro, em dois intervalos de tempo
(t1 e t2). Os dados foram analisados estatisticamente pelo Teste t com nível de
significância de 1%. Resultados: Os resultados mostraram que não houve diferenças
estatisticamente significantes entre os observadores. No aparelho Cranex D, as
medidas do AMD apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p<0.001)
nos dois intervalos de tempo. Conclusão: As medidas feitas no aparelho Kodak 9000
são mais próximas das medidas reais (p>0.001). O software Image J® demonstrou
alto grau de reprodutibilidade. O aparelho Cranex D apresentou diferenças mais
pronunciadas do que as medidas reais nas duas leituras feitas no AMD (p<0.001).
Ao contrário do afirmado pelos fabricantes de equipamentos digitais, constatou-se
diferenças entre as medidas AMD e AME nas imagens panorâmicas com relação às
medidas anatômicas, porém estas não foram estatisticamente significantes.
Aprovado pelo CEP-ICB 627/13.
Palavras-chaves: radiografia panorâmica digital, ângulo da mandíbula, medidas
anatômicas.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/22.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 23| TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCISTO E ODONTOMA
COMPLEXO CONCOMITANTE NA MANDÍBULA ATRAVÉS DA TCFC
Claudio Costa, Noro Filho, GA, Caputo, BV, Salgado, DMRA, Casarin, RCV, Giovani,
EM
O tumor odontogênico queratocisto simultaneamente com o odontoma complexo em
diferentes localizações no mesmo paciente é um diagnóstico raro. O objetivo do
presente estudo foi revisar a literatura em relação à presença simultânea dessas
lesões, além de relatar um caso clínico onde ao fazer o exame de Tomografia
Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) com o objetivo de planejamento de
implante dental foi realizado o diagnóstico precoce dessas patologias
concomitantemente. O presente caso de uma paciente leucoderma, 40 anos de
idade, gênero feminino tinha como queixa principal a ausência dos elementos
dentais 36, 46 e 47, tendo como planejamento inicial a reabilitação com implante. A
paciente foi submetida ao exame de TCFC para o planejamento pré-operatório da
instalação de implantes dentais e foi encontrada a presença de um odontoma
complexo na região dos elementos 46 e 47, e simultaneamente a presença de uma
imagem sugestiva de tumor odontogênico queratocisto na região distal do elemento
48 impactado através de cortes transaxiais, corte panorâmico e reconstrução 3D.
Portanto a avaliação pré-operatória dos exames de diagnóstico por imagem
proporcionou o diagnóstico precoce de patologias orais assintomáticas, melhorando
o tratamento e prognóstico do paciente.
Palavras-chaves: tomografia computadoriza de feixe cônico, diagnóstico bucal,
odontoma.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/23.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 24| A IMPORTÂNCIA DA TCFC NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ENTRE ADENOMA PLEOMÓRFICO E CARCINOMA ADENOIDE CÍSTICO
Letícia Fernanda Haas, Corrêa, LR, Corrêa, M.
O adenoma pleomórfico e o carcinoma adenoide cístico são as neoplasias de
glândulas salivares mais comuns, sendo o adenoma pleomórfico uma neoplasia
benigna e o carcinoma adenoide cístico uma neoplasia maligna. Contudo, as
características clínicas dessas neoplasias são semelhantes, e o diagnóstico
diferencial se dá por meio de características radiográficas e histopatológicas. Este
relato de caso demonstra a resolutividade e a importância da TCFC no diagnóstico
diferencial dessas lesões de naturezas distintas, porém com aspecto clínico
semelhante. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do gênero feminino, 32 anos de
idade, foi encaminhada pelo seu cirurgião-dentista à clínica de radiologia para
avaliação de aumento de volume em palato esquerdo. Ao exame clínico observou-se
uma massa nodular, única, firme à palpação, com a mucosa normal em
continuidade, textura e cor, indolor e com evolução de clínica de seis meses. Essas
características clínicas são semelhantes tanto para o adenoma pleomórfico quando
para o carcinoma adenoide cístico. Ao exame por imagem por TCFC observou-se
imagem hipodensa, unilocular, expansiva, com deslocamento do palato duro e
cortical palatina do processo alveolar, projetando essas estruturas para o interior do
seio maxilar. Em todas as reformatações avaliadas não foram encontrados sinais
que evidenciassem que o epicentro da lesão fosse em tecido ósseo, apesar da
severa expansão para as estruturas adjacentes. Nos limites da lesão não foi
observado qualquer aspecto erosivo, apesar da acentuada expansão. Desta forma,
o diagnóstico diferencial entre adenoma pleomórfico e carcinoma adenoíde cístico,
por meio da anamnese, exame físico e de imagem de TCFC foi o de adenoma
pleomórfico,
confirmado
posteriormente
no
exame
histopatológico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O conhecimento da fisiopatologia das lesões, sua
localização preferencial, sua frequência assim como a anatomia seccional dos
maxilares são de fundamental importância para um caminho seguro do processo
diagnóstico diferencial.
Palavras-chaves:
adenoma,
computadorizada de feixe cônico.
carcinoma
adenoide
cístico,
tomografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/24.pdf
25
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 25| AVALIAÇÃO CRITERIOSA DE TODO O VOLUME ADQUIRIDO EM
TCFC: ASPECTO FUNDAMENTAL NO PROCESSO DIAGNÓSTICO
Letícia Fernanda Haas, Corrêa, LR | Corrêa, M.
O cisto radicular apical é caracterizado por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso
revestida por epitélio com um lúmen contendo líquido e restos celulares. A
prevalência dos cistos radiculares apicais é em torno de 15%. Em geral, os
pacientes não apresentam sintomatologia dolorosa, a menos que exista uma
exacerbação inflamatória aguda. A maioria dos cistos se desenvolve lentamente e
usualmente são detectados pelo aumento de volume, com possível aumento da
mobilidade ou deslocamento dentário. O dente de origem não responde ao teste
pulpar térmico e elétrico. Este relato de caso demonstra o desafio do diagnóstico de
uma lesão cística comum e simples, em dentes sem sinais de infecção ou
restaurações e a importância da avaliação de todo volume adquirido para o processo
diagnóstico. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente do gênero feminino, leucoderma,
com 25 anos de idade foi indicada para avaliação de lesão expansiva em maxila por
meio de TCFC. Foram observadas duas amplas imagens hipodensas, uniloculares,
em maxila direita e esquerda. Dentes sem restaurações ou lesões de cárie, que ao
exame inicial eram sugestivas de tumor ceratocístico ou neoplasia benigna.
Contudo, após exame criterioso observou-se dens in dens nos dentes 12 e 22.
Desta forma, a hipótese diagnóstica foi de cisto periapical com origem nos dens in
dens dos dentes 12 e 22. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A análise criteriosa de todo o
volume adquirido em TCFC deve ser uma rotina na avaliação desse método
diagnóstico, além de ser um dever legal, é o mecanismo mais eficaz de
resolutividade de casos aparentemente de difícil resolução.
Palavras-chaves: cisto periapical, tomografia computadorizada de feixe cônico,
dens in dens.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/25.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 26| OSTEOESCLEROSE IDIOPÁTICA UMA ALTERAÇÃO DE FÁCIL
DIAGNÓSTICO: EXCETO QUANDO AMPLAS OU ASSOCIADAS À
REABSORÇÃO RADICULAR
Letícia Fernanda Haas, Corrêa, LR | Corrêa, M.
A osteoesclerose idiopática refere-se a uma área focal de radiodensidade
aumentada, com etiologia desconhecida, não podendo ser atribuída a nenhuma
desordem inflamatória, displásica, neoplásica ou sistêmica. A osteoesclerose
idiopática é assintomática, não associada com expansão óssea, e em 10% dos
casos pode causar reabsorção radicular e movimentação dentária. Este relato de
dois casos demonstra que mesmo diante de osteoescleroses idiopáticas não usuais,
o diagnóstico por meio de imagens de TCFC é resolutivo. DESCRIÇÃO DO CASO:
No caso 1 as imagens das reformatações de TCFC demonstram ampla imagem
hiperdensa, homogênea, localizada na região anterior de mandíbula, onde o dente
33 estava incluso e retido. A imagem ocupava toda a extensão de osso medular
desde a basilar da mandíbula até as cristas alveolares, sem deslocamento dentário,
assim como ausência completa de expansão das corticais ósseas. No caso 2, a
lesão era em maxila onde é menos comum. Em exame por meio de TCFC para
localização de um quarto canal no dente 26, observou-se uma imagem hiperdensa,
homogenea, localizada na região apical junto às raízes palatina e disto-vestibular,
sem causar expansão das corticais ósseas ou da parede inferior do seio maxilar.
Contudo, observou-se acentuada reabsorção radicular externa na raiz palatina e
moderada na raiz disto-vestibular. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No exame do volume
adquirido de um FOV reduzido detectou-se a imagem de uma osteoesclerose
idiopática, não visualizada em radiografia periapical, relacionado à reabsorção
radicular externa nas raízes palatina e disto-vestibular do dente 26. A osteoesclerose
idiopática é uma lesão frequente e de simples diagnóstico, mas, quando ampla e
relacionada à reabsorção radicular, faz com que o radiologista fique inseguro no
processo diagnóstico. Para isso volta-se ao princípio de que o conhecimento da
fisiopatologia da doença é fundamental na qualidade dos laudos.
Palavras-chaves: osteoesclerose, tomografia computadorizada de feixe cônico
densidade óssea.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/26.pdf
27
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 27| AVALIAÇÃO DE UM CASO DE CONCRESCÊNCIA POR
RADIOGRAFIA PERIAPICAL, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM
E MICROTOMOGRAFIA
Phillipe Nogueira Barbosa Alencar, Karla Rovaris, Frederico Sampaio Neves,
Matheus Lima Oliveira, Pedro Duarte Novaes, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos imaginológicos da concrescência
através da análise de três modalidades de exame. Foi vista uma junção entre
segundo e terceiro molar utilizando radiografia periapical digital, tomografia
computadorizada Cone Beam e microtomografia. Na radiografia periapical, a raiz
mesial do terceiro molar está sobreposta à raiz distal do segundo molar. Já nas
imagens tomográficas, foi detectada uma forte ligação entre o cemento do segundo
molar com a hipercementose presente no terceiro molar, confirmando o diagnóstico
de concrescência. Entretanto, nas imagens do micro-CT, a ligação entre os
cementos limitava-se somente ao terço apical das raízes. Concluímos então que as
duas modalidades tomográficas permitiram o diagnóstico de concrescência, porém a
microtomografia mostrou a real extensão da união cementária.
Palavras-chaves: concrescência, tomografia computadorizada Cone Beam, MicroCT.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/27.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 28| RADIOGRAFIAS DIGITAIS VISUALIZADAS EM DIFERENTES
DISPOSITIVOS PARA O DIAGNÓSTICO DE FRATURAS RADICULARES
VERTICAIS
Helena Aguiar Ribeiro do Nascimento, Vasconcelos TV, Santaella GM, Rovaris K,
Freitas DQ
Diversos modelos de aparelhos e resoluções de telas estão disponíveis para a
análise de imagens radiográficas pelo radiologista. O objetivo no presente estudo foi
avaliar a influência do dispositivo de visualização na detecção de fraturas radiculares
verticais (FRVs) em radiografias digitais, em dentes sem preenchimento e com pino
de fibra de vidro intracanal. Após aprovação pelo comitê de ética em pesquisa
(protocolo nº 027/2012), foram utilizados 40 dentes humanos unirradiculares, com as
coroas seccionadas, divididos em dois grupos com 20 dentes cada: grupo controle e
grupo com FRV. Foram obtidas radiografias periapicais de todos os dentes, com e
sem pino de fibra de vidro, pela técnica do paralelismo e 3 incidências (orto, mésio e
distorradial), com placas de armazenamento de fósforo (VistaScan®). Todas as
imagens foram avaliadas e reavaliadas após 30 dias por 3 examinadores em uma
escala de 5 pontos, em 4 diferentes dispositivos (monitor de notebook com
resolução FullHD, monitor convencional com resolução HD, tablet Android® de 8
polegadas com resolução HD e tablet iPad® de 9,7 polegadas com resolução
"retina"). A reprodutibilidade interexaminador variou de 0,31 a 0,65 e a
intraexaminador de 0,55 a 0,88. A análise de variância demonstrou que houve
diferença significante em relação à área sob a curva ROC, especificidade e
sensibilidade quando comparadas às condições sem e com preenchimento; porém,
não houve diferença em relação aos diferentes dispositivos estudados. A detecção
de FRVs não foi influenciada pelos diferentes dispositivos, podendo ser realizada em
telas de diferentes tamanhos e resoluções. Odontologia - Faculdade De Odontologia
- UNICAMP
Palavras-chaves: fraturas dos dentes, radiografia dentária digital, diagnóstico por
imagem.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/28.pdf
29
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 30| ANÁLISE DE HIPERTROFIA DE ADENÓIDE
RADIOGRAFIAS CEFALOMÉTRICAS LATERAIS DIGITAIS
UTILIZANDO
Franciane Mendes Batista, Eliane Oliveira Serpa, Geraldo Fagundes Serpa,
Manhães LR
O método mais utilizado em Odontologia, para diagnóstico de hipertrofia de
adenóide é a radiografia cefalométrica lateral. A literatura relata que a endoscopia
nasal e ressonância magnética são exames mais precisos para a avaliação desta
condição. A diminuição do espaço aéreo- faríngeo causado pela hipertrofia de
adenóide normalmente é acompanhada de algumas situações clínicas, como ronco,
apnéia, respiração oral, agitação noturna, sonolência diurna e alterações
morfológicas na face. O objetivo desse estudo foi mostrar a eficácia da radiografia
cefalométrica lateral para diagnóstico de hipertrofia adenoideana e relacioná-la com
fatores clínicos citados acima. Para isto foram avaliadas radiografias cefalométricas
laterais de 100 pacientes, sem história de atendimento com o ortodontista e com o
otorrinolaringologista, nos quais foram feitas análises do tipo Mcnamara para
avaliação do espaço aéreo superior. Todos os pacientes responderam questionários
sobre seus hábitos respiratórios e presença de outras situações clínicas. Dos 100
pacientes que responderam aos questionários, 43 % eram respiradores bucais,
destes 43, 11 apresentaram (25,5%) valores de espaço aéreo obstruído de acordo
com os valores de Mcnamara para espaço aéreo superior. Os dados foram
submetidos a testes Chi-quadrado e como resultados, obtivemos uma correlação
entre obstrução do espaço aéreo e o tipo de respiração dos pacientes (p = 0.05178
< 0.1), O exame radiográfico cefalométrico lateral digital mostrou-se eficaz nesta
pesquisa e com isso concluiu-se que a maioria dos pacientes com valores de espaço
aéreo diminuído são respiradores bucais e apresentam outras situações clínicas
envolvidas.
Protocolo de aprovação do comitê de Ética: 2012/0374
Palavras-chaves: adenoide, cefalometria, hipertrofia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/30.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
30
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 31| INFLUÊNCIA DO GRAU DE ROTAÇÃO DO APARELHO E DO
CRÂNIO NA ESPESSURA DA CORTICAL ÓSSEA EM IMAGENS DE
TOMOGRAFIA DE FEIXE CÔNICO
Tiago de Barros de Melo e Silva Nascimento, Monikelly do Carmo Nascimento
Marchini, Karla Faria de Vasconcelos, Frab Norberto Boscolo, Solange Maria de
Almeida Boscolo.
O presente estudo avalia a influência da rotação do aparelho e diferentes posições
do crânio na mensuração da espessura da cortical óssea em TCFC. Após aprovação
do estudo pela comissão de ética sob o protocolo S55619 Amostra de cinquenta e
nove imagens de dentes anteriores foi adquirida no Accuitomo 170, modo standard.
Quatro protocolos propostos em relação à rotação e posição do crânio tiveram
cortes sagitais analisados por três observadores calibrados classificando-a como
ausente, fina e espessa. Através dos resultados observados, concluiu-se que o
diagnóstico da cortical óssea não apresentou fidedignidade nas imagens de TCFC,
exceto na lingual em rotação total do aparelho. Houve maior dificuldade no
diagnóstico da região vestibular comparada à lingual e quando mais fina a cortical,
mais difícil o diagnóstico.
Palavras-chaves:
periodontia.
tomografia
computadorizada
de
feixe
cônico,
ortodontia,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/31.pdf
31
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 32| AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA DO PROCESSO CORONÓIDE EM
DIFERENTES TIPOS FACIAIS E CLASSES ESQUELÉTICAS POR MEIO DE
TOMOGRAFIA VOLUMÉTRICA
Danieli Moura Brasil, Nejaim Y, Gomes AF, Groppo FC, Caria PHF, Haiter-Neto F.
O tecido ósseo sofre alterações estruturais, de acordo com as tensões que agem
sobre ele. O Processo Coronóide Mandibular é uma estrutura óssea, onde se insere
o músculo temporal, responsável pela elevação e retrusão mandibular durante os
movimentos mastigatórios e de fonação. Alterações na morfologia do mesmo podem
levar a uma limitação dos movimentos mandibulares, podendo gerar consequências
clínicas ao indivíduo. O presente estudo foi realizado na Faculdade de Odontologia
de Piracicaba - UNICAMP, após aprovação pelo comitê de ética sob n° 065/2014,
tendo como objetivo medir a altura e o volume do Processo Coronóide Mandibular,
utilizando exames de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico, a fim de
correlacioná-los com idade, gênero, classe esquelética e tipo facial de diferentes
pacientes. Foram selecionados 132 pacientes para obtenção da amostra. Para a
mensuração da altura do Processo Coronóide foi utilizado o software OnDemand 3D
(Cybermed, Seoul, Republic of Korea), ao passo que o volume do mesmo foi obtido
por meio do software InsightSNAP 2.4.0 (Cognitica, Filadélfia, PA). As medidas,
realizadas em ambos os lados, foram submetidas à análise da co-variância
(ANCOVA) entre os tipos faciais, classes esqueléticas, gênero e idade, com um nível
de significância de 5%. Não houve diferença estatística significante em relação a
idade, tipo facial e classe esquelética em nenhuma das variáveis estudadas, porém
as medidas de altura e volume do gênero masculino foram maiores que aquelas no
gênero feminino, apresentando diferença estatisticamente significante. Conclui-se
que o gênero é o único fator que influencia a altura e volume do Processo
Coronóide.
Palavras-chaves: tomografia volumétrica, mandíbula, músculo temporal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/32.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 33| INFLUÊNCIA DOS FATORES DE OBTENÇÃO DAS IMAGENS DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA ACURÁCIA DE MODELOS
PRODUZIDOS POR PROTOTIPAGEM RÁPIDA
Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Francielle Silvestre Verner, Fábio Ribeiro
Guedes, Andrea de Castro Domingos Vieira, Mariane Michels, Gláucia Maria Bovi
Ambrosano
Este estudo foi previamente aprovado pelo CEP-FOP-UNICAMP, sob o parecer n.
030/2006, e avaliou a influência dos fatores de obtenção das imagens de tomografia
computadorizada (TC) na acurácia de modelos produzidos por meio de prototipagem
rápida (PR). Foram selecionados 10 ramos mandibulares humanos macerados, que
foram submetidos a exames de TC com diferentes sequências de escaneamento:
diâmetro do FOV de 200 mm, 250 mm e 300 mm; espessura de corte de 0,5 mm; 1,0
mm e 1,5 mm. Todas as imagens foram salvas no formato DICOM e enviadas ao
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) para confecção dos
protótipos por dois processos: Sinterização Seletiva a Laser (SLS) e Impressão
Tridimensional (3DP). Foram realizadas mensurações lineares em oito regiões dos
protótipos e dos segmentos ósseos reais. Os valores obtidos foram comparados
estatisticamente com os valores reais, sendo calculado o percentual de erro emcada
um dos fatores estudados e comparando-os entre si, pela análise de Variância. Além
disso, foi avaliada a acurácia das técnicas de prototipagem 3DP e SLS. Foi
verificado que em sete das oito regiões selecionadas, os valores diferiram
estatisticamente (p<0,05) do valor real para todos os fatores de imagem. Quanto à
espessura de corte o erro foi de 8,97%, 10,70% e 11,49% respectivamente, havendo
diferença estatística entre o grupo 0,5 mm e os demais. Quanto ao diâmetro do FOV
o erro foi de 8,97%, 10,63% e 11,02%respectivamente, havendo diferença
estatística entre o grupo 200 mm e os demais. Os protótipos produzidos por 3DP e
SLS apresentaram diferenças médias quando comparados com o real de 1,58 mm e
1,19 mm, respectivamente. Pode-se concluir que para a obtenção de protótipos com
dimensões mais próximas do real deve-se utilizar uma menor espessura de corte e
um menor diâmetro do FOV, devendo-se os mesmos serem produzidos pelo método
de SLS. Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ
Faculdade de Odontologia de Piracicaba, FOP/UNICAMP
Palavras-chaves: imagem tridimensional, mandíbula, tomografia computadorizada.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/33.pdf
33
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 34| RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS ANALÓGICAS E DIGITAIS:
EFEITOS GENOTÍPICOS AVALIADOS PELO TESTE DE MICRONÚCLEOS
Geraldo Fagundes Serpa, Eliane Oliveira Serpa, Franciane Mendes Batista, Araújo
NS, Ney Soares Araújo
O propósito deste trabalho foi avaliar as alterações genotóxicas das células epiteliais
da mucosa jugal induzidas pela radiação X utilizada para realizar a radiografia
panorâmica em aparelho analógico e digital. Para esta avaliação foi realizado o teste
dos micronúcleos, após citologia esfoliativa da área em estudo. Coletamos material
celular de 30 pacientes divididos em 2 grupos, idades de 19-23 anos, com indicação
de exames panorâmicos pré-tratamento odontológico. A coleta foi realizada de
ambos os lados da mucosa jugal antes e entre 7-10 dias após os exames. Pôde-se
concluir através do teste dos micronúcleos, que entre a radiografia panorâmica
analógica e a digital, não houve diferença estatisticamente significativa quanto aos
efeitos genotóxicos, pois não houve maior formação de micronúcleos nas células da
mucosa da bochecha, quando do uso da radiografia panorâmica analógica em
comparação com a radiografia panorâmica digital.
Protocolo no CEP SL Mandic - Campinas: 2012/0173
Palavras-chaves: radiografia panorâmica, micronúcleos, efeitos da radiação.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/34.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 35| LEVANTAMENTO DE GRANULOMAS E CISTOS PERIAPICAIS EM
RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DIGITAIS
Ana Paula Aranha de Barros Santoro, Ronaldo Benjamim Francisco alves, Michele
Pereira Alves Busquet, José Luiz Cintra Junqueira, Francine Kull Panzarella, Milena
Bortolotto Felippe Silva
As lesões periapicais são patologias frequentes no complexo maxilo-facial,
resultantes da contaminação e necrose da polpa dental e progressão da infecção em
direção ao ligamento periodontal e osso alveolar propriamente dito. O granuloma
periapical é uma das sequelas mais comuns da pulpite. O cisto periodontal é
definido como uma cavidade patológica revestida por epitélio comumente formado
por restos epiteliais de Malassez. O exame radiográfico é de grande importância
para o diagnóstico dessas lesões, pois são lesões assintomáticas. O objetivo do
presente trabalho foi avaliar a prevalência do granuloma e cisto periapical em
radiografia panorâmica digital associando idade, gênero e localização. A amostra foi
composta por radiografias panorâmicas digitais de 800 pacientes, da Faculdade de
Odontologia São Leopoldo Mandic, Campinas. As análises foram realizadas pela
própria pesquisadora do trabalho. Observa-se na amostra a prevalência de
granulomas periapicais com 8%. A região que apresentou maior prevalência de
lesões periapicais foi a de molares inferiores, principalmente no elemento 46,
seguida pelo elemento 44. Como conclusão, observamos que, embora os exames
radiográficos possibilitem uma hipótese de diagnóstico, o exame histopatológico é
primordial para o diagnóstico final.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade
de Odontologia e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, sob o
número do parecer: 643.554 e data da relatoria: 14/04/2014.
Palavras-chaves: granuloma periapical, cisto periodontal apical, radiografia
panorâmica, radiologia digital.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais35.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 37| ANÁLISE DA MATURAÇÃO DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS E SUA
CORRELAÇÃO COM A IDADE ÓSSEA DA MÃO E PUNHO
Ronaldo Benjamim Francisco Alves, Ana Paula Aranha de Barros Santoro, Paullini
Vanessa Ferrão Silva e Sousa, José Luiz Cintra Junqueira, Luiz Roberto Coutinho
Manhães Jr, Milena Bortolotto Felippe Silva.
O conhecimento do estágio de crescimento e desenvolvimento ósseo tem sido
utilizado ao longo dos anos como um importante fator no correto diagnóstico,
planejamento e tratamento ortodôntico e ortopédico funcional dos indivíduos. O
principal meio adotado para se determinar a idade óssea dos pacientes é a
radiografia da mão e punho. No entanto, com a preocupação em simplificar a
obtenção da idade óssea e minimizar a exposição dos pacientes à radiação
ionizante, diversos autores têm estudado outros métodos, dentre eles, a avaliação
da maturação das vértebras cervicais visualizadas nas radiografias cefalométricas
laterais, que são realizadas rotineiramente na prática ortodôntica. O objetivo desta
pesquisa foi estimar a confiabilidade da análise morfológica das vértebras cervicais
como um método de avaliação da maturação esquelética comparando-o com a
radiografia de mão e punho. Foi utilizada uma amostra de 70 radiografias de mão e
punho e 70 telerradiografias laterais, sendo 35 de indivíduos do sexo masculino e 35
do sexo feminino, com faixa etária entre 8 e 17 anos. As radiografias em questão
foram avaliadas pelo mesmo examinador em dois tempos diferentes (T1 e T2), de
forma aleatória. Os resultados sugerem que a metodologia descrita por Hassel e
Farman (1989) mostrou-se subjetiva visto que foram obtidos diferentes resultados
em T1 x T2. Estas diferenças foram observadas principalmente nos estágios de
aceleração e transição, e desaceleração e maturação. Conclui-se que a avaliação
radiográfica da maturação das vértebras cervicais, nas telerradiografias laterais,
constitui-se em um parâmetro alternativo, porém esta metodologia não traz
resultados tão precisos quanto a radiografia de mão e punho.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade
de Odontologia e Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic sob o
número do parecer: 614.328 e data da relatoria: 14/04/2014.
Palavras-chaves: tratamento, radiografia mão e punho, telerradiografias de normal
lateral.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/37.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 38| MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CÁLCULOS
SALIVARES E DA SÍNDROME DE SJÖGREN
Mariane Michels, Alexandre Junqueira Marques, Thaiza Gonçalves Rocha, Maria
Augusta Portella Guedes Visconti, Andrea de Castro Domingos Vieira, Fábio Ribeiro
Guedes
A sialolitíase é uma afecção comum das glândulas salivares, caracterizada pelo
depósito de cálcio no ducto de glândulas salivares maiores e menores ou dentro das
próprias glândulas salivares que impedem ou restringem a saída de secreção salivar
pelo ostium do ducto, sendo estas calcificações conhecidas como sialolitos ou
cálculos salivares. Já a síndrome de Sjögren é uma desordem sistêmica crônica e
auto-imune, que envolve principalmente as glândulas salivares e lacrimais,
resultando em xerostomia (boca seca) e xeroftalmia (olhos secos). Com a utilização
e interpretação correta dos métodos radiográficos para localização dos processos
obstrutivos das glândulas salivares maiores, evita-se o erro de diagnóstico entre
obstrução de ducto das glândulas salivares e outras patologias. Diferentes métodos
por imagem estão disponíveis para o diagnóstico da síndrome de Sjögren, porém, a
sialografia é o método de escolha para explorar o sistema ductal das glândulas
salivares. Baseado nas possibilidades de diagnóstico destas duas condições que
acometem as glândulas salivares, este trabalho tem o objetivo de apresentar os
métodos por imagem mais indicados para o diagnóstico de cálculos salivares e da
síndrome de Sjögren, discutindo as vantagens e desvantagens de cada um destes.
