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Apontamentos de
Anatomofisiologia
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Sistema Tegumentar
Fronteira entre o corpo e o meio exterior, mas q permite a interacção c\ este.
Tem cm principais funções:
Protecção
Sensação (receptores sensoriais)
Regulação de temperatura (pelo controlo do fluxo de sangue e pela
actividade das glândulas sudoríparas)
Produção de vitamina D (qnd exposta á luz UV)
Podemos dividir o sistema tegumentar em três camadas:
Epiderme
Derme
Hipoderme
Hipoderme (também designado por tecido celular subcutâneo)
Local onde a pele assenta, faz a união aos ossos e músculos subjacentes que fornece
vasos sanguíneos e nervos.
Composto por tecido conjuntivo laxo, c\ fibras de colagénio e de elastina
Tem cm principais células: fibroblastos, células adiposas (contem cerca de metade da
gordura armazenada) e os macrófagos.
Tem a função de acolchoar e isolar.
Pele
Derme
Camada de tecido conjuntivo (com fibroblastos, algumas células adiposas e macrófagos)
que está unida á hipoderme
Atribui resistência estrutural á pele
A principal fibra é o colagénio, mas também tem fibras de elastina e fibras reticulares
Poucas células adiposas e vasos sanguíneos
Encontram-se terminações nervosas, folículos pilosos, músculo liso, glândulas e vasos
linfáticos.
Terminações Nervosas Livres: sensação de dor, prurido, cócegas e temperatura.
Receptores do Folículo Piloso: tacto superficial
Corpúsculos de Pacini: tacto profundo
Corpúsculos de Meissner: capacidade de detectar estimulação simultânea em dois
pontos distintos da pele (sensibilidade discriminativa).
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
Órgãos Terminais de Ruffini: tacto ou pressão mantidas
Podemos dividir a derme em duas camadas:
Camada Reticular:
Tecido conjuntivo denso e irregular
Contínua com a hipoderme
Forma um tapete de fibras dispostas irregularmente que são resistentes
á distensão em muitas direcções
As fibras de colagénio e de elastina encontram-se orientadas numa
determinada direcção e provocam a linha de clivagem, linhas de tensão
da pele
Quando a pele é estirada, a derme pode romper, formando linhas
visíveis pela epiderme, denominadoras de estrias
Camada Papilar
Tem prolongamentos denominados de papilas que se estendem em
direcção á epiderme.
Tem mais células e menos fibras
Mais vasos sanguíneos, que fornecem nutrientes á epiderme
suprajacente, removem produtos de excreção, e regulam a
temperatura do corpo.
Epiderme
Constituída por epitélio pavimentoso estratificado
Separado da camada papilar da derme por uma membrana basal
Não tem vasos sanguíneos, alimentado por difusão a partir dos capilares da camada
papilar
A maior parte das células designam-se de queratinócitos, pois produzem uma proteína
denominada queratina
Tem também melanócitos, que contribuem para a cor da pele e por células de
Langerhaus que fazem parte do sistema imunitário e as células de Merkel, que
são células epidérmicas especializadas associados a terminações nervosas.
São produzidas nas camadas mais profundas da epiderme por mitose, conforme são
produzidas vão empurrando as células mais velhas que quando chegam á superfície
descamam.
Conforme as camadas epidérmicas mais profundas se deslocam para a superfície, as
células mudam de forma e composição química denomina-se este processo por
queratinização.
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Anatomofisiologia I
Pelas diferentes fases que a célula passa, podemos distinguir cinco camadas (da mais
profunda para a mais superficial): camada basal, camada espinhosa, camada
granulosa, camada translúcida e camada córnea.
Camada Basal:
Mais profunda
Uma única fiada de células cúbicas ou cilíndricas
Força estrutural é-lhe conferida pelos hemidesmossomas (que fixam a
epiderme á membrana basal) e pelos desmossomas que mantêm os
queratinócitos unidos.
Camada Espinhosa
Composta por 8 a 10 camadas de células poligonais ou multifacetadas
Conforme vão sendo empurradas vão-se achatando
Muitas vezes esta camada e a camada basal são consideradas como uma
única camada designada de camada germinativa.
Camada granulosa
Composta por 2 a 5 camadas de células aplanadas
Nas camadas mais superficiais, o núcleo e outros organelos degeneram e
as células morrem
Camada Translúcida
Constituída por várias camadas de células mortas
Camada Córnea
Composta por 25 ou mais fiadas de células escamosas mortas, unidas
por desmossomas
A pele pode ser classificada com base na estrutura da epiderme:
Pele Espessa
Possui 5 camadas epiteliais, tem a camada córnea com numerosas camadas das células.
Encontram-se em áreas sujeitas a pressão ou fricção
Pele Fina
Cobre o resto do corpo e é mais flexível do q a pele espessa. Os pêlos só se encontram em
pele fina.
Cor da Pele
É determinada pelos pigmentos presentes na pele. Melanina é o termo utilizado para
descrever um grupo de pigmentos responsáveis pela cor da pele, dos pêlos e dos olhos.
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Anatomofisiologia I
Protecção contra a luz solar ultravioleta
Melanina produzida pelos melanócitos, que saem do complexo de Golgi por
vesículas designadas de melanossomas
A produção de melanina é determinada por factores genéticos, hormonas e exposição á
luz.
Anexos da Pele
Pêlo delicado e não pigmentado que se desenvolve no quinto ou sexto mês de
desenvolvimento fetal denomina-se por lanugo, perto do nascimento o lanugo, no
couro cabeludo, sobrancelhas e pálpebras é substituído por pêlo definitivo. Do resto
do corpo é substituído por penugem.
Estrutura do Pêlo
Divide-se em haste e raiz:
Haste projecta-se para fora da pele
Raiz encontra-se por dentro da raiz
Na base da raiz há uma expansão, (toma a forma de uma gota) que se designa de bulbo
piloso.
A raiz é composta por três camadas de colunas de células epiteliais queratinizadas
mortas: medula, córtex e cutícula.
O folículo piloso é composto por (de dentro para fora): Bainha radicular interna, Bainha
radicular externa e Bainha radicular dérmica.
No interior do bulbo piloso encontra-se uma zona de células indiferenciadas, a matriz,
que produz o pêlo e a bainha reticular epitelial interior.
Crescimento do Pêlo
É produzido em ciclos: uma fase de crescimento e uma fase de repouso
Numa fase de crescimento, o pêlo forma-se a partir de células da matriz que se vão
diferenciando, se tornam queratinizadas e morrem.
Segue-se uma fase de repouso em que o folículo piloso se retrai e segura o pêlo.
Quando se inicia um novo ciclo o novo pêlo começa a crescer e empurra o antigo,
fazendo com que este caia.
As fases de crescimento e de repouso variam segundo a localização do pêlo
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Anatomofisiologia I
Músculos da pele
Em cada folículo sebáceo existem células de tecido muscular liso, designado de músculo
erector do pêlo. Este músculo estende desde a bainha radicular dérmica do pêlo até á
camada papilar da derme
Glândulas
As principais glândulas são as: glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas
Glândulas Sebáceas estão localizadas na derme, são glândulas alveolares simples
ou compostas, que produzem sebo.
A maior parte das glândulas sebáceas está unida, através de um canal á parte
superior dos folículos pilosos, a partir da qual o sebo engordura o pêlo e a
superfície da pele.
Evita a desidratação
Protege contra algumas bactérias
Nem todas as glândulas sebáceas estão associadas a pêlos
Glândulas Sudoríparas
Há dois tipos de glândulas sudoríparas:
Glândulas sudoríparas merócrinas (abrem-se na superfície da pele)
Quando a temperatura do corpo começa a elevar-se acima dos níveis normais,
as glândulas sudoríparas produzem suor, que se evapora e arrefece o corpo
Glândulas sudoríparas apócrinas (abrem-se no folículo piloso acima das aberturas das
glândulas sebáceas)
Tornam-se activas na puberdade
As
secreções
que
produzem
possuem
ácido
3-metil-2-hexanóico,
que
inicialmente não tem qualquer odor, mas depois de metabolizado por bactérias
originam o que vulgarmente é conhecido como odor corporal
Outras Glândulas
Temos as glândulas mamárias e as glândulas ceruminosas
Glândulas ceruminosas
São glândulas sudoríparas merócrinas modificadas
Localizam-se no canal auditivo externo
Produz cera (cerúmen), uma combinação de secreções das glândulas ceruminosas
e das glândulas sebáceas
Glândulas Mamárias
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
São glândulas sudoríparas apócrinas modificadas
Localizam-se nas mamas
Produzem leite
Unhas
Protegem as extremidades dos dedos, auxiliam a manipulação e a preensão dos objectos
pequenos e são usadas para coçar
Unha é composta pela raiz da unha (zona proximal) e o corpo da unha (zona distal)
A raiz da unha e as partes laterais encontram-se coberta por pele, que são
denominadas de prega ungueal e os bordos são mantidos no local pelo bordo
ungueal.
Funções do Sistema Tegumentar
Protecção
Protege as estruturas subjacentes contra a abrasão
Impede a entrada de microorganismos e de outras substâncias estranhas no
corpo
Absorve a radiação UV protegendo as estruturas subjacentes dos seus efeitos
nocivos
Isolador térmico
Diferentes pêlos podem proteger do suor, proteger os olhos, sinal de maturidade
sexual
Sensação
O sistema tegumentar possui receptores sensoriais em todas as suas camadas que
permite detectar sensações como a dor, calor, frio, etc.
Regulação da Temperatura
A Homeostasia (na regulação de temperatura) é mantida pela perda do excesso
do calor
Vasos sanguíneos dilatam-se e permitem um aumento do fluxo sanguíneo,
transferindo assim o calor das camadas mais profundas para a superfície.
Se a temperatura diminui há uma contracção dos vasos sanguíneos mantendo
assim o calor
Produção de Vitamina D
Funciona como uma hormona que estimula a captação de cálcio e fosfato nos
intestinos
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Anatomofisiologia I
Músculos
Músculos esqueléticos estendem-se de um osso a outro e cruza pelo menos uma
articulação
Inserem-se nos ossos e noutros tecidos conjuntivos pelos tendões
Um tendão muito largo chama-se de aponevrose
A origem, designado de cabeça, é normalmente a extremidade do músculo ligado ao
mais fixo dos dois ossos e a inserção terminal é a extremidade do músculo inserida no
osso que sofre mais sofrimento. E a maior porção do músculo, entre a origem e a
inserção, é o corpo ou ventre.
Alguns músculos têm várias inserções de origem e uma única de inserção terminal diz-se
que têm múltiplas cabeças.
O músculo que provoca a acção quando se contrai designa-se de agonista
Os músculos que trabalham em oposição a outros músculos designam-se de antagonistas
O músculo que desempenha uma acção conjunta para executar um movimento designase de sinergistas. Em que neste grupo existe um que desempenha um papel principal
designa-se este de músculo principal.
Outros são chamados de fixadores porque podem estabilizar uma ou mais articulações
cruzadas pelo principal.
Formas dos Músculos
Podem agrupar-se em quatro tipos: peniforme, paralelo, convergente e circular
O peniforme tem os feixes dispostos como barbas de uma pena ao longo do
tendão comum: dependendo da quantidade de lados que os feixes de dispõem
podemos dizer que são: unipeniforme, bipeniforme ou multipeniforme.
Os Paralelos dispõem-se paralelamente ao maior eixo do músculo – encurtam-se
mais, mas contraem-se com menos força
Os convergentes a base é mais larga dos que a inserção distal, dando ao musculo
uma forma triangular. Contraem-se com mais força.
Circulares têm feixes dispostos em círculo em torno de uma abertura e actuam
como esfíncter, encerrando essa abertura.
Movimentos efectuados pelos Músculos
Alavancas de classe I: o fulcro localiza-se entre a força e a resistência que se lhe opõe
(exemplo o baloiço das crianças, ou a cabeça)
Alavanca de classe II: a resistência localiza-se entre a força e o fulcro (exemplo um
carrinho de mão ou o pé)
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Anatomofisiologia I
Alavanca de classe III: a potência localiza-se entre o fulcro e a resistência (exemplo uma
pessoa a levantar uma pá ou um braço a levantar um peso (é a classe mais comum do
corpo humano))
Músculos dos Membros Superiores
Movimentos da Cintura Escapular
Músculos que fixam a omoplata ao tórax:
Trapézio (posterior)
Angular da omoplata (lateral)
Rombóides Grande e Rombóides Pequeno (posterior)
Grande dentado (anterior)
Pequeno Peitoral (anterior)
Estes músculos movem a omoplata permitindo um vasto leque de movimentos dos
membros superiores ou actuam como fixadores que mantêm a omoplata firmemente em
posição quando se contrai os músculos do braço.
Movimentos do Braço
Músculos que fixam o braço ao tórax:
Grande Peitoral (anterior)
Grande Dorsal (posterior)
Deltóide (lateral)
Grande redondo (posterior)
Músculos da manga ou coifa dos rotadores são os músculos que sustentam a
cabeça úmero na fossa glenoideia.
Infra-espinhoso
Infra-escapular
Supra-espinhoso
Pequeno redondo
Resumo das Acções dos Músculos no Ombro e no Braço
Flexão
Extensão
Abdução
Adução
Rotação Interna
Rotação Externa
Deltóide
Deltóide
Deltóide
Grande Peitoral
Grande Peitoral
Deltóide
Grande Peitoral
Grande
Supra-
Grande Dorsal
Grande Redondo
Infra-espinhoso
Redondo
espinhoso
Pequeno
Grande
Grande Dorsal
Pequeno Redondo
Redondo
Redondo
Bicípite
Grande
Pequeno
Braquial
Peitoral
Redondo
Coracobranquial
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Deltóide
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Tricípete
Tricípete
Braquial
Braquial
Infra-escapular
Coracobranquial
Movimento do Antebraço
Músculos que actuam sobre o Antebraço
Extensão
Flexão
Supinação
Braquial
Curto
(braço)
Anterior (braço)
(antebraço)
Ancónio (Antebraço)
Bicípite Braquial
Bicípite
(braço)
(braço)
Tricípete
Braquial
Pronação
Supinador
Quadrado
Pronador
(antebraço)
Braquial
Redondo
Pronador
(antebraço)
Longo Supinador
(antebraço)
Movimentos do punho, mão e dedos da mão
A maior parte dos músculos posteriores do antebraço faz a extensão do punho e dedos
A maior parte dos músculos anteriores do antebraço faz a flexão do punho e dedos
Músculos Extrínsecos da Mão
Têm origem no antebraço, mas têm tendões que se inserem na mão
Músculos do Antebraço Anterior
Músculos do Antebraço Posterior
Grande Palmar
Longo Abdutor do Polegar
Cubital Anterior
Curto Radial (2º Radial ext)
Flexor Comum Profundo dos Dedos
Longo Radial (1º Radial int)
Flexor Comum Superficial dos Dedos
Cubital Posterior
Pequeno Palmar
Extensor Próprio do Dedo Mínimo
Longo Flexor do Polegar
Extensor Comum dos Dedos
Extensor Próprio do Indicador
Curto Extensor do Polegar
Longo Extensor do Polegar
Músculos Intrínseco da Mão
Estão inteiramente na mão
Divide-se em três grupos:
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Anatomofisiologia I
Músculos Palmares Médios
Músculos Thenares
Músculos Hipothenares
Interósseos Dorsais
Curto Abdutor do Polegar
Abdutor do Dedo Mínimo
Interósseos Palmares
Adutor do Polegar
Curto Flexor do Dedo Mínimo
Interósseos Lombricóides
Curto Flexor do Polegar
Oponente do Dedo Mínimo
Oponente do Polegar
Músculos do Membro Inferior
Movimento da Coxa
Anteriores
Posteriores e Laterais
Rotadores Profundos da Coxa
Ilíaco
Grande Glúteo
Gémeos Pélvicos Inf e Sup
Psoas Ilíaco
Médio Glúteo
Obturadores Ext e Int
Grande Psoas
Pequeno Glúteo
Piriforme
Pequeno Psoas
Tensor da Fascia Lata
Quadrado Crural
Flexão
Extensão
Abdução
Psoas Ilíaco
Grande Glúteo
Grande Glúteo
Tensor da
Semitendinoso
Médio Glúteo
Fascia Lata
Recto
Semimembranoso
Pequeno Glúteo
Anterior
Costureiro
Bicípete Crural
Tensor da
Adução
Grande
Rotação
Rotação
Externa
Interna
Grande
Tensor da
Adutor
Glúteo
Fascia Lata
Longo
Obturador
Médio Glúteo
Adutor
Interno
Curto
Obturador
Pequeno
Adutor
Externo
Glúteo
Pectíneo
Gémeo
Fascia Lata
Pélvico Sup
e Inf
Longo Adutor
Grande Adutor
Curto Adutor
Obturador
Recto
Quadrado
Interno
Interno
Crural
Gémeos Pélvicos
Piriforme
Sup e Inf
Pectíneo
Piriforme
Grande,
Longo e
Curto
Adutor
Músculos da Coxa
Compartimento Anterior
Compartimento Interno
Compartimento Posterior
Quadricipete Crural
Curto Adutor
Bicípete Crural
Costureiro
Longo Adutor
Semimembranoso
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Anatomofisiologia I
Grande Adutor
Semitendinoso
Recto Interno
Pectíneo
Movimento da Perna
Os músculos anteriores da coxa são o quadricípete crural e o costureiro
O quadricípete crural (femoral), consiste de facto em quatro músculos: recto
anterior, vasto externo, vasto interno e o crural
O ligamento rotuliano é o ponto em que se bate com um martelo de borracha
para testar o reflexo chamado precisamente rotuliano durante o exame objectivo
O costureiro é o músculo mais comprido do corpo humano, cruzando do lado
externo da anca para o interno do joelho.
Quando se contrai faz a flexão da coxa e da perna e a rotação externa da coxa.
Os músculos posteriores da coxa designam-se colectivamente por isquitibiais e são o
bicípete crural, o semimembranoso e o semitendinoso.
Os tendões podem facilmente ser observado e palpados nas porções internas e
externa da face posterior de um joelho ligeiramente flectido.
Organização Funcional do Tecido Nervoso
Funções do Sistema Nervoso
Informação Sensorial
Monitorizam numerosos estímulos externos e internos
Integração
Encéfalo e medula espinhal são os principais órgãos processadores da informação
sensorial e iniciam a resposta. A informação pode ser processada, armazenada
ou ignorada
Homeostase
As actividades reguladoras e coordenadoras do sistema nervoso são necessárias
para manter a homeostase
Actividade Mental
É o centro da consciência, pensamento, memória e emoções
Controlo de Músculos e Glândulas
Os músculos só se contraem quando estimulados pelo sistema nervoso
Mesmo os músculos que não necessitam de estimulação externa, como o músculo
liso ou cardíaco porque têm autorrítmia, o sistema nervoso pode aumentar ou
diminuir o seu ritmo quando for necessário.
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Anatomofisiologia I
Controla as secreções das glândulas.
Divisão do Sistema Nervoso
Sistema Nervoso Central (SNC): que é constituído por encéfalo e medula espinhal.
O encéfalo localiza-se na caixa craniana
A medula espinhal aloja-se no interior do canal raquidiano, formado pelas
vértebras
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
É exterior ao Sistema Nervoso Central (SNC)
É composto por receptores sensoriais, nervos, plexos e gânglios
Receptores sensoriais são terminações de células nervosas, ou células
isoladas, especializadas na detecção de estímulos (temperatura, dor,
tacto, pressão, etc.)
Localizam-se na pele, músculos, articulações, órgãos internos e
órgãos sensoriais especializados como os olhos ou ouvidos.
Nervos são feixes de axónios, que ligam o SNC aos receptores
sensoriais, músculos e glândulas.
12 pares de nervos cranianos têm origem no encéfalo
31 pares de nervos raquidianos têm origem na medula espinhal.
Gânglios são aglomerações de corpos celulares localizadas no
exterior do SNC
Plexos são extensas redes de axónios e, em alguns casos, também
de corpos celulares neuronais, localizadas no exterior do SNC.
Compreende duas subdivisões: divisão aferente ou sensorial e divisão
eferente ou motora.
Divisão
sensorial
transmite
sinais
eléctricos,
chamados
de
potenciais de acção ao SNC
Divisão motora transmite potenciais de acção do SNC aos órgãos
eferentes, como músculos ou glândulas.

Esta divide-se em sistema nervoso somático e sistema
nervoso autónomo (SNA)

O sistema nervoso somático motor transmite
potenciais
de
acção
do
SNC
aos
músculos
esqueléticos

Os
corpos
celulares
dos
neurónios
somáticos
motores localizam-se dentro do SNC e os axónios
estendem-se através dos nervos até formarem
sinapses com as células musculares esqueléticas.
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Apontamentos
Anatomofisiologia I

O
sistema
nervoso
autónomo
transmite
potenciais de acção do SNC ao músculo liso,
músculo cardíaco e a certas glândulas.

O movimento involuntário destes músculos e
glândulas dependem deste sistema

Este divide-se em simpático e parassimpático e
em sistema nervoso entérico

O simpático quando activado prepara o
corpo para acção

O
parassimpático
quando
activado
prepara o corpo para o repouso ou as
funções vegetativas

O sistema nervoso entérico consiste em
plexos localizados na espessura da parede
do tubo digestivo

O sistema simpático e parassimpático
contribuem para a constituição destes
plexos
Células do Sistema Nervoso
Neurónio
Recebem estímulos e transmitem potenciais de acção para outros neurónios ou
para os órgãos efetores
Formam redes complexas
Cada neurónio é composto por corpo celular e dois tipos de prolongamentos: as
dendrites, tem uma disposição ramificada e são mais pequenas e o axónio
também designados de fibras nervosas são mais compridos.
Corpo Celular
Tem um núcleo único
Dendrites
São extensões citoplasmáticas, geralmente curtas
As pontas das dendrites apresentam muitas vezes pequenas
extensões,
chamadas
de espinhas
dendríticas. Que formam
sinapses com o axónio de outros neurónios
São o local de entrada de informação (input)
Axónios
A maioria dos neurónios tem um único axónio
Emerge de uma área no corpo celular designada de cone de
implantação, o começo do axónio chama-se de segmento inicial e
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
terminam
através
de
ramificações
curtas,
uma
unidade,
chamadas
de
terminais pré-sinápticos.
Pode
manter-se
como
única
ou
ramificar
formando neurónios colaterais.
Liberta neurotransmissores