Palavras-chaves: síndrome de Sjögren, cálculos Salivares, Sialografia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/38.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 39| SINUSITE MAXILAR RELACIONADA À COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL COM TRÊS DÉCADAS DE EVEOLUÇÃO E PRESENÇA DE CORPO
ESTRANHO INCOMUNS
Roberto Juns da Silva, Felipe Guarda Dallavilla, Jorge Esquiche León, Alexandre
Elias Trivelato, Raphael Ramos da Silva, Christiano de Oliveira-Santos
Corpos estranhos no interior no seio maxilar são achados raros em exames de
imagem e normalmente são associados a iatrogenias ou traumas de alto impacto. O
presente trabalho tem como objetivo apresentar um caso clínico, com foco nos
achados imaginológicos, de paciente do sexo masculino, 49 anos, com queixa de
secreção purulenta nas cavidades oral e nasal e história de comunicação bucosinusal pós-exodontia há 30 anos, sem tratamento prévio. Foi realizado exame de
tomografia computadorizada de feixe cônico da região de seios maxilares. Além da
perda de continuidade do assoalho do seio maxilar direito em região correspondente
ao dente 16 e preenchimento do seio maxilar direito, o exame tomográfico
evidenciou a presença de corpo estranho hiperdenso incomum, com formato sinuoso
(semelhante a um anzol), de secção transversal plana, estendendo-se desde a
porção inferior do seio até a região do óstio sinusal. Observou-se ainda tecido ósseo
maxilar adjacente ao seio com aumento da densidade habitual, compatível com
esclerose reacional. O septo nasal apresentava-se desviado e o revestimento da
fossa nasal direita encontrava-se aumentado, com redução do espaço aéreo nasal.
O corpo estranho foi removido e a comunicação buco-sinusal foi fechada com corpo
adiposo bucal, apresentando quadro favorável no pós-operatório de 2 meses.
Palavras-chaves: tomografia, comunicação, buco-sinusal, sinusite, maxilar.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/39.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 40| A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COMO EXAME COMPLEMENTAR
NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES EM PACIENTES COM ARTRITE
REUMATÓIDE
Felipe Pereira Marcos Marsan, Luciana Munhoz, Genesis C Guerra, Marlene Fenyo
Soeiro Matos Pereira
A artrite reumatoide é uma doença sistêmica crônica, de causas desconhecidas, que
afetam as articulações do corpo, causando a inflamação das membranas sinoviais e
estruturas articulares. Inicia- se primeiramente nas articulações localizadas nas
extremidades do corpo e posteriormente atinge outras regiões, como a articulação
temporomandibular, causando alterações estruturais e funcionais do aparelho
estomatognático, denominadas disfunções temporomandibulares. O envolvimento
da articulação temporomandibular em pacientes com artrite reumatoide varia entre
2% e 86%. Exames radiográficos convencionais e tomografias computadorizadas
realizados nesses pacientes permitem a avaliação de componentes ósseos, porém
não é útil para o estudo dos discos articulares e tecidos moles, fazendo-se
necessário o uso da ressonância magnética. O protocolo de estudo em RM consiste
na obtenção de imagens coronais e sagitais oblíquas da ATM, as quais são
originadas perpendicular ou paralelamente ao longo eixo do processo condilar. Por
meio destas imagens, é possível se observar a morfologia do disco articular, bem
como a sua posição e sua relação com as estruturas ósseas adjacentes Os sinais
radiográficos mais característicos da AR na ATM são diminuição do espaço articular,
proliferação sinovial, resultando em deformação do disco articular, fragmentação e
destruição do mesmo. Destruição severa das corticais ósseas, podendo conduzir à
perda quase completa dos processos condilares. Esclerose óssea e osteófitos
também podem ocorrer. Trabalhos recentes encontrados na literatura,
demonstraram por meio de imagens de ressonância magnética que houveram
alterações em 82,7% das articulações temporomandibulares estudadas, sendo que
50% destas apresentavam perfurações no disco articular. O objetivo nesse trabalho
foi, por meio da revisão de literatura, associar a ressonância magnética com os
processos patológicos envolvidos na disfunção temporomandibular de pacientes
acometidos por artrite reumatoide.
Palavras-chaves: artrite reumatoide, disfunção temporomandibular, ressonância
magnética.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/40.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 41| ASPECTOS TOMOGRÁFICOS DE OSTEOMIELITE SUPURATIVA
ASSOCIADA À HIPERPLASIA PSEUDOCARCINOMATOSA
Ana Caroline Ramos de Brito, Ana Carolina Fragoso Motta, Cássio Edvard Sverzut,
Jorge Esquiche León, Maycon K F Amaro, Christiano de Oliveira Santos
Hiperplasia pseudocarcinomatosa (HP) caracteriza-se pela proliferação benigna de
epitélio escamoso com atipias celulares e reativas, em resposta a estímulos crônicos
como inflamação e infecção. A forma intraóssea é uma complicação rara de
osteomielite supurativa crônica que se assemelha ao carcinoma de células
escamosas e outras neoplasias escamosas. Apresenta-se um paciente do sexo
masculino, 43 anos, com diagnóstico prévio (quatro meses) de osteomielite
supurativa pós-exodontia em região anterior de mandíbula. Foi realizada TC para
avaliar a extensão da destruição óssea, a qual foi refratária ao tratamento
antimicrobiano com amoxicilina e remoção dos demais focos de infecção. Realizouse biópsia incisional da área envolvida cujo diagnóstico foi de osteomielite supurativa
crônica associada a hiperplasia pseudocarcinomatosa. Este trabalho tem como
objetivo ressaltar os aspectos tomográficos e a relevância do diagnóstico correto de
casos como o apresentado, no intuito de estabelecer a conduta adequada.
Palavras-chaves:
Tomografia
pseudocarcinomatosa.
computadorizada,
osteomielite,
hiperplasia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/41.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 42| ACURÁCIA DE DIAGNÓSTICO DE RADIOGRAFIAS DIGITAIS E
CONVENCIONAIS NA DETECÇÃO DE REABSORÇÃO RADICULAR INTERNA
SIMULADA
Polyane Mazucatto Queiroz, Karla de Faria Vasconcelos, Débora de Melo Távora,
Karla Rovaris Silva, Deborah Queiroz de Freitas, Solange Maria de Almeida, Frab
Norberto Boscolo
Reabsorção radicular interna (RRI) é uma alteração patológica que pode
comprometer a estrutura dentária. O diagnóstico precoce e acurado da reabsorção
radicular interna é imprescindível para o tratamento adequado e o mesmo é feito
através da avaliação de imagens radiográficas. Diferentes sistemas digitais
disponíveis no mercado, além do sistema convencional, podem ser usados para
obtenção de radiografias periapicais viabilizando o diagnóstico dessa alteração. O
objetivo dessa pesquisa foi avaliar a acurácia, sensibilidade e especificidade de dois
sistemas radiográficos digitais e da radiografia convencional, no diagnóstico de
lesões que simulam reabsorção radicular interna (RRI). Após a aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da FOP-UNICAMP sob protocolo 124/2011, vinte dentes
humanos unirradiculares foram cortados longitudinalmente em duas metades, e em
seguida, as lesões foram simuladas na metade vestibular, nos terços cervical ou
médio, utilizando brocas cilíndricas de 0.25mm de diâmetro. Após a realização das
cavidades, as duas metades foram unidas e os dentes reposicionados em uma
mandíbula humana macerada. As imagens foram obtidas com filme radiográfico e
placas de fósforo de dois sistemas digitais, com posicionamento padronizado para
todas as aquisições. Dois examinadores radiologistas, previamente calibrados,
avaliaram as imagens. Os menores valores de diagnóstico foram observados
quando utilizado o sistema convencional (sensibilidade: 0.45; especificidade: 0.60 e
acurácia: 0.52). Quando comparados os sistemas de placas de fósforo digitais
Digora Optime e VistaScan os mesmos apresentaram valores de acurácia de 0.57 e
0.65 respectivamente, no entanto, o teste de Kruskal Wallis não evidenciou
diferenças estatísticas significantes entre os três métodos comparados (p= 0,067).
Conclui-se que os dois sistemas digitais avaliados, VistaScan e Digora Optime, e o
filme radiográfico convencional são indicados para diagnóstico de cavidades que
simulam reabsorções radiculares internas.
Palavras-chaves: reabsorção interna, radiografia digital, diagnóstico por imagem.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/42.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 43| CANAL SINUOSO E PROCEDIMENTOS CLÍNICOS EM PRÉ-MAXILA
Reinaldo Abdala Junior, Baladi MG, Cortes ARG, Terra GTC, Arita ES, Oliveira JX.
O canal sinuoso foi primeiramente descrito por Jones em 1939, o qual sugeriu o
nome devido a seu aspecto tortuoso. Sua localização se inicia abaixo da abertura do
forame infra-orbitário com trajetória para frente e para baixo no assoalho da órbita e
posteriormente se inclina para medial com curso entre a cavidade nasal e o seio
maxilar. O canal sinuoso permite a passagem do nervo alveolar superior anterior,
que e ramo do maxilar, um nervo exclusivamente sensorial, ale de veias e artérias
correspondentes. Paciente E.C.A. leucoderma, 57 anos de idade, gênero feminino
compareceu a clínica radiológica, objetivando a realização de tomografia Cone
Beam para avaliação de implante metálico na região do dente ausente 22. Foi
observado implante metálico em íntima relação com a cortical externa do canal
calibroso nos cortes parassagitais, bem como coronais, sagitais e axiais. Por meio
de pesquisa na literatura, verificou-se tratar-se do canal sinuoso. O exame
tomográfico demonstrou que devido ao desconhecimento dessa estrutura por parte
do cirurgião dentista responsável pelo paciente e principalmente por não ter sido
realizado, exame apropriado para essa região antes do procedimento cirúrgico, por
muito pouco não foi lesionado feixe vásculo-nervoso calibroso. É de suma
importância ressaltar que esse canal pode ser detectado por exames de imagem
como tomografia computadorizada, que enriquecem o planejamento e diagnóstico
em procedimentos clínicos. A existência do canal sinuoso é negligenciada em
procedimentos clínicos, mas podem ter influência direta no sucesso terapêutico. A
identificação dessa estrutura, especialmente com o uso da CBCT pode evitar injúrias
ao feixe vásculo-nervoso, não integração do implante, disfunção sensorial e
hemorragias.
Palavras-chaves: canal sinuoso, procedimentos clínicos, pré-maxila.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/43.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 44| AVALIAÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR POR
MEIO DA UTILIZAÇÃO DOS PROGRAMAS DENTAL SLICE CONVERTER,
MESHLAB E MESHVALMET
Eduardo Murad Villoria, Felipe de Assis Ribeiro Carvalho, Mario Sérgio Alves
Carneiro, Aurelino Machado Lima Guedes, Alexandre Perez Marques
O presente trabalho tem por objetivo relatar o caso clínico de um paciente
encaminhado a uma clínica radiológica para realização de exame de tomografia
computadorizada de feixe cônico com o propósito de avaliar a articulação
temporomandibular e a amplitude da movimentação côndilar. As imagens foram
obtidas com o aparelho I Cat Classic, utilizando-se o FOV de 6cm, voxel de 0.3mm,
120Kv, 3mA e 20 segundos de exposição. Primeiramente o paciente realizou o
exame em máxima intercuspidação habitual (MIH), e em um segundo momento a
aquisição da imagem foi realizada com o indivíduo em máxima abertura de boca
(MA). Após o estudo das imagens de reconstruções multiplanares, os arquivos
DICOM das aquisições em MIH e MA foram exportados, separadamente, para o
software Dental Slice Converter e convertidos em formato BPT. Neste software as
imagens dos côndilos mandibulares foram segmentadas e selecionadas, criando-se
os modelos virtuais 3D. Em sequência, foi utilizada a ferramenta de alinhamento
presente no software Dental Slice Converter com o objetivo de criar a sobreposição
dos componentes ósseos da ATM em MIH e MA. Para permitir a comparação das
técnicas de pós-processamento, modelos virtuais 3D em MIH e MA foram criados
com o auxílio do software ITK-SNAP 3.0. Para a realização da sobreposição dos
modelos 3D, estes foram exportados para o formato STL e importados no software
MeshLab 64-Bit v.1.3.3, o qual permite a realização de um registro das estruturas
anatômicas baseado na melhor adaptação das fossas mandibulares. Ao final deste
processo, os modelos registrados foram salvos em formato STL e convertidos em
seguida para o formato IV (SGI Open Inventor) para que pudessem ser avaliados
quantitativamente pelo software MeshValmet 3.0. As vantagens e desvantagens de
cada método descrito serão discutidas neste trabalho.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, dental slice
converter, meshLab, meshValmet, articulação temporomandibular.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/44.pdf
45
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 45| INFLUÊNCIA DO TAMANHO DO VOXEL E DO GRAU DE ROTAÇÃO
(180º/360º) DA TCFC NA MENSURAÇÃO DO NÍVEL ÓSSEO PERIODONTAL:
ESTUDO IN-VITRO
Paulo De Tarso Silva De Macedo, Deborah Queiroz Freitas, Guilherme Monteiro
Tosoni
O objetivo neste estudo foi avaliar a influência do tamanho do voxel e do grau de
rotação da imagem de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) na
mensuração do nível ósseo periodontal. O presente estudo foi realizado sob
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FOP/Unicamp (#085/2012). Quatro
crânios humanos macerados, contendo sítios com perda óssea horizontal, foram
submetidos a exames de TCFC utilizando seis protocolos de aquisição, resultantes
da combinação de diferentes tamanhos de voxel (0,20, 0,30 e 0,40mm) e graus de
rotação (180 e 360º). O nível ósseo de um total de 64 sítios foi medido nas imagens
de TCFC e nos crânios macerados (padrão-ouro). A comparação entre as médias de
erro (diferença entre a medida tomográfica e a obtida no padrão-ouro) dos diferentes
protocolos foi feita por meio da Análise de Variância (ANOVA) e Teste de Tukey. As
médias de erro dos protocolos que utilizaram voxel de 0,40 mm foram
significativamente maiores que as dos outros protocolos (p<0,0001). Os protocolos
que utilizaram tamanhos de voxel de 0,20 e 0,30 mm, independente dos graus de
rotação total (360º) ou parcial (180º), apresentaram a mesma acurácia na
mensuração do nível ósseo periodontal. O grau de rotação não influenciou o
resultado das mensurações do nível ósseo (p>0,05). Concluímos que o tamanho do
voxel influenciou diretamente a medida do nível ósseo periodontal, devendo-se
evitar a utilização do voxel de 0,40 mm. Com relação ao grau de rotação, este não
influenciou as mensurações periodontais e pode-se optar pela rotação de 180º,
considerando que esta permite uma redução de 40% na dose de exposição do
paciente à radiação, sem prejuízo para a acurácia de mensuração.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, perda óssea,
doença periodontal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/45.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
46
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 46| ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS DO TUMOR ODONTOGÊNICO
QUERATOCÍSTICO E DO CISTO DENTÍGERO POR MEIO DE RESSONÂNCIA
MAGNÉTICA
Paulo De Tarso Silva De Macedo, Antonione Santos Bezerra Pinto, Moara e Silva
Conceição Pinto, Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes
Dentre as diversas categorias de lesões dos maxilares, as chamadas lesões
odontogências apresentam um alto grau de ocorrência, dessas, entre as mais
prevalentes, destaca-se o Tumor Odontogênico Queratocístico (TOQ) e o cisto
dentígero (CD). Existem diversas modalidades de imagem utilizadas como meio
complementar de diagnóstico para estas alterações, cita-se, porém, as imagens por
ressonância magnética (IRM) como um método que fornece alta definição de tecidos
moles, possibilitando diferenciação entre a natureza interna de lesões e portanto
auxiliando com maior fidedignidade a elaboração da hipótese diagnóstica das
imagens. Baseado nessa característica inerente das IRM, este trabalho valeu-se de
dois casos clínicos ? um de TOK na mandíbula e o outro de CD na maxila? para
enfatizar o papel desse exame em determinar o conteúdo interno das lesões: cístico
(aquoso), no caso do CD, e sólido tumoral no TOQ, exibindo a gama de variações
que este tipo de exame pode fornecer sobre o diagnóstico de uma lesão,
ressaltando a vantagem de permitir uma ótima visualização de tecidos moles, além
de não envolver a utilização de radiação ionizante.
Palavras-chaves: tumor odontogênico queratocístico, cisto dentígero, imagens por
ressonância magnética.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/46.pdf
47
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 47| TRATAMENTO DE IMAGENS RADIOGRÁFICAS DIGITALIZADAS
PARA AUXÍLIO DIAGNÓSTICO
Amanda Jaqueline Boldrim, Nathália Ribeiro Cruz, Marcelo Tarcísio Martins, Marcos
Queiroz de Paula
Objetivo: Avaliar as ferramentas digitais para correção da qualidade da imagem de
radiografias peiapicais. Material e Método: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de
Ética da UFJF pelo parecer nº 187/2007. Foram confeccionadas cinco radiografias
periapicais sem padrão de qualidade, uma radiografia com qualidade ideal (Ouro) e
uma de uma escala de densidade (ED). As imagens foram transferidas para um
computador e corrigidas pelas ferramentas do software Picasa II (Google Co., EUA).
Quinze acadêmicos e quinze profissionais confrontaram as imagens antes e após a
correção digital com o “Ouro” e a “ED”. Resultados: As médias das avaliações dos
dois grupos, quanto ao valor do “Ouro”, antes e após a correção e a “ED”, foram
iguais (p<0,05). Formou-se então um grupo homogêneo de avaliadores (n=30). O
software mostrou melhor eficiência na correção da superexposição e subfixação
(p<0,05); e nas demais imagens não foi eficaz (p<0,05). Conclusão: O software
Picasa II apresentou melhora das radiografias periapicais superexpostas e
sufixadas.
Palavras-chaves:
odontológica.
radiografia
intraoral,
imagens
digitalizadas,
radiologia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/47.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 49| DIAGNÓSTICO DE LESÕES DE FURCA UTILIZANDO A
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA DA LITERATURA
Paulo De Tarso Silva De Macedo, Antonione Santos Bezerra Pinto
As radiografias periapicais são muito utilizadas para avaliar a presença de lesões de
furca. Entretanto, apresentam desvantagens tais como a sobreposição de estruturas
anatômicas, a impossibilidade de se avaliar a extensão da lesão de furca no sentido
vestíbulo-lingual, e a sua baixa sensibilidade em detectar lesões de furca em estágio
incipiente. Diante disso, a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC)
vem se destacando como uma ferramenta eficiente para o diagnóstico de
envolvimento de furca, permitindo uma avaliação tridimensional da lesão/defeito. O
presente trabalho teve por objetivo revisar sistematicamente a literatura odontológica
a cerca da utilização da TCFC no diagnóstico de lesões de furca. Uma busca
sistemática foi realizada nas seguintes bases de dados: Medline (via Pubmed),
Embase, Scopus e The Cochrane Library, utilizando os seguintes termos: (cone
beam ct OR cone beam computed tomography OR dental cone beam ct) AND
(furcation lesions OR furcation involvement OR furcation defects). Foram incluídos
artigos publicados até Julho/2014, em língua inglesa, que avaliassem a TCFC na
detecção de lesões de furca em estudos in-vitro ou in-vivo, e que apresentassem
uma comparação com padrão-ouro. Após a aplicação da estratégia de pesquisa, os
artigos selecionados foram avaliados criticamente. A revisão sistemática permitiu
concluir que a TCFC é um método eficaz na detecção de lesões de furca, sobretudo
em molares superiores, permitindo uma avaliação tridimensional dos defeitos quanto
à sua localização e extensão, com uma boa sensibilidade para diagnóstico de lesões
de grau I, e alta sensibilidade para detecção de lesões de furca graus II e III, além de
ser uma ferramenta importante para o prognóstico, plano de tratamento e
proservação das lesões.
Palavras-chaves: lesão de furca,
computadorizada de feixe cônico.
envolvimento
de
furca,
tomografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/49.pdf
49
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 51| AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CANAIS VASCULARES NA
REGIÃO ANTERIOR DE MANDÍBULA POR MEIO DE TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Bruna Jussara Constantino Locks, Alanis LA, Ditzel AS, Bernardes SR, Claudino M,
Fontão FNGK
Complicações transcirúrgicas como edema e hemorragia são relatadas na instalação
de implantes na região anterior da mandíbula, sendo que variações anatômicas
nestas regiões contribuem para a ocorrência de tais complicações. Os objetivos
deste estudo foram avaliar a presença e a localização dos forames linguais e canais
vasculares na região anterior da mandíbula bem como a morfologia mandibular por
meio de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC). O delineamento
experimental deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética PUC-PR (Protocolo
377.388). Foram selecionadas aleatoriamente 278 TCFC do acervo do ILAPEO
(Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico, Curitiba-PR),
obtidas no aparelho Galileos (Sirona, Bensheim, Alemanha). As análises e
mensurações foram realizadas por meio do software Galaxis (Sirona), observando a
presença, localização, diâmetro das foraminas linguais e canais vasculares, e
classificação da morfologia mandibular anterior. Do total de 278 TCFC, foram
identificadas 408 foraminas linguais em 246 pacientes (88%). Os canais vasculares
foram detectados em 276 pacientes (75%). Na região de linha média 267 pacientes
(96%) apresentaram formato de mandíbula do tipo I (base mais larga que o ápice da
mandíbula). Na região dos dentes 33, 161 pacientes (57%), e dentes 43, 165
pacientes (59%) apresentaram formato do tipo III (paredes vestibular e lingual
paralelas). Para a região dos dentes 43 o formato tipo II (ápice mais largo que a
base) foi detectado em 21 pacientes (7,6%). Diante dos resultados obtidos que
revelaram a alta prevalência de foraminas linguais (88%) e canais vasculares (75%),
fica evidente a importância da análise criteriosa da região anterior da mandíbula no
pré-operatório dessas regiões por meio da TCFC.
Palavras-chaves: anatomia, tomografia computadorizada de feixe cônico, implantes
dentários.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/51.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 53| DIAGNÓSTICO DE QUERATOCISTO ODONTOGÊNICO (TUMOR
ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO): RELATO DE CASO
Flávia Souza Pereira De Jesus Almeida, Maria Augusta Visconti, Gustavo Nardone,
Aline Correa Abrahão, Mário José Romañach
O queratocisto odontogênico é atualmente classificado pela OMS sob o termo tumor
odontogênico queratocístico, um tumor odontogênico predominantemente cístico e
com comportamento potencialmente agressivo. Acomete preferencialmente a região
posterior da mandíbula de homens entre 10 e 40 anos de idade. Radiograficamente
consiste em lesão radiolúcida unilocular ou multilocular bem-delimitada, com bordas
festoneadas e com discreta expansão de corticais ósseas. O diagnóstico final é
definido pela visualização das características microscópicas típicas e o tratamento
consiste na ressecção cirúrgica, eventualmente com marsupialização prévia. Neste
estudo o objetivo foi relatar um caso clínico de um paciente de 32 anos de idade,
sexo masculino, que apresentou discreto aumento de volume assintomático na
região posterior da maxila direita. A radiografia panorâmica revelou extensa imagem
radiolúcida, projetada em região posterior de maxila, envolvendo toda região de seio
maxilar direito, medindo cerca de 7 cm no maior diâmetro, e provocando o
deslocamento superior do dente 18. O paciente foi submetido à biópsia incisional e
microscopicamente observou-se a presença de cápsula cística revestida por epitélio
estratificado paraqueratinizado com menos de 10 camadas, superfície corrugada e
paliçada dos núcleos das células basais. O diagnóstico final foi de queratocisto
odontogênico (tumor odontogênico queratocístico). Paciente foi submetida à
ressecção cirúrgica e atualmente encontra-se sob acompanhamento clínico, sem
sinais de recidiva 12 meses após a cirurgia. Queratocistos odontogênicos na região
posterior da maxila podem apresentar tamanho considerável e proximidade com a
base do crânio.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chaves: cistos odontogênicos, técnicas e procedimentos diagnósticos,
maxilares, radiografia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/53.pdf
51
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 54| DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA: AVALIAÇÃO POR MEIO DE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONE BEAM
Thaiza Gonçalves Rocha, Mariane Michels, Maria Augusta Portella Guedes Visconti,
Andrea de Castro Domingos Vieira, Aurelino Machado Lima Guedes, Fábio Ribeiro
Guedes
A displasia fibrosa e uma condição do desenvolvimento, onde o osso normal é
substituído por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso entremeado
com trabéculas ósseas irregulares. O objetivo deste painel é apresentar um caso de
displasia fibrosa poliostótica na região maxilo-facial de um paciente do sexo
masculino, leucoderma, 25 anos, que foi diagnosticado por meio de tomografia
computadorizada Cone Beam, após discreto aumento e volume indolor do lado
esquerdo da face. Com o exame de tomografia computadorizada Cone Beam, foi
obtido reconstruções axiais, coronais, sagitais e tridimensionais, onde se pode
observar um evidente aumento de volume ósseo proveniente uma massa radiopaca
com aspecto de vidro despolido que acomete a região da maxila e osso zigomático
esquerdo, causando redução do volume do seio maxilar esquerdo. Nenhum
tratamento foi realizado, uma vez que foi adotado por parte do profissional o
acompanhamento da evolução da lesão. Diante deste caso, foi possível concluir que
os exames de tomografia computadorizada Cone Beam são fundamentais para uma
análise detalhada de lesões do complexo maxilo-facial, aumentado
consideravelmente a capacidade de diagnóstico em relação aos métodos
radiográficos convencionais. Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chaves: displasia fibrosa poliostótica, tomografia computadorizada de
feixe cônico, diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/54.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 55| O USO DA TCFC PARA O DIAGNÓSTICO DE OSTEOSSARCOMA
EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO CLÍNICO
Sâmila Gonçalves Barra, Andréa de Castro Domingos, Mário José Romañach, Aline
Correa Abrahão, Sandra Regina Torres, Maria Augusta Visconti
Osteossarcoma é uma neoplasia maligna de ossos longos, afetando frequentemente
o fêmur distal e a tíbia proximal, com grande incidência de metástases. Esse tumor
ósseo caracteriza-se pela produção de tecido osteóide e osso imaturo que se
prolifera através do estroma celular. Osteossarcomas que afetam os ossos do crânio
são bastante incomuns, ocorrendo na cabeça e pescoço em apenas 10% dos casos.
Seus sítios mais comuns são: seio maxilar, cavidade nasal, e mandíbula. Vários
métodos podem ser utilizados para a detecção dessas neoplasias como: radiografias
convencionais (extrabucais e panorâmicas), tomografias computadorizadas
multislice e de feixe cônico (TC e TCFC) e ressonância magnética. Radiografias
bidimensionais apresentam limitações na avaliação dos osteossarcomas de cabeça
e pescoço, devido à sobreposição de estruturas ósseas. A TC, e principalmente a
TCFC, nos oferece significativa melhora na determinação de modificações
morfológicas resultantes de doenças benignas ou malignas da cavidade oral, assim
como alta qualidade de imagens, com resoluções anatômicas excelentes e redução
dos artefatos. Proporciona a visualização das calcificações tumorais, do
envolvimento das corticais ósseas, reações periosteais, e apresentam grande
importância no diagnóstico, extensão da lesão e planejamento do tratamento, por
mostrar claramente a extensão e profundidade da lesão. O objetivo deste trabalho é
apresentar um caso clínico, de um paciente com osteossarcoma na mandíbula,cuja
a TCFC foi um exame essencial para direcionar o diagnóstico.
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Palavras-chaves: mandíbula, tomografia computadorizada de feixe cônico,
neoplasias ósseas, osteossarcoma justacortical.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/55.pdf
53
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título:
56|
ASPECTOS
CLÍNICOS,
RADIOGRÁFICOS
E
ANATOMOPATOLÓGICOS DO TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO E
RELATO DE CASO
Thaiza Gonçalves Rocha, Mário José Romañach Gonzalez Sobrinho, Mariane
Michels, Alexandre Junqueira Marques, Maria Augusta Portella Guedes Visconti,
Fábio Ribeiro Guedes
O Tumor Odontogênico Ceratocístico é uma condição que ocorre, em sua maioria,
na região posterior da mandíbula, próximo à região dos terceiros molares, ângulo e
ramo mandibular. Eles ocorrem em uma ampla faixa etária, mas a maioria
desenvolve-se durante a 2ª e a 3ª décadas de vida, com discreta predominância
pelo sexo masculino. Geralmente é assintomático, porém, em alguns casos, pode
haver relato de dor devido à presença de infecção secundária. Um leve aumento de
volume também pode estar associado ao quadro clínico. Paciente do sexo
masculino, 36 anos de idade, assintomático, durante exame radiográfico de rotina,
apresentou imagem radiolúcida, unilocular, localizada na região posterior da maxila
do lado direito, associada ao deslocamento ântero-superior do elemento 18 e à
extensão alveolar severa do seio maxilar direito na mesma região. De acordo com
os aspectos radiográficos, entre as possíveis condições que faziam parte do
diagnóstico diferencial estavam o cisto dentígero, o ameloblastoma e o tumor
odontogênico ceratocístico. Desta forma, apenas os aspectos radiográficos não
foram suficientes para realizar o diagnóstico definitivo da condição e, o exame
histopatológico foi necessário para a confirmação do diagnóstico. Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
Palavras-chaves: tumores odontogênicos, maxila, diagnóstico.
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 57| IMPORTÂNCIA DO EXAME RADIOGRÁFICO DE ROTINA PARA O
DIAGNÓSTICO DO ODONTOMA
Ana Carolina Amério Lavagna, Lavagna A C A, Lopes G, Cruz A, Manhães Júnior L
R C, Silva M B, Lindenblatt R C R.
O Odontoma consiste em um tumor odontogênico misto, que acomete
preferencialmente crianças e adultos jovens. Sua prevalência excede a de todos os
outros tumores odontogênicos combinados. O presente relato tem como objetivo
relatar o caso do paciente EJSF, sexo masculino, 23 anos, melanoderma,
encaminhado pelo dentista à clínica de Semiologia, para instalação de implantes
dentários na região dos elementos 21 e 22 ausentes. Realizou-se anamnese e
exame físico e, ao exame intra-bucal, sendo observada retenção prolongada dos
incisivos central e lateral esquerdos decíduos (61 e 62). Com o objetivo de melhor
determinar o plano de tratamento para o paciente, procedeu-se com exame de
radiografias panorâmica e periapical de rotina, sendo evidenciada imagem radiopaca
delimitada por halo radiolúcido, composta por estruturas semelhantes a dentículos
em região anterior de maxila, causando impactação do incisivo central superior
esquerdo. Foi feita remoção cirúrgica da lesão e o diagnóstico histopatológico foi de
Odontoma Composto. O paciente foi encaminhado à clínica de Implantodontia para
reabilitação, sendo realizada uma prótese imediata para seu prontorestabelecimento estético e funcional. Este caso enfatiza a importância da realização
de criterioso exame clínico, para melhor planejamento e tratamento adequado do
paciente, ressaltando a relevância do exame radiográfico na rotina da clínica
odontológica.
Palavras-chaves: odontoma, exame radiográfico, diagnóstico.
55
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 58| ALCANÇANDO INTEGRAÇÃO E INTEROPERABILIDADE EM
CLÍNICAS DE RADIOLOGIA ODONTOLÓGICAS UTILIZANDO O PADRÃO
DICOM
Nielsen Santos Pereira. Dalmati CF.
A radiologia odontológica tradicional, baseada em filmes, vem migrando para a
radiologia digital nos últimos 10 anos. No Brasil este processo vem ocorrendo com
mais agilidade nos últimos 05 anos. Ao contrário do que acontece principalmente no
mercado americano, onde a ADA (American Dental Association) se pronunciou
oficialmente em 2000 e determinou a utilização do padrão DICOM (Digital Imaging
and Communication In Medicine) como espinha dorsal para se alcançar
interoperabilidade em imagens digitais na odontologia, o CFO (Conselho Federal de
Odontologia), não mostrou até o presente momento nenhuma iniciativa nesse
sentido. Apesar deste fato, há a Portaria Nº 2073 de 31/08/2011 do Ministério da
Saúde – “Regulamenta o uso de padrões de interoperabilidade e informação em
saúde”, que define em seu Capítulo II item 4.6. “Para representação da informação
relativa a exames de imagem será utilizado o padrão DICOM”. Esta “lacuna” na Lei
brasileira permite aos diversos vendedores nacionais de equipamentos radiográficos
odontológicos, a comercialização destes com seus sistemas de imagem (software de
captura), utilizando formatos de imagem radiográfica proprietários, ao invés do
DICOM. Esta atitude vem causando uma vasta gama de problemas, como: falta de
integração entre os vários sistemas heterogêneos, falta de interoperabilidade entre
os sistemas de imagens, retrabalho e outros. Estes problemas tornam o processo de
digitalização mais lento, mais oneroso, ineficiente e ineficaz, justamente o oposto do
que se espera com esta modernização. O presente trabalho busca apresentar uma
revisão da literatura sobre as iniciativas capazes de solucionar grande parte destes
problemas com a utilização de padrões e normas internacionais, principalmente o
padrão DICOM
Palavras-chaves: radiologia dental digital, DICOM, integração, interoperabilidade.
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 59| AVALIAÇÃO IMAGINOLÓGICA DAS DISPLASIAS ÓSSEAS:
ESTUDO RETROSPECTIVO UTILIZANDO TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE FEIXE CÔNICO
Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Paulo Henrique Pereira Cavalcanti, Danyel
Elias da Cruz Perez, Maria Luiza dos Anjos Pontual, MarcoAntônio Gomes Frazão,
Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez
O objetivo neste trabalho foi realizar um levantamento epidemiológico das displasias
ósseas em uma amostra da população brasileira por meio de tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Para isso, foram analisados 112 exames
de TCFC previamente identificados com displasias ósseas de pacientes que
procuraram atendimento em uma Clínica de Radiologia da cidade do Recife entre
janeiro de 2007 e julho de 2012 (CAAE: 02588812.1.0000.5208). As imagens foram
adquiridas no tomógrafo de feixe cônico i-CAT e avaliadas por dois examinadores
calibrados, utilizando o software do mesmo tomógrafo. Após a análise dos dados,
estes foram submetidos à análise estatística descritiva. Dos exames avaliados, 22
(19,64%) pertenciam a pacientes do gênero masculino e 90 (80,36%), ao gênero
feminino. Foram diagnosticados 82 (73,21%) pacientes apenas com displasia óssea
periapical, seguido de 17 (15,18%) com displasia óssea focal, 8 (7,14%) com
displasia óssea florida e 5 (4,46%) pacientes apresentaram tanto a displasia óssea
periapical quanto a focal. A média de idade foi de 50,4 anos e o osso mais afetado
foi a mandíbula. Na maioria dos exames, a lesão apresentou densidade mista,
correspondente ao seu estágio intermediário do desenvolvimento. Todas as
displasias ósseas apresentavam limites bem definidos e não foram evidenciados
casos de deslocamento dentário. As lesões causaram expansão das corticais
ósseas em 6 casos, e em 3 estiveram associadas a reabsorção radicular. Em
conclusão, as displasias ósseas foram mais prevalentes no gênero feminino, com
média de idade de 50 anos, e a mandíbula foi o osso mais afetado, sendo a
displasia óssea periapical a lesão mais comum. A avaliação imaginológica é
fundamental para o diagnóstico e o Cirurgião-Dentista deve estar atento a todas as
características presentes na imagem para não gerar falsos diagnósticos e,
consequentemente, tratamentos inadequados.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, prevalência,
anormalidades maxilomandibulares.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/59.pdf
57
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 60| DOENÇA DE GORHAM REVERTIDA E ESTABILZADA: RELATO DE
CASO CLÍNICO
Gabriella Lopes de Rezende Barbosa, Jacob Dunn, Robert John Timothy, Solange
Maria de Almeida, Donald Alton Tyndall
Doença de Gorham ou “doença do osso fantasma” é uma patologia rara,
caracterizada por uma destruição espontânea e agressiva de um ou mais ossos,
causada pela proliferação idiopática de canais vasculares. Qualquer osso pode ser
afetado, contudo, tem maior predileção pela pélvis, úmero e ombro. Poucos casos
foram descritos afetando os maxilares, assim, apresentamos um caso em que a
doença foi revertida e estabilizada, fenômeno não relatado na literatura. Paciente do
sexo masculino, 50 anos, portador de doença de Crohn controlada, procurou
atendimento relatando aumento de volume e dor na região mandibular direita.
Histórico de osteomielite após extração dentária na mesma região. Ao exame
radiográfico panorâmico inicial, observou-se moderada reabsorção óssea se
extendendo do primeiro pré-molar inferior direito até ângulo mandíbular. Foi prescrita
medicação antibiótica e após 14 dias o paciente não apresentava mais inchaço nem
dor. O acompanhamento radiográfico decorrido ao longo de um ano demonstrou
uma progressão no processo osteolítico e o exame clínico, mobilidade dos dentes
anteriores. No mesmo período, o paciente esteve sob tratamento para controle da
doença de Crohn com esteróides. Contudo, após esta rápida progressão da doença,
em nova radiografia panorâmica, observou-se aumento de densidade ao redor da
lesão evidenciando nova deposição óssea. O acompanhamento do paciente durante
os 6 anos seguintes, demonstrou a progressiva formação óssea na região,
radiograficamente, e à palpação, bem como menor mobilidade dentária. Na última
radiografia pode-se observar uma restituição da continuidade mandibular com
reposição do osso, demonstrando a reversão do processo osteolítico e estabilização
da doença. A avaliação radiográfica da doença de Gorham, bem como o
acompanhamento, é de fundamental importância na detecção dessa lesão, que,
apesar de ser uma condição rara, deve ser considerada como diagnóstico diferencial
em casos de lesões osteolíticas dos maxilares.
Palavras-chaves: gorham’s disease, osteolysis, mandible, idiopathic resorption.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/60.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 61| ANTROLITO MAXILAR: RELATO DE CASO IDENTIFICADO POR
MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR FEIXE CÔNICO
Mariane Michels, Alexandre Junqueira Marques, Andrea de Castro Domingos Vieira,
Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Marcela Rodrigues Alves, Fábio Ribeiro
Guedes
Antrolitos são massas calcificadas resultantes de uma encrustação completa ou
parcial de um corpo estranho localizado no interior do seio maxilar sendo
descobertos por acaso em exames radiográficos. Os antrolitos aparecem a partir de
um foco central, que pode ter origem endógena ou exógena. Com o
desenvolvimento da Tomografia computadorizada de feixe cônico ocorreram
melhorias na qualidade das imagens aumentando as chances de identificação de
antrolitos. No entanto, antrolitos localizados no seio maxilar ainda são considerados
raros e muitos profissionais não sabem identificá-los, e, na maioria dos casos estas
lesões passam desapercebidas no momento do diagnóstico. O objetivo desse
trabalho foi relatar um caso clínico de um antrolito em exame de tomografia
computadorizada de feixe cônico. Paciente do gênero masculino, 28 anos,
assintomático, foi encaminhado para o centro de radiologia para exame de
tomografia computadorizada da região de maxila. Durante a avaliação do exame foi
identificado uma imagem do tipo hiperdensa localizada no assoalho do seio maxilar
sugestiva de antrolito. Foi realizado um acompanhamento por seis meses onde não
foi constatada nenhuma alteração, sendo excluída a possibilidade de intervenção
cirúrgica e a proservação radiográfica anual foi indicada. Conclusão: Antrolito em
seio maxilar é raro, mas com o uso da tomografia computadorizada de feixe cônico a
possibilidade de identificação desta patologia pode aumentar. O cirurgião-dentista
deve estar preparado para identificar e diferenciar o antrolito de outras patologias
dos seios maxilares.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Palavras-chaves:
diagnóstico.
antrolito,
tomografia
computadorizada
de
feixe
cônico,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/61.pdf
59
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 62| DIAGNÓSTICO RADIOGRÁFICO DO CISTO ODONTOGÊNICO
GLANDULAR: RELATO DE CASO
Isadora Follak de Souza, Andrea de Castro Domingos Vieira, Maria Aparecida
Cavalcante, Michelle Agostini, Bruno Augusto Benevenuto de Andrade, Márcia Grillo
Cabral, Maria Augusta Visconti
O cisto odontogênico glandular é um cisto odontogênico incomum, descrito
inicialmente em 1987 e que possui características microscópicas variáveis e
comportamento potencialmente agressivo. Acomete usualmente a região anterior da
mandíbula de pacientes de meia idade principalmente mostrando-se como aumentos
de volume assintomáticos de evolução lenta, os quais podem apresentar grandes
proporções. Os achados radiológicos incluem lesão de formato redondo ou oval,
unilocular ou multilocular, com margens bem definidas e que expandem corticais
ósseas e afastam dentes adjacentes. O diagnóstico diferencial imaginológico inclui
outras lesões odontogênicas como cisto residual, tumor odontogênico queratocístico,
lesão central de células gigantes e ameloblastoma. Paciente de 63 anos de idade,
sexo feminino, apresentou como achado em radiografias panorâmica, oclusal e
periapicais, imagem radiolúcida multilocular, de limites definidos e corticalizados,
projetada inferiormente à região dos incisivos inferiores e mostrando ausência de
expansão das corticais ósseas. O exame histopatológico mostrou a presença de
cavidade cística revestida por epitélio estratificado não queratinizado exibindo
espessura variável, células superficiais eosinofílicas e cuboidais, destacamento
epitelial e áreas pseudo-ductais, confirmando o diagnóstico final de cisto
odontogênico glandular. Paciente foi submetida à curetagem vigorosa da lesão e
após 8 meses nenhum sinal de recidiva foi observado em radiografias periódicas de
controle. Cisto odontogênico glandular deve ser incluído no diagnóstico diferencial
radiográfico de lesões radiolúcidas multiloculares dos maxilares.
Palavras-chaves: cisto odontogênico, lesões radiolúcidas, mandíbula, cisto
odontogênico glandular.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/62.pdf
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ID/título: 65| IMPORTÂNCIA DOS EXAMES POR IMAGEM NO DIAGNÓSTICO DE
LESÕES MALIGNAS: RELATO DE CASO CLÍNICO
Alexandre Junqueira Marques, Mariane Michels, Mario Romañach, Aline Correa
Abrahão, Fábio Ribeiro Guedes, Andrea De Castro Domingos Vieira, Maria Augusta
Visconti
O carcinoma mucoepidermóide é o tumor maligno mais comum das glândulas
salivares, e representa a malignidade de glândula salivar mais comum na infância,
podendo atingir tanto glândulas maiores, como as menores. O carcinoma
mucoepidermóide apresenta etiologia desconhecida, no entanto pode estar
associado a fatores genéticos, ao tabaco ou a exposição à radiação. Sendo a
radiação ionizante um fator de risco definitivamente vinculado a etiopatogenia
dessas lesões. O diagnóstico precoce e o correto manejo dessa enfermidade são
fatores determinantes no prognóstico. Por ser uma patologia agressiva, deve ser
considerada como hipótese de diagnóstico em lesões proliferativas da cavidade
bucal, mesmo quando sua aparência clínica não sugere malignidade. O diagnóstico
deve realizado por meio da associação de exames imaginológicos, clínico e
histopatológico. No presente trabalho o objetivo foi relatar um caso clínico de uma
paciente do sexo feminino, 33 anos, que procurou a FO da UFRJ apresentando
aumento de volume na maxila e palato, lado direito, com evolução de um ano. A
paciente apresentou uma radiografia panorâmica realizada há um ano na qual o
laudo radiográfico não salientava para nenhuma possível lesão. Nesse momento
foram então realizadas mais uma radiografia panorâmica e TCFC. Após biópsia
incisional, o exame histopatológico mostrou massa tumoral constituída
principalmente por células poliédricas com citoplasma claro, algumas das quais
foram positivas para PAS e mucicarmim, confirmando o diagnóstico final de
carcinoma mucoepidermóide. A paciente foi submetida à extensa ressecção
cirúrgica e reabilitação oral. Atualmente encontra-se bem, sem sinais de recidiva 1
ano após a cirurgia. Os exames imaginológicos podem ser essenciais para
determinação do tamanho e da conduta terapêutica de carcinomas
mucoepidermóides intra-orais de grandes proporções.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada
mucoepidermóide, radiografia panorâmica.
de
feixe
cônico,
carcinoma
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/65.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 66| AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA ANQUILOSE DA ATM E
PROCESSO CORONÓIDE E RELATO DE CASO
Ana Márcia Viana Wanzeler, Alexandre Junqueira Marques, Andrea de Castro
Domingos Vieira, Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Fábio Ribeiro Guedes
A anquilose da ATM é uma condição caracterizada pela restrição de abertura bucal
variando de redução parcial até imobilidade completa, podendo ter diferentes
etiologias, sendo a mais freqüente o trauma na ATM associado com fratura do
processo condilar durante o período de crescimento em crianças. Paciente do sexo
feminino, 41 anos de idade, sofreu traumatismo por projétil de arma de fogo aos 12
anos causando anquilose da ATM esquerda, gerando acentuada deformidade facial
e clinicamente uma severa limitação de abertura bucal. Durante este tempo realizou
4 cirurgias corretivas sem sucesso. A paciente foi encaminhada ao serviço de
Radiologia para avaliação radiográfica. Foi realizada uma radiografia panorâmica
onde se observou alteração morfológica da ATM esquerda e fratura do processo
coronóide. A paciente apresentava um exame de tomografia computadorizada onde
por meio de imagens axiais, coronais e tridimensionais, pôde ser constatado a
anquilose da ATM, e além de fratura do processo coronóide e fusão do mesmo com
o arco zigomático, o que não era possível de ser observado na radiografia
panorâmica. Os aspectos clínicos e radiográficos são fundamentais para um
adequado tratamento, porém para uma avaliação pré-operatória detalhada apenas a
radiografia panorâmica normalmente subestima a extensão da anquilose óssea que
é encontrada durante a cirurgia, sendo, indicado exames de tomografia
computadorizada principalmente com as reconstruções tridimensionais, que
possibilitam uma avaliação mais detalhada da região. Universidade Federal do Rio
de Janeiro
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, anquilose e ATM.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/66.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 67| MANIFESTAÇÕES OROFACIAIS DA OSTEODISTROFIA RENAL:
UM RELATO DE CASO
Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Flávia Maria de Moraes Ramos-Perez,
Jurema Freire Lisboa de Castro, Elaine Judite de Amorim Carvalho, Danyel Elias da
Cruz Perez.
A osteodistrofia renal é uma complicação sistêmica associada à insuficiência renal
crônica, caracterizada por distúrbios na mineralização óssea. O objetivo neste
trabalho é descrever um caso de osteodistrofia renal afetando os maxilares. Um
homem de 35 anos de idade foi encaminhado para avaliação de extensas
tumefações na maxila e na mandíbula com três meses de duração. A história médica
revelou insuficiência renal crônica e aumento nos níveis sanguíneos de fosfato e do
hormônio da paratireóide. Em adição às tumefações intra-orais, mobilidade dentária
também foi observada. A radiografia panorâmica mostrou imagens mistas e difusas,
com padrão de vidro fosco, envolvendo a maxila e a mandíbula. Áreas de esclerose
óssea, ausência de lâmina dura e alargamento do espaço do ligamento periodontal
também foram observados. Além disso, havia pobre definição dos reparos
anatômicos e reabsorção da cortical óssea. Uma biópsia incisional foi realizada e o
exame histopatológico revelou células fibroblásticas fusiformes permeadas por
numerosas trabéculas de osteóide e uma distinta rima de osteoblastos, compatível
com o quadro de osteíte fibrosa. A osteodistrofia renal apresenta semelhanças
radiográficas e histopatológicas com outras lesões fibro-ósseas benígnas. Seu
diagnóstico preciso é essencial para sua correta abordagem.
Palavras-chaves:
osteodistrofia
hiperparatireoidismo.
renal,
insuficiência
renal
crônica,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/67.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título:
68|
INFLUÊNCIA
DO
MODO
DE
ESCANEAMENTO
MICROTOMOGRÁFICO (180°/360°) NA DETECÇÃO DE LESÕES CARIOSAS
Leonardo Vieira Peroni, Liana Matos Ferreira, Karla Rovaris da Silva, Thiago Oliveira
Sousa | Deborah Queiroz Freitas | Francisco Haiter-Neto
Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP-UNICAMP
sob o número 145/212, tendo por objetivo avaliar a influência do modo de
escaneamento microtomográfico na detecção de lesões de cárie. Para isso, as
coroas de 122 dentes foram escaneadas com o microtomógrafo Skyscan 1174
(Bruker, Kontich, Bélgica), utilizando o modo de escaneamento completo (360°). Foi
realizada a reconstrução de 900 imagens base no software NRecon (Bruker,
Kontich, Bélgica) para o modo completo e 450 imagens base foram utilizadas para
reconstruir o modo de escaneamento parcial (180°). Três observadores analisaram
as imagens reconstruídas em relação à presença e localização de lesões de cárie
proximais (244 superfícies). Para validar a presença de cárie, o exame histológico foi
realizado. As concordâncias intra-observador e inter-observador para ambos os
métodos variou de moderada a excelente. Ambas as metodologias estudadas e o
padrão-ouro apresentaram concordância em relação à presença de lesões (p> 0,05).
No entanto, ambos os métodos descordaram do padrão-ouro em relação à
localização (p <0,05). A divergência ocorreu, principalmente, em casos com lesões
em esmalte. Os valores mais elevados de diagnóstico correto foram encontrados
para rotação de 180°. Conclui-se que o modo de varredura microtomográfica não
influenciou a detecção de lesões cariosas; ambas as rotações (180º e 360º) tiveram
um bom desempenho para detectá-las, mas não tão eficazes para avaliar a sua
profundidade. Portanto, para a detecção de lesão cariosa através da
microtomografia, o modo 180 º deve ser preferido ao 360°, visando economia de
tempo de escaneamento, menor tamanho de arquivos digitais e redução do
desgaste de equipamento.
Palavras-chaves: microtomografia por raios X, cárie dentária, diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/68.pdf
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ID/título: 69| DIFERENTES TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS NO AUXÍLIO DO
DIAGNÓSTICO DO TUMOR ODONTOGÊNICO CÍSTICO CALCIFICANTE:
RELATO DE CASO
May Anny Alves Fraga, Jessica Costa Reis, Martha, Martha Alayde Alcantara Salim
Venancio, Daniela Nascimento Silva, Liliana Aparecida Pimenta De Barros,
Rossiene Mota Bertollo | Priscila Dias Peyneau
O tumor odontogênico cístico calcificante (TOCC) é uma neoplasia cística benigna
derivada do epitélio odontogênico remanescente da maxila ou da mandíbula. Possui
uma prevalência baixa, podendo ser considerado raro quando comparado a outros
tumores e cistos odontogênicos. O TOCC se apresenta intra-ósseo, ou extra-ósseo,
sendo o primeiro de ocorrência mais comum podendo romper a tábua óssea e se
espalhar pelo tecido mole. Relatos de casos do TOCC em associação com outras
lesões, como ameloblastomas, tumores odontogênicos adenomatóides e
principalmente odontomas, tem sido apresentados na literatura. Tal associação
juntamente com a velocidade de desenvolvimento e o potencial de agressividade da
lesão, são informações importantes para estabelecer um plano de tratamento
adequado. Essa lesão possui uma característica histológica marcante, as “células
fantasmas”, que podem conter calcificações e material hialino em seu interior,
formando massas eosinofílicas. Radiograficamente observa-se imagem radiolúcida
circunscrita, unilocular ou multilocular, podendo existir número variável de pontos
radiopacos ou mesmo dentes rudimentares (odontomas). Deslocamento, reabsorção
radicular e envolvimento de dentes impactados são achados frequentes. Neste
trabalho será apresentado e discutido um caso de paciente do gênero feminino, 10
anos, com tumefação de aproximadamente 6 cm, coloração normal, superfície lisa,
localizada na mucosa vestibular estendendo-se do dente 31 ao 37 e apagamento do
fundo de vestíbulo. Foram realizadas radiografias panorâmica e periapicais e
observou-se uma imagem radiolúcida unilocular circunscrita localizada em região
anterior da mandíbula com projeção maior para o lado esquerdo, envolvendo os
dentes 32 e 33, com deslocamento dos dentes 31 e 41. Pontos radiopacos foram
melhor evidenciados por meio da radiografia oclusal, técnica que pode auxiliar a
condução da hipótese diagnóstica.
Palavras-chaves: tumor odontogênico cístico calcificante, cisto odontogênico
calcificante, cisto de gorlin, radiografia oclusal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/69.pdf
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ID/título: 70| ARTEFATO METÁLICO EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE FEIXE CÔNICO
Ronaldo Benjamim Francisco Alves, Ana Paula Aranha De Barros Santoro, Bruna
Pinheiro Latorre, Nathália Cristine Da Silva, José Luiz Cintra Junqueira, Milena
Bortolotto Felippe Silva
A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem sido cada vez mais
utilizada no cotidiano do cirurgião dentista, pois permite visualização em diferentes
planos e oferece ferramentas para manipulação das imagens que não eram
possíveis em outras modalidades de exames auxiliares para o diagnóstico. A
presença de metal na área a ser escaneada pode acarretar na produção de artefato.
Os artefatos prejudicam a qualidade da imagem podendo interferir no processo
diagnóstico, portanto é de fundamental importância que o cirurgião dentista saiba
reconhece-los para que não seja induzido a um diagnóstico incorreto, estando
cientes das limitações deste tipo de exame de imagem. O presente trabalho tem
como finalidade esclarecer o que são os artefatos causados por materiais metálicos
que são comumente encontrados na cavidade oral dos pacientes que realizam
exame de TCFC.
Palavras-chaves:
diagnóstico.
tomografia
computadorizada
de
feixe
cônico,
artefato,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/70.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 71| CORRELAÇÃO DO TIPO FACIAL E O VOLUME DA NASOFARINGE
ATRAVÉS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Ana Marcia Viana Wanzeler, Maria Eduarda de Oliveira Pereira, Sergio de Melo
Alves Junior, Fabrício Mesquita Tuji
Vários estudos, com o objetivo de definir fatores determinantes da morfologia do
spaço aéreo, têm sido realizados. Entretanto observa-se que a influência do tipo
facial sobre a morfologia do espaço aéreo é pouquíssima discutida.