Que são substâncias químicas libertadas do terminal présináptico, atravessam a sinapse para estimular ou inibir a
célula pós-sináptica.
Citoplasma do axónio designa-se de axoplasma e a membrana
celular de axolema.
Tipos de Neurónios
Neurónios aferentes ou sensoriais conduzem os potenciais de acção para o SNC
Neurónios eferentes ou motores conduzem os potenciais de acção do SNC para os
órgãos eferentes, músculos e glândulas
Neurónios de associação ou interneuronais conduzem os potenciais de acção de
um neurónio para outro, dentro do SNC
Pela classificação estrutural (dependendo do número de prolongamentos que saem do
corpo celular)
Neurónios multipolares têm numerosas dendrites e um único axónio (maioria no
SNC e neurónios motores)
Neurónios bipolares têm apenas dois prolongamentos, um axónio e uma
dendrite. A dendrite especializa-se em receber os estímulos e o axónio envia esse
potencial de acção para o SNC (localizados em alguns órgãos sensoriais)
Neurónios unipolares ou pseudounipolares têm um prolongamento, este divide-se
em dois ramos, um axonal, em que um dirige-se ao SNC e outro para a
periferia.
Nevróglia do Sistema Nervoso Central
É o conjunto mais importante de células de suporte do SNC:
Têm como função:
Participar na formação da barreira hemato-encefálica;
Fagocitar substâncias estranhas;
Produzir líquido cefalorraquidiano
Formar bainhas de mielina em torno dos axónios
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Anatomofisiologia I
Astrócitos
São células glias que devem a sua forma de estrela aos prolongamentos celulares que
se estendem para fora do seu corpo.
Cobrem a superfície dos vasos sanguíneos, neurónios e a piamáter.
Têm um citoesqueleto de microfilamentos muito desenvolvido, que os capacita de
formar uma estrutura de suporte aos vasos sanguíneos e neurónios.
Tem um papel na regulação da composição do liquido extracelular do encéfalo,
produzem ligações entre as células, designadas de tight juction que formam a
barreira hemato-encefálica, que determina quais as substâncias que podem passar
do sangue para o tecido nervoso do encéfalo e da medula espinhal. Ainda ajudam a
regular a composição do líquido intersticial, pois regulam a concentração de iões e
gases e absorvem e reciclam neurotransmissores.
Células Ependimárias
Pavimentam os ventrículos do encéfalo e o canal central da medula espinhal
Quando associadas a vasos sanguíneos formam o plexo coroideus, que segregam o
LCR
Tem muitas vezes zonas providas de cílios, que auxiliam o movimento do LCR
através das cavidades ventriculares.
Micróglia
É um conjunto de pequenas células, macrófagos especializados do SNC
Podem tornar-se móveis e fagocitárias em resposta a infecções
Oligodendrócitos
Têm prolongamentos do citoplasma que podem envolver os axónios
Se enrolarem muitas vezes em torno dos axónios, formam as bainhas de mielina,
em que um único oligodendrócito pode formar bainha de mielina em torno de
vários axónios.
Nevróglia do Sistema Nervoso Periférico
Temos as células de Schwann e as células satélites
As Células de Schwann são células glias do SNP que se enrolam em torno do
axónios (semelhante aos oligodendrócito), quando se enrolam muitas vezes
formam as bainhas de mielina. Mas diferem dos oligodendrócito, porque
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
cada célula de Schwann forma bainha de mielina em torno de uma porção
de um único axónio.
As células satélite, são neurilemócitos especializados, rodeiam os corpos
celulares
neuronais
nos
gânglios,
proporcionam
suporte
e
podem
proporcionar nutrientes aos corpos celulares neuronais.
Axónios Mielinizados e Não Mielinizados
Os prolongamentos citoplasmáticos dos oligodendrócito (SNC) e das células de
Schwann (SNP) rodeiam os axónios formando axónios mielinizados ou axónios não
mielinizados.
Mielina protege e isola electricamente os axónios uns dos outros
Os axónios mielinizados os potenciais de acção propagam-se com mais rapidez do
que ao longo dos axónios não mielinizados.
Axónios Mielinizados
Os prolongamentos de oligodendrócito ou células de Schwann enrolam-se várias
vezes em torno de um segmento de axónio.
Formam um conjunto de membranas dispostas em camadas muito apertadas, ricas
em fosfolipidos, com pequenas quantidades de citoplasma intercaladas entre as
camadas de membrana.
As interrupções na bainha de mielina chama-se nódulos de Ranvier e as áreas de
mielina entre os nódulos designam-se de internódulos.
Axónios Não Mielinizados
Apoiam-se em invaginações dos oligodendrócito ou das células de Schwann
A membrana celular envolve cada axónio, mas não se enrola várias vezes em torno
deste.
Organização do Tecido Nervoso
Substância branca composta por feixes de axónios paralelos e as suas bainhas mielina que
são esbranquiçadas.
Substância Cinzenta composta por um conjunto de corpos celulares neuronais e axónios
não mielinizados e apresentam uma cor mais acinzentada.
A substância cinzenta do SNC desempenha funções de integração ou actua como
área de retransmissão, onde os axónios formam sinapses com os corpos celulares
neuronais
A área central da medula espinhal é composta por substância cinzenta
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
A superfície exterior do encéfalo consiste em substância cinzenta designada de
córtex
A maioria dos nervos são constituídos por neurónios mielinizados, mas alguns são
compostos por neurónios não mielinizados
Sinais Eléctricos
Sinais eléctricos produzidos pelas células designam-se de potenciais de acção
A capacidade de ter percepção do meio que nos rodeia, de desempenhar actividades
mentais complexas e de agir, depende dos potenciais de acção.
O conhecimento básico das propriedades eléctricas das células é necessário á
compreensão das funções normais do organismo e de muitas patologias.
Estas propriedades resultam das diferentes concentrações iónicas através da
membrana celular e das características de permeabilidade da membrana celular
As diferenças das concentrações iónicas intracelulares e extracelulares resultam
principalmente:
Bomba de Sódio e Potássio
Características de permeabilidade da membrana celular
Sinapses
Podem ser eléctricas ou químicas
Sinapses eléctricas são junções comunicantes que permitem a o fluxo de uma
corrente local entre células adjacentes.
Encontram-se sinapses eléctricas no músculo cardíaco e em muitos
músculos lisos
Sinapses químicas são o terminal pré-sináptico, sinapse e terminal pós-sináptico.
Em que há passagem de neurotransmissores.
Neurotransmissores
Nas sinapses químicas, os potenciais de acção no terminal pré-sinaptico provocam a
libertação de neurotransmissores, a partir do seu terminal.
Os principais organitos citoplasmáticos nos terminais pré-sinápticos são as mitocôndrias
e
numerosas
vesículas
sinápticas
providas
de
uma
membrana,
que
contam
neurotransmissores (por exemplo, a aceticolina)
Como resposta a um potencial de acção, há uma abertura dos canais dos iões cálcio, em
que estes de difundem no terminal pré-sináptico, desencadeando a fusão das vesículas
sinápticas com a membrana pré-sináptica e a libertação do seu neurotransmissores, por
exocitose, para o interior da fenda sináptica.
18
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Remoção dos Neurotransmissores
Os neurotransmissores têm efeitos a curto prazo nas membranas pós-sinápticas,
porque são rapidamente destruídos ou removidos da fenda sináptica (por exemplo, a
aceticolina é decomposta por uma enzima chamada de acetilcolinesterase, em que a
colina é de seguida transportada de volta para o terminal pré-sináptico para voltar
a sintetizar acetilcolina)
Moléculas Receptoras nas Sinapses
As moléculas receptoras nas sinapses constituem receptores ligados á membrana,
activados por ligando com locais receptores de elevado grau de especificidade.
Nenhuma célula tem todos os receptores possíveis.
Para alguns neurotransmissores existe mais de um tipo de moléculas receptoras
Embora a concentração de receptores de neurotransmissores seja maior nas
membranas pós-sinápticas, alguns deles existem também na membrana présináptica. Quando se ligam á membrana pré-sináptica isso provoca uma diminuição
da libertação de mais vesículas sinápticas.
Neurotransmissores e Neuromoduladores
Alguns
neurónios
são
capazes
de
segregar
mais
do
que
um
tipo
de
neurotransmissores
Os neuromoduladores são substâncias libertadas pelos neurónios que podem, a nível
pré-sináptico ou a nível pós-sináptico, influenciar a probabilidade de um potencial
de acção no terminal pré-sináptico resultar na produção de um potencial de acção
na célula pós-sináptica.
Potenciais Pós-Sinápticos Excitatórios e Inibitórios
Quando se dá uma despolarização, a resposta é estimulatória e a despolarização local
é um potencial excitatório pós-sináptico (PEPS).
Os
neurónios
que
libertam
substâncias
causadoras
de
PEPS
são
neurónios
excitatórios.
Quando se dá uma hiperpolarização da membrana pós-sináptica a resposta é
inibitória e a hiperpolarização local é um potencial inibitório pós-sináptico (PIPS)
Os neurónios que libertam substâncias causadoras de PIPS são neurónios inibitórios.
19
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Pode existir uma inibição ou uma facilitação pré-sináptica, ou seja, na inibição présináptica
existe uma diminuição dos neurotransmissores libertados
(dor),
na
facilitação pré-sináptica existe um aumento dos neurotransmissores libertados
Quando há mais do que um neurónio ligado a mais do que um neurónio podemos
falar de somação espacial e somação temporal:
Os potenciais locais combinam-se num processo chamado somação no cone
de implantação do neurónio pós-sináptico, que é a localização normal de
geração de potenciais de acção na maioria dos neurónios.
Somação
espacial
dá-se
quando
dois
potenciais
de
acção
chegam
simultaneamente a dois terminais pré-sináptico diferente que fazem sinapse
com o mesmo neurónio pós-sináptico.
Somação temporal verifica-se quando dois ou mais potenciais de acção
chegam em sucessão muito próxima a um único terminal pré-sináptico.
Vias e Circuitos Neuronais
O axónio de um neurónio pode ramificar-se, formando sinapses com muitos outros
neurónios e centenas ou mesmo milhares de axónios podem fazer sinapses com o
corpo celular e dendritos de um único neurónio. Pode reconhecer-se três tipos de
padrões básicos:
Vias divergentes, muitos neurónios convergem e fazem sinapses com um
número mais pequeno de neurónios
Vias convergentes, um número mais pequeno de neurónios pré-sinápticos faz
sinapse com um maior número de neurónios pós-sináptico, para permitir
que a informação transmitida numa única via neuronal possa divergir em
duas ou mais vias
Circuitos oscilatórios apresentam os neurónios dispostos de uma maneira
circular, possibilitando a entrada dos potenciais de acção no circuito de
modo a permitir a um neurónio mais adiantado no circuito produzir um
potencial de acção mais do que uma vez. O seu efeito consiste em prolongar
a resposta a um estímulo. (por exemplo, a respiração pode ser controlada
por dois circuitos oscilatórios, um para a expiração e outro para a
inspiração)
Uma
vez
estimulado
um
circuito
oscilantes,
ele
continua
em
descargas até que as sinapses envolvidas entrem em fadiga ou até
serem inibidas.
20
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Medula Espinhal e Nervos Raquidianos
Na sua estrutura geral, estende-se do buraco occipital até ao nível da segunda
vértebra lombar
Compõem-se de segmento de cervical, torácico, lombar e sagrado, designados de
acordo com a área da coluna vertebral pela qual os seus nervos saem.
31 pares de nervos raquidianos originam-se na medula espinhal e saem para fora
desta pelos buracos de conjugação das vértebras
Há uma diminuição do diâmetro ao longo da medula espinhal, havendo dois