Com base nesta observação e na necessidade que o profissional de odontologia
necessita conhecer a anatomia, o presente estudo tem por objetivo analisar 85
exames de tomografias de feixe cônico obtidos do arquivo de uma clínica particular
no município de Belém do Pará, buscando uma possível influência do tipo facial
sobre a morfologia da nasofaringe. No software InVivoDental na reconstrução da
imagem cefalométrica foi avaliado o tipo facial (dólico, meso e braqui facial)
determinada a partir das medidas cefalométricas indicadoras de direção de
crescimento: Eixo y de Mcnamara, S. N. Gn e S.N.Go.Gn. No segundo momento no
software (ITK-SNAP 4.0,2) para a delimitação da nasofaringe foi utilizado os limites
superiores e inferiores previamente sugeridos por ABRAMSON et.al (2010), sendo o
limite superior o osso do palato duro e Limite inferior a base a epiglote. Com os
limites estabelecidos, foram realizadas as medições de volume total da nasofaringe.
Para a comparação entre os pacientes dos três grupos faciais utilizou-se o teste de
kruskal-wallis e este apresentou p=0,2244. Quanto à correlação entre o tipo facial e
o volume da nasofaringe os grupos não apresentaram diferenças estatísticas entre
si, uma vez que p>0,05. A pesquisa foi aprovada pelo CEP: 5271314.9.0000.0018
Palavras-chaves: tomografia computadorizada por feixe cônico, cefalometria e
desenvolvimento maxilofacial.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/71.pdf
67
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ID/título:
74|
AVALIAÇÃO
DA
QUALIDADE
DAS
RADIOGRAFIAS
PANORÂMICAS REALIZADAS NA CLÍNICA DE RADIOLOGIA DA FOP/UNICAMP
Polyane Mazucatto Queiroz, Rafaela Argento, Caetano Polezi Martins, Deborah
Queiroz de Freitas
A radiografia panorâmica é um importante instrumento de avaliação dos pacientes
em Odontologia. Para que se realize um diagnóstico adequado, é imprescindível que
o exame radiográfico seja de boa qualidade. Entre outros fatores, o adequado
posicionamento do paciente para obtenção da radiografia influencia na qualidade do
exame. A partir da análise das radiografias panorâmicas convencionais e digitais
realizadas na clínica de Radiologia Odontológica da FOP-UNICAMP, os objetivos
deste trabalho foram avaliar a qualidade dessas radiografias panorâmicas e
comparar as modalidades convencional e digital quanto a necessidade de repetição.
Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FOP-UNICAMP sob protocolo
039Q2013, por um período de cinco meses, foram coletados dados referentes às
radiografias realizadas e repetidas pelos alunos de programas de pós-graduação,
totalizando 1584 radiografias. Essas radiografias panorâmicas foram classificadas
quando a forma de obtenção – convencional ou digital – e quanto ao programa de
pós-graduação ao qual o aluno que obteve a imagem pertence – latus sensu ou stitu
senso. As imagens repetidas foram analisadas quanto a incidência de erro e quanto
ao erro de posicionamento que gerou a necessidade da repetição. Erros de
posicionamento foram encontrados em 11,82% das 1151 radiografias digitais e em
22,17% das 433
radiografias convencionais,
apresentando
diferença
estatisticamente significante entre os dois métodos (p<0,05). Das imagens
realizadas por alunos de programa latus sensu 17,11% apresentavam erros, e das
realizadas pelos alunos de programa strictu senso 13,98% apresentavam erros. O
erro mais comum foi o mau posicionamento da língua, seguido pelo deslocamento
horizontal da cabeça do paciente. O uso da radiografia digital proporcionou menor
índice de erros.
Palavras-chaves: Radiografia panorâmica,
convencional, posicionamento do paciente.
radiografia
digital,
radiografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/74.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 75| RADIOGRAFIA DIGITAL INTRABUCAL: DESAFIO NO CONTROLE
DE INFECÇÃO
Luciana Jácome Lopes, Eliana Dantas da Costa, Thiago Oliveira Gamba, Camila
Pinelli Glaucia Maria Bovi Ambrosano, Deborah Queiroz de Freitas
A radiografia digital revolucionou o diagnóstico por imagem na Radiologia
Odontológica, pois permite a manipulação da imagem, não utiliza soluções de
processamento e geralmente necessita de menos radiação para a formação da
imagem. Os receptores de imagem digitais podem ser de dois tipos: a placa de
fósforo fotoestimulável e sensores de estado sólido (CCD ou CMOS). Entretanto, um
desafio com relação ao controle de infecção ocorre com os receptores intrabucais,
pois eles são reutilizáveis. Também existe risco de contaminação cruzada durante a
exposição radiográfica intrabucal através do manuseio de equipamentos (cabeçote,
cilindro localizador, painel de controle, botão de disparo do aparelho, monitor, CPU,
teclado e mouse), e superfícies que possam ter contato com material ou mãos
contaminadas durante a exposição radiográfica. O objetivo deste estudo foi
investigar, com base na literatura, publicações sobre protocolos e recomendações
sobre controle de infecção em receptores digitais. Realizou-se revisão da literatura
na base de dados das Ciências da Saúde: Medline, Bireme e Lilacs, utilizando-se as
palavras-chave em português – “controle de infecção”, “radiografia digital” - e inglês
– “infection control”, “digital radiography”. Concluiu-se que a utilização de barreiras
protetoras foi recomendação unânime para receptores digitais, pois eles não podem
ser autoclaváveis e são sensíveis as soluções desinfetantes. Deve-se utilizar
barreiras plásticas nas superfícies e equipamentos manuseáveis durante o exame
radiográfico, com atenção especial ao scanner utilizado na placa de fósforo, e o
cabo que conecta o sensor do estado sólido ao computador. Recomenda-se ainda o
uso de posicionador radiográfico esterilizável e equipamento de proteção individual
para os operadores. Apesar de não ter sido encontrada diretriz referente à
manipulação do teclado e mouse, sugere-se a utilização de barreira protetora ou
sobreluva.
Palavras-chaves: odontologia, controle de infecções, radiografia digital.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/75.pdf
69
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 77| CLASSIFICAÇÃO PARA TERCEIROS MOLARES INCLUSOS
UTILIZANDO
RADIOGRAFIAS
PANORÂMICAS
E
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Alexandre Junqueira Marques, Mariane Michels, Nathalia Ribeiro Cruz, Maria
Augusta Visconti, Andrea De Castro Domingos Vieira, Fabio Ribeiro Guedes
Com o crescimento do crânio em detrimento dos maxilares, ocorre um aumento do
número de dentes em uma arcada diminuída, ocasionando assim a inclusão de
dentes, como os terceiros molares, sendo estes os que apresentam as maiores
taxas de não erupção. Na Odontologia atual, os exames por imagem têm
fundamental importância para o diagnóstico e planejamento do tratamento. Neste
contexto, as radiografias panorâmicas e a tomografia computadorizada são
fundamentais para avaliação de toda região dento-alveolar e estruturas adjacentes,
além de facilitar a análise e classificação dos terceiros molares. O objetivo deste
trabalho é apresentar por meio de apresentação de casos clínicos de terceiros
molares não erupcionados as classificações propostas por Winter e Pell & Gregory.
Para isso, foram selecionados casos clínicos de terceiros molares em radiografias
panorâmicas e em exames de tomografia computadorizada com o objetivo de
apresentar cada uma das classificações, bem como mostrar as possíveis relações
existentes entre os elementos dentários inclusos e sua relação com estruturas
adjacentes. Quando se trata de terceiros molares não erupcionados, as
classificações mais utilizadas são: em relação à angulação do dente e quanto ao
grau de impactação. De acordo com Winter, os terceiros molares podem encontrarse na posição vertical, mesio-angular, disto-angular, horizontal, invertida e ainda em
línguo-versão ou vestíbulo-versão. A Classificação de Pell e Gregory relaciona a
superfície oclusal dos terceiros molares inferiores com relação ao segundo molar
adjacente (posição A, B, C) e o diâmetro mesio-distal do terceiro molar em relação à
borda anterior do ramo da mandíbula (Classe I, II e III). Desta forma pode-se concluir
que a avaliação dos terceiros molares utilizando radiografias panorâmicas e exame
de tomografia computadorizada é de extrema importância aos profissionais ter o
conhecimento a fim de se proporcionar um melhor planejamento, com base na
análise e classificação dos terceiros molares, evitando-se imprevistos no
transoperatório. Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Palavras-chaves: tomografia, radiografia panoramica, terceiro molar.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/77.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 78| CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO PSEUDOCISTO ANTRAL POR
MEIO DE RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DIGITAIS
Estelamari Barbieri Elsemann, Milena Bortolotto Felippe Silva, Nátalia Zaffalon
Casati, José Luiz Cintra Junqueira, Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior, Ricardo
Raitz
O pseudocisto antral é um achado comum em radiografias panorâmicas
apresentando-se levemente radiopaco, em forma de cúpula que se eleva a partir do
assoalho do seio maxilar. Devido à grande ocorrência desta lesão na população, o
objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento da mesma por meio de
radiografias panorâmicas digitais, verificando sua presença, predileção por gênero e
a possibilidade de associá-la com focos odontogênicos próximos. A amostra foi
composta por 18 mulheres (51,47%) e 17 homens (48,57%). Quando avaliada a
evolução do pseudocisto antral, foi observado que em 62,86% dos casos, as lesões
mantiveram seu tamanho inicial e em 22,86% desapareceram completamente.
Analisando-se a presença de focos infecciosos odontogênicos associados ao
pseudocisto, verificou-se que em 74,29% dos casos não havia nenhum sinal de
infecção odontogênica visível próximo à lesão. Pode-se concluir que o pseudocisto
antral não apresenta predileção por gênero, em geral não aumenta em extensão e
embora a tendência seja a manutenção do tamanho, pode regredir
espontaneamente. Além disso, parece não estar associado com a presença de focos
odontogênicos. Protocolo do Comitê de Ética em Pesquisa: 2010/0331 - Faculdade
de Odontologia São Leopoldo Mandic.
Palavras-chaves: seios maxilares, radiografias panorâmicas, cistos.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/78.pdf
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ID/título: 79| OSTEOARTRITE INFECCIOSA CONDILAR: RELATO DE CASO
Eduarda Helena Leandro do Nascimento, Rafaella Maria Silva de Souza, Paulo
Rogério Ferreti Bonan, Andréa dos Anjos Pontual, Flávia Maria de Moraes RamosPerez, Maria Luiza dos Anjos Pontual
A artrite infecciosa da articulação temporomandibular (ATM) é uma condição
inflamatória que pode desenvolver-se pela propagação de micro-organismos através
de uma disseminação hematológica, extensão direta de uma infecção contígua ou
ato iatrogênico. Além das complicações pós-cirúrgicas, a infecção do ouvido médio
tem sido considerada como a causa mais comum desta infecção. O diagnóstico
envolve história pregressa, exames físicos e imaginológicos, sendo estes últimos
fundamentais para a avaliação das alterações ósseas, tais como aplainamento das
superfícies articulares, deformação, redução significativa do tamanho e desgaste do
côndilo mandibular em forma de cogumelo. Quando o paciente apresenta a forma
mais grave, observa-se a completa destruição do côndilo e, em crianças, pode
ocorrer a anquilose fibrosa ou óssea ocasionando distúrbio de crescimento. Este
trabalho tem como objetivo relatar caso clínico de paciente do sexo feminino,
leucoderma, 24 anos, que compareceu à Clínica de Estomatologia da Universidade
Federal da Paraíba com queixa principal de “ausência de encaixe mandibular”. A
mesma não referia sintomatologia dolorosa. Entretanto, ao exame clínico, verificouse deslocamento da mandíbula para o lado esquerdo durante abertura bucal. Na
tomografia computadorizada de feixe cônico, observou-se destruição da cabeça da
mandíbula e alteração da superfície do tubérculo articular do lado esquerdo. Após
investigar história médica pregressa, a paciente relatou otite supurativa na infância,
o que possibilitou determinar que esta alteração severa da cabeça da mandíbula
deve-se ao histórico de artrite infecciosa da ATM. Dessa forma, quando não
identificada, essa condição artrítica pode progredir e causar mordida aberta anterior
ou unilateral e, em alguns casos, má oclusão de classe II.
Palavras-chaves: osteoartrite,
diagnóstico por imagem.
otite
média
supurativa,
côndilo
mandibular,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/79.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
72
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título:
80|
ALTERAÇÕES
OBSERVADAS
EM
RADIOGRAFIAS
ODONTOLÓGICAS NOS PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL
CRÔNICA
Alessandra de Freitas e Silva, Laís Krejci de Souza Graciosa, Fábio Rodrigues,
Belkiss Mármora Camara, Mariana TlachTiepo, José Luiz Cintra Junqueira, Luiz
Roberto Coutinho Manhães Jr.
A Insuficiência Renal Crônica é o estado de disfunção renal persistente, irreversível,
geralmente decorrente de um processo patológico lentamente progressivo,
acometendo indivíduos de qualquer idade, sexo ou raça. O termo Osteodistrofia
Renal é utilizado para definir desordens esqueléticas, alterações metabólicas do
cálcio e do fósforo e distúrbios de remodelação óssea caracterizados pelo
desacoplamento do processo fisiológico contínuo de reabsorção e formação do
tecido ósseo. Baseado na taxa de formação óssea, parâmetro obtido através da
análise histomorfométrica, é possível classificar essa doença em alta e baixa
remodelação óssea.Comumente são encontradas diversas manifestações orais da
Osteodistrofiacomo halitose, xerostomia, mobilidade dental, alto índice de placa
bacteriana, cálculo salivar, hipoplasia de esmalte e cáries (Klassen,Krasko, 2002).
Antonelli &Hottel (2003) relataram que nas radiografias dos maxilares de pacientes
com IRC em estágio final ocorrem mudanças na arquitetura óssea como aumento da
densidade óssea, mineralização não específica, trabeculado anormal, lesões
osteolíticas, alterações dentárias, estreitamento da câmara pulpar e hipercementose.
Nas radiografias de mão e punho de pacientes com Insuficiência Renal Crônica
podem ser observadas erosões subperiosteais nas falanges médias principalmente
no segundo e terceiro dedos. Na região dos tufos nas falanges distais, as
reabsorções em fases mais avançadas podem resultar em acrosteólise, onde há
separação completa da extremidade distal da falange com sua porção proximal
(Knett, Pollick, 1971). Através de um estudo de coorte, transversal, prospectivoem
pacientes com IRC que realizamdiálise pesquisamos a presença de lesões ósseas
através das radiografias panorâmicas, periapicais e de punho e mão onde
encontramos alterações significativas. Ao correlacionarmos estas manifestações
radiográficas com os níveis séricos dos pacientes, concluímos que tais achados
apresentam significância estatística, sendo importante que estes achados em
pacientes com IRC sejam divulgados dentro das especialidades odontológicas, a fim
de aumentar a qualidade da sobrevida dos mesmos. (CISNEP 457986 /
Recebimento CAAE: 006.0.334.001-11).
Palavras-chaves: insuficiência-renal, crônica, alterações esqueléticas, alteraçõesradiográficas.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/80.pdf
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ID/título:
81| DESEMPENHO
DA TOMOGRAFIA VOLUMÉTRICA E
RADIOGRAFIA PANORÂMICA NA CORRELAÇÃO ENTRE QUALIDADE ÓSSEA
MANDIBULAR E TERCEIROS MOLARES
Débora de Melo Távora, Mayara Zagui Dal Picolo, Maria Beatriz Carrazzone Cal
Alonso, Deborah Queiroz de Freitas
O objetivo neste estudo foi analisar a qualidade óssea mandibular na presença e
ausência de terceiros molares inferiores, por meio da radiografia panorâmica (RP) e
tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), verificando se a presença e
posição desses dentes alteram a qualidade óssea da região. A amostra consistiu em
imagens de RP e TCFC (cortes parassagitais) de pacientes entre 18 e 25 anos, de
ambos os sexos, nas quais foi medida a espessura da cortical inferior da mandíbula
na região de ângulo mandibular e 0,5 cm distalmente ao segundo molar inferior.
Além disso, os terceiros molares foram classificados quanto ao seu posicionamento:
vertical, horizontal ou angulado. O teste t revelou diferença estatística (p < 0,05)
entre a RP e a TCFC, sendo as maiores medidas encontradas na TCFC. Na
presença dos terceiros molares, a espessura óssea foi maior apenas na região do
ângulo, na RP, enquanto que a posição dos mesmos não influenciou nas medidas
da cortical mandibular (Anova e teste post hoc de Tukey). Houve baixa correlação
entre as medidas obtidas nas duas modalidades de imagem e nas duas regiões
avaliadas. O ICC foi excelente. Pôde-se concluir que a presença dos terceiros
molares e a sua posição, não alteraram a qualidade óssea da cortical mandibular.
Protocolo CEP #102/2013.
Palavras-chaves: qualidade óssea, terceiros molares, radiografia panorâmica,
tomografia computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/81.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 82| ACHADO INCIDENTAL DE MUCOCELE
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
ETMOIDAL
EM
Roberta Heiffig Handem, Diogo Barbalho Cardoso, Marco Antonio Ferraz, Eduardo
Sant'Ana, Izabel Regina Rubira Bullen, Ana Lucia Alvares Capelozza
As imagens obtidas por Tomografia Computadorizada de feixe cônico (TCFC) é
cada vez mais solicitada no planejamento e diagnóstico na região craniofacial. Estes
tomógrafos podem adquirir volumes que variam de pequenas regiões até a extensão
completa da face. Nos exames onde um maior volume é obtido, imagens além da
área solicitada pelo dentista são visualizadas e dentre elas estruturas crânio faciais
que competem não só ao radiologista odontológico, mas também ao radiologista
médico. Neste relato de caso apresentamos um exemplo da importância do trabalho
em equipe: Uma paciente de 16 anos, assintomática, foi encaminhada a um centro
de radiologia odontológica para obtenção de TCFC para avaliação inicial e
planejamento de cirurgia ortognática. Foram obtidas imagens de toda a face, como
protocolo solicitado para planejamento cirúrgico. Durante a interpretação das
imagens, observamos uma extensa área hipodensa envolvendo o complexo
ostiomeatal, com afastamento de estruturas adjacentes e que se entendia até o seio
frontal. Foi solicitada então uma avaliação médica em que foi realizado
nasofibroscopia e o diagnóstico foi mucocele. Considerada como uma lesão benigna
expansiva a mucocele é um cisto de retenção mucoso que ocorre nos seios
paranasais. Mais frequente no seio frontal e etmoidal e, menos frequente, no seio
esfenoidal. A paciente foi então submetida à cirurgia para remoção da lesão. Após a
experiência vivida neste caso, podemos concluir que a aquisição de imagens em
exames tomográficos de maior volume obtêm-se informações de todo o complexo
crânio facial, e em alguns casos a identificação de anormalidades pode exigir um
conhecimento maior do radiologista, que é responsável pelo laudo de toda a
extensão do exame.
Palavras-chaves: mucocele, seio etmoidal, tomografia de feixe cônico, diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/82.pdf
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ID/título: 83| OSSIFICAÇÃO DO LIGAMENTO ESTILOHIOIDEO: AVALIAÇÃO EM
IMAGENS OBTIDAS POR TCFC E A ASSOCIAÇÃO COM SÍNDROME DE EAGLE
Gabriela Moura Chicrala, Roberta Heiffig Handem, Wilson Gustavo Cral, Emanoele
Paixão Da Silva Silva, Ana Lúcia Alvares Capelozza, Izabel Regina Fischer RubiraBullen
A Síndrome de Eagle foi introduzida na literatura em 1937 por Eagle e se refere a
um aumento sintomático do processo estiloide ou mineralização do ligamento
estilohioideo ou estilomandibular. Apesar de afirmar-se que até 5% da população
apresenta o processo estiloide alongado, apenas 4% desses casos são
sintomáticos. Sua etiologia permanece desconhecida e muitos autores afirmam
maior incidência no sexo feminino, com idade superior a 30 anos, sem predileção
pela uni ou bilateralidade. As imagens tomográficas utilizadas em Odontologia
incluem a região de cabeça e pescoço e os cirurgiões-dentistas radiologistas devem
reconhecer as alterações e variações anatômicas que envolvem a área laudada. O
processo estiloide do osso temporal pode ser observado em imagens convencionais
e tomográficas usadas pelos dentistas. Em algumas situações, a associação da
ossificação dos ligamentos estilomandibular e estilohioideo com a síndrome de
Eagle é feita quando sinais e sintomas cervicais e faríngeos são relatados pelo
paciente. Neste trabalho há o relato de caso em que essa associação pode ser feita.
A paciente de 65 anos foi encaminhada para obtenção de imagem de tomografia
computadorizada de feixe cônico com queixa principal de dor na face e pescoço.
Durante a anamnese, relatou dor irradiada na região de cabeça, lado direito da face
e ouvido com duração de 10 anos. O alongamento do processo estiloide havia sido
visualizado em imagem radiográfica panorâmica prévia. Sem histórico de trauma, a
paciente é hipertensa e relata ter sido diagnosticada com bruxismo, utilizando placa
para dormir. Ademais, relata só mastigar do lado esquerdo, devido à dor no lado
direito e que a porção inferior do pescoço parece apresentar volume maior nesse
lado. A paciente faz uso constante de analgésicos e até o momento nenhum
tratamento específico foi realizado.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, diagnóstico,
radiologia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/83.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 84| ANÁLISE DE FISSURAS LABIOPALATINAS PRÉ-FORAME
INCISIVO UNILATERAIS COMPLETAS POR RADIOGRAFIA OCLUSAL E
PANORÂMICA E TC CONE BEAM
Natália Marreco Weigert, Danilo Ibrahim, Cláiton Heitz, Robson Almeida de
Rezende, Helena Willhelm de Oliveira, Daniela Nascimento Silva
A presente pesquisa analisou as fissuras labiopalatinas e suas estruturas
anatômicas adjacentes através das técnicas radiográficas oclusal e panorâmica e da
tomografia computadorizada de feixe cônico – Cone Beam (TCCB), com o objetivo
de comparar e avaliar qual dos exames de imagem possibilita melhor planejamento
cirúrgico quanto à quantidade óssea a ser utilizada nas reconstruções com enxerto
ósseo alveolar secundário. Participaram do estudo 12 pacientes portadores de
fissuras pré-forame incisivo unilaterais completas. As imagens foram manipuladas
pelos softwares Sidexis®, Dental Slice® e iCAT Vision®, e mensurações lineares e
volumétricas das áreas das fissuras foram calculadas nas três modalidades
diagnósticas. Os resultados mostraram superioridade da TCCB sobre as radiografias
oclusal e panorâmica na determinação das áreas das fissuras, com valores médios
de 803mm2, 40,36mm2, 50,84mm2, respectivamente, apresentando diferença
estatisticamente significativa (teste t-student, p≤0,05), e 889,9mm3 para as medidas
de volume. A média de cobertura óssea radicular dos dentes mesiais e distais ao
defeito foi de 73,73% e 86,38%, respectivamente. Concluiu-se que a TCCB revelou
uma área de defeito ósseo na região da fissura significativamente maior do que as
observadas radiograficamente; possibilitou medir com maior precisão da extensão
das raízes dos dentes e suas respectivas cristas ósseas adjacentes às fissuras;
permitiu a mensuração da espessura óssea ao redor das raízes dos dentes
adjacentes às fissuras e reproduziu os detalhes da região da fissura com maior
nitidez sem sobreposição das estruturas anatômicas. Número do protocolo de
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP): 0056/2009 – Comissão Científica
e de Ética da Faculdade de Odontologia da PUCRS. Universidade Federal do
Espírito Santo
Palavras-chaves:
fissura
palatina,
computadorizada de feixe cônico.
radiografia
panorâmica,
tomografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/84.pdf
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ID/título: 85| ANÁLISE RADIOGRÁFICA DOS EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA E
DO TAMOXIFENO SOBRE O TRATAMENTO PERIODONTAL
Rahyza Inácio Freire de Assis, Silva-Junior MF, Pereira TCR, Feitosa ACR, deAzevedo-Vaz SL
A doença periodontal é caracterizada por uma inflamação crônica que pode levar à
destruição dos tecidos de suporte do dente e conduzir à perda do mesmo. Sabe-se
que a quimioterapia e a terapia antiestrogênio, utilizadas no tratamento do câncer de
mama podem diminuir os níveis de estrogênio, com possíveis impactos à saúde
bucal da mulher. Entretanto, dentre as drogas antiestrogênio, o Tamoxifeno parece
favorecer a manutenção ou ligeiro aumento na densidade e massa óssea. O objetivo
deste estudo foi comparar radiograficamente a evolução do tratamento periodontal
em pacientes sob quimioterapia (QUIMIO) e terapia hormonal com Tamoxifeno
(TAM). Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa local (CAAE nº
17227913.4.0000.5060), este estudo longitudinal prospectivo foi realizado com 9
mulheres com doença periodontal e câncer de mama, divididas em dois grupos:
QUIMIO (n = 4) e TAM (n = 5). O exame radiográfico foi composto por 4 radiografias
interproximais dos dentes posteriores e 6 radiografias periapicais dos dentes
anteriores superiores e inferiores segundo a técnica do paralelismo. As pacientes
foram submetidas ao tratamento periodontal associado à causa, full-mouth. Após 3 e
6 meses foram submetidas a novos exames radiográficos. O nível ósseo alveolar na
região interproximal de cada dente foi mensurado por um avaliador previamente
treinado, com auxílio de paquímetro digital e lupa (QUIMIO = 116 sítios; TAM = 187
sítios). As diferenças entre as medidas encontradas nos 3 tempos do estudo foram
submetidas ao teste T (?=5%). Não houve diferenças estatísticas entre as diferenças
de nível ósseo nos três tempos do estudo (p>0.05), no entanto a maioria dos sítios
analisados responderam positivamente ao tratamento periodontal. Concluiu-se que a
evolução do tratamento periodontal em pacientes sob quimioterapia e terapia
hormonal com Tamoxifeno não apresentou diferenças.
Palavras-chaves: câncer de mama, quimioterapia, tamoxifeno, reabsorção óssea,
periodontia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/85.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 86| DENS IN DENTE ASSOCIADO A UM MESIODENTE
Caio Belém Rodrigues Barros Soares, Pontual M L A, Ramos-Perez F M M, Santiago
C M, Lima R M S, Neves F S.
Dens in dente é uma anomalia do desenvolvimento com largo espectro de variações
morfológicas. Trata-se de uma invaginação epitelial na coroa ou raiz de um dente
em desenvolvimento, classificado em três categorias segundo a profundidade da
invaginação. Odontoma dilatado é a variante mais severa do dens in dente,
caracterizado pela dilatação do dente. Radiograficamente, um odontoma dilatado
possui uma estrutura calcificada com formato arredondado e um centro radiolúcido.
Contudo, radiografias convencionais são incapazes de permitir a visualização de
estruturas tridimensionalmente. Para o correto diagnóstico e plano de tratamento de
anomalias severas devemos realizar exames como a tomografia computadorizada
de feixe cônico (TCFC). O presente trabalho tem como objetivo relatar os aspectos
imaginológicos da associação entre um mesiodente e Odontoma dilatado através da
TCFC. Paciente masculino, 14 anos, encaminhado à clínica de radiologia devido à
erupção dentária anormal. A radiografia panorâmica indicou presença, dois
mesiodentes na maxila. O mesiodente direito chamou a atenção por apresentar uma
morfologia atípica: formato oval com uma invaginação radicular. Devido à morfologia
incomum e à necessidade de se conhecer as relações dos dentes supranumerários
com as estruturas anatômicas adjacentes, foi realizada uma TCFC. Reconstruções
revelaram uma estrutura oval de dimensões mais amplas que os dentes adjacentes.
Cortes coronais e sagitais mostraram uma invaginação com densidade semelhante à
dentina se estendendo além da junção cemento-esmalte, sem comunicação com o
periodonto lateral. Cortes axiais revelaram compressão do espaço pulpar que se
encontrava com uma discreta comunicação com a invaginação na região mesial do
terço médio da raiz do mesiodente. Nos cortes axiais e sagitais, visualizava-se
imagem osteolítica periapical no mesiodente, sugerindo reação inflamatória. A
indicação da TCFC permitiu avaliação detalhada do mesiodente, possibilitando a
identificar a extensão e tipo de invaginação.
Palavras-chaves: dens in dente, odontoma dilatado, mesiodente, tomografia
computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/86.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 87| PERFIL DE SOLICITAÇÕES DE EXAMES DE IMAGEM POR
ORTODONTISTAS E ORTOPEDISTAS FACIAIS.
Caio Belém Rodrigues Barros Soares, Lima E P A, Khoury H J, Ramos-Perez F M M,
Pontual A A, Pontual M L A.
O objetivo no presente trabalho foi avaliar o perfil de solicitações de exames
imaginológicos nestas especialidades. A amostra foi composta por 251 profissionais
especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial do Brasil, inscritos na Associação
Brasileira de Ortodontia – Ortopedia facial. A coleta de dados se deu somente a
partir da aprovação pelo da pesquisa pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres
humanos do Centro de Ciências da saúde da Universidade Federal de Pernambuco,
sob o CAAE de número 15043513.5.0000.5208. Os profissionais responderam um
questionário, sendo realizada uma análise. Na solicitação dos exames iniciais, 38%
solicitam antes do exame clínico, 32,8% solicitam às vezes e, 28,4% nunca
requerem. Radiografia panorâmica, lateral cefalométrica, ficha periapical completa,
periapicais de dentes anteriores, interproximais de dentes posteriores, oclusal,
carpal e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC), são solicitados desde
a fase de diagnóstico à proservação. Radiografia panorâmica (96,4%, 86,5% e 87%,
respectivamente), lateral cefalométrica (94%, 2,8%, 20,5%) e periapicais dos dentes
anteriores (39,4%, 32,7%, 15,8%), foram os exames mais solicitados, sendo a carpal
e ou oclusal (6,8%, 0,4%, 0,5%), TCFC (4,8%, 4,4%, 2,1%) e frontal cefalométrica
(8,8%, 2,8%, 1,6) os menos requisitados em pelo menos umas das fases
(inicialmente, durante o tratamento e proservação, respectivamente). A maior parte
dos profissionais solicita exames no intervalo de 6 a 12 meses (64,8%). Concluiu-se
que, a maior parte dos profissionais solicita exames antes do exame clínico e a cada
6-12 meses. Dos exames, a radiografia panorâmica, telerradiografia lateral e
radiografias periapicais são as mais solicitadas em pelo menos uma das fases do
tratamento. Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Palavras-chaves: ortodontia, ortopedia, radiografia, tomografia computadorizada
por transmissão de raios X.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/87.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 88| COMPARAÇÃO ENTRE DOIS SISTEMAS DIGITAIS INTRAORAIS
COM DIFERENTES RESOLUÇÕES ESPACIAIS NO DIAGNÓSTICO DE
FRATURAS RADICULARES
Amanda Farias Gomes, Yuri Nejaim, Raquel Werczler Queiroz de Castro, Amaro
Ilídio Vespasiano Silva, Francisco Haiter Neto
Uma relação direta entre a qualidade da imagem radiográfica e a maior quantidade
de pares de linha nos receptores tem sido divulgada pelos fabricantes de aparelhos
de radiografias digitais. Assim, foram comparados dois sistemas radiográficos
digitais intraorais no diagnóstico de fraturas radiculares, a fim de avaliar-se a
correlação entre o número de pares de linha e a qualidade da imagem para fins de
diagnóstico. Esse trabalho obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da
FOP-Unicamp sob o protocolo de número 135/2012. Foram utilizados 64 dentes
humanos com fraturas radiculares horizontais, inseridos em alvéolos dentários de
mandíbulas maceradas. Os mesmos foram radiografados individualmente,
utilizando-se os sistemas: Digora Optime® (utiliza receptores do tipo placas de
fósforo com 14,3 pares de linha) e VistaScan® (utiliza receptores do tipo placas de
fósforo com 25,1 pares de linha). As imagens obtidas foram avaliadas por três
examinadores previamente calibrados com experiência nesta modalidade de
imagem. Os resultados foram analisados estatisticamente pelo método Kappa, para
obter-se a concordância intraexaminadores. Foram realizados os testes de
diagnóstico de acurácia, sensibilidade e especificidade para cada sistema. Apesar
da diferença entre os dois sistemas analisados quanto à quantidade de pares de
linha, notou-se que os valores encontrados de acurácia, especificidade e
sensibilidade foram próximos, o que nos permite dizer que para a detecção de
fraturas radiculares horizontais qualquer um dos sistemas é satisfatório.
Palavras-chaves: diagnóstico por imagem, sensor, radiografia digital.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/88.pdf
81
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 89| ANÁLISE MORFOLÓGICA DOS CANAIS RADICULARES DE
DENTES ANTERIORES SUPERIORES E INFERIORES EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Raquel Werczler Queiroz de Castro, Amanda Farias Gomes, Amaro Ilídio
Vespasiano Silva, Yuri Nejaim, Emannuel João Nogueira Leal Silva, Francisco Haiter
Neto
A anatomia do canal radicular dos incisivos e caninos pode apresentar grande
diversidade e o seu desconhecimento pode ocasionar insucesso na terapia
endodôntica. O objetivo deste trabalho foi estudar a morfologia radicular de incisivos
e caninos superiores e inferiores com o auxílio de exames de tomografia
computadorizada de feixe cônico. Esse estudo teve aprovação no CEPFOP/UNICAMP 011/2014. Foram analisados para este estudo 400 exames de
tomografia computadorizada de feixe cônico, de ambos os gêneros, pertencentes ao
arquivo de imagens da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Unicamp. Foram
analisados 400 incisivos inferiores, 200 caninos inferiores, 400 incisivos superiores e
200 caninos superiores, divididos em oito classificações baseadas no estudo de
Vertucci et al. Foi possível observar que 64.5% dos incisivos centrais inferiores,
60.5% dos incisivos laterais inferiores e 90,5% dos caninos inferiores apresentavam
um único e contínuo canal radicular. Assim como, 98% dos incisivos centrais
superiores, 96% dos incisivos laterais superiores e 100% dos caninos superiores
também apresentavam um único e contínuo canal radicular. Notou-se que 35.5%
dos incisivos centrais inferiores, 39.5% dos incisivos laterais inferiores e 9,5% dos
caninos inferiores apresentavam dois canais radiculares. Assim como, 2% dos
incisivos centrais superiores e 4% dos incisivos laterais superiores também
apresentavam dois canais radiculares. Dentre os que apresentavam dois canais
radiculares, houve alta incidência de um único canal que deixa a câmara pulpar,
divide-se em dois dentro da raiz, e unem-se posteriormente, terminando em um
único canal. Conclui-se que a anatomia interna dos incisivos e caninos superiores e
inferiores são bastante variáveis, devendo então o cirurgião dentista analisar com
cuidado os mesmos antes de realizar o tratamento endodôntico, a fim de minimizar a
probabilidade de insucesso nessa terapia.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, cavidade pulpar,
incisivo, dente canino.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/89.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
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ID/título: 90| DESLOCAMENTO DE IMPLANTE DENTÁRIO PARA O SEIO
MAXILAR E FOSSA NASAL: ACHADO TOMOGRÁFICO
Isabela Vidal Zamprogno, Emanuelle Ambrosio Merlo Schems, Juliana Candotti,
Karyn Chequetto Pereira, Lorenzo Carlo Oliveira Moulin, Ligia Buloto Shmidt
O seio maxilar é o maior dos seios paranasais, estando muitas vezes intimamente
relacionado com os elementos dentais súpero-posteriores. O processo alveolar
nessa região pode ser insuficiente para colocação de implantes dentários pelo fato
de apresentar uma quantidade de tecido ósseo reduzida, aliada à baixa densidade
óssea e à pneumatização do seio maxilar. Esses fatores podem levar à perfuração
da membrana sinusal, lançando corpos estranhos na cavidade. Um paciente de 44
anos, masculino, realizou radiografia panorâmica para avaliação prévia de implantes
na arcada inferior, na qual foi observado um implante alojado na fossa nasal
esquerda. O paciente relatou a colocação dos implantes maxilares há cerca de 10
anos e não apresentava queixas respiratórias ou dor no presente momento, nem
tampouco no decorrer deste período. Uma tomografia cone beam foi solicitada,
revelando a presença de um implante alojado na região posterior da fossa nasal
esquerda, no corneto nasal médio. Foram observados ainda seios maxilares
pneumatizados e com aspecto hipodenso, sem velamento ou espessamento de
mucosa. Uma radiografia panorâmica realizada 4 anos antes mostrou que este
implante estava posicionado na região do dente 25, já deslocado para o seio maxilar
esquerdo, e ainda em posição invertida, o que leva a sugerir que estivesse
deslocado desde o procedimento cirúrgico para sua instalação. O paciente foi
encaminhado para um otorrinolaringologista para avaliação e a conduta preconizada
foi o acompanhamento tomográfico. Este caso revela a necessidade de um
planejamento adequado para verificar a necessidade de enxertos ósseos na região
de seios maxilares previamente à instalação de implantes. No caso de deslocamento
acidental do implante para o seio maxilar, a literatura preconiza que estes corpos
estranhos devem ser removidos, independentemente de haver infecção sinusal, a
fim de evitar complicações futuras.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada cone beam, implante dentário, seio
maxilar, complicações.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/90.pdf
83
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 91| INFLUÊNCIA DO USO DA FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE
ARTEFATO NO DIAGNÓSTICO DE FRATURAS RADICULARES EM EXAMES DE
TCFC
Ilana Sanamaika Queiroga Bezerra, Neves FS, Vasconcelos TV, Freitas DQ.
A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) tem se mostrado útil no
diagnóstico de fraturas radiculares verticais (FRV). Entretanto, os artefatos formados
em decorrência dos materiais de preenchimento dificultam a identificação das FRVs.
Métodos para redução do artefato são disponibilizados, mas ainda não se sabe ao
certo sua real eficiência na detecção das FRVs. O objetivo deste trabalho foi verificar
a influência da ferramenta de redução do artefato (FRA) no diagnóstico de FRVs em
dentes com pino metálico intracanal. A amostra foi composta por trinta dentes
unirradiculares que receberam tratamento endodôntico e posteriormente um pino
metálico intracanal. Os dentes foram divididos em três grupos: controle, fratura
radicular completa e fratura radicular incompleta. Cada dente foi escaneado duas
vezes no tomógrafo Picasso Master 3D (Vatech, Hwaseong, Republic of Korea): a
primeira vez com a utilização da FRA e outra sem. As imagens foram avaliadas por
cinco avaliadores calibrados quanto a presença ou ausência de FRV em uma escala
de 5 pontos. As concordâncias intra e interexaminador foram avaliadas pelo teste
Kappa ponderado. A comparação dos resultados das avaliações com o padrão-ouro
foi realizada pela curva ROC (Receive Operating Characteristic). Além disso,
também foram calculados os valores de sensibilidade, especificidade e acurácia. Os
valores da curva ROC, sensibilidade, especificidade e acurácia foram superiores
sem a utilização da FRA, sendo os dois últimos estatisticamente significativos, para
os casos de fratura completa e incompleta. Dessa forma, pôde-se concluir que a
FRA prejudicou o diagnóstico de FRVs em dentes com pino metálico intracanal.
Aprovado no Comitê de Ética da UEPB (protocolo no 650.253 CEP - UEPB).
Palavras-chaves: fraturas dos dentes, tomografia computadorizada de feixe cônico,
artefatos, diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/91.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 92| DEFEITOS ÓSSEOS DE STAFNE: REVISÃO DE LITERATURA
Wilson Gustavo Cral, Roberta Heiffig Handem Abujamra, Gabriela Moura Chicrala,
Emanoele Paixão da Silva Silva, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen, Ana Lúcia
Alvares Capelozza
De variada nomenclatura, atualmente o chamado Defeito Ósseo de Stafne é
caracterizado por uma depressão que ocorre predominantemente na superfície
lingual da região posterior do corpo da mandíbula. As imagens radiográficas e
tomográficas habitualmente nos permite a realização do diagnóstico. O
reconhecimento deste defeito na imagem radiográfica é de fundamental importância,
pois não há evidências clínicas, possibilidade de palpação e sintomatologia. Assim o
Defeito de Stafne paz parte das imagens descobertas em radiografias ou
tomografias realizadas para outros fins. Neste trabalho serão ilustradas diferentes
imagens na região mandibular, que mantém características comuns e diferentes
formatos, considerando que o reconhecimento do defeito minimiza erros no
diagnóstico e o número de prescrições de imagens complementares e intervenções
desnecessárias Mais comuns em homens entre quinta e sétima décadas de vida,
apresentam-se na maior parte dos casos como áreas radiolúcidas ou hipodensas,
redondas ou ovais, solitárias e unilaterais. Com imagem circunscrita e uniforme o
defeito de Stafne, ocasionalmente, pode não apresentar contorno esclerótico em
toda sua extensão o que resulta em áreas não claramente definidas. Embora
considerada de baixa prevalência (0,1% a 0,48% na população em geral) e com
diâmetro variando seu diâmetro entre 1 e 3 cm na maioria dos casos, com o
aumento da prescrição de imagens radiográficas panorâmicas nas mais diversas
especialidades é cada vez mais comum o aparecimento desta anomalia de
desenvolvimento, e portanto, muito importante o seu conhecimento.
Palavras-chaves: defeito ósseo de stafne, panorâmica, diagnóstico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/92.pdf
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ID/título: 93| DENS IN DENTE TIPO III: DIAGNÓSTICO POR MEIO DA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Priscila Dias Peyneau, Verner FS, Almeida-Boscolo SM, Freitas DQ, Ambrosano
GMB.
Dens in dente é uma anomalia de desenvolvimento que resulta da invaginação do
órgão do esmalte para dentro da papila dentária antes da fase de mineralização.
Isso pode ocorrer tanto na coroa quanto na raiz, podendo envolver a câmara pulpar
ou o canal radicular, resultando em deformidade na sua morfologia. Uma das formas
mais acentuada dessa anomalia é conhecida como dens in dente tipo III, de acordo
com a classificação de Oehlers (1958), e é representada quando a invaginação se
estende até a raiz e se comunica com o ligamento periodontal. A incidência desta
anomalia é de 0,04 a 10% afetando os dentes decíduos e permanentes, sendo que
os dentes mais acometidos são os incisivos laterais superiores. No presente trabalho
relata-se o caso de um paciente do sexo masculino, 20 anos de idade, que
compareceu a clínica de Radiologia para a realização de um exame de Tomografia
Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) pela presença de dor e de parúlide na
região do dente 12. Ao examinar as imagens, observou-se a presença de dens in
dente tipo III em um dente supranumerário localizado nessa região. Foi visualizado
uma invaginação do esmalte até o ápice radicular, comunicação com o ligamento
periodontal e trajeto fistuloso até a tábua óssea vestibular. O dente apresentou
grande área hipodensa no seu interior. O tratamento realizado foi a exodontia por se
tratar de uma anomalia severa e com comprometimento pulpar extenso.
Frequentemente este tipo de anomalia é encontrada ao acaso nos exames de
imagem; porém, em casos mais severos o paciente pode relatar sintomatologia
dolorosa e apresentar inchaço na face. Desta maneira, nesses casos mais severos,
a TCFC pode ser um exame importante para o melhor planejamento do caso.
Palavras-chaves: anomalia dentária, dens in dente, tomografia computadorizada de
feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/93.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 94| AVALIAÇÃO ÓSSEA TOMODENSITOMÉTRICA DE MULHERES EM
DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS
Francine Kuhl Panzarella, Silveira V M, Panzarella FK, Junqueira JLC.
A partir dos 45-50 anos ocorre uma redução da densidade mineral óssea,
principalmente em mulheres devido à menopausa, ocasionando a osteoporose que
contribui para o aumento da fragilidade óssea. Este trabalho mensurou os valores de
tons de cinza de duas regiões ósseas na mandíbula, em mulheres de diferentes
faixas etárias, em ambos os lados, por meio da tomografia computadorizada de feixe
cônico. Foram avaliados exames do acervo da Clínica de Radiologia da instituição
no ano de 2012, que foram divididos em 6 grupos de acordo com a idade: A (12 a 29
anos), B (30 a 39 anos), C (40 a 49 anos) e D (50 a 59 anos, E (60 a 69 anos) F (≥70
anos). Os valores de tons de cinza das regiões ósseas abaixo dos forames
mandibular e mentual, de ambos os lados, foram mensurados através do software
XoranCAT®. O valor no forame mandibular variou de 53,3 a 446,2 sendo a média
geral de: 150,0 (DP= 57,3) no lado direito e de: 154,5 (DP= 58,6) no lado esquerdo.
Observou-se um ligeiro aumento do valor médio quando comparado os grupos “12 a
29” e “30 a 39” anos; e um decréscimo a partir da faixa etária dos “50 a 59” anos.
Não observou-se grande diferença quando comparados os valores médios dos dois
lados mensurados. O coeficiente de correlação Pearson estimado foi igual a 0,4344
(p< 0,0001). Já em relação à faixa etária, observou-se efeito significativo em ambos
os lados e o decaimento dos valores de tons de cinza com aumento da idade. Os
resultados de ambas as regiões ósseas foram muito semelhantes. A partir da
amostra estudada, a densidade óssea mandibular em mulheres diminui a partir da
faixa etária de 50 a 59 anos. (protocolo CEP 2013/363.800).
Palavras-chaves: densidade óssea, mandíbula, tomografia computadorizada de
feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/94.pdf
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ID/título: 95| INFLUÊNCIA DOS TECIDOS MOLES NAS
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
IMAGENS DE
Francine Kuhl Panzarella, Santos EPV, Panzarella FK, Junqueira JLC, Raitz R.
A falta de tecidos moles tem sido reconhecida como uma limitação séria, uma vez
que não reproduz a condição real do objeto a ser estudado. Já os estudos in vivo se
tornam inviáveis quanto aos efeitos biológicos das radiações ionizantes, e quanto ao
cumprimento de normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres
humanos. Este estudo avaliou a influência dos tecidos moles na identificação de
lesões ósseas periapicais pequenas produzidas artificialmente em mandíbulas de
suínos, em imagens de TCFC. Três lesões com 0,4; 0,8 e 1,2 mm de diâmetro foram
criadas com broca esférica diamantada nos alvéolos dos segundos pré-molares de
cinco mandíbulas de suínos. As imagens foram obtidas no estado fresca e, após
remover os tecidos moles. Três radiologistas avaliaram a presença ou não das
lesões nas imagens (com e sem tecidos) através do software XoranCAT em dois
momentos com um intervalo de uma semana. A estatística Kappa revelou que a
reprodutibilidade intra-examinadores foi ótima para os três avaliadores (0,933), e
quanto à reprodutibilidade inter-examinadores, a concordância foi boa ou regular, em
ambos os tempos. O teste de Wilcoxon demonstrou que não houve diferença entre
mandíbulas com e sem tecidos moles quanto aos escores atribuídos à presença ou
ausência de lesões periapicais (p=1,000). A sensibilidade da TCFC foi 0,53 (8/15)
enquanto sua especificidade foi 0,60 (9/15). As taxas de falso-negativos e falsopositivos foram de 0,47 (7/15) e 0,40 (6/15), respectivamente. A curva ROC aplicada
ao diagnóstico das lesões ósseas periapicais indicou que a acurácia da TCFC foi de
0,567, conforme revelou a área sob a curva. O teste de Kruskal-Wallis evidenciou
que o tamanho da lesão não influenciou significativamente o diagnóstico (p=0,835).
Não houve influência dos tecidos moles na identificação de lesões ósseas
periapicais observadas em imagens de TCFC (protocolo CEUA 2011/0292).
Palavras-chaves: lesão óssea, tecidos moles, tomografia computadorizada de feixe
cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/95.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 96| PREVALÊNCIA DE AGENESIAS DENTAIS EM PANORÂMICAS DE
INDÍVIDUOS DE 7 A 20 ANOS NA CLÍNICA DE RADIOLOGIA DA FACULDADE
DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Francine Kuhl Panzarella, Meneguette AF, Junqueira JLC, Silva MBF, Panzarella
FK.
Agenesia dentária constitui uma das anomalias de número mais frequentes na
dentição decídua ou permanente. A sua expressão pode variar desde a ausência de
um único dente até a totalidade dos dentes, podendo comprometer a função e a
estética. Este estudo avaliou a prevalência de agenesia em panorâmicas do acervo
da Clínica de Radiologia da instituição, em relação à faixa etária, ao gênero e ao
dente. A amostra foi selecionada incluindo imagens com qualidade satisfatória, de
pacientes com idade entre 7 a 20 anos que tinham ausência do dente ou da cripta
do 3°molar ou com início de tecido mineralizado (mais de 10 anos de idade). Foram
excluídas imagens de pacientes sindrômicos. As imagens foram avaliadas uma
única vez pela própria pesquisadora. Os dados coletados foram submetidos a
abordagens estatísticas descritivas e inferenciais. O teste de X2 foi utilizado para
comparar as frequências absolutas de pacientes com agenesias em função do
gênero e da faixa etária. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram
analisadas 1.514 panorâmicas sendo que 254 (16,77%) apresentaram alguma
ausência não causada por exodontia, sendo 137 casos no gênero feminino (53,9%)
e 117 no masculino (46,1%). Não houve diferença estatística com relação ao gênero
14 anos (59,4% da amostra). Com relação às agenesias, os 3°molares foram os
mais acometidos (média de 44,9% de todas as agenesias). A partir da amostra
estuda, concluiu-se que a prevalência da agenesia se encontra semelhante aos
valores descritos na literatura, não houve diferença entre os gêneros e é mais
frequente entre 11 e 14 anos. Os 3°molares foram os mais acometidos, porém aos
excluí-los, os mais afetados foram os segundos pré-molares (protocolo CEP
2013/453.947).
Palavras-chaves: agenesia, panorâmica, terceiros molares.
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Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/96.pdf
ID/título: 97| IMPORTÂNCIA DOS EXAMES RADIOGRÁFICOS UTILIZADOS EM
ODONTOLOGIA NA IDENTIFICAÇÃO DO ATEROMA EM ARTÉRIA CARÓTIDA
Eduardo Murad Villoria, Kyria Spyro Spyrides, Aurelino Machado Lima Guedes,
Alexandre Perez Marques
O objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão da literatura enfatizando a
importância dos exames radiográficos utilizados na prática odontológica na
identificação do ateroma em artéria carótida, indicando o risco de um acidente
vascular isquêmico, ou tromboembólico, nestes indivíduos. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (OMS), 17 milhões de pessoas morrem todo ano em
consequência de doenças cardiovasculares, principalmente ataques cardíacos e
acidente vascular cerebral. Ainda de acordo com a OMS, até 2020, a doença
cardíaca e o acidente vascular cerebral serão as principais causas de morte e
incapacidade no mundo, com um número de fatalidades projetado para mais de 20
milhões por ano, e até 2030, para mais de 24 milhões por ano. Os acidentes
vasculares cerebrais (AVC) estão divididos em dois tipos: hemorrágico e
tromboembólico. Na maioria dos casos (60%), os AVCs tromboembólicos originamse de placas formadas na bifurcação da carótida. A formação das placas
ateroscleróticas inicia-se com injúrias no endotélio, causadas pela obesidade,
hipertensão arterial, história pregressa de isquemia transitória ou de AVC,
hiperlipidemia, diabetes mellitus, alto índice do colesterol do tipo LDL, baixo índice
do colesterol do tipo HDL, taxa de triglicerídeos elevada, doenças cardiovasculares,
hábito de fumar, abuso do álcool, vida sedentária, idade avançada (superior a 55
anos) e menopausa. A partir do momento em que as lesões ateroscleróticas estão
parcialmente calcificadas, podem ser observadas como achados em radiografias
panorâmicas, projeções anteroposteriores e tomografia computadorizada por feixe
cônico, solicitadas previamente ao tratamento odontológico. A imagem do ateroma,
nestes tipos de exame, apresenta-se como uma massa radiopaca, ou hiperdensa,
na região de tecido mole do pescoço, no espaço intervertebral C3 e C4. Ressalta-se
a importância, por parte dos radiologistas odontológicos, da observação destas
imagens quando da realização de seus laudos e relatórios.
Palavras-chaves: ateroma; radiografia panorâmica, projeção anteroposterior,
tomografia computadorizada de feixe cônico.
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Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/97.pdf
ID/título: 98| CONDIÇÃO PERIRRADICULAR E QUALIDADE DO TRATAMENTO
ENDODÔNTICO EM UMA POPULAÇÃO BRASILEIRA AVALIADA ATRAVÉS DE
TCFC
Flávia Medeiros Saavedra de Paula, Aline Cristine Gomes, Emmanuel João
Nogueira Leal da Silva, Yuri Nejaim, Francisco Haiter Neto, Alexandre Augusto Zaia
Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, São Paulo, Brasil O presente
trabalho foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa da FOP-UNICAMP sob o
número de protocolo: 123/2013. Este estudo transversal determinou a prevalência
de periodontite apical em 1290 dentes tratados endodonticamente em uma
população brasileira, assim como as variáveis associadas à saúde perirradicular,
através da avaliação de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico(TCFC). Para
isso, os dentes foram avaliados em TCFC quanto à presença de saúde perirradicular
e às variáveis: gênero, qualidade do tratamento endodôntico, qualidade do
tratamento restaurador, limite apical de obturação e presença ou ausência de pino
intraradicular. Observou-se que 48,83 % dos dentes foram considerados saudáveis.
O tratamento endodôntico foi adequado em 55,11 % dos dentes. A qualidade do
tratamento endodôntico e da restauração coronária influenciaram as condições
perirradiculares. Foi encontrada uma prevalência considerável de periodontite
periapical, o que pode ser relacionada a uma elevada presença de tratamentos
realizados fora do padrão considerado adequado, sendo a qualidade do tratamento
endodôntico e o bom selamento apical os fatores mais determinantes para a
condição periradicular saudável.