alargamentos, que corresponde aos locais em que saem os nervos que servem os
membros
Dilatação Cervical que corresponde ao local em que saem os nervos que
servem os membros superiores
Dilatação Lombar que é o sitio em que saem os nervos que servem os
membros inferiores
Logo abaixo da dilatação lombar a medula afunila formando o cone medular, em que
a ponta vai até á segunda vértebra lombar
Um filamento de tecido conjuntivo, designado de filamento terminal, estende-se
inferiormente desde o ápex do cone medular até ao cóccix, onde a medula espinhal é
fixada.
O cone medular e os numerosos nervos que se estendem abaixo dele assemelham-se
a uma cauda de cavalo, designada de cauda equina
Meninges da Medula Espinal
As meninges são três camadas de tecido conjuntivo que envolve e protege o encéfalo
e a medula espinhal
Duramáter é a camada mais superficial e mais espessa. Está na continuidade
do epinervo do nervo raquidiano e está separada do periósteo do canal
vertebral pelo espaço epidural
Aracnóideia muito fina e delgada (assemelha-se com uma teia de aranha), o
espaço que separa esta camada da duramáter designa-se de espaço subdural
que contem uma pequena quantidade de líquido seroso
Piamáter liga-se muito estreitamente ao encéfalo e medula espinhal, entre
esta e a camada anterior existe o espaço subaracnóideu que contem fios
emaranhados como teias de aranha, vasos sanguíneos e LCR
21
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Secção Transversal da Medula Espinhal
Uma secção transversal revela que esta é constituida por uma porção cinzenta e por
uma porção branca
A substância branca consiste em axónios mielinizados, formando feixes
nervosos.
Está organizada em cordões: cordão anterior, cordão lateral e cordão
posterior
Subdivide-se em feixes nervosos ou vias
A substância cinzenta consiste em corpos celulares neuronais, dendrites e
axónios
Está organizado em cornos: corno posterior, corno anterior e corno
lateral
Está associado ao sistema nervoso autónomo
É dividida parcialmente em duas metades pelos sulcos: sulco mediano
anterior e sulco mediano posterior
As duas metades estão ligadas pelas comissuras cinzentas e comissuras
brancas
O canal central está no centro da comissura cinzenta
Os nervos raquidianos provêm de numerosos radicelos ao longo das superfícies
posterior e anterior da medula espinhal.
Cerca de 6 a 8 destes radicelos combinam-se para formar raiz anterior e
outros 6 a 8 formam a raiz posterior
Juntam-se logo ao lado da medula espinhal e formam os nervos raquidianos.
Cada raiz posterior tem um gânglio que se designa de raiz de gânglio da raiz
posterior, gânglio raquidiano ou gânglio espinhal.
Organização dos Neurónios na Medula Espinhal e nos Nervos Raquidianos
A raiz posterior contém neurónios sensoriais
A raiz anterior contém neurónios motores e os nervos raquidianos têm axónios
sensoriais e axónios motores
Reflexos
O arco reflexo é a unidade funcional básica do sistema nervoso e a sua porção mais
pequena e mais simples capaz de produzir uma resposta.
22
Apontamentos
Anatomofisiologia I
A resposta produzida pelo arco reflexo chama-se de reflexo e é uma resposta
automática a um estímulo, que ocorre sem pensamento consciente.
Os reflexos são, em geral, homeostáticos
Os reflexos variam na sua complexidade:
Reflexo de Extensão
O músculo contrai em resposta a uma força de estiramento que lhe é
aplicada, faz uma resistência á extensão do músculo.
Reflexo dos Órgãos Tendinosos de Golgi
Evita a produção de excessiva tensão no tendão de um músculo em
contracção.
Os órgãos tendinosos de golgi são terminações nervosas encapsuladas
que têm nas extremidades numerosos ramos terminais com pequenas
dilatações que se associam a feixes de fibras de colagénio dos tendões
e localizam-se perto da junção músculo-tendinosa
Reflexo de Retirada
Consiste em afastar um membro ou outra parte do corpo de um
estímulo doloroso
Aqui também se insere: Inervação Recíproca e Reflexo Extensor
Contralateral
Vias Espinhais
Os reflexos não operam de forma isolada, há a existência de vias divergentes e vias
convergentes.
Ramos divergente dos neurónios sensoriais ou de associação de um arco
reflexo enviam potenciais de acção ao longo das vias nervosas ascendentes
para o encéfalo, que será esta via que irá causar uma sensação de dor.
Estrutura dos Nervos Periféricos
Os nervos periféricos consistem em feixes de axónios, células de Schwann e tecidos
conjuntivos. Envolvidos por uma delicada camada de tecido conjuntivo, o endonervo.
Grupos de axónios são rodeados por uma camada mais consistente de tecido
conjuntivo, o perinervo, que forma os fascículos nervosos ou feixes nervosos. Uma
terceira camada de tecido conjuntivo denso, o epinervo que reveste exteriormente
para formar o nervo.
Nervos Raquidianos
Todos os 31 pares de nervos raquidianos, excepto o primeiro par e os sagrados,
saem da coluna vertebral através dos buracos de conjugação.
23
Apontamentos
Anatomofisiologia I
O primeiro par de nervos raquidianos sai entre a caixa craniana e a primeira
vértebra cervical
Os nervos do sacro saem deste osso único através dos buracos sagrados
8 Pares de nervos raquidianos saem da coluna vertebral na zona cervical
12 Pares de nervos raquidianos saem da coluna vertebral na zona torácica
5 Pares de nervos raquidianos saem da coluna vertebral na zona lombar
5 Pares de nervos raquidianos saem da coluna vertebral na zona sagrada
Um par de nervos raquidianos sai da coluna vertebral na zona cóccigea
Cada um dos nervos raquidianos é designado por uma letra e um número
(que corresponde á zona em que saem)
Cada um dos nervos raquidianos á excepção do C1, tem uma distribuição
sensitiva cutânea especifica, que descreve um mapa dos dermátomos para a
distribuição sensitiva cutânea dos nervos raquidianos
Um dermátomo é a área de pele com inervação sensitiva por um par
de nervos raquidianos.
Cada nervo raquidiano tem um ramo posterior e anterior
Existem ramos adicionais designados de ramos comunicantes, que saem das regiões
medulares torácica e lombar superior e que transportam axónios ligados ao sistema
nervoso simpático.
Ramos posteriores inervam a maior parte dos músculos profundos dorsais do
tronco que são responsáveis pelo movimento da coluna vertebral e transmite
a sensibilidade do tecido conjuntivo e pele perto da linha média do dorso.
Ramos anteriores distribuem-se de duas maneiras:
Na
região
torácica,
os
ramos
anteriores
formam
os
nervos
intercostais, que inervam as costelas e os músculos intercostais e a
pele que recobre o tórax.
Os restantes nervos raquidianos formam cinco plexos.
Plexos
Os ramos anteriores de diferentes nervos raquidianos, designam-se de raízes do
plexo, juntam-se uns com os outros para formar um plexo.
Plexo Cervical
É
um
plexo
relativamente
pequeno
com
origem
nos
nervos
raquidianos C1 e C4
Inerva a pele do pescoço e da porção posterior da cabeça
Um dos ramos mais importantes designa-se de nervo frénico, que
tem origem nos nervos raquidianos C3 a C5. Os nervos frénicos
descem ao longo de cada lado do pescoço e entram no tórax,
24
Apontamentos
Anatomofisiologia I
continuam a descer ao longo de cada lado do mediastino até
alcançar o diafragma.
Plexo Braquial
Tem origem nos nervos raquidianos de C5 a T1
Os cinco nervos que emergem do plexo braquial para o membro
superior são:
Nervo Circunflexo, inerva parte do ombro
Nervo Radial, inerva as regiões posteriores de todo o membro
superior
Nervo Músculo-Cutâneo, inerva a parte anterior do braço
Nervo Cubital, inerva a parte anterior do antebraço e da
mão
Nervo Mediano, inerva a parte anterior do antebraço e da
mão
O plexo braquial ainda origina outros nervos que inervam o ombro e
os músculos peitorais
Plexo Lombar e Sagrado
O plexo lombar tem origem nos ramos anteriores dos nervos
raquidianos L1 a L4 e o plexo sagrado tem origem de L4 a S4
Os dois plexos são muitas vezes considerados como um só, designado
de plexo lombar-sagrado
Dois importantes nervos emergem do plexo lombar e entram nos
membros inferiores
Nervo Obturador, inerva a porção mediana da coxa
Nervo Crural, inerva a porção anterior da coxa
Do plexo sagrado emergem dois grossos troncos que irão dar origem
ao nervo grande ciático:
Ramo Ciático Popliteu Interno, inerva a face postero-interna
da coxa, a perna e o pé.
Ramo Ciático Popliteu Externo, inerva a face posteroexterna da coxa, anterior e externa da perna e o pé.
Outros nervos lombares e sagrados inervam a parte inferior do
dorso, a anca e o abdómen inferior.
Plexo Coccígeo
É um plexo muito pequeno formado por ramos anteriores dos nervos
raquidianos S4, S5 e nervo coccígeo.
Faz a inervação motora dos músculos do pavimento pélvico
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
Inervação sensitiva cutânea da pele que recobre o cóccix
Os ramos posteriores dos nervos coccígeos inervam a pele que recobre
o cóccix.
Encéfalo e Nervos Cranianos
Tronco Cerebral
Faz conexão com a medula espinhal com o resto do encéfalo
Responsável por muitas funções essenciais, já que os reflexos essenciais á sobrevivência
são integrados no tronco cerebral
É constituído por: Bulbo Raquidiano, Ponte ou Protuberância e o Mesencéfalo.
Bulbo Raquidiano
É a parte mais inferior do tronco cerebral e continua inferiormente com a medula
espinhal
Contem os núcleos dos nervos cranianos
Encontra-se
aglomerações
no
de
bulbo,
que
substâncias
não
se
encontra
cinzentas
na
compostas
medula,
núcleos
principalmente
dispersos,
por
corpos
celulares, com funções específicas, enquanto na medula a substância cinzenta
estende-se como uma massa contínua e central.
Regula o ritmo cardíaco, diâmetro dos vasos sanguíneos, respiração, deglutição,
vómito, tosse e espirro.
Estrutura:
Na superfície anterior, há duas proeminências alargadas designadas de
pirâmides, que são feixes nervosos descendentes, envolvidos no controlo
consciente dos músculos esquelético. Perto das suas extremidades inferiores, a
maior parte dos axónios destes feixes nervosos descendentes cruza para o
lado oposto, ou seja, decussa.
Duas estruturas ovais designadas de olivas, fazem protusão na face anterior
do bulbo, externamente ás margens superiores das pirâmides
Envolvidas em funções como equilíbrio, coordenação e modulação dos
impulsos associados aos estímulos sonoros provenientes do ouvido
interno
Os núcleos dos nervos cranianos IX (glossofaríngeo), X (vago), XI (espinal) e XII
(grande hipoglosso) e parte do V (trigémeo), também se localizam no bulbo
raquidiano.
26
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Ponte ou Protuberância
Localiza-se acima do bulbo raquidiano
Contem feixes nervosos ascendentes e descendentes e diversos núcleos
Os núcleos pônticos, localizados na porção anterior, retransmitem informação do
cérebro para o cerebelo.
Os núcleos dos nervos cranianos V (trigémeos), VI (oculomotor), VII (facial), VIII
(Vestíbulo-Coclear) e IX (glossofaríngeo), estão contidos na porção posterior.
Mesencéfalo
É a mais pequena região do tronco cerebral
Contem os núcleos dos nervos cranianos III (oculomotor comum), IV (patético) e V
(trigémeos)
Estrutura:
O tecto ou lâmina quadrigémea consiste em quatro núcleos, que são
colectivamente
designados
de
tubérculos
quadrigémeos.
Em
que
cada
saliência pode também se designada de colículo.
As duas saliências superiores chamam-se tubérculos quadrigémeos
superiores, que estão envolvidos nos reflexos visuais e recebem
estímulos dos olhos.
As duas saliências inferiores chamam-se tubérculos quadrigémeos
inferiores, que estão envolvidos na audição e são partes integrantes
das vias auditivas no SNC. E estimula pele e cérebro.
Tegmento que é o pé dos pedúnculos cerebral, é constituído por feixes
ascendentes, que vêm da medula espinhal para o cérebro, como as vias da
sensibilidade e profunda consciente