Palavras-chaves: periodontite periapical, tomografia computadorizada de feixe
cônico, obturação do canal radicular.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/98.pdf
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ID/título: 100| DESLOCAMENTO ACIDENTAL DE TERCEIRO MOLAR DURANTE
EXODONTIA: USO DA TOMOGRAFIA CONE BEAM PARA LOCALIZAÇÃO
Patrick Arcangelo Pertel, Daniela Cristina Costa Santana, Ligia Buloto Schmitd
Os deslocamentos dentários acidentais para os espaços faríngeo-lateral,
pterigomandibular, sublingual e submandibular são considerados complicações
cirúrgicas raras. Os fatores mais comuns relacionados ao deslocamento são a
presença de uma tábua óssea lingual fina, posição do terceiro molar, uso de força
excessiva, falta de habilidade do operador e diagnóstico radiográfico inadequado. A
perda de continuidade óssea das corticais, situação na qual os dentes se encontram
localizados em tecido mole, é também um fator desfavorável. Para evitar essa
intercorrência cirúrgica, é importante uma avaliação minuciosa dos fatores de risco,
boa visibilidade e evitar forças exageradas no sentido lingual. Em alguns casos o
paciente evolui sem sintomas, mas se houver trismo, dor e edema, a remoção do
dente ou fragmento deslocado deverá ser imediata. Pode haver necessidade de
tratamento sob anestesia geral, pois os movimentos involuntários do paciente
atrapalham a remoção. A técnica tomográfica é importante no momento do
planejamento cirúrgico para que uma avaliação dos fatores de risco relacionados
possa ser realizada. Também a localização do dente ou fragmento deslocado é
melhor realizada com o uso da tomografia computadorizada, que elimina
sobreposições. Um paciente do sexo masculino de 33 anos de idade realizou
exodontia do dente 48. No trans-operatório, uma das raízes foi deslocada para a
região lingual. O paciente foi então encaminhado para a realização de tomografia
cone beam, na qual foi possível observar uma porção radicular de cerca de 10mm e
um pequeno fragmento de osso deslocado, localizados no espaço sublingual, em
proximidade com a cortical mandibular. Este caso ilustra a utilização dos recursos de
imagem na resolução de casos de complicações operatórias. Reforça ainda a
solicitação de exames de imagem como a tomografia computadorizada para o
planejamento das exodontias de terceiros molares.
Palavras-chaves:
tomografia
computadorizada
deslocamento dentário, complicações.
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cone
beam,
exodontia,
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Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/100.pdf
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ID/título: 103| EFEITO DO SIMULADOR DE TECIDOS MOLES EM EXAMES DE
TCFC
Vanessa Sousa Nazaré Guimarães, Bruna Pimentel, Ana Paula Lacerda, Thais
Feitosa Leitão de Oliveira, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen, Viviane Almeida
Sarmento
Este estudo teve como objetivo avaliar a influência do simulador de tecidos moles
(STM) na acurácia de reformatações panorâmicas de tomografia computadorizada
(TC) de feixe cônico (FC). Para isto, após aprovação no comitê de ética em pesquisa
da FOUFBA com parecer número 235.032 e CAAE número 12250413.9.0000.5024,
foram confeccionados defeitos ósseos padronizados em dez mandíbulas secas, que
em seguida foram submetidas a exames de TCFC (i-CAT®), com dois tamanhos de
voxel (0,3 e 0,4 mm), sem e com STM.Medidas lineares dos defeitos ósseos foram
realizadas com paquímetro digital. O software DentalSlice® foi utilizado para criar as
reformatações panorâmicas de TC nas quais as medidas lineares foram realizadas
com a régua eletrônica do programa. As medidas foram realizadas duas vezes por
dois examinadores, com um intervalo de sete dias entre as avaliações.Avaliando-se
as diferenças entre as medidas lineares das mandíbulas secas, consideradas
padrão-ouro, em relação às medidas obtidas nas reformatações panorâmicas de TC,
realizadas com ou sem STM (ANOVA e teste post hoc de Dunnett), observou-se não
haver diferença significante (p= 0,66) entre os grupos. Comparando-se as medidas
das reformatações panorâmicas com e sem STM (teste t de Student para amostras
pareadas), observou-se não haver diferença significante, tanto para as imagens de
TCFC com voxel de 0,3 mm (p= 0,52) e 0,4 mm (p= 0,58). Os erros dimensionais
dessas medidas foram de 0,55 mm (5,7%) e 0,57 mm (6,0%) para as TCFC
com voxelde 0,3 mm, e de 0,42 mm (4,3%) e 0,44 (4,5%) para as de 0,4 mm, não
havendo diferença significante entre os grupos (p= 0,63;ANOVA e post hoc de
Tukey). Pode-se concluir, que independente da resolução espacial de captura do
exame de TCFC, a presença ou não de STM não interfere na acurácia de medidas
lineares nas reconstruções panorâmicas da TC.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada, simulador de tecidos moles,
tomografia computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/103.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 104| ASPECTO RADIOGRÁFICO DO TUMOR ODONTOGÊNICO
CERATOCÍSTICO APÓS DESCOMPRESSÃO CIRÚRGICA.
Samira Scandiani Tesch, André Heringer Reis, Lígia Buloto Scmittd
A descompressão é um procedimento cirúrgico comumente realizado como forma de
tratamento em diversos cistos dos maxilares. O objetivo é diminuir o volume da
cavidade cística, para facilitar a posterior enucleação, minimizando o trauma
cirúrgico. A realização de descompressão e marsupialização são aceitas para o
tumor odontogênico ceratocístico (TOC), pois já é reconhecido que não aumentam
as chances de recidiva, assim como auxiliam a diminuir a agressividade da lesão. A
evolução do tratamento é acompanhada com exames de imagem, principalmente a
radiografia panorâmica, e o tempo médio para resolução completa da lesão varia de
acordo com o seu tamanho. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clinico
de TOC na qual foi realizada descompressão cirúrgica e acompanhamento
radiográfico para posterior enucleação. O paciente D.A.S., masculino, 35 anos,
branco, apresentou-se com queixa de odor fétido e secreção purulenta na região
retromolar direita e com relato de exodontia do dente 48 há 4 anos. Ao exame clínico
intra-oral, observou-se uma fístula na gengiva distal ao dente 47, sem tumefação
associada. O aspecto em radiografia panorâmica foi de imagem radiolúcida
unilocular alongada, circundada por halo radiopaco fracamente definido, medindo
cerca de 3cm, localizada no ramo mandibular direito. Suspeitou-se tratar de TOC e
foi realizada a descompressão cística, com colocação de um dispositivo circular
semi-rígido para possibilitar a irrigação diária. A coleta de um fragmento da cápsula
confirmou a hipótese de diagnóstico. A reavaliação radiográfica após 30 dias
demonstrou mínima redução da lesão e um aspecto de preenchimento da cavidade
por material com radiopacidade de tecidos moles. As alterações radiográficas
esperadas após descompressão são a diminuição da cavidade, com remodelamento
e neoformação óssea nas margens. Estes aspectos devem ser do conhecimento dos
cirurgiões-dentistas.
Palavras-chaves: tumor odontogênico ceratocístico, radiografia panorâmica,
descompressão cirúrgica.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/104.pdf
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ID/título: 105| CISTO DO DUCTO NASOPALATINO: RELATO DE CASO CLÍNICO
Vanessa Sousa Nazaré Guimarães, Rafaela Bonfim Ribeiro, Manuela Torres Andion
Vidal, Ludmila de Faro Valverde, Paula Messias de Figueiredo Oliveira, Iêda
Margarida Crusoé-Rebello, Marianna Guanaes Gomes Torres
O cisto do ducto nasopalatino é o tumor não odontogênico, intra-ósseo, mais comum
na cavidade oral. Sua etiologia é desconhecida, entretanto ocorre em maior
frequência os homens, entre a quarta e sexta década da vida. Na maioria dos casos
observa-se um crescimento lento e assintomático, descoberto através de exames
clínicos e radiográficos de rotina. O diagnóstico diferencial pode ser feito com o
forame incisivo hiperplásico, cisto radicular e o tumor odontogênico queratocisto. Os
dados radiográficos, histopatológicos e clínicos ajudam na conclusão do diagnóstico.
Este trabalho descreve um caso de cisto do ducto nasopalatino, identificado após
um exame radiográfico convencional. A tomografia computadorizada foi utilizada
para delinear melhor a lesão e estabelecer a sua relação com estruturas nobres,
para com isso, estabelecer o diagnóstico e tratamento correto. O tratamento de
eleição foi a enucleação cirúrgica.
Palavras-chaves: Cisto do ducto nasopalatino, cistos não odontogênicos, cistos.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/105.pdf
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ID/título: 106| ODONTOMA
DIAGNÓSTICO TARDIO
COMPOSTO:
RELATO
DE
CASO
COM
Roberto Oliveira De Santana, Marianna Guanaes Gomes Torres
Os odontomas podem ser descritos como tumores odontogênicos e enquadram-se
como uma anomalia de desenvolvimento denominada de hamartoma. Podem ser do
tipo composto ou complexo, sendo que o primeiro tipo ocorre quando observamos
padrão histológico de esmalte, dentina, cemento e polpa em arranjos similares a
dentículos. É assintomático e sua presença normalmente é detectada durante a
realização de exames radiográficos de rotina. O presente trabalho visa apresentar
um caso clínico de odontoma composto, com ênfase em relação a características
clinicas, radiográficas, com uso de tomografia computadorizada, e tratamento.
Salienta-se, contudo, que este é um caso incomum visto que o diagnóstico foi tardio
e motivado pelo aparecimento em boca de pequenas estruturas calcificadas ao redor
de um dente que nunca havia erupcionado por completo. A realização de exames
radiográficos, bem como tomografia computadorizada de feixe cônico, permitiu o
diagnóstico de odontoma composto e, após adequado planejamento, o tratamento
cirúrgico foi realizado. Dessa maneira, destacamos a importância de um adequado
exame clínico, aliado a exames radiográficos, para um adequado diagnóstico e bom
prognóstico para o paciente.
Palavras-chaves: odontoma, tumores odontogênicos,
hamartoma, tomografia computadorizada de feixe cônico.
erupção
dentária,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/106.pdf
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ID/título:
108|
MIXOMA
ODONTOGÊNICO
UNILOCULAR:
RADIOGRÁFICO INCOMUM VERSUS DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
ACHADO
Felipe de Mattos Rabi Morati, Barbosa ACL, Maia RMLC, Silva DN, Barros LAP,
Peyneau PD, Pereira TCR.
O mixoma é uma neoplasia benigna que quando ocorre nos tecidos ósseos
manifesta-se quase que exclusivamente nos ossos gnáticos. É classificado pela
OMS como tumor odontogênico, parece ser originário da papila dentária, folículo ou
ligamento periodontal. Esta neoplasia apesar de ser benigna e de crescimento lento,
é clinicamente mais agressiva e têm alta taxa de recorrência. Apresenta uma maior
incidência no sexo feminino com predileção pela mandíbula, em especial na região
posterior. O mixoma odontogênico desenvolve-se frequentemente como uma
tumefação indolor de crescimento lento e progressivo. Lesões maiores, muitas
vezes, encontram-se associadas com uma expansão indolor do osso envolvido. Em
algumas ocasiões, o crescimento do tumor pode ser rápido, o que provavelmente se
relaciona ao acúmulo de substância fundamental mixóide do tumor.
Radiograficamente, apresenta-se como uma imagem radiolúcida multilocular ou
unilocular (menos típica), exibindo menor tamanho quando unilocular e atingindo
grandes proporcionalidades quando multilocular. Normalmente as imagens possuem
limites bem definidos, com padrão de raquetes de tênis, favos de mel ou de bolhas
de sabão, as lesões uniloculares são mais observadas em crianças e na região
anterior dos maxilares. Este trabalho apresenta um particular relato de caso de
mixoma odontogênico mandibular, cujo aspecto unilocular propiciou ao levantamento
de outras hipóteses diagnósticas mais concernentes a essa característica
radiográfica. A biópsia permitiu a conclusão do diagnóstico e atualmente o caso
encontra-se em andamento na Universidade Federal do Espírito Santo.
Palavras-chaves: mixoma, tumor odontogênico, diagnóstico diferencial, radiografia
panorâmica, radiografia oclusal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/108.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 110| DIAGNÓSTICO DE CÁRIE PROXIMAL POR RADIOGRAFIA
DIGITAL E POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO:
ESTUDO COMPARATIVO
Luciana Soares de Andrade Freitas Oliveira, Iêda Crusoé-Rebelo, Daniela Melo de
Pita, Andréa dos Anjos-Pontual, Luana Costa Bastos, Marianna Guanaes Gomes
Torres, Paulo Sérgio Flores Campos
Visto à dificuldade em realizar o diagnóstico clínico de cáries proximais incipientes,
busca-se, estabelecer métodos de diagnóstico que permitam detectar essas lesões
antes que seus sinais clínicos de cavitação sejam evidentes. Portanto, o objetivo
deste trabalho foi o de avaliar a detecção de cárie proximal em esmalte por
diferentes métodos de aquisição de imagem. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia da UFBA (Protocolo 04/12).
Foram selecionados 60 dentes humanos, os quais não deveriam apresentar
cavitações ou restaurações em suas faces proximais. Eles foram montados em12
blocos de silicone, contendo: 1 canino, 2 pré-molares e 2 molares. Como receptores
de imagem digital foram selecionadas placas de armazenamento de fósforo dos
sistemas VistaScanPerio Plus e DenOptix; e o tomógrafo computadorizado de feixe
cônico (TCFC) utilizado foi o Kodak 9000 3D. As imagens foram avaliadas por três
Radiologistas quanto à presença/ ausência de cáries nas faces proximais. Para
obter o padrão-ouro, os dentes foram seccionados e avaliados em um microscópio
estereoscópico. A concordância inter- e intra-avaliadores foi calculada pelo teste
Kappa. Foi calculada acurácia, sensibilidade, especificidade para cada método,
sendo definido como significante valores de p≤0.05. Observou-se que os métodos
apresentaram uma baixa sensibilidade no diagnóstico de cáries, variando de 4,5% a
9,0% (p>0.05), sendo o Kodak 9000 3D em cortes sagitais o mais sensível. A
especificidade dos métodos foi alta (89,1 a 100%) (p>0.05), assim como, a sua
acurácia geral (70,8 a 78,1%). Conclui-se que os métodos testados apresentaram
baixa sensibilidade para o diagnóstico de cáries proximais. Apesar da TCFC mostrar
um melhor desempenho que radiografia digital, a maior dose de radiação inerente a
este sistema de aquisição de imagem não justifica o seu uso.
Palavras-chaves: cárie dentária, tomografia computadorizada de feixe cônico,
radiografia dentária digital.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/110.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 111| AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE IMAGEM NA DETECÇÃO DE
CÁRIES PROXIMAIS POR RADIOGRAFIA DIGITAL E TCFC
Luciana Soares de Andrade Freitas Oliveira, Andréa dos Anjos Pontual, Gabriela
Queiroz Melo Monteiro, Maria Luiza dos Anjos Pontual, Paulo Sérgio Flores
Campos, Daniela Pita de Melo
Muitos estudos foram realizados visando desenvolver métodos auxiliares ao
diagnóstico de cáries proximais incipientes. Entretanto, poucos investigaram a
interferência da qualidade de imagem nesta avaliação. O objetivo deste trabalho foi
comparar a qualidade de imagem de dois sistemas de imagem digital (DigoraOptime
e CR7400) e o tomógrafo computadorizado de feixe cônico (TCFC) i-CAT. Este
trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de
Pernambuco (Protocolo 079/10). Foram selecionados 50 dentes humanos, os quais
não deveriam apresentar cavitações ou restaurações em suas faces proximais. Eles
foram montados em10 blocos de silicone, contendo: 1 canino, 2 pré-molares e 2
molares.Após a aquisição das imagens, elasforam avaliadas por três Radiologistas
quanto à presença/ ausência de cáries nas faces proximais e quanto à sua
qualidade de imagem, segundo os seguintes critérios: contraste, densidade, nitidez,
definição do esmalte, dentina e junção cemento-esmalte (JCE). Para obter o padrãoouro, os dentes foram avaliados por Tomografia de Coerência Óptica (OCT).O teste
de ANOVA foi aplicado para avaliar o efeito da variável Az. Para avaliação da
qualidade de imagem foram aplicados os testes ANOVA e Tukey. A acurácia no
diagnóstico de cáries entre os sistemas digitais e o i-CAT foi similar (p>0.05). O
DigoraOptime apresentou resultados superiores para todos os critérios na avaliação
subjetiva das imagens. O i-CAT apresentou resultados similares ao DigoraOptime,
com exceção nos critérios definição do esmalte e JCE, nos quais apresentou
resultados inferiores. O CR 7400 apresentou resultados inferiores, porém não
influenciou no diagnóstico de cáries. Conclui-se que o i-CAT e os sistemas de
imagem digital apresentaram resultados similares no diagnóstico de cáries
proximais.A OCT pode ser utilizado como um método de validação no diagnóstico de
cáries incipientes.
Palavras-chaves: cárie dentária, tomografia computadorizada de feixe cônico,
radiografia dentária digital, tomografia de coerência óptica.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/111.pdf
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ID/Título: 112| RECUPERAÇÃO DA DVO EM USUÁRIO DE PRÓTESES TOTAIS
COM USO DE MAGNETOS: VERIFICAÇÃO POR MEIO DE CEFALOMETRIA
NORMA LATERAL
Mauricio Serejo Ribeiro, Fabiana Candido Oliveira Santos Lauer, Marine de Oliveira,
Raquel Santangelo, Túlio Régis Souza de Faria, Cacio Lopes Mendes, Milena
Bortolotto Felipe Silva
Todo paciente desdentado total apresenta uma série de características anatômicas
que o diferem do indivíduo possuidor de dentes e, mesmo portador de próteses
totais, é um candidato em potencial a apresentar alterações na dimensão vertical de
oclusão (DVO). Considerando-se a reabsorção óssea alveolar isoladamente,
constata–se que a reabsorção modeladora constante acomete os rebordos
residuais, provocando uma mudança de relacionamento entre as próteses.
Concomitantemente, as próteses totais com o decorrer dos anos apresentam um
desgaste dos dentes artificiais, reduzindo a capacidade mastigatória, e com isso, o
indivíduo desdentado total acaba projetando a mandíbula para frente com o intuito
de compensar a perda em altura. Logo, indivíduos possuidores de próteses gastas e
com excessivo espaço funcional livre apresentam atividade da musculatura temporal
e massetérica, quando em repouso, em contraste com pacientes que possuam o
espaço funcional livre normal que não apresentam atividade muscular excessiva,
podendo levar a Distúrbios Têmporo-Mandibulares. A recuperação desta dimensão
perdida permite um relaxamento muscular que ocasiona a remissão destes
sintomas. Desta maneira, temos o objetivo de apresentar neste caso clínico, uma
técnica a qual utiliza repulsão magnética entre as próteses, para contribuir de
maneira significativa na recuperação da dimensão vertical de oclusão, confirmada
por meio de telerradiografia de norma lateral. O paciente envolvido neste tratamento
encontra-se aprovado pelo comitê de ética da Faculdade de Odontologia da USPSão Paulo sob protocolo n° 223/02.
Palavras-chaves: DVO, magneto, prótese, cefalometria.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/112.pdf
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ID/Título: 113| DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HIPEREXPANSÃO DO SEIO
MAXILAR POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO
Fabiana Candido Oliveira Santos Lauer, Maurício Serejo Ribeiro, Marine de Oliveira,
Ivete Maria de Campos Marcelino, Juliana de Sá Mota, Milena Bortolotto Felipe Silva
Durante o desenvolvimento, o aparecimento dos dentes acontece em conjunto com
a expansão dos seios maxilares. As paredes anterior, posterior e lateral da maxila
apresentam em sua espessura os canalículos alveolares que levam o feixe vásculonervoso aos dentes superiores. Frequentemente podemos ob-servar, em
radiografias intrabucais periapicais e em radiografias extrabucais panorâmicas,
imagens das raízes dos molares e pré-molares projetadas no in-terior dos seios
maxilares, devido o soalho desta cavidade contornar o ápice das raízes, por ser uma
camada frágil de osso. O presente relato trata-se do paciente ACCS, 14 anos e 10
meses, que iniciou um tratamento ortodôntico para correção de maloclusão classe II
e fechamento de diastemas ântero-superiores, porém, ao exame radiográfico
extrabucal panorâmico observou-se uma divergência entre as raízes dos dentes 25
e 26 com a presença de uma imagem radiolúcida bem delimitada entre elas. Diante
disto, foi solicitada uma TCFC buscando uma melhor visualização da região,
comprovando através desta, o nítido contorno do soalho do seio maxilar, que
raríssimas vezes provo-ca movimentação radicular dos dentes com o qual mantém
contato. Somente por meio de imagens foi possível realizar o diagnóstico diferencial,
enfocando assim a acuidade e efetividade da TCFC na conduta clínica dos
profissionais da odontologia.CEP 0516-2014.
Palavras-chaves: tomografia; seio maxilar, hiperexpansão.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/113.pdf
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ID/Título: 114| ANÁLISE DE ELEMENTOS FINITOS EM MODELOS OBTIDOS A
PARTIR DE TCFC: AVALIAÇÃO DA REABSORÇÃO DENTÁRIA ASSOCIADA A
DENTES IMPACTADOS
Anne Caroline Costa Oenning, Alexandre Rodrigues Freire, Felippe Bevilacqua
Prado, Paulo Henrique Ferreira Caria, Lourenço Correr Sobrinho, Francisco Haiter
Neto
A literatura sugere que a reabsorção que ocorre em dentes adjacentes a áreas de
impactação dentária pode estar relacionada à pressão promovida pela força eruptiva
do dente retido. As análises de elementos finitos têm como objetivo simular forças,
bem como investigar a repercussão destas no tecido ósseo, dentes, implantes,
restaurações e próteses. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar
a teoria da pressão mecânica da reabsorção que ocorre em segundos molares
adjacentes a terceiros molares impactados por meio de análises de elementos
finitos. Para tal, foi selecionada do banco de imagens do curso de pós-graduação
em Radiologia da Unicamp (comitê de ética: 077/2011) uma tomografia de feixe
cônico (TCFC) que apresentava o terceiro molar inferior impactado com inclinação
mesioangular. Esse posicionamento foi eleito com base em estudos prévios que
associaram o mesmo a uma alta prevalência de reabsorção. A segmentação da
tomografia foi realizada a partir das variações entre os valores de HU (Hounsfield
Units) no software InVesalius 3.0b, obtendo-se em formato STL (estereolitografia) as
seguintes estruturas: osso cortical, osso esponjoso, côndilo mandibular, esmalte,
dentina, polpa, ligamento periodontal e folículo pericoronário. Após a modelagem
geométrica foi gerada a malha de elementos finitos para a simulação das cargas
relacionadas à força eruptiva. Foram avaliadas as tensões equivalentes de von
Mises (VM) e as tensões principais (P). As tensões VM apresentaram área de alta
concentração na raiz distal ao nível cervical; as tensões P apresentaram áreas de
compressão na mesma região. De acordo com a teoria proposta e os resultados
biomecânicos concluiu-se que a região de alta tensão associada a áreas de
compressão ocorreu pelo posicionamento do terceiro molar. Desta forma, pode-se
sugerir a relação com o desencadeamento de lesões de reabsorção. Apoio:
FAPESP.
Palavras-chaves: terceiro molar, tomografia computadorizada de feixe cônico,
reabsorção da raiz, método dos elementos finitos.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/114.pdf
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ID/Título: 115| RELAÇÃO ENTRE TERCEIROS MOLARES E CANAIS
MANDIBULARES EM RADIOGRAFIA PANORÂMICA E TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Katharina Alves Rabelo, Larissa Rangel Peixoto, Andrea dos Anjos Pontual, Maria
Luiza dos Anjos Pontual, Saulo Leonardo Sousa Melo, Amanda Katariny Goes
Gonzaga, Daniela Pita de Melo
Este trabalho visou avaliar os sinais de intima relação dos terceiros molares com o
canal mandibular em imagem de Radiografia Panorâmica Digital (RPD) com e sem
filtro, tendo-se como referência imagens de Tomografia Computadorizada de Feixe
Cônico (TCFC). Setenta e três imagens de radiografias panorâmica foram
analisadas nas modalidades sem manipulação e com manipulação (negativo e
relevo), totalizando 219 imagens avaliadas por dois avaliadores em um monitor de
17 polegadas. Em caso de sinal de íntima relação do terceiro molar com o canal
mandibular, o aspecto radiográfico foi classificado de acordo as opções:
obscurecimento dos ápices; reflexão dos ápices; estreitamento dos ápices; ápice em
ilha; ápices bífidos sobre o canal mandibular; desvio do canal mandibular e
estreitamento do canal mandibular. Posteriormente, compararam-se os resultados
com aqueles obtidos nas 73 TCFCs correspondentes. O teste Kappa foi utilizado
para análise da concordância entre cada modalidade testada com o padrão-ouro e
as modalidades sem filtro, negativo e relevo obtiveram os seguintes resultados,
respectivamente: 0.528, 0.551 e 0.528.Não houve diferença estatisticamente
significativa (P=0.981) entre as três modalidades avaliadas neste estudo, resultando
em uma concordância semelhante entre as RPD com e sem filtro. O obscurecimento
e o estreitamento do ápice radicular foram os sinais mais frequentemente
encontrados. A RPD não deve ser considerada um método preciso para se avaliar a
relação entre as raízes dos terceiros molares e o canal mandibular. A presente
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, sob o número CAAE:
10764313400005187.
Palavras-chaves: radiografia panorâmica, tomografia computadorizada por raios x,
dente serotino.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/115.pdf
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ID/Título: 116| ESTUDO DA IDENTIFICAÇÃO HUMANA POR MEIO DA
IMAGINOLOGIA DOS SEIOS FRONTAIS: MÉTODO FSS
Katharina Alves Rabelo, KarinyMilfont de Paiva, Maria Luiza dos Anjos Pontual,
Daniela Pita de Melo, Fernanda Clotilde Mariz da Costa, Andrea dos Anjos Pontual
O objetivo deste estudo foi verificar a aplicabilidade de parâmetros de identificação
humana por meio dos seios frontais, utilizados por Tatlisumak et al. (2007)
adaptados por Almeida (2012), por meio de radiografias extrabucais. Este estudo, do
tipo descritivo observacional de banco de dados, analisou as imagens radiográficas
digitais impressas cefalométricas frontais e laterais de 43 pacientes (26 do sexo
feminino, e 17 do sexo masculino) classificadas segundo a faixa etária em 20 a 30
anos, 31 a 40 anos, 41 a 50 anos e ? 51 anos, atendidos em um serviço de
radiologia privado da cidade do Recife. As imagens foram avaliadas por dois
examinadores previamente calibrados, em ambiente escurecido e em dois tempos
distintos, com um intervalo mínimo de uma semana entre as avaliações. Para
avaliação das imagens radiográficas extrabucais, foram realizados traçados em
papel ultrafan sobreposto às radiografias utilizando negatoscópio de 600 lux com
máscara e lápis com ponta 0.5 de diâmetro, para obtenção dos contornos dos seios
frontais. Para obtenção das medidas físicas lineares, utilizou-se paquímetro digital
de alta precisão Mitutoyo. As variáveis categóricas foram analisadas por meio do
teste kappa. A concordância intra-examinador, para o avaliador 1 e 2, variou de
Ótima a Perfeita (p<0,001). A concordância inter-avaliador nos tempos 1 e 2,
utilizando o teste Kappa, controlando o método e o tempo, variou no tempo 1 de Boa
a Perfeita (p<0,001) e no tempo 2 de Regular a Perfeita. Uma menor concordância
inter-examinador foi observada na variável que determina a presença do septo intraseio completo. Diante desses resultados, é possível afirmar que esse método
realmente permite identificar o indivíduo. A presente pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa de seres humanos da Universidade de Pernambuco,
sob o número CAAE: 0254009700011.
Palavras-chaves: seio frontal, radiografia, odontologia forense.
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ID/Título: 118| AVALIAÇÃO DA ALTURA E LARGURA DO ÓSTIO MAXILAR POR
MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO E SUA
CORRELAÇÃO COM SINUSOPATIA
Henrique Maia Martins, Yuri Nejaim, Amaro Ilídio Vespasiano Silva, Danieli Moura
Brasil, Solange Maria de Almeida Boscolo
A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico permite um melhor planejamento
de procedimentos cirúrgicos. Sabe-se que os seios paranasais são cavidades cheias
de ar dentro de estruturas ósseas e que eles podem ser acometidos por condições
patológicas, principalmente por obstrução do óstio maxilar. O objetivo deste trabalho
foi medir a altura e largura do óstio e avaliar a sua posição e correlacionar essas
variáveis com as condições patológicas dos seios. Um estudo retrospectivo foi feito
utilizando imagens tomográficas de 174 pacientes (87 homens e 87 mulheres)
submetidos a tratamento na Clínica de Radiologia Odontológica da Faculdade de
Odontologia de Piracicaba. O trabalho foi aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP-FOP) sob o número de protocolo 073/2014. Foi utilizado o software On
demand 3D para as medidas. Os resultados foram submetidos a testes estatísticos.
Não houve diferença estatística significativa entre as posições do óstio. Não houve
diferença significativa entre a presença ou ausência de desvio do septo nasal e uma
condição patológica. A presença de uma condição patológica no seio induziu um
aumento tanto na altura quanto na largura do óstio. A largura do óstio é maior em
pacientes que apresentam velamento, espessamento ou cisto no seio maxilar. A
altura do óstio é maior em pacientes que apresentam velamento ou espessamento
do seio maxilar. Pode-se concluir que há uma correlação entre o tamanho do óstio
maxilar e a presença de condições patológicas.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico- seio maxilarpatologia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/118.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 119| ANÁLISE DA FORMAÇÃO ÓSSEA EM CALVÁRIA DE COELHO,
UTILIZANDO BIO-OSS ASSOCIADO AO ALENDRONATO DE SÓDIO: ESTUDO
RADIOMICROGRÁFICO
Douglas Bertazo Musso, Stela Maris Wanderley Rocha, Francisco de Assis Limeira
Júnior, Fabiano Rodrigues Gonzaga, Roberta Moreira França, Silva DN.
Buscando-se reduzir o tempo de integração do osso bovino liofilizado (Bio-Oss®) ao
leito ósseo e partindo-se do princípio de que o alendronato de sódio (ALN) possui
efeito anabólico mediado pelos osteoblastos, este estudo avaliou o efeito do ALN a
0,5 e 1%, associadas ou não ao Bio-Oss® no reparo de defeitos criados em calvária
de coelhos. Após aprovação do protocolo pela CEUA-UFPB (0409/2011), os animais
(n=40) foram distribuídos em 05 grupos: GI=Bio-Oss®; GII=Bio-Oss®+ALN 0,5%;
GIII=Bio-Oss®+ALN 1%; GIV=ALN 0,5%; GV=ALN 1%. Foram criados dois defeitos
de 10 mm de diâmetro. A cavidade esquerda foi preenchida pela substância teste e
a direita por coágulo sanguíneo (controle de cada grupo). Os animais foram mortos
aos 30 e 60 dias após craniotomia. O percentual de osso neoformado foi avaliado
por radiomicrografia, com auxílio dos softwares Image J e SPSS® para estatística
inferencial (teste "t" Student e ANOVA/Tukey) Nos grupos GI, GII e GIII, o percentual
de reparo foi significantemente mais elevad o no lado experimental em relação aos
respectivos controles; nos grupos GIV e GV não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas. Percentual de neoformação óssea: Aos 30 dias: GI =
61,91% (± 10,61), GII = 80,39 (± 8,68), GIII = 81,60% (± 5,42), GIV = 48,45% (±±
6,54), GV = 41,45% (± 8,98); Aos 60 dias: GI = 83,23% (± 14,43), GII = 98,72% (±
2,54), GIII = 92,66% (± 9,22), GIV = 50,18% (± 3,03), GV = 37,46% (± 6,26). Concluise que a adição do ALN a 0,5 ou 1% ao Bio-Oss® aplicado localmente nos defeitos
ósseos acelerou o processo de reparo ósseo, sendo mais significativo a 0,5%. O
ALN isoladamente não alterou o processo de reparo ósseo.
Palavras-chaves: bio-oss, alendronato, reparo ósseo.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/119.pdf
107
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ID/Título: 120| SIALOLITÍASE: ABORDAGEM CLÍNICA E RADIOGRÁFICA
Flávia Correa Barcelos Sellos, Mariana Martins Reis de Oliveira, Fabiana de Freitas
Bombarda Nunes
A sialolitíase, também conhecida como sialolito e cálculo salivar, é uma alteração
que acomete o interior do sistema ductal salivar, levando ao comprometimento do
fluxo salivar e consequentemente à formação de um cálculo. Sua etiologia ainda é
desconhecida, mas a formação provém da deposição de sais de cálcio por acúmulo
de restos orgânicos no lúmen do ducto. Em geral, a glândula salivar de maior
incidência é a submandibular, em seguida a parótida e sublingual. Pode ocorrer em
adultos de qualquer idade, porém sua prevalência é acima dos 40 anos. O
tratamento vai depender do tamanho e da localização do cálculo e varia de
estimulação da saliva até a remoção cirúrgica do sialolito com a glândula envolvida.
Exames clínicos, como inspeção, palpação, verificação da quantidade e qualidade
da saliva secretada e os exames e imagem são fundamentais para a confirmação do
diagnóstico de sialolitíase. O presente trabalho descreve o caso clínico da paciente
CLS, de 52 anos, cor parda, com queixa principal de dificuldade de alimentação,
deglutição e fonação nos últimos três meses com piora significativa nos últimos três
dias. Ao exame físico extra-bucal observou-se linfodenopatia cervical unilateral
esquerda e clinicamente havia um nódulo endurecido apontando na região de soalho
bucal, com coloração brancacenta. Realizou-se exame radiográfico oclusal de
mandíbula cujo resultado foi de imagem radiopaca conclusiva para cálculo salivar. A
paciente foi submetida à remoção cirúrgica e encontra-se em bom estado pósoperatório. Considerações sobre as características clínicas, diagnóstico,
características radiográficas e a abordagem do caso serão discutidas nesse
trabalho.
Palavras-chaves: sialolito, cálculo salivar, glândula salivar.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/120.pdf
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ID/Título: 121| GRANULOMA DE CÉLULAS GIGANTES: A DIFÍCIL
DIFERENCIAÇÃO ENTRE LESÃO PERIFÉRICA E CENTRAL - RELATO DE
CASO
Jessica Costa Reis, May Anny Alves Fraga, Martha Alayde Alcantara Salim
Venancio, Rosa Maria Lourenço Carlos Maia, Sergio Lins de-Azevedo-Vaz, Patricia
Rocon Bianchi, Tânia Regina Grão Velloso
O Granuloma de Células Gigantes (GCG) pode ocorrer intra-ósseo, denominado
granuloma central de células gigantes (GCCG) ou periférico, granuloma periférico de
células gigantes (GPCG). Ambos são considerados lesões não neoplasicas
resultantes de fatores irritantes locais ou decorrentes de lesões vasculares. Embora
de etiologia incerta, entre as causas sistêmicas tem destaque o hiperparatireoidismo
com o então relacionado tumor marrom do hiperparatireoidismo, e o querubismo.
Histologicamente todas essas lesões são indistinguíveis, sendo necessários exames
laboratoriais complementares, como dosagem sérica de cálcio, fosfato, fosfatase
alcalina e paratormônio para se estabelecer o diagnóstico final. O potencial de
agressividade dos GCG, central e periférico, é bastante variável e segundo a
literatura a maioria das lesões não são agressivas. Porém, observa-se uma maior
agressividade para as lesões maiores e intra-ósseas. A abordagem terapêutica
dependerá da localização, tamanho e agressividade da lesão. Radiograficamente o
GCCG apresenta-se como uma imagem radiolúcida, unilocular ou multilocular, em
sua maioria com bordas bem definidas. O GPCG ocasionalmente revela reabsorção
das estruturas ósseas subjacentes. Neste trabalho será apresentado e discutido um
caso de paciente do gênero feminino, 26 anos, com nódulo em rebordo alveolar
inferior posterior direito e laudo histopatológico de GCG. Ao exame radiográfico
panorâmico foi observada imagem radiolúcida circunscrita na região do dente 47
com presença de raiz residual. Ainda foram observadas múltiplas imagens
radiopacas pontuais em seu interior e acentuada perda óssea. Essa característica
dificulta a diferenciação entre o GPCG e o GCCG que rompeu a tábua cortical,
invadindo os tecidos moles gengivais. O presente caso demonstra a dificuldade na
diferenciação entre lesão central e periférica, e consequente abordagem clínica.
Palavras-chaves: tumor odontogênico cístico calcificante, cisto odontogênico
calcificante, cisto de gorlin, radiografia oclusal.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/121.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 122| AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DA CORTICAL SINUSAL EM
PROXIMIDADE A LESÕES PERIAPICAIS SIMULADAS EM MAXILAS SUÍNAS
MACERADAS PELA TCFC
Oséas Santos Júnior, Pinheiro LR | Umetsubo OS .
A detecção de periapicopatias comprometendo a cortical sinusal (fator de risco para
sinusopatias) é subestimada em muitos casos pelas radiografias periapicais devido a
sobreposição de estruturas. O propósito deste estudo foi testar a tomografia
computadorizada por feixe cônico (TCFC)para avaliação da integridade da cortical
sinusal próxima de lesões periapicais e detectarpossíveis comunicações oroantrais
(COA)estabelecidas. O modelo utilizado como padrão-ouro foi a simulação de
erosões na região periapical de molares superiores em 20 maxilas suínas
maceradas (CEP-ICB 125/2012).Realizaram-se aquisições por meio de um
tomógrafo com opções de múltiplos FOVsdas maxilas íntegras, objetivando
familiarizar os observadores com a anatomia da maxila suína, selecionar o protocolo
de aquisição de imagens para o estudo e excluir da amostra os sítios com defeitos
ósseos pré-existentes. O protocolo escolhido foi de FOV 55 x 100 mm e voxel de 0.2
mm. Posteriormente, foram extraídos os primeiros-molares e lesões periapicais
foram simuladas por ácido perclórico com a aplicação controlada em dois tempos:
T1 visando gerar lesões incipientes e T2 lesões maiores. A COA foi estabelecida em
22 sítios. Os dentes extraídos foram reimplantados nos alvéolos e as maxilas foram
submetidas ao exame de TCFC. Dois observadores avaliaram no software OsiriX
MD os exames (em ordem aleatória) duas vezes, com intervalo de tempo de uma
semana. Os dados demonstraram uma acurácia entre 66 e 78% e uma boa
especificidade (70 a 98%) com índices moderados de concordância
intraobservadores. Porém, os índices de sensibilidade foram inconstantes, variando
de 41 a 78%, refletindo numa baixa concordância interexaminadores. Embasou-se a
TCFC como bom método de avaliação da integridade da cortical do seio maxilar,
pela boa capacidade de análise anatômica volumétrica. Porém, para detecção de
COA no protocolo de aquisição adotado, o fator ruído na imagem prejudicou as
análises. FOUSP
Palavras-chaves: diagnóstico, tomografia computadorizada por raios x, seio
maxilar, modelos animais, ápice dentário.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/122.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 125| UTILIZAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE KLEMETTI PARA O
DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
DE FEIXE CÔNICO
Luciana Jácome Lopes, Maria Beatriz Carrazzone Alonso, Monikelly do Carmo
Nascimento Marchine, Taruska Ventorini Vasconcelos, Deborah Queiroz de Freitas
A identificação precoce para o risco de osteoporose em indivíduos assintomáticos é
uma importante estratégia para diminuição da morbidade, mortalidade e
consequentemente dos custos na saúde pública em todo o mundo. Como a
classificação de Klemetti foi desenvolvida para a radiografia panorâmica(RP) e
atualmente a tomografia computadorizada de feixe cônico(TCFC) é um exame
bastante utilizado na Odontologia, este estudo teve como objetivo validar a TCFC na
avaliação da qualidade óssea mandibular através da classificação deKlemetti. Após
aprovação no comitê de ética em pesquisa da FOP/UNICAMP sob protocolo de
número 138/2009, a morfologia do córtex inferior da mandíbula de 30 mulheres (60
hemi-mandíbulas) na pós-menopausa foi avaliada nas RPs e TCFCs (reconstruções
panorâmicas e parassagitais). Os resultados foram comparados pela análise de
variância com o teste post-hoc de Tukey.A RP e a reconstrução panorâmica na
TCFC não apresentaram diferença significativa quanto a avaliação da morfologia do
córtex mandibular inferior. No entanto, os cortes parassagitais diferiram dos demais,
apresentando valores superiores. Foi possível concluir que a classificação de
Klemetti não deve ser utilizada para avaliar a qualidade óssea nos cortes
parassagitais de TCFC. Como esse exame parece ter um grande potencial para
essa avaliação, sugere-se o desenvolvimento de uma nova classificação para avaliar
a qualidade óssea da mandíbula na TCFC.
Palavras-chaves:
osteoporose,
computadorizada de feixe cônico.
radiografia
panorâmica,
tomografia
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/125.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/Título: 126| DIAGNÓSTICO POR IMAGENS NA ORTODONTIA E ORTOPEDIA:
EVOLUÇÃO COM RESPONSABILIDADE
Cléber Bidegain Pereira, Tavano O, Eid NL, Freitas NM, Accorsi M, Gribel MN.
A Academia Brasileira de Odontologia, Associação Brasileira de Radiologia,
Associação Latino Americana de Ortodontia, com o apoio da Sociedade Paulista de
Ortodontia, em esforço conjunto realizaram debates sobre o tema: O USO DE
IMAGENS PARA DIAGNÓSTICO EM ORTODONTIA E ORTOPEDIA FACIAL.
Sendo a sua primeira parte pela internet, e dois encontros presenciais em São Paulo
no ORTO 2012 e na JABRO 2012, em Foz do Iguaçu, colhendo as manifestações de
Ortodontistas, Ortopedistas e Radiologistas interessados pelo assunto. As
apresentações mostraram de maneira cabal que a Tomografia Computadorizada do
Feixe Cônico representa um auxilio diagnóstico para a Ortodontia e Ortopedia,
inestimável e preciso, satisfazendo as necessidades de avaliação das dificuldades e
das complicações de tratamento nestas especialidades. Os radiologistas mostraram
como se usa o equipamento, as técnicas, as instalações, a informática e a
comunicação com os outros profissionais, relacionando o que se espera do uso da
TCFC. Os Ortodontistas fizeram uma demonstração das ferramentas que podemos
utilizar na imagem obtida em 3D, que aumentam a capacidade do profissional no
diagnóstico e no planejamento de seus casos, principalmente com o uso de dos
softwares especializados. Como conclusão foi sugerido que a Tomografia
Computadorizada do Feixe Cônico (TCFC) não seja indiscriminadamente realizada
em todos os casos. Com sabedoria, consideram que o exame clínico deve ter
capacidade, consequentemente o profissional que realiza o exame tem soberania
para solicitar os exames por imagens que entender necessários, para cada caso.
Consideramos que, mesmo nos casos em que se utilizam a TCFC, as fotografias
são indispensáveis, pois elas ajudam no diagnóstico e servem como documentação.
Não nos parece sensato realizar apenas as radiografias convencionais e quando
estas se mostram insuficientes para o diagnóstico é recomendável que o profissional
com seu entendimento clínico e perspicácia, requisite direto a TCFC quando esta lhe
parece imprescindível.
Palavras-chaves: exame radiográfico, tomografia computadorizada do feixe cônico,
ortodontia e ortopedia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/126.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 127| AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO: RELATO DE UM CASO
CLINICO DIAGNOSTICADO TARDIAMENTE, COM ACOMPANHAMENTO E
ÊNFASE NOS ACHADOS RADIOGRÁFICOS
Luciana Jácome Lopes, Thiago de Oliveira Gamba, Isadora Luana Flores, Solange
Maria de Almeida Boscolo, Aline Alvarez Cabello, Paula Nascimento Moutinho,
Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes
Paciente de 16 anos, sexo masculino, leucoderma, foi encaminhado a uma clínica
de Radiologia Odontológica, no ano de 2004, com o intuito de realização de
Radiografia Panorâmica (RP), para instalação de aparelho ortodôntica (AO). No
exame, observou-se uma imagem radiolúcida, unilocular, circunscrita, localizada na
região de corpo, ângulo e ramo de mandíbula do lado direito, envolvendo o elemento
48 incluso. Porém, não houve relato da presença desta alteração pelos profissionais
responsáveis. Em seguida foi instalado o AO. Em 2008, o paciente notou um edema
na base da mandíbula do lado direito, após atendimento odontológico o paciente foi
encaminhado para realização de uma tomografia computadorizada da região. As
imagens revelaram a presença de uma extensa região hipodensa, de limites
precisos e hiperdensos, acometendo região de corpo, ângulo e ramo mandibulares
direito. A hipótese diagnóstica da lesão foi de Ameloblastoma Unicístico, sendo
realizada biópsia incisional da lesão. Devido à grande extensão da lesão, optou-se
pela instalação de drenos na região retromolar direita e corpo de mandíbula
ipsilateral, com a finalidade de descompressão da mesma. Em maio de 2010,
obteve-se uma neoformação óssea, confirmada por meio de nova RP, partindo
então para a enucleação total da lesão e exodontia dos elementos 44, 45, 46 47 e
48 (incluso). Após a cirurgia, foi realizado novo exame anatomopatológico em que
ficou comprovada a hipótese diagnóstica. Para o período pós-operatório foi proposto
o controle clínico e radiográfico com intervalos anuais. Atualmente o caso apresentase com cinco anos de controle, estando o paciente, com a idade de 26 anos,
aguardando o planejamento para colocação de implantes na região. A importância
deste relato pode ser entendida tanto no que tange à importância da análise
minuciosa das imagens e laudo radiográfico, independentemente de sua indicação.
Palavras-chaves: tumores odontogênicos, ortodontia, tomografia computadorizada.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/127.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 128| DENTADURA FISIOLÓGICA
Cleber Bidegain Pereira, Cléber Bidegain Pereira, Nayene Leocadia M. Eid, Triuze
Yano, Nelma Maria Freiras
A denominação "Dentadura fisiológica" parece ter sido usada pela primeirqa vez por
Begg P.R, em seu trabalho "Stone Age Man's", em aborígenes australianos. A
revisão da literatura encontrou, entre outros, o estudo realizado pela Universidade
Federal de Santa Maria - Projeto Rondom, em que foi avaliada a dentadura dos
índios Yanomamis, no ano de 1971, quando este índos eram isolados, com quase
nenhuma influência de nossa cultura, tendo hábitos alimentares primitivos e
constituindo um grupo relativamente homogêneo. Há farta documentação sobre este
trabalho, em livro e artigos publicados no Brasil e no exterior, sendo que existem
modelos em gesso destes Yanomamis que foram escaneados em 3D. Encontrou-se
ainda bibliografia de Cranios Pré Colombianos de Sambaquis e indios Lemguas, do
Chaco Paraguaio. Todos estes estudos relatam intenso desgaste nas faces oclusais
e proximais dos dentes, eliminado as interferências indesejáveis na oclusão
dinâmica, mostrando, de forma natural, a desejada inoclusão em balanceio e
oclusão na área de trabalho. Esta revisão bibliográfica sugere a importância que há
em se fazer o desgaste seletivo, nas finalizações do tratamento ortodôntico, em
todos aqueles casos que não são concluídos com o primor e perfeição que poucos
profissionais atingem, em alguns pacientes. E comprova que pequenos desgastes
não fazem mal ao destes. Professora das disciplinas de Radiologia Odontológica,
Diagnóstico Bucal, Dentística e Clínica Integrada, nas Faculdades de Odontologia do
Centro Universitário UNIRG, (Gurupi/TO) e ITPAC-Porto (Porto Nacional/TO).
Palavras-chaves: yanomamis, dentadura fisiológica, atrição dentária, desgaste
oclusal, desgaste seletivo.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/128.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 129| CANAL MANDIBULAR BÍFIDO
TOMOGRÁFICO EM DOIS CASOS CLÍNICOS
BILATERAL:
ACHADO
Stéphani Bitti Salazar, Giovanna Rodrigues Balenzio, Ligia Buloto Schmitd
O canal mandibular bífido é uma variação anatômica rara, de interesse ao cirurgiãodentista. A presença de um canal mandibular bifurcado tem importante impacto
clínico, uma vez que o canal é preenchido por um feixe vásculo-nervoso verdadeiro.
A principal complicação encontrada é a anestesia inadequada, uma vez que os
bloqueios anestésicos do nervo alveolar inferior podem tornar-se mais difíceis
nesses casos. Parestesia e sangramento também podem ser mais frequentes,
quando realizada manipulação cirúrgica. A detecção desta variação, quando feita
através de radiografias panorâmicas é baixa, de cerca de 1%. Ainda, o uso da
radiografia panorâmica pode resultar em falsas imagens de canal bifurcado. Com o
uso da tomografia computadorizada cone beam, o índice de diagnóstico pode
aumentar para 20% a 30% e o detalhamento dos aspectos anatômicos melhora
consideravelmente. São reconhecidas diferentes formas anatômicas para a
bifurcação do canal mandibular, sendo descritas a presença mais de um forame
mental ou não, e até mesmo trifurcações. O objetivo deste trabalho é apresentar
dois casos clínicos de achado stomográficos de canais mandibulares bífidos
bilaterais, em dois pacientes do sexo masculino que realizaram tomografia Cone
Beam para avaliação prévia a implantes dentários. No primeiro caso, a bifurcação
ocorreu posteriormente aos terceiros molares, com trajeto superior e paralelo ao
canal principal, afetando a área na qual se planejava instalar implantes. No segundo
caso, a bifurcação ocorreu de forma semelhante na região posterior ao terceiro
molar, porém com trajeto ascendente e emissão de uma foramina na superfície do
rebordo alveolar posterior. Os casos apresentados ressaltam a importância de
exames de imagem como a tomografia Cone Beam para planejamento de cirurgias
bucais, a fim de evitar complicações relacionadas à presença de variações
anatômicas.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada cone beam, canal mandibular bífido,
nervo alveolar inferior, variação anatômica.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/129.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 130| DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME POR EXAMES DE IMAGEM
Bruna Portela Andrade Cardoso, Pagin O, Carvalho Imm, Pires Cac, Centurion Bs.
As anomalias craniofaciais e as fissuras labiopalatinas, podem vir associadas a
diversas síndromes. A síndrome de Gorlin-Goltz (SGG) apresenta muitas
características que envolvem a região craniofacial, tais como múltiplos carcinomas
nevóidesbasocelulares, tumores odontogênicos queratocísticos (TOQs) e
anormalidades esqueléticas. Os TOQs apresentam altas taxas de recorrência e na
SGG 80% dos indivíduos apresentam esse tipo de tumor, com o maior
acometimento na mandíbula. As malformações congênitas dentre elas as fissuras
labiopalatinas são características consideradas como critérios menores dentro dessa
síndrome. Indivíduo do gênero feminino, 17 anos de idade, com fissura labiopalatina
compareceu à Seção de Diagnóstico Bucal do Hospital de Reabilitação de
Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo para a realização de
radiografia panorâmica e foram identificadas áreas radiolúcidas de grandes
proporções, associadas aos dentes 28, 38 e 48 não irrompidos. Após a realização
da biópsia confirmou-se o diagnóstico de TOQs. Para o planejamento cirúrgico foi
realizada a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) e informações
adicionais foram obtidas, tais como: velamento total do seio maxilar do lado
esquerdo, adelgaçamento das corticais que limitam as paredes do seio maxilar,
envolvimento do canal mandibular bilateralmente. Para o diagnóstico da SGG ser
concluído é necessário haver 2 critérios maiores e 1 menor, ou 2 critérios menores e
1 maior descritos pela literatura. Para esse caso, foram identificados 2 critérios
maiores: TOQs e na radiografia de tórax a presença de costelas bífidas; e 1 critério
menor: fissura labiopalatina. Portanto nesse relato de caso apenas os exames de
imagem fizeram o diagnósticoda síndrome. Para o diagnóstico de síndromes com
componentes genéticos, além de exames laboratoriais os exames por imagem são
muito importantes. O estudo e a observação das características físicas associados à
história médica e exames por imagem formam um importante conjunto para conduzir
a um diagnóstico correto.
Palavras-chaves: síndrome do nevo basocelular, tomografia computadorizada de
feixe cônico, diagnóstico, anormalidades craniofaciais.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/130.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título: 131| AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA INTEGRAL EM DIAGNÓSTICO DE
REABSORÇÃO RADICULAR CERVICAL INVASIVA
Simone Gomes Marsaioli, Claudia Gomes Alves, Marcelo Augusto de Oliveira Sales,
Jefferson Xavier de Oliveira
Reabsorções radiculares cervicais invasivas (RRCI) correspondem a uma forma
não-comum de lise da superfície radicular em sua porção externa. Histologicamente
há invasão da região cervical por tecido conectivo com origem no ligamento
periodontal. O diagnóstico radiográfico é muitas vezes realizado como achado
incidental e já em estágios avançados. Dada a semelhança com lesões semelhantes
a processos cariosos e reabsorções radiculares internas, muitas vezes o problema é
negligenciado ou tratado de maneira incorreta, levando à perda do elemento
dentário envolvido. No presente trabalho é evidenciada a importância do exame
radiográfico convencional aliado ao uso da TCFC para diagnóstico e tratamento de
um caso de RCCI em um molar superior permanente. Relato de caso: Paciente
gênero masculino, 16 anos, leucoderma, compareceu ao serviço de radiologia para
análise radiográfica pré tratamento ortodôntico. Ao exame radiográfico periapical e
panorâmico foi visualizada extensa área radiolúcida comprometendo terço cervical
de dente 16. Para avaliação da severidade da lesão, optou-se por avaliação por
meio de TCFC onde observou-se reabsorção radicular cervical invasiva, associada a
comprometimento da polpa coronária e radicular. Adicionalmente, foi observada
presença de linhas hipodensas na face vestibular que correspondiam a existência de
fratura patológica. O paciente retornou ao endodontista para tratamento e
proservação. Com base nas imagens e na literatura, reforça-se a necessidade de
análise radiográfica complementar e integral em casos de suspeita de RRCI, com
amplo emprego de imagens multiplanares obtidas por meio de TCFC, onde a
ausência de superposição de imagens, possibilidade de reconstruções multiplanares
e facilidade de visualização dos reparos anatômicos torna o diagnóstico preciso e
acurado, tornando esta técnica crucial no diagnóstico de casos de RRCI.