O tegmento contém também os núcleos rubros, que colaboram com a
regulação e coordenação inconsciente das actividades motoras
A calote dos pedúnculos cerebrais compreende a porção do mesencéfalo
antero-inferior do pé, constituem uma das principais vias motoras do SNC.
A substância nigra encontra-se entre o tegmento e os pedúnculos cerebrais,
contendo glândulas de melanina no citoplasma dos seus corpos neuronais que
lhe dão uma cor cinzenta escura ou negra. Está implicada na manutenção do
tono muscular e na coordenação dos movimentos.
Cerebelo
Significa “cérebro pequeno”
Liga-se ao tronco cerebral pela protuberância
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
Comunica com outras regiões do SNC através de três grandes feixes nervosos:
Pedúnculos cerebelosos superior que se liga ao mesencéfalo
Pedúnculo cerebelosos médios que se liga protuberância
Pedúnculo cerebelosos inferior que se liga ao bulbo raquidiano
Tem córtex cerebeloso e núcleos separados por substância branca
O córtex cerebeloso dispõe-se em pregas chamadas de folhas
A substância branca do cerebelo assemelha-se a uma árvore ramificada
chamada de arbor vitae (árvore da vida)
Os núcleos do cerebelo localizam-se na profundidade do centro inferior da
substância branca
O cerebelo é constituído por três partes:
Lobo Floculonodular, uma pequena parte anterior, que está envolvida no
equilíbrio e nos movimentos oculares
Vermis, central e estreito, em conjunto com a porção mediana dos
hemisférios laterais estão envolvidos no controlo da postura, na locomoção e
na coordenação motora fina
Dois grandes hemisférios laterais, está envolvido, com o córtex cerebral do
lobo frontal, que está envolvido com o planeamento, prática e aprendizagem
de movimentos complexos.
Diencéfalo
Está entre o tronco cerebral e o cérebro hemisférico
É constituído por: tálamo, subtalámo, hipotálamo e epitálamo
Tálamo
É a maior porção do diencéfalo
Ligado no centro pela massa intermédia, em que o espaço em torno desta
massa constitui o terceiro ventrículo
A maior parte dos estímulos sensoriais atingem o tálamo
Corpo
geniculado
interno
faz
sinapse
com
os
neurónios
que
sinapse
com
os
neurónios
que
transportam informação auditiva
Corpo
geniculado
externo
faz
transportam informação visual
Núcleos ventromedial posteriores fazem sinapse com outros neurónios
que transportam outros impulsos sensoriais
O tálamo influencia o humor e os movimentos globais do corpo associados
com emoções fortes
28
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Núcleo ventral anterior está implicado com as funções motoras
Núcleo anterior e mediano está em conexão com o sistema límbico
com o córtex pré-frontal
Núcleo dorso-externo está em conexão com outros núcleos talâmicos
e com o córtex cerebral e está implicado na regulação das emoções.
Núcleo externo posterior está envolvido na integração sensorial.
Subtálamo
É uma pequena área imediatamente inferior ao tálamo
Contém diversos feixes nervosos ascendentes e descendentes e os núcleos subtalâmicos
Uma pequena porção dos núcleos rubros e da substância nigra do mesencéfalo
estende-se para esta área.
Está envolvido no controlo das funções motoras
Epitálamo
É uma pequena área postero-superior ao tálamo
Os núcleos da habénula são estimulados pelo olfacto e envolvidos nas respostas
emocionais e viscerais aos odores
A epífise que parece desempenhar funções no controlo do aparecimento da
puberdade
Hipotálamo
É a porção mais inferior do diencéfalo
Contém diversos pequenos núcleos e feixes nervosos
Em que os núcleos mais evidentes são: corpos mamilares que estão envolvidos nos
reflexos olfactivos e nas respostas emocionais aos odores; infundíbulo, liga o
hipotálamo á hipófise posterior tem um papel importante no controlo do sistema
endócrino, porque regula a secreção hormonal da hipófise, que influencia funções tão
diversas como o metabolismo, a reprodução, as respostas aos estímulos agressivos e a
produção de urina.
É muito importante em numerosas funções relacionadas com as emoções e o humor,
a sensação de prazer sexual, sentir-se relaxado e “bem” depois após uma refeição, a
raiva e o medo estão relacionados com o funcionamento do hipotálamo.
Cérebro
É a maior parte do encéfalo
O cérebro é dividido em hemisférios dto e esq pela fenda inter-hemisférica
29
Apontamentos
Tem
na
Anatomofisiologia I
superfície
pregas
chamadas
de
circunvoluções,
que
aumentam
consideravelmente a superfície do córtex
As fendas entre circunvoluções designam-se de sulcos
Os sulcos mais profundos designam-se de regos
Também se encontra dividido em lobos:
Lobo Frontal: é importante na função motora voluntária, motivação,
agressão, sentido do olfacto e humor
Lobo Parietal é o principal centro de recepção e avaliação de informação
sensorial, excepto do olfacto, ouvido e visão.
Estes dois lobos encontram-se divididos pelo rego central ou rego de Rolando
Lobo Occipital actua na recepção e integração dos estímulos visuais e não
está claramente separado dos outros lobos
Lobo Temporal recebe
e avalia os estímulos
olfactivos e auditivos e
desempenham um papel importante na memória
O lobo temporal está separado dos restantes lobos pelo rego de Sylvius. É na
profundidade deste rego que se encontra ínsula, muitas vezes considerada como um
quinto lobo.
A substância cinzenta situa-se na superfície exterior do cérebro é o córtex e, na
profundidade do cérebro, constitui os núcleos da base. A substância branca, entre o
córtex e núcleos centrais, designa-se de centro oval.
Centro oval consiste em feixes nervosos que ligam diferentes parte do córtex cerebral
e este a outras regiões do SNC, distinguindo-se três tipos de fibras:
Fibras de associação que põe em comunicação áreas do córtex dentro do
mesmo hemisfério
Fibras Comissurais que põe em comunicação um hemisfério cerebral com o
outro
Fibras de Projecção que estão entre o cérebro e outras parte do encéfalo e
medula espinhal
Núcleos de Base
Localizados bilateralmente na porção inferior do cérebro hemisférico, diencéfalo e
mesencéfalo e estão funcionalmente relacionados
Estão envolvidos no controle das funções motoras.
Para além do núcleo subtalâmico e da substância nigra do mesencéfalo, temos o
corpo estriado, composto por núcleo lenticular, mais central e núcleo caudado que
faz lembrar uma cauda
Sistema Límbico
30
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Composto por parte do cérebro hemisférico e do diencéfalo
Associado aos instintos de sobrevivência básica, como a memória, a reprodução e a
nutrição, tal como também está envolvido nas emoções.
Meninges e Liquido Cefalorraquidiano
Meninges
São três membranas de tecido conjuntivo, que envolvem e protegem o encéfalo e a
medula espinhal
Duramáter, mais espessa e mais superficial
Três foices durais, a foice do cérebro, a tenda do cerebelo e a foice
do cerebelo, que formam septos que se estendem pelas maiores
fendas encefálicas
A foice do cérebro localiza-se entre os dois hemisférios
centrais
Tenda do cerebelo localiza-se entre cerebelo e cérebro
Foice
do
cerebelo
localiza-se
entre
os
dois
hemisférios
cerebelosos.
A duramáter envolve o encéfalo, é contínua ao periósteo da caixa
craniana.
A duramáter em conjunto com as pregas durais, mantém o encéfalo
no sítio, evitando que este se desloque muito
A duramáter, em vário locais, desdobra-se formando os seios venosos
durais, que recebem a maior parte do sangue venoso e que drena
posteriormente para as veias que saem da caixa craniana. Também
recebem o LCR.
Aracnóideia que é muito fina e delgada
O espaço entre esta camada e a camada da duramáter designa-se
de espaço subdural, que apenas contém uma pequena quantidade de
líquido seroso
Piamáter, que se liga muito estreitamente á superfície do encéfalo e medula
espinhal
Entre esta camada e a camada da aracnóideia existe um espaço
designado de espaço subaracnóideu, que contem um emaranhado
como teias de aranha e vasos sanguíneos. Está preenchido por LCR
Ventrículos
O SNC forma-se a partir de um tubo oco
31
Apontamentos
Anatomofisiologia I
O interior desse tubo é forrado por células ependimárias
Existe 4 ventrículos:
Cada hemisfério lateral contém um ventrículo, designado ventrículo lateral.
Estão separados um do outro por finos septos que se dispõem na linha média
logo abaixo do corpo caloso, quando fundidos constituem o septo pelúcido
O terceiro ventrículo é uma cavidade mediana mais pequena, localizada no
centro do diencéfalo entre os dois tálamos.
Os dois ventrículos laterais comunicam com o terceiro ventrículo por dois buracos
interventriculares
O quarto ventrículo está na parte inferior da protuberância e superior do
bulbo, na base do cerebelo.
O terceiro ventrículo comunica com o quarto ventrículo através de um estreito canal
designado de aqueduto de Silvius.
O quarto ventrículo é contínuo com o canal central da medula espinhal
(canal do epêndimo)
Líquido Cefalorraquidiano
Banha o encéfalo e a medula espinhal e constitui uma almofada protectora em torno
do SNC, a que também fornece alguns nutrientes.
80 A 90% do LCR é produzido por células ependimárias especializadas nos
ventrículos laterais, sendo o restante produzido por células semelhantes no terceiro e
quarto ventrículo
O conjunto destas células ependimárias especializadas, com o seu tecido de
suporte e vasos sanguíneos associados, designa-se por plexos coroideus.
As células endoteliais dos vasos sanguíneos nos plexos coroideus, unidas por junções
de coesão, formando uma barreira hemato-encefálica.
Trajecto do LCR
Tem origem dos plexos coroideus
Passa dos
ventrículos
laterais
para o terceiro
ventrículo pelos
buracos
interventriculares
Passa do terceiro ventrículo para o quarto ventrículo pelo aqueduto de Silvius
Só pode deixar o interior do encéfalo pela parede do quarto ventrículo.
No quarto ventrículo existe um buraco de Magendie (mediano) que se encontra
no tecto e dois buracos de Lushka (laterais), permitem que o LCR passe para o
espaço subaracnóideu.
32
Apontamentos
Existe
Anatomofisiologia I
no
tecido
aracnoideu
granulações
designadas
de
granulações
de
Pacchioni ou granulações aracnoideias, que penetram no seio longitudinal
superior, localizado no bordo superior da foice do cérebro, o que faz com o LCR
passe dessas granulações para os seios durais.
Estes seios encontram-se cheios de sangue venoso que irá drenar nas veias esse
sangue em conjunto com o LCR.
Irrigação Sanguínea do Encéfalo
Necessita de uma enorme quantidade de sangue para manter as funções normais
Recebe aproximadamente 15 a 20% do sangue bombeado pelo coração.
O sangue chega ao encéfalo pelas artérias carótidas internas que entram pelos
canais carotídeos, que ascendem á cabeça pela parte lateral anterior do pescoço, e
pelas artérias vertebrais que entram pelo buraco occipital, que chegam pela parte
posterior do pescoço, através dos buracos transversários das vértebras cervicais
Desenvolvimento do SNC
Desenvolve-se a partir de uma placa de tecido achatado, chamado de placa neural
As faces laterais da placa neural elevam-se como ondas, que se designam por pregas
neurais, sendo a crista de cada prega designada por crista neural e o centro da
placa neural torna-se a goteira neural.
As pregas neurais inclinam-se uma para a outra na linha média, e as cristas
fundem-se de modo a criar um tubo neural.
A porção encefálica torna-se do tubo neural torna-se no encéfalo e a porção caudal
dá origem á medula espinhal
Na parte anterior do tubo neural desenvolve-se uma série de bolsas.
As paredes das bolsas transformam-se nas diferentes partes do encéfalo adulto e as
cavidades vêm a ser os ventrículos.
No embrião precoce, podem ser identificadas três regiões encefálicas:
O encéfalo anterior ou prosencéfalo em que durante o desenvolvimento
divide-se no telencéfalo, que dá origem ao cérebro hemisférico e diencéfalo.
O encéfalo médio ou mesencéfalo que mantém-se como uma estrutura única.
O encéfalo posterior ou rombencéfalo que durante o desenvolvimento dividese em metencéfalo, onde têm origem a ponte e o cerebelo
E o mielencéfalo que se transforma no bulbo raquidiano
Nervos Cranianos
33
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Os 12 pares de nervos cranianos designam-se, convencionalmente, em numeração
romana (I a XII), do mais anterior para o mais posterior.
Podem ter uma ou mais de três funções
Sensoriais
ou
sensitivas:
as
funções
sensoriais
incluem
os
sentidos
especializados como a visão e as sensitivas, os mais gerais como o tacto e a
dor
Motoras: referem-se ao controlo dos músculos esqueléticos, através dos
neurónios motores
Parassimpáticas: consiste na regulação das glândulas, músculos lisos as
vísceras e músculo cardíaco. Estes consistem parte do sistema nervoso
autónomo
A propriocepção informa o encéfalo da posição das diferentes partes do corpo,
incluindo articulações e músculos. No entanto, como a propriocepção é a única
função sensitiva de diversos nervos cranianos que são predominantemente motores,
ela é habitualmente ignorada, convencionando-se designar estes nervos apenas como
nervos motores.
Nervo
Tipo
Funções
Nervo Olfactivo (I)
Sensitivo
Sentido especial do olfacto
Nervo Óptico (II)
Nervo Oculomotor ou Motor
Sentido especial da visão
Sensitivo
Ocular Comum (III)
Músculos dos olhos: Recto
superior, interno e inferior e
Obliquo inferior, pálpebras,
esfíncter da pupila e músculo
ciliar do cristalino
Nervo Patético (IV)
Motora e Parassimpática
Músculos dos olhos: Obliquo
superior
Nervo Trigémeo (V)
Ramo Olfactivo (V1)
Sensorial
Parte Superior do rosto
Ramo Maxilar (V2)
Sensitiva
Parte Central do rosto
Ramo Mandibular (V3)
Sensorial e Motora
Parte Inferior do Rosto
Oculomotor Externo (VI)
Motora
Músculo dos olhos: Recto
externo
Nervo Facial (VII)
Nervo Estato-acústico ou
Sensorial, motora e
Lingua, ouvido, expressão facial
parassimpática
glândulas do rosto
Sensorial
Sentidos especiais do ouvido e
Vestíbulo-coclear (VIII)
Nervo Glossofaríngeo (IX)
Nervo Vago (X)
equilíbrio
Sensorial, motora e
Paladar, língua, ouvido;
parassimpática
glândulas; músculo da faringe
Sensorial, motora e
Parte posterior da língua,
parassimpática
tronco, palato, laringe e
34
Apontamentos
Anatomofisiologia I
vísceras torácicas e abdominais
Nervo Espinhal (XI)
Motora
Palato mole, faringe, esternocleído-mastoideu e trapézio
Nervo Grande Hipoglosso (XII)
Motora
Lingua e garganta
Integração das Funções do Sistema Nervoso
Sentidos são os meios pelos quais o encéfalo recebe informações sobre o meio
ambiente e sobre o corpo.
Sentidos Gerais
Sentidos Especiais
Sentidos Somático
Sentidos Viscerais
Tacto
Dor
Olfacto
Pressão
Pressão
Paladar
Temperatura
Visão
Propriocepção
Audição
Dor
Equilíbrio
Sensação, ou percepção, é o conhecimento consciente dos estímulos recebidos pelos
receptores sensoriais. Estas surgem quando os potenciais de acção atingem o córtex.
Receptores Sensoriais
Os diferentes sentidos dependem dos receptores especializados
Mecanoreceptores: respondem a estímulos mecânicos
Quimioreceptores:
respondem
a
estímulos
químicos
que
se
ligam
aos
receptores na sua membrana
Termoreceptores: respondem a variações de temperatura no local em que o
receptor se encontra
Fotoreceptores:
respondem
a
estímulos
da
luz
que
atinge
as
células
receptoras
Nocireceptores ou receptores de dor: respondem a estímulos dolorosos, sejam
eles mecânicos, químicos ou térmicos.
As terminações nervosas sensoriais classificam-se, com base na sua localização, em
três grupos:
Exteroreceptores: são receptores cutâneos e encontram-se associados á pele
Visceroreceptores: são receptores que se associam às vísceras ou órgãos
internos
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
Proprioreceptores: associam-se às articulações, tendões e outros tecidos
conjuntivos
As mais simples e mais comuns são as terminações nervosas livres, que são
ramificações neuronais relativamente não especializadas semelhantes a dendritos e
que se distribuem por quase todas as partes do corpo.
As terminações nervosas livres responsáveis pela detenção de temperatura reagem a
três tipos de sensações:
Receptores do frio
Receptores do calor
Receptores da dor
Discos de Merkel ou tácteis
Consistem em ramificações axonais que terminam em expansões achatadas
Associada a uma célula epitelial especializada
Distribuem-se pelas camadas basais da epiderme logo á superfície da
membrana basal
Implicados nas sensações do tacto ligeiro e pressão superficiais
Receptores do Folículo Piloso
Respondem a inclinações muito ligeiras do pêlo e estão envolvidos no tacto
superficial
Corpúsculos de Pacini ou Lamelados
Terminações nervosas muito complexas que se assemelham a uma cebola
Um único dendrito estende-se para o centro de cada corpúsculo
Localizam-se na profundidade da derme ou da hipoderme.
São responsáveis pelas sensações de pressão e vibração cutânea profundas, ás
articulações ajudam na transmissão de informação proprioceptiva
Corpúsculos de Meissner ou tácteis
Distribuem-se pelas papilas da derme
Faz a discriminação de dois pontos
São numerosos e próximos uns dos outros na língua e nas extremidades dos
dedos, mas menos numerosos e mais esparsos em outras áreas, como o
dorso.
Órgãos Terminais de Ruffini
Localizam-se na derme, principalmente nos dedos das mãos
Respondem á pressão na pele
Fuso Musculares
Consistem em 3 a 10 fibras musculares esqueléticas especializadas e
fornecem informação acerca do comprimento do músculo
São importantes para a regulação e tónus musculares posturais
36
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Órgãos Tendinosos de Golgi
Terminações nervosas proprioceptivas associadas ás fibras de um tendão na
junção músculo-tendinosa.
Vias Nervosas Sensoriais
A medula espinhal e o tronco cerebral contêm um certo número de vias sensoriais
que transmitem potências de acção da periferia para as várias partes do encéfalo.
Os neurónios que constituem cada via estão associados a tipos específicos de
receptores sensoriais.
As vias ascendentes começam pelo sufixo espino indicando a sua origem na medula
espinhal.
As principais vias ou feixes ascendentes envolvidos na percepção consciente dos
estímulos externos são:
Sistema espino – talâmico
É
o
menos
capaz
de
localizar
a
fonte
do
estímulo
(pouco
discriminativo)
Divide-se em feixes espino – talâmicos laterais e anteriores
Feixes espino – talâmicos anteriores transportam sensações
de tacto superficial, pressão, cócegas e prurido.
Feixes espino – talâmicos laterais transportam sensações
dolorosas e temperatura
Na via que vai do receptor periférico para o córtex cerebral estão envolvidos três
neurónios em sequência:
Primeiro neurónio do espino – talâmico encontra-se no gânglio da raiz
posterior do nervo raquidiano
Transferem o estímulo sensorial da periferia para o corno posterior da
medula espinhal, onde fazem sinapse com os neurónios de associação, estes
fazem sinapse com os segundos neurónios
Os segundos neurónios cruzam para o lado oposto da medula espinhal
através da porção anterior das comissuras brancas e cinzentas e integram o
feixe espino – talâmico, através do qual sobem até ao tálamo e fazem
sinapse com copos celulares dos terceiros neurónios
Os terceiros neurónios do tálamo projectam-se para o córtex somático
sensorial.
37
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Sistema cordonal posterior / lemniscal medial
As principais vias ou feixes ascendentes envolvidos no transporte de sensações de que
tomamos conhecimento consciente são:
Feixes espino – cerebolosos
Espino – Olivares
Espino – tectais
Espino – reticulares
A sensibilidade táctil para dois pontos (discriminativo), a propriocepção, a pressão e
a vibração são transportados por este sistema
Localiza-se no cordão posterior da medula espinhal e no lemnisco medial que dá
continuidade ao cordão posterior do tronco cerebral
O transporte da informação é feito da seguinte forma:
Os primeiros neurónios do sistema cordonal posterior / lemniscal medial
localizam-se nos gânglios da raiz posterior, os axónios destes neurónios
penetram na medula espinhal, ascendem ao longo da medula, sem cruzarem
para os lados opostos e fazem sinapse com os segundos neurónios localizados
no bulbo raquidiano
O sistema cordonal posterior / lemniscal medial subdivide-se em dois
feixes separados:
Fascículo
Gracilis
provenientes
das
que
transporta
terminações
sensações
nervosas
abaixo
nervosas
do
nível
torácico médio termina ao fazer sinapse com os segundos
neurónios do núcleo gracilis e com fibras dos feixes espino –
cerebolosos posteriores
Fascículo
Cuneatus
provenientes
das
que
transporta
terminações
sensações
nervosas
acima
nervosas
do
nível
torácico médio e termina ao fazer sinapse com os segundos
neurónios do núcleo cuneatus
Ambos os núcleos localizam-se no bulbo raquidiano
Os segundos neurónios cruzam-se para os lados opostos do bulbo raquidiano
e ascendem ao lemniscal medial para se terminarem no tálamo onde se
encontram os terceiros neurónios com os quais vão fazer sinapse
Os terceiros neurónios projectam-se do tálamo para o córtex somático
sensorial.
Temos ainda:
Feixe trigémeo – talâmico: transporta o mesmo tipo de informação sensorial
que os feixes espino – talâmico e que o sistema cordonal posterior /lemniscal
38
Apontamentos
Anatomofisiologia I
medial, mas provêm da face, da cavidade nasal e da cavidade oral, incluindo
os dentes
Sistema espino – cerebolosos em que existem dois feixes espino – cerebolosos:
Feixe espino – cereboloso posterior.
Feixe espino – cereboloso anterior
Feixe espino – Olivares: contribuem para a coordenação de movimentos
associada primariamente com o equilíbrio
Feixe espino – tectais: envolvidos na rotação reflexa da cabeça e dos olhos
para um ponto de estimulação cutânea
Feixe espino – reticulares: envolvidos no despertar da consciência no sistema
de activação reticular através da estimulação cutânea.
Área Sensoriais do Córtex Cerebral
A maior parte das circunvoluções pós-central é designada por córtex somático
sensorial primário ou área sensorial geral
Na parte posterior desta área é onde se localiza:
Área sómato – sensorial associativa
Área sensorial da fala
Córtex visual primário
Área visual associativa
Área do gosto
Área auditiva associativa
Córtex auditivo primário
Áreas Motoras do Córtex Cerebral
A circunvolução pré-central é também chamada de córtex motor primário ou área
motora primária
Na parte anterior desta área é onde se localiza:
Área pré-motora
Área pré-frontal
Área motora da fala
Vias Nervosas Motoras
São vias descendentes que contêm axónios que transportam potenciais de acção
provenientes de várias regiões do encéfalo para o tronco cerebral ou para a medula
espinhal
39
Apontamentos
Anatomofisiologia I
As fibras descendentes motoras dividem-se em dois grupos: vias directas ou vias
indirectas
As vias directas também chamadas de sistema piramidal, estão implicadas
na manutenção do tónus muscular e no controlo da velocidade e precisão
dos movimentos finos, principalmente aqueles que têm a ver com a destreza.
A sua designação deve-se ao facto de os seus primeiros neurónios
motores, cujo corpo se encontra no córtex cerebral e cujos os axónios
formam estas vias, fazerem sinapse directamente com os segundo
neurónios motores do tronco cerebral ou na medula espinhal.
As suas fibras passam através das pirâmides bulbares
É composta por fibras nervosas dispostas em dois feixes: feixe córtico
– espinhal e feixe córtico-bulbar.
Os feixes córtico – espinhal são formados por axónios
provenientes dos corpos celulares dos primeiros neurónios
motores, descem pelas cápsulas internas e pelos pedúnculos
cerebrais do mesencéfalo, passando depois para a ponte e
pelas pirâmides bulbares