Palavras-chaves: reabsorção radicular,TCFC, diagnóstico radiográfico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/131.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/Título: 132| EMPREGO DA TCFC DE ALTA RESOLUÇÃO PARA ANÁLISE DE
CANAIS
RADICULARES
MV2
EM
PRÉ-MOLARES
SUPERIORES
PERMANENTES
Claudia Rezende Gomes Alves, Simone Rezende Gomes Marsaioli, Marcelo
Augusto de Oliveira Sales, Cesar Angelo Lascala
A evolução dos sistemas de Tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC)
tem sido constante. O uso de voxels de menor tamanho aliado à maior quantidade
de projeções adquiridas, bem como melhorias nos algoritmos de pós-processamento
tem tornado as imagens tomográficas de excepcional valia para a odontologia. Neste
contexto, a avaliação da porção radicular é de fundamental importância para áreas
como a endodontia. Vantagens como a possibilidade de visualização multiplanar,
baixa dose de radiação e crescente acesso ao profissional tornam a TCFC o padrãoouro para avaliação de variações anatômicas radiculares. É objetivo do presente
trabalho relatar por meio de caso clínico a presença de variações anatômicas
radiculares (canal radicular MV2), bem como a importância da TCFC no diagnóstico
radiográfico. Caso 1: paciente M.L, gênero feminino, leucoderma, 34 anos de idade,
compareceu ao serviço de radiologia com queixa de dor em região do 24. Ao exame
de TCFC foi visualizada área hipodensa radicular correspondente a canal radicular
MV2 não tratado. Adicionalmente, observou-se área hipodensa apical relacionada a
raiz MV correspondente a lesão apical. No caso relatado, o uso da TCFC foi
evidenciado como método de análise radiográfica sensível e específico para
avaliação de presença de canais MV2, sendo desta maneira de indicação precisa
para avaliação de casos de lesões endodônticas apicais refratárias.
Palavras-chaves: canal radicular, TCFC, endodontia.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/132.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/Título: 133| ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DA DISPLASIA ECTODÉRMICA E
RELATO DE CASO
Joanna Rodrigues da Silva, Araujo Lc, Costa Vs.
A displasia ectodérmica é uma anomalia hereditária rara, de caráter recessivo, onde
uma ou mais estruturas anatômicas derivadas do folheto ectodérmico não se
desenvolvem apresentando atraso ou desenvolvimento incompleto. Apresenta
inúmeras alterações na cavidade bucal, como alterações de número e forma de
dentes, lábios protrusos e redução da dimensão vertical. Este trabalho tem o objetivo
de apresentar um relato de caso enfatizando as características clínicas,
radiográficas e tomográficas da displasia ectodérmica.
Palavras-chaves:
radiográficos.
displasia
ectodérmica,
anomalia
hereditária,
aspectos
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/133.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/Título: 134| DIREITO AUTORAL: CRIE, COMPARTILHE, FAÇA DIFERENÇA!
Paula Messias de Figueiredo Oliveira, Ribeiro PR, Sarmento VA, Pinto RLS.
O direito autoral se refere à obra intelectual e o direito que seu criador desempenha
sobre ela. Considera-se Autor como a pessoa física criadora da obra. Por obra
intelectual se entende “criação do espírito, expressa por qualquer suporte, tangível
ou intangível”. Nesta categoria se enquadram as obras científicas e literárias, e é
justamente aí que ocorre violação dos direitos dos Autores. Após quase doze anos
de existência do conjunto de licenças internacionais de direitos autorais, muitos
ainda desconhecem e até possuem duvidas do que fazer e como fazer para que
suas produções possam ser vistas e utilizadas por distintas pessoas sem ocorrência
de danos. Antes, o padrão internacional usado era Copyright, que expressa “todos
os direitos reservados” da obra ao criador. A partir da criação da Creative Commons
no Brasil, em dezembro de 2012, um novo modelo despontou proporcionando
múltiplas alternativas aos autores, a fim de flexibilizar a utilização de textos, vídeos,
desenhos, pinturas, fotografias, reportagens, projetos, inclusive na internet, local
onde os autores preferem compartilhar para divulgar suas produções,
principalmente, por vivermos em um mundo conectado e assim serem visualizadas
em tempo real. O projeto Creative Commons tem por base a filosofia copyleft, ou
seja: utilizar a legislação existente dos direitos autorais no intuito de remover
dificuldades para a difusão do conhecimento de uma obra, sua recombinação e
compartilhamento. Diante do exposto, o objetivo desse trabalho é explanar e
comentar sobre as licenças Creative Commons, como elas funcionam, suas
características e possibilidades para os autores disponibilizar ao público alguns
direitos sobre a sua criação, assegurando para si principalmente o direito original.
Palavras-chaves: direito autoral, obra científica, direito original.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/134.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/Título:
135|
TOMOGRÁFICOS
AMELOBLASTOMA
MULTICÍSTICO
E
ASPECTOS
Joanna Rodrigues da Silva, COSTA VS.
O ameloblastoma é um tumor odontogênico, de crescimento lento, de curso benigno,
na maioria dos casos, e localmente invasivo. Representa cerca de 10% dos tumores
odontogênicos, sendo a mandíbula a região mais acometida. Geralmente é
encontrado em exames de rotina devido à sua evolução assintomática. Este trabalho
visa relatar os aspectos tomográficos de um caso de ameloblastoma multicístico.
Palavras-chaves:
odontogênicos.
ameloblastoma
multicístico,
lesões
ósseas,
tumores
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/135.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
ANAIS XIX JABRO
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ID/Título: 136| LEONTÍASE ÓSSEA URÊMICA: ASPECTOS IMAGINOLÓGICOS
DESSA CONDIÇÃO RARA
Rafael Mendes Del Queiroz, Sergio Lins de Azevedo Vaz, Patricia Rocon Bianchi,
Tânia Regina Grão Velloso, Maíra Gaglianone Ferreira, Rossiene M Bertollo, Teresa
Cristina R Pereira
A insuficiência renal crônica leva aos centros de hemodiálise mais de 70 mil
brasileiros todos os anos. Aqueles com um déficit acentuado da função renal podem
vir a desenvolver uma desordem conhecida como Osteodistrofia Renal, sendo
persistente mesmo naqueles que fazem hemodiálise. Nessa condição as atividades
osteoclástica e osteoblástica apresentam-se desordenadas, devido ao aumento da
secreção de paratormônio (PTH), quadro denominado Hiperparatireoidismo
Secundário. Em casos severos podemos observar graves alterações nos ossos da
face e crânio, como a dismorfia e a hiperostose, quadro esse descrito na literatura
como Leontíase Óssea. A Leontíase Óssea é considerada extremamente rara, pois
geralmente detectam-se anomalias paratireoidianas antes que as complicações se
instalem, através de exames laboratoriais e biópsia óssea. O presente relato
abordará o caso de um homem, 34 anos, portador de hepatite C, hipertensão e
insuficiência renal crônica tendo necessidade de realizar hemodiálise. Ele procurou a
clínica de Estomatologia da UFES apresentando assimetria facial, tumefações nas
regiões de soalho bucal, palato e mucosa jugal, além de uma fístula no lado
esquerdo da face com drenagem de material purulento. Exames laboratoriais
mostraram níveis extremamente elevados de PTH (2.694 pg/mL) e fosfatase alcalina
(3.852 U/L). Na radiografia Panorâmica foi observada expansão hipertrófica
acentuada e irregular da maxila e da mandíbula, trabeculado ósseo com aspecto de
“Flocos de algodão” e “Vidro despolido”, imagem de lâmina dura pouco identificável,
região posterior esquerda mandibular com rarefação óssea delimitada e perda óssea
vertical. A terapia indicada para o paciente foi o tratamento cirúrgico, a
paratireoidectomia e, após, a coleta de material de biópsia para tratamento da
fístula. Embora o caso ainda não esteja concluído, sua importância remete a
necessidade de difundir o conhecimento do aspecto radiográfico observado para
auxiliar no diagnóstico diferencial com imagens semelhantes.
Palavras-chaves: Leontíase óssea, osteodistrofia renal, hiperparatireoidismo,
fosfatase alcalina, radiografia panorâmica.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/136.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ANAIS XIX JABRO
23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/Título: 137| DETECÇÃO DE LESÕES DE CÁRIE PROXIMAIS EM MOLARES
DECÍDUOS POR MEIO DE RADIOGRAFIAS CONVENCIONAIS, DIGITAIS E TCFC
Marine de Oliveira, Falcão K, Panzarella FK, Oliveira M de | Junqueira JLC | Oliveira
LB.
Com a introdução de novos métodos de diagnóstico, a odontologia ampliou suas
possibilidades de investigação da doença cárie. O objetivo desta pesquisa foi avaliar
in vitro, a precisão por meio da sensibilidade e especificidade dos exames
radiográficos convencional, digital e tomografia computadorizada de feixe cônico na
detecção de lesões de cárie proximais em dentes decíduos, em comparação com a
microtomografia computadorizada. A amostra foi composta por 35 dentes decíduos
posteriores extraídos, podendo ou não apresentar lesões cariosas em esmalte ou
dentina. Os dentes foram fixados de forma aleatória, no manequim odontológico com
cera utilidade, com contatos proximais para simular condições clínicas. As RC foram
executadas com filme Insight™ e as RD com placas de fósforo
fotoestimuláveisDenOptix® n° 0, ambas de modo padronizado, em idênticas
condições geométricas. Para as aquisições das imagens de TCFC utilizou-se o iCAT®. As imagens de microTC foram adquiridas em um microtomógrafo de alta
resolução Skyscan® e serviram como padrão ouro. Dois radiologistas com mais de
10 anos de experiência avaliaram e classificaram as imagens de acordo a presença
e ausência de lesões de cárie. Os dados foram analisados por meio do teste Kappa,
adotando-se o nível de significância de 5% (p<0.05). A avaliação intraexaminadores
foi ótima para ambos os avaliadores (0.909 e 0.941). A concordância
interexaminadores foi maior nas imagens da RC (ótima concordância, 0.940),
seguida da RD (boa concordância, 0.648) e TCFC (boa concordância, 0.613). As
sensibilidades obtidas com a RC e com a TCFC foram idênticas, de 0.355. Já com a
RD, a sensibilidade foi de 0.387. A especificidade com a RC foi de 0.590, enquanto
com a RD foi de 0.692 e com a TCFC foi de 0.641. Independentemente do tipo de
exame imaginológico, as taxas de falso-negativos foram mais expressivas que as
taxas de falso-positivos. Número do protocolo (CEP): 2011/0025.
Palavras-chaves: cárie, radiografia, tomografia computadorizada de feixe cônico.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/137.pdf
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Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 138| O USO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE
CÔNICO NA IDENTIFICAÇÃO DE CALCIFICAÇÕES EM TECIDOS MOLES
Gabriela Moura Chicrala, Bárbara Fortunato Prohmann, Bruna Stuchi Centurion,
Otávio Pagin, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen
A Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) tem sido cada vez mais
utilizada por cirurgiões-dentistas, resultando em maior incidência de achados
incidentais como calcificações em tecidos moles na região de cabeça e pescoço. As
principais calcificações nesta região são tonsilólitos, sialólitos, linfonodos, flebólitos,
ateromas calcificados de artéria carótida, ossificação do complexo estilo-hioideo e as
calcificações das cartilagens da laringe. Esse trabalho objetiva reconhecer em
exames de TCFC calcificações na região sub-hioidea, sendo elas: ateromas
calcificados de artéria carótida (ACAC), calcificação da cartilagem tritícea (CCT),
ossificação do ligamento tireo-hioideo lateral (OLTL), calcificação da cartilagem
tireoide (CCTi) e calcificação do corno maior da cartilagem tireoide (CCMTi). Foram
selecionados 96 exames de TCFC do banco de Imagens do Departamento de
Estomatologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. O projeto foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da FOB-USP (Processo nº 172/2011). Todas as
análises foram feitas por dois observadores nos softwares i-Cat Vision® e Dolphin
3D Imaging®. Os resultados foram analisados descritivamente. Foram encontrados
no software i-Cat Vision®: 2,08% de ACAC, 41,73% de CCT, 11,97% de OLTL,
14,06% de CCTi e 2,08% de CCMTi, e no software Dolphin 3D Imaging®: 1,5% de
ACAC, 16,6% de CCT, 9,3% de CCTi, 6,2% de OLTL, 23,9% de CCMTi. Foi
considerada a reformatação 3D do software Dolphin 3D Imaging® padrão ouro para
identificação das estruturas estudadas. O software i-Cat Vision® apresentou 62,04%
em média de sensibilidade, 94,24% em média de especificidade e 89,29% em média
de acurácia em relação ao Dolphin 3D Imaging®. Deve-se levar em consideração
que a TCFC não possui resolução de contraste adequada para os tecidos moles e
que as calcificações em tecidos moles em regiões próximas podem ser confundidas
umas com as outras, o que acarreta um desafio à interpretação.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, calcificação
fisiológica, diagnóstico por imagem.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/138.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 139| CANAL DA MANDÍBULA DUPLO E FORAME MENTUAL TRIPLO:
DETECÇÃO DESTA RARA COMBINAÇÃO DE VARIAÇÃO ANATÔMICA POR
TCFC
Francielle Silvestre Verner, Maria Augusta Portella Guedes Visconti, Priscila Dias
Peyneau, Mariana Michels, Rafael Binato Junqueira, Gláucia Maria Bovi Ambrosano,
Solange Maria de Almeida-Bóscolo
O canal da mandíbula (CM) é um ramo da terceira divisão do nervo trigêmeo, e
representa um conduto para o feixe vásculonervoso alveolar inferior. Ele origina-se
no forame da mandíbula, localizado na face medial do ramo da mandíbula, e dirigese inferior e obliquamente no ramo e corpo da mandíbula, até se exteriorizar no
forame mentual (FM). O CM e FM podem apresentar variações em sua anatomia ou
trajetória como duplicação, bifurcação ou até mesmo trifurcação. A correta
localização e configuração do CM e FM são importantes para realização de
anestesias intrabucais e em procedimentos cirúrgicos como exodontias,
reabilitações com implantes osteointegráveis e cirurgias ortognáticas. Exames por
imagens como radiografias periapicais e panorâmicas, podem detectar as variações
anatômicas, no entanto, a sobreposição da imagem pode não levar a um diagnóstico
correto. O advento da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC)
melhorou de forma significativa a precisão do planejamento pré-operatório de
cirurgias orais, uma vez que é uma técnica não invasiva e permite imagens de alta
resolução com dose de radiação relativamente baixa. O objetivo no presente estudo
é relatar o caso clínico de uma paciente do sexo feminino, 45 anos, que apresenta
variações anatômicas no CM e FM do lado direito, detectadas num exame de TCFC
pré-operatório. Ao se avaliar as reconstruções multiplanares foi possível observar
uma bifurcação do CM ao nível do ramo da mandíbula do lado direito, e a presença
de três FM no mesmo lado. Pode-se concluir que as variações anatômicas na
mandíbula podem ser detectadas por TCFC, permitindo definir as suas
características, localização e extensão de forma acurada.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, variação anatômica,
canal da mandíbula, forame mentual.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/139.pdf
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ID/título: 140| NEUROVASCULARIZAÇÃO DA REGIÃO ANTERIOR DA MAXILA:
VARIAÇÕES
ANATÔMICAS
DETECTADAS
EM
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO
Ana Caroline Ramos De Brito, Priscila Dias Peyneau, Francielle Silvestre Verner,
Gláucia Maria Bovi Ambrosano, Solange Maria Almeida Bóscolo, Christiano de
Oliveira Santos
A realização de cirurgias na região anterior da maxila representa, em muitos casos,
um desafio para o cirurgião-dentista. A presença do feixe vásculo-nervoso
nasopalatino nesta região é de extrema importância e deve ser levado em
consideração para não acarretar em acidentes no transcirúrgico, nem complicações
no pós-operatório. O correto planejamento cirúrgico é necessário para que não haja
injúrias dessas estruturas. Radiografias convencionais, como as panorâmicas e
periapicais, tem sido largamente utilizada, porém casos em que variações
anatômicas estejam presentes, a acurácia desses exames pode ficar comprometida.
Com o advento da Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) é possível
realizar uma avaliação completa e precisa de todo trajeto e morfologia do canal
incisivo que abriga o feixe vásculo-nervoso nasopalatino. O presente estudo tem
como objetivo apresentar quatro casos clínicos de diferentes variações anatômicas
que podem acometer a região anterior da maxila, de dois pacientes do sexo
masculino e dois do sexo feminino, detectadas em exames de TCFC, realizados
para planejamento cirúrgico, ressaltando-se a importância deste exame na
visualização de variações anatômicas. Pode-se concluir que as variações
anatômicas na região anterior da maxila podem ser detectadas em TCFC, podendose definir as suas características de localização e extensão de forma acurada.
Palavras-chaves: maxila, tomografia
neurovascularização, variação anatômica.
computadorizada
de
feixe
cônico,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/140.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 141| REABILITAÇÃO ORAL EM PACIENTE COM AGENESIA MÚLTIPLA
Raquel Santangelo, Panzarella FK, Lauer FCOS, Ribeiro MS, Faria TRSde, Karia
RH.
As agenesias dentárias reduzem a capacidade mastigatória, maloclusões,
problemas fonoaudiológicos e ainda, comprometimentos estéticos. O diagnóstico
precoce permite ao profissional traçar a melhor forma de tratamento. O sinal clínico
mais freqüente da agenesia é o atraso na esfoliação do dente decíduo antecessor.
Por meio de imagens radiográficas pode-se observar ausência do germe dentário e
obter o diagnóstico e plano de tratamento mais adequado a esse paciente. A
conduta clínica é ampla e está baseada na interdisciplinaridade da radiologia,
ortodontia, dentística e implantodontia. O paciente RR, iniciou seu tratamento aos 18
anos, apresentando como queixa principal a lenta esfoliação dos decíduos. Pelo
exame radiográfico observou-se ausência dos dentes 18, 15, 14, 12, 22, 23, 24, 25,
26, 38, 32, 42, 48, erupção ectópica do dente 13, anomalia de forma dos 11 e 21,
desvio da linha mediana devido a presença de diastemas entre 13, 11 e 21 e demais
dentes dentro da normalidade. O tratamento proposto foi a remoção dos dentes 53,
54 e 55 com instalação de implantes nesta região correspondentes ao dentes 13, 14
e 15, re-anatomização do dente 13 em 12 (já realizados), aumento do tamanho
mésio-distal do dente 11 e 21, distalização do elemento 11 e mesialização do
elemento 21 através de movimentação ortodôntica para futura instalação de
implantes no hemi-arco maxilar esquerdo pós exodontia dos dentes 62, 63 e 64
substituindo-os por implante correspondentes aos 12, 13, 14 e 15. No arco inferior
será feita exodontia do dente 82 e implantes dos dentes correspondentes aos 32 e
42. Na anamnese não foi relatada nenhuma hereditariedade genética de agenesia,
nem observou-se características sindrômicas. A paciente encontra-se na fase de reanatomização conforme mostra a radiografia panorâmica mais recente. A avaliação
por meio de imagens radiográficas foi de grande relevância para o diagnóstico e
planejamento desse paciente.
Palavras-chaves: agenesia dentária múltipla, implante, movimentação ortodôntica.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/141.pdf
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ID/título: 142| COMPARAÇÃO DE TÉCNICA DE CLARK E TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA DETECÃO DE REABSORÇÃO
RADICULAR INTERNA SIMULADA IN VITRO
Karla Rovaris da Silva, Sousa TO | Ferreira C, Vasconcelos KF, Almeida SM,
Boscolo FN, Haiter-Neto F.
O objetivo dos autores foi comparar a técnica de Clark (TC), utilizando-se de 3
sistemas radiográficos diferentes, com a tomografia computadorizada de feixe
cônico (TCFC) na detecção de cavidades que simulam reabsorções radiculares
internas incipientes. Após a aprovação pelo comitê de ética em pesquisa da
FOP/UNICAMP sob o protocolo de número 124/2011. Foram realizadas aquisições
radiográficas e tomográficas de 20 dentes humanos anteriores posicionados em uma
mandíbula humana macerada. Foram realizadas aquisições radiográficas utilizandose filme radiográfico e placas de fósforo dos sistemas digitais VistaScan e Digora
pela TC. As imagens de TCFC foram obtidas com o tomógrafo Picasso Trio. Em
seguida, foram preparadas cavidades na parede do canal utilizando brocas
cilíndricas de 0.5mm de diâmetro, nos terços médio ou cervical das raízes. Após a
realização das cavidades novas aquisições foram realizadas. Três radiologistas,
previamente treinados, avaliaram as imagens quanto à presença ou ausência das
cavidades. Analisando cada sistema individualmente, no VistaScan foram
encontrados valores de sensibilidade de 51%, especificidade de 61% e acurácia de
56%. Para o Digora foram encontrados valores de sensibilidade de 60%,
especificidade de 65% e acurácia de 62%. Para as imagens convencionais obtevese 56% de sensibilidade, 63% de especificidade e 60% de acurácia. A TCFC
apresentou resultados superiores de sensibilidade 60%, especificidade 90% e
acurácia 75% sobre a TC nos 3 sistemas estudados. Conclui-se que a TC,
independentemente do sistema utilizado, apresentou resultados pobres para a
detecção de lesões incipientes quando comparada com a TCFC.
Palavras-chaves: reabsorção da raiz, tomografia computadorizada de feixe cônico,
radiografia digital.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/142.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 144| AVALIAÇÃO DA POSIÇÃO DE TERCEIROS MOLARES
INFERIORES POR MEIO DE RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS DE INDIVÍDUOS
DE 12 A 30 ANOS
Nathalia Cristine da Silva, Manoel Viana Jadijisky Júnior, Francine Kühl Panzarella,
José Luiz Cintra Junqueira, Silva MBF, Manhães Jr LR, Ricardo Raitz
Os terceiros molares inclusos, sob tecido duro ou mole, impactados ou não,
contribuem para um aumento das dificuldades na remoção cirúrgica. Este estudo
avaliou a distribuição da posição de 3º molares inferiores segundo a Classificação de
Pell & Gregory (1933) e de Winter (1929), em relação ao gênero e à faixa etária. As
unidades experimentais foram constituídas de imagens de radiografias panorâmicas
do acervo da Clínica de Radiologia da instituição do ano de 2013, divididas entre
adolescentes (12 a 18 anos) e adultos jovens (19 a 30 anos). As imagens foram
avaliadas uma única vez pelo próprio pesquisador através do monitor do computador
onde estavam arquivadas. Foram incluídas radiografias panorâmicas, com qualidade
satisfatória, que tivessem 3° molares inferiores uni ou bilaterais, inclusos ou semiinclusos ou em formação. Foram excluídas de pacientes com má formação óssea,
ou com alterações patológicas na região. Informações como idade, gênero eposição
do 3° molar, segundo as classificações de Winter (1929) e de Pell e Gregory (1933),
foram coletadas e inseridas em uma planilha. Os dados coletados foram submetidos
a abordagens estatísticas descritivas e inferenciais com nível de significância em
5%. Foram analisadas 764 panorâmicas, sendo 427 do sexo feminino (55,9%) e 337
do sexo masculino (44,1%); num total de 1411 dentes inclusos ou semi-inclusos
avaliados, sendo 701 do lado esquerdo (dente 38) e 710 do lado direito (dente 48). A
partir da amostra estudada, concluiu-se que houve uma maior prevalência pelo sexo
feminino e pela faixa etária dos 12 aos 18 anos; a posição mais encontrada foi a 3C
seguida de 2A, 3B e 2B, e a posição mais encontrada dos dentes inclusos foi a
mesioangulada, seguida da vertical e da horizontal. A posição mais encontrada nos
dentes semi-inclusos foi a vertical, seguida da mesioangulada e horizontal.
Protocolo de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa: 2013/525.443
Palavras-chaves:
posicionamento.
terceiros
molares
inferiores,
radiografia
panorâmica,
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/144.pdf
129
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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ID/título: 145| DOSE EFETIVA DA PRÉ-VISUALIZAÇÃO DO APARELHO I-CAT
NEXT GENERATION
Bruna Stuchi Centurion, Otávio Pagin, Izabel Maria Marchi de Carvalho, Carlos
Alberto Carvalho Pires, Clodoaldo Suave Pinto, Izabel Regina Fischer Rubira-Bullen
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo
Introdução: A discussão acerca da dose de radiação efetiva dos diferentes
protocolos dos exames de TCFC sempre é muito abordada por diversos artigos
científicos. O objetivo dos radiologistas sempre é advertir aos demais clínicos que as
radiações ionizantes estão associadas ao efeito estocástico. Novos aparelhos com
protocolos diferenciados vêm atualmente diminuindo a dose trazendo uma maior
segurança para os pacientes. Entretanto deve-se lembrar que no cálculo da dose
efetiva já está incluída a dose do Scout (pré-visualização), que todo aparelho possui
para identificar o correto posicionamento do paciente previamente a realização do
exame. Revisão de Literatura: Não há na literatura dados que mostrem a dose
isolada do Scout para o aparelho i-Cat next generation, entretanto existe o
conhecimento da mas do protocolo Full (37,10) desse aparelho e o mAs máximo
(0,6) do Scout. De acordo com o trabalho de Davies, J. e colaboradores em 2012, a
média de dose efetiva desse aparelho para o protocolo Full é de 76µSv. Com esses
dados é possível obter o valor médio do Scout para um protocolo Full que seria de
1,22 µSv. Conclusão: Conhecer as doses efetivas de radiação dos diversos
protocolos dos aparelhos de TCFC e também dos seus Scouts é válido
principalmente para lembrar aos profissionais que o posicionamento correto dos
pacientes é extremamente importante, visto que ele previne uma exposição
desnecessária. Mesmo a dose do Scout sendo considerada mínima e irrisória
quando comparada a outras doses, ela deve ser considerada, pois sabemos que
elas são cumulativas e que muitos efeitos biológicos são desconhecidos e não
proporcionais.
Palavras-chaves: Tomografia computadorizada de feixe cônico, radiação ionizante,
dose efetiva.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/145.pdf
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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23 a 25 de outubro de 2014, Vitória, ES
ID/título: 146| ACHADO INCIDENTAL EM SEIO ETMOIDAL: RELATO DE CASO
Otávio Pagin, Bruna Stuchi Centurion, Izabel Maria Marchi de Carvalho, Carlos
Alberto Carvalho Pires, Ana Lúcia Alvares Capelozza
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo
Introdução: A utilização crescente de exames de Tomografia Computadorizada de
Feixe Cônico (TCFC) na Odontologia leva a um aumento de achados incidentais
muitas vezes localizados em regiões que não fazem parte da rotina do cirurgiãodentista. Os seios paranasais apresentam uma anatomia característica onde
eventualmente surgem tais achados que podem levar o profissional que a interpreta
a um desafio em termos de diagnóstico. Relato de Caso: Individuo do gênero
feminino com 17 anos de idade, foi submetido ao exame de TCFC com indicação
médica para a avaliação dos seios paranasais, onde durante a interpretação foi
possível observar uma imagem sugestiva de cisto de retenção mucoso no seio
maxilar do lado direito e extenso velamento parcial do seio maxilar do lado
esquerdo. Na região das células etmoidais foi observada uma área
hiperdensa bem delimitada com hipótese de diagnóstico de sinólito e o paciente foi
encaminhado a um otorrinolaringologista para avaliação. Conclusão: A necessidade
do reconhecimento anatômico de áreas fora da região maxilofacial bem como do
diagnóstico de eventuais achados nessas regiões exigem treinamento e atenção por
parte dos profissionais. É importante que esses achados sejam relatados e quando
necessário seja feito o encaminhamento do paciente para a especialidade
adequada. Questões éticas e legais podem ser discutidas frente a falhas durante o
processo de diagnóstico, seja pela falta de conhecimento em relação à área
estudada ou pela não interpretação de todo o volume obtido durante o exame.
Palavras-chaves: tomografia computadorizada de feixe cônico, seios paranasais,
responsabilidade profissional.
Trabalho completo: http://www.jabro2014.com.br/anais/146.pdf
131
Revista ABRO, v.14, n.1/2, p. 8-128, jan./dez. 2014.
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