Daqui 75 a 85% das fibras córtico – espinhal das
fibras córtico – espinhal cruzam para os lados
opostos através da decussação das pirâmides, as
fibras
cruzadas
constituem
os
feixes
córtico
–
espinhal lateral da medula espinhal

As restantes 15 a 25% descem sem cruzar e formam
o
feixe
córtico
–
espinhal
anterior
para
posteriormente decussar perto do nível medular em
que farão sinapse com os segundos neurónios.
Os feixes córtico – bulbares são análogos aos feixes córtico –
espinhais. Têm origem no mesmo local, mas ocupam uma
posição mais lateral e inferior.

Até atingir o nível do tronco cerebral percorre o
mesmo percurso

Neste nível a maior parte dos feixes córtico bulbares termina na formação reticular do tronco
cerebral, perto dos núcleos dos nervos cranianos.

Os
neurónios
substância
de
reticular
associação
provenientes
penetram,
em
seguida,
da
nos
núcleos dos nervos cranianos, onde fazem sinapse
com os segundos neurónios motores
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
As vias indirectas também chamadas de sistema extra-piramidal, estão
envolvidas no controlo menos preciso das funções motora, especialmente as
associadas á coordenação geral do corpo e às funções cerebelosas como a
postura.
Tem origem nos primeiros neurónios motores do cérebro e do
cerebelo, cujos axónios fazem sinapse em alguns núcleos intermédios,
em vez de o fazer directamente com os segundos neurónios motores
Os feixes mais importantes são: rubro – espinhal, vestíbulo espinhal, retículo – espinhal
O feixe rubro – espinhal

Os
primeiros
neurónios
motores
iniciam-se
nos
núcleos rubros

O feixe decussa no mesencéfalo e desce depois no
cordão lateral da medula espinhal

Termina na porção lateral da substância cinzenta da
medula espinhal, juntamente com o feixe córtico –
espinhal
Feixe vestíbulo – espinhais

Têm origem no núcleo vestibular, descem pelo cordão
anterior e fazem sinapse com os segundos neurónios
motores na porção ventro – medial da substância
cinzenta da medula espinhal.
Feixe retículo – espinhal

Encontram-se
na
formação
reticular
da
protuberância e do bulbo raquidiano

Os seus axónios descem ao longo da porção anterior
do cordão lateral da medula espinhal

Fazem sinapse com os segundos neurónios motores
na porção ventro – medial da substância cinzenta da
medula espinhal
Funções do Tronco Cerebral
Recebe informação sensorial dos ramos colaterais das vias descendentes medulares e
dos axónios dos seguintes pares cranianos:
II visão
V sensibilidade táctil da face, cavidade nasal e cavidade oral
VII gosto
VIII audição e equilíbrio
41
Apontamentos
Anatomofisiologia I
IX paladar, sensibilidade táctil da faringe
X paladar, sensibilidade táctil da laringe, sensibilidade das vísceras do tórax
e abdómen
Pode desencadear o reflexo do vómito
Pode desencadear o reflexo da tosse
Muitas funções críticas como a frequência cardíaca, respiração, pressão arterial,
dilatação das pupilas, sono, deglutição e espirro.
Outras Funções do Encéfalo
O encéfalo humano é capaz de mais funções do que informação sensorial e controlo
dos músculos. É responsável também pela linguagem, as capacidades matemáticas e
artísticas, o sono, a memória, as emoções e o julgamento.
Os Sentidos Especiais
Olfacto
Resposta a odores que estimulam os receptores sensoriais localizados na região mais
superior da cavidade nasal, designados por recesso olfactivo.
O epitélio especializado nasal do recesso olfactivo chama-se de epitélio olfactivo que é
pouco especializado.
Epitélio e Bulbo Olfactivo
Existem muitos neurónios olfactivos no epitélio olfactivos
Os axónios destes neurónios bipolares projectam-se através dos pequenos buracos da
lâmina crivada para os bulbos olfactivos e as vias olfactivas projectam-se dos bulbos
para o córtex cerebral.
Os dendritos dos neurónios olfactivos estendem-se para a superfície epitelial da
cavidade nasal e as suas terminações estão transformadas em expansões bulbosas
chamadas de vesículas olfactivas. Estas vesículas têm cílios chamados pêlos olfactivos,
dispostos por uma fina camada de muco na superfície epitelial.
Vias Neuronais do Olfacto
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Apontamentos
Anatomofisiologia I
Os axónios dos neurónios olfactivos entram no bulbo olfactivo onde fazem sinapse
com as células mitrais, estas transmitem a informação olfactiva ao cérebro através
das vias auditivas e fazem sinapse com os neurónios de associação no bulbo olfactivo.
Os neurónios de associação podem modificar a informação olfactiva antes de ela
abandonar o bulbo olfactivo
O olfacto é a única grande sensação que é directamente transmitida ao córtex
cerebral, sem ir primeiro ao tálamo.
Cada via olfactiva termina numa área do encéfalo chamado de córtex olfactivo, que
se localiza junto do rego se Silvius do cérebro, esta área pode dividir-se em três
regiões:
Área olfactiva externa que está envolvida na percepção consciente do cheiro
Área olfactiva interna que esta envolvida nas reacções emocionais e viscerais
a odores e tem conexões com o sistema límbico, através do qual se liga ao
hipotálamo
Área olfactiva intermédia estendem-se ao longo das vias olfactivas, para o
bulbo fazem sinapse com neurónios de associação, sendo a informação
modulada pelo bulbo olfactivo.
Paladar
Botões gustativos são estruturas sensoriais que detectam estímulos gustativos
Estão associados a zonas especializadas na língua designadas de papilas
Há quatro tipos principais de papilas:
Papilas Caliciformes ou Papilas Circunvaladas, são as maiores mas em menor
número. 8 a 10 destas papilas localizam-se em V entre os 2/3 anteriores e
1/3 posterior da língua
Papilas Fungiforme, localizam-se irregularmente em toda a superfície
posterior da língua, surgindo como pequenas manchas vermelhas dispersas
entre as papilas filiformes.
Papilas Foliadas, distribuem-se sobre os lados da língua e contêm os mais
sensíveis dos botões gustativos
Papilas Filiformes, são as mais numerosas
Vias Neuronais para o Paladar
Os nervos VII, IX, X e corda do tímpano transportam a informação gustativa
Estes estendem-se dos botões gustativos para o núcleo do feixe solitário no bulbo
As fibras destes núcleos decussam e estendem-se até ao tálamo
43
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Do tálamo projectam-se para a área do paladar no córtex, localizada no extremo
inferior das circunvoluções pós-central.
Sistema Visual
Inclui os olhos, estruturas acessórias e nervos, feixes e vias ópticas.
Respondem á luz e iniciam sinais aferentes, que são transmitidas dos olhos para o
encéfalo pelos nervos e vias ópticas
Estruturas Acessórias
Sobrancelhas
Pálpebras
O espaço entre as pálpebras designa-se de fenda palpebral e onde as
pálpebras se juntam designa-se de cantos
O canto interno possui uma pequena elevação rosa-avermelhada chamada de
carúncula
lacrimal,
também
contém
algumas
glândulas
sebáceas
e
sudoríparas modificadas.
A
pálpebra
é
constituida
por
cinco
camadas
(da
superfície
para
a
profundidade):
Delgada camada tegumentar na superfície anterior
Uma fina camada de tecido conjuntivo de tecido conjuntivo areolar
Uma camada de músculo esquelético constituído pelo músculo do
orbicular dos olhos e pelo levantador da pálpebra superior
Uma camada em forma de crescente conjuntivo denso chamado
tarso, que ajuda a manter a forma da pálpebra
A conjuntiva palpebral que forra a superfície posterior da pálpebra, e
a conjuntiva bulbar que forra a porção anterior do globo ocular
Aparelho lacrimal
Tem uma glândula lacrimal, que produz lágrimas que a abandonam por
diversos ductos e passam sobre a superfície anterior do globo ocular.
Se houver excesso de lágrimas este é recolhido no canto interno do olho por
canais ou ductos lacrimais.
A abertura do canal lacrimal designa-se de ponto lacrimal e existe um em
cada uma das pálpebras.
44
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Cada ponto lacrimal localiza-se numa pequena protuberância chamada
papila lacrimal
Anatomia do Olho
O olho é composto por três camadas:
Camada externa ou túnica fibrosa: é composta por esclerótica que é a parte
mais externa do olho, a parte branca. Ajuda a manter a forma do olho,
protege as suas estruturas internas e ainda constitui um ponto de inserção
dos músculos que movem os olhos.
Tem na parte mais anterior a córnea que é uma estrutura não vasculada e
transparente que permite a entrada da luz nos olhos. Faz parte do sistema
de focagem dos olhos
Camada média ou túnica coroideia ou túnica músculo-vascular: onde se
encontra a maior parte dos vasos sanguíneos. A porção da túnica que se
relaciona com a esclerótica é designada de coroideia.
O corpo ou zona ciliar é contínuo da coroideia e a íris insere-se pela sua
grande circunferência, no corpo ciliar.
O corpo ciliar consiste numa coroa ciliar, mais exterior e num grupo de
processos ciliares, mais interiores que estão ligados ao cristalino pelos
ligamentos suspensores do cristalino.
Os músculos ciliares funcionam como esfíncter e a sua contracção modifica a
forma do cristalino.
A íris é a parte colorida do olho, rodeia uma abertura que se designa de
pupila. Regula a entrada de luz, controlando o tamanho da pupila. Tem dói
grupos de músculos: um grupo circular, chamado esfíncter pupilar e um
grupo radial chamado dilatador da pupila.
Camada interna ou túnica nervosa, composta pela retina. Tem uma retina
mais externa designada de retina pigmentada e a retina sensorial mais
interna.
A retina sensorial tem células fotoreceptoras chamadas de bastonetes em
grande número e cones em menos número mais ainda assim muito
abundantes.
Perto do centro da retina posterior está uma pequena mancha amarela
designada de mácula lútea. No centro da mácula lútea está uma pequena
depressão chamada de fóvea central que é o ponto em que a luz é focada, é
esta a zona com maior capacidade para imagens finas porque as células
fotoreceptoras são mais abundantes nesta zona do que noutra zona da
retina.
45
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Um pouco mais para dentro na mácula lútea tem uma mancha branca
chamada de papila óptica por onde os vasos sanguíneos passam, esta
mancha não contém células fotoreceptoras é por isso chamada de ponto cego
do olho.
Compartimentos do Olho
Há dois compartimentos principais:
Um compartimento posterior ao cristalino que está cheio de humor vítreo
Um compartimento anterior ao cristalino, este subdivide-se em duas
câmaras, que estão cheias de humor aquoso:
Uma câmara anterior que fica entre a córnea e a íris
Uma câmara posterior que fica entre a íris e o cristalino
O humor aquoso ajuda a manter a pressão intra-ocular, faz refracção da luz e
fornece nutrientes às estruturas das câmaras anteriores, como a córnea.
É produzido pelos processos ciliares, como um filtrado do sangue, e regressa á
circulação através de um anel venoso na base da córnea chamado canal de Schlemm
ou seio venoso escleral.
O humor vítreo não é produzido tão rapidamente como o humor aquoso e a sua
renovação é extremamente lenta.
Vias Neuronais da Visão
O II nervo raquidiano deixa o olho e sai da orbita pelo buraco óptico, entrando na
caixa craniana
Os nervos ópticos entram em conexão um com o outro no quiasma óptico
Os axónios das células ganglionares da porção interna da retina cruzam o quiasma
óptico e projectam-se para o lado oposto do encéfalo
Os axónios das células ganglionares da porção externa da retina atravessam os
nervos ópticos e projectam-se para o encéfalo do mesmo lado do corpo, sem cruzar.
Os axónios passado o quiasma óptico formam as fitas ópticas que terminam no
núcleo geniculado externo do tálamo.
Os que não terminam no tálamo separam-se das vias ópticas terminando do
tubérculo quadrigémio superior, que é o centro dos reflexos iniciados pelos estímulos
visuais
Os neurónios dos núcleos geniculado externos formam fibras das radiações ópticas,
que se projectam para o córtex visual no lobo occipital.
Audição e Equilíbrio
46
Apontamentos
Anatomofisiologia I
Composto por ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno:
Ouvido externo é composto por: pavilhão auricular que contribui para a
recolha do som, canal auditivo externo que está pavimentado por pêlos e
glândulas ceruminosas que produzem cerúmen, termina na membrana do
tímpano que é uma membrana semitransparente as ondas que atravessa o
canal auditivo externo ao atingir a membrana faz com que esta vibre.
Ouvido médio é uma cavidade cheia de ar, que contêm duas aberturas que
são passagem ao ar para dentro do ouvido médio, duas janelas que o
separam do ouvido interno e dos ossinhos do ouvido, martelo, bigorna e
estribo.
Duas aberturas que dão passagem ao ar para o ouvido médio são:
células mastoideias e a trompa de Eustáquio;
As duas janelas que separam o ouvido médio do ouvido interno são:
janela oval e janela redonda
Os ossinhos do ouvido martelo, bigorna e estribo passam a vibração
que vem do ouvido externo para o ouvido interno.
O cabo do martelo está ligado á superfície interior da
membrana do tímpano e a vibração do tímpano provoca
uma vibração concomitante do martelo.
A cabeça do martelo está ligada, por uma articulação
sinovial muito pequena, á bigorna.
A bigorna está ligada ao estribo por uma articulação sinovial
também muito pequena.
A base do estribo está encaixada na janela oval e é mantida
no lugar por um ligamento anular.
Ouvido interno em que os canais ósseos no interior do osso temporal
chamam-se de labirinto ósseo que é forrado por periósteo. No interior do
labirinto ósseo, encontra-se um conjunto de túneis e câmaras com a mesma
forma mas mais pequenos, conhecido por labirinto membranoso, este está
preenchido por endolinfa, enquanto o espaço entre os labirintos membranoso
e o periósteo está preenchido por perilinfa.
O labirinto ósseo pode dividir-se em três partes: cóclea, vestíbulo e
canais semicirculares. Em que estes últimos estão mas relacionados
com o equilíbrio e a cóclea com a audição.
O labirinto membranoso divide-se em três partes: rampa vestibular,
rampa timpânica e o canal coclear.
47
Apontamentos
Anatomofisiologia I
A janela oval comunica com o vestíbulo que por sua vez comunica
com uma câmara coclear, a rampa vestibular que se estende da
janela oval até ao helicotrema que fica no ápex da cóclea.
A rampa timpânica estende-se do helicotrema até á janela redonda,
paralelamente á rampa vestibular
A rampa vestibular e a rampa timpânica são os espaços preenchidos
por perilinfa entre as paredes do labirinto ósseo e membranoso
As paredes ósseas de cada uma destes canais estão cobertas por uma
camada de epitélio pavimentoso simples que se liga ao periósteo do
osso.
A parede do labirinto membranoso que se liga á rampa vestibular
chama-se de membrana vestibular
A parede do labirinto membranoso que se liga á rampa timpânica
chama-se de membrana basilar
O espaço entre a membrana vestibular e a membrana basilar situase no interior do labirinto membranoso chama-se canal coclear e
está preenchido de endolinfa.
As células no interior do canal coclear são altamente modificadas, de
modo a formar uma estrutura chamada de órgão Corti.
O órgão de Corti contém células de suporte e células sensoriais
especializadas chamadas de células pilosas, que têm projecções
especializadas os pêlos acústicos.
As células pilosas dispõem-se em quatro longas filas que se estendem,
a todo o comprimento do canal coclear.
As pontas dos pêlos estão embebidas numa estrutura gelatinosa
chamada de membrana tectoria
Existem dois pequenos músculos esqueléticos ligados aos ossinhos
auditivos que amortecem reflexamente os sons altamente altos
O músculo tensor do tímpano que está ligado ao martelo
O músculo estapédio que está ligado ao estribo
Funções Auditivas
Volume é a função da amplitude ou altura da onda medida em decibéis.
Tonalidade é a função da frequência das ondas medida em hertz
Timbre é a qualidade de ressonância ou das tonalidades superiores do som
Vias Neuronais para a Audição
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Anatomofisiologia I
Os axónios sensoriais do gânglio coclear terminam no núcleo coclear no tronco
cerebral
Os axónios dos neurónios no núcleo coclear projectam-se para o núcleo olivar
superior ou para o tubérculo quadrigémio inferior
Os axónios do tubérculo quadrigémio inferior projectam-se para o núcleo geniculado
interno do tálamo
Os neurónios talâmicos projectam-se para o córtex auditivo
Os neurónios do núcleo olivar superior enviam axónios para o tubérculo quadrigémio
inferior, de volta para o ouvido interno, ou para os núcleos motores do tronco
cerebral, que enviam fibras eferentes para os músculos do ouvido médio.
Equilíbrio
Os órgãos do equilíbrio pode dividem-se em dois labirintos: labirinto estático e
labirinto cinético:
Labirinto estático é constituído por Utrículo e pelo Sáculo do vestíbulo, está
envolvido na avaliação da posição da cabeça em relação com a gravidade
O utrículo e o sáculo contêm, cada um deles, uma mancha de
epitélio especializado chamado de mácula.
A mácula do utrículo orienta-se paralelamente á base do crânio e a
mácula do sáculo orienta-se perpendicular á base do crânio
As máculas, assemelham-se ao órgão espiral e consistem em células
cilíndricas de suporte e células pilosas.
Os
pêlos
das
células
pilosas
são
constituídos
por
inúmeras
microvilosidades chamadas de estereocílios e por um único cílio
chamado de cinocílio.
Estas microvilosidades estão implantadas numa massa gelatinosa,
com otolitos.
A massa gelatinosa move-se em resposta á gravidade o que faz com
que as microvilosidades também se movam, a avaliação é feita pelo
movimento relativo dos estereocílios com o cinocílio.
Labirinto cinético que está associado aos canais semicirculares e está
implicado na avaliação do movimento da cabeça.
É constituído pelos canais semicirculares, colocados quase em ângulos
rectos uns em relação aos outros.
Aproximando-se um do plano transversal, outro do plano frontal e
outro do plano sagital
A base de cada canal expande-se numa ampola, em que dentro de
cada ampola temos epitélio especializado formando a crista ampular.
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Anatomofisiologia I
Cada crista ampular é constituída por uma prega de epitélio com
uma massa gelatinosa por cima designada de cúpula, esta não
contem otolitos logo não responde á gravidade, mas sim pelo
movimento dos líquidos dos canais
Vias Neuronais do Equilíbrio
Os axónios sensoriais do gânglio vestibular passam através do nervo vestibular para o
núcleo vestibular, que também recebe estímulos de diversas outras fontes, como a
propriocepção dos membros inferiores.
Os neurónios vestibulares enviam projecções para o cerebelo que controla os músculos
posturais, e para os músculos motores que controlam os músculos extrínsecos do
olho.
Os neurónios vestibulares também se projectam para o núcleo ventral posterior do
tálamo.
Os neurónios talâmicos projectam-se para a área vestibular do córtex.
Sistema Nervoso Autónomo
Tem dois neurónios que se estendem entre o SNC e os órgãos inervados.
Os primeiros neurónios de cada série designam-se de neurónios préganglionares em que os seus corpos celulares localizam-se no tronco cerebral
ou na medula espinhal e os seus axónios constituem os nervos para os
gânglios autonómicos localizados no exterior do SNC.
Os segundos neurónios designam-se de neurónios autonómicos que se
designam por neurónios pós-ganglionares.
Os neurónios pré-ganglionares fazem sinapse com os neurónios pósganglionares no gânglio autonómico.
Anatomia do Sistema Nervoso Autónomo
O SNA divide-se em sistema simpático, sistema parassimpático e sistema entérico
O sistema nervoso entérico é uma rede complexa de corpos celulares neuronais e
axónios na parede do tubo digestivo.
As divisões simpáticas e parassimpáticas diferem: na localização dos corpos celulares
dos neurónios pré-ganglionares no SNC e na localização dos gânglios autonómicos.
Sistema Simpático
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Anatomofisiologia I
Os corpos celulares dos neurónios pré-ganglionares encontram-se na substância
cinzenta dos cornos laterais da medula espinhal.
Os axónios simpáticos saem da cadeia ganglionar simpática por quatro vias:
Nervos raquidianos
Nervos simpáticos
Nervos esplâncnicos
Inervação da glândula supra-renal
Cerca
de
80%
das
células
contêm
adrenalina
e
20%
das
células
contém
noradrenalina
Na estimulação destas células pelos axónios pré-ganglionares provoca a libertação de
grandes quantidades de adrenalina e de alguma noradrenalina.
Estas substâncias circulam no sangue e afectam todos os tecidos que tenham
receptores a que se possam ligar
A resposta geral á adrenalina e noradrenalina libertada da medula supra-renal é a
preparação do individuo para a actividade física.
Sistema Parassimpático
Os neurónios pré-ganglionares parassimpáticos localizam-se superior e inferiormente
ás regiões torácicas e lombar da medula espinhal, onde se localizam os neurónios
pré-ganglionares do simpático.
Os gânglios terminais estão perto ou já dentro da parede dos órgãos inervados pelos
neurónios do parassimpático.
Muitos dos gânglios parassimpáticos têm dimensões reduzidas, mas alguns, como é o
caso dos que se encontram na parede do tubo digestivo, são grandes.
Distribuição das Fibras Nervosas Autonómicas
As principais formas de os axónios simpáticos atingirem os órgãos são as seguintes:
Nervos raquidianos
Plexos da cabeça e pescoço
Plexos nervosos torácicos
Plexos nervosos abdómino – pélvico
As principais formas de os axónios parassimpáticos atingirem os órgãos são as
seguintes:
Nervos cranianos na cabeça e pescoço
Nervo vago e plexos nervosos torácicos
Plexos nervosos abdominais
Nervos pélvicos e plexos nervosos pélvicos
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Anatomofisiologia I
Fisiologia do Sistema Nervoso Autónomo
Neurotransmissores
Se o neurónio segregar acetilcolina, trata-se de um neurónio colinérgico
Se o neurónio segregar noradrenalina trata-se de um neurónio adrenérgico
Receptores
Receptores Colinérgicos são receptores que se ligam a acetilcolina. Pode ter duas
formas: receptores nicotínicos e receptores muscarínicos
Receptores Adrenérgicos são receptores que se ligam a noradrenalina. Pode dividirse em duas categorias estruturais: receptores alfa e receptores beta
Grande parte da regulação das estruturas pelo SNA ocorre através dos reflexos
autonómicos, mas a estimulação provenientes do cérebro, hipotálamo e outras áreas
do encéfalo permite que pensamentos e acções conscientes, emoções e outras
actividades do SNC influenciam as funções autónomas.
Sem a actividade reguladora do SNA, o indivíduo fica com reduzida capacidade para
manter a homeostase e sucumbe prontamente a alterações súbitas das condições
ambientais.
Generalizações Funcionais sobre o Sistema Nervoso Autónomo
Efeitos Estimulatórios Vs Efeitos inibitórios
Inervação dupla
Efeitos opostos
Efeitos de cooperação
Efeitos Gerais Vs Efeitos Localizados
Funcionamento em Repouso Vs Actividade
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