Pontifícia Universidade Católica do RS Faculdade de Engenharia LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA EXPERIENCIA N° 11: GRADADORES MONOFÁSICOS OBJETIVO Verificar qualitativa e quantitativamente o funcionamento dos gradadores monofásicos. ESTUDO TEÓRICO A estrutura é empregada quando se deseja controlar a potência de uma carga de corrente alternada. Os usos mais comuns são: • Controle de intensidade luminosa • Controle de temperatura • Controle de velocidade de motores universais • Solda elétrica a resistência • Controle de velocidade de motores de indução GRADADORES MONOFÁSICOS COM CARGAS RESISTIVAS Durante o semiciclo positivo da tensão de entrada, o fluxo de potência é controlado variando-se o ângulo de disparo do tiristor T1; e o tiristor T2 controla o fluxo de potência durante o semiciclo negativo da tensão de entrada. Os pulsos de disparo de T1 e T2 são defasados de 180°(fig.1). As formas de onda para a tensão de carga, corrente de carga e sinais de gatilho para T1 e T2 são mostradas na figura 2. Fig.1-Circuito de um gradador monofásico com carga R. 1 Figura 2.a Figura 2.b Fig.2 – Tensões (a) e Correntes (b) para gradador monofásico com carga R. Se V=√2Vs.sen(t) for a tensão de entrada e os ângulos de disparo dos tiristores T1 e T2 forem iguais (α1 = α2 = α), a tensão eficaz de saída pode ser encontrada a partir de Vo=Vs {1/π (π – α + sen2α/2 ) }½ Variando-se α de 0 a π , Vo poderá variar de Vs a 0. É possível ter um cátodo comum para T1 e T2 adicionando-se dois diodos. O tiristor T1 e o diodo D1 conduzem juntos durante o semiciclo positivo; e o tiristor T2 e o diodo D2 conduzem durante o semiciclo negativo. Como esse circuito pode ter um terminal comum para os sinais de gatilho de T1 e T2 é necessário apenas um circuito isolado, mas ao custo de dois diodos de potência adicionais. Devido aos dois dispositivos de potência estarem conduzindo ao mesmo tempo, as perdas de condução dos diapositivos aumentam e o rendimento do circuito diminui (fig.3). Fig.3-Gradador monofásico de onda completa Um controlador monofásico de onda completa também pode ser implementado com um tiristor e quatro diodos. Os quatro diodos agem como uma ponte retificadora. A tensão sobre o tiristor T1 e sua corrente são sempre unidirecionais. Com uma carga resistiva, a corrente no tiristor cai a zero devido à comutação natural em todo o semiciclo. Entretanto, se houver uma grande indutância no circuito, o 2 tiristor T1 pode não ser desligado em todo o semiciclo da tensão de entrada, sendo possível uma perda do controle. Ele necessitaria da detecção do cruzamento com o zero da corrente de carga a fim de garantir o desligamento do tiristor em condução, antes do disparo do próximo. Três dispositivos de potência conduzem ao mesmo tempo e a eficiência também é reduzida. O retificador em ponte e o tiristor (ou o transistor) agem como uma chave bidirecional, que está comercialmente disponível como um único dispositivo com perdas de condução relativamente baixas. GRADADORES MONOFÁSICOS COM CARGAS INDUTIVAS A Seção anterior trata dos controladores monofásicos com cargas resistivas. Na prática, a maioria das cargas, até um certo ponto, é indutiva. Supondo que o tiristor T1 seja disparado durante o semiciclo positivo devido à indutância no circuito, a corrente no tiristor T1 não cai a zero em wt=π quando a tensão de entrada começa a ficar negativa. O tiristor T1 continuará a conduzir até que sua corrente i1 caia a zero em wt=β. O ângulo de condução do tiristor T1 é δ = β - α e depende do ângulo de disparo α e do ângulo do fator de potência da carga θ (fig.4). As formas de onda para corrente de carga, pulsos de gatilho e tensão de carga são mostradas na figura 5. Fig.4 – Circuito de um gradador monofásico com carga RL. Figura 5.a Figura 5.b Fig.5 - Tensões (a) e Correntes (b) para gradador monofásico com carga RL. Os sinais de gatilho dos tiristores para um controlador com carga resistiva podem ser pulsos 3 curtos. Entretanto, esses pulsos de curta duração não são apropriados para cargas indutivas. Quando o tiristor T2 é disparado em wt = π + α, o tiristor T1 ainda está conduzindo devido a indutância da carga. Quando a corrente no tiristor T1 cai a zero e este é desligado em wt = β = α + δ , o pulso de gatilho do tiristor T2 já cessou (caiu a zero) e, conseqüentemente, T2 não será disparado. Como resultado, apenas o tiristor T1 operará, causando formas de onda assimétricas da tensão e corrente de saída. Essa dificuldade pode ser resolvida utilizando-se sinais de gatilho contínuos com uma duração de (π - α). Tão logo a corrente de T1 caísse a zero, o tiristor T2 seria disparado. Entretanto, um pulso de gatilho continuo aumenta as perdas de chaveamento dos tiristores e requer um transformador de isolamento maior para o circuito de disparo. Na prática, um trem de pulsos de curta duração, normalmente é utilizado para superar esses problemas. Procedimento Experimental: Carga R a) O circuito está representado na figura 6: Fig.6 – Circuito com carga R. b) Instrumentos a serem empregados 1. Um multiteste digital 2. Um osciloscópio com duas ponteiras com redução de 10 vezes. c) Material a ser empregado 1. Kit de transformadores 2. Kit de tiristores 3. Kit controladora TCA 785. 4. Um banco de cargas RLC d) Roteiro da Experiência 1. Montar os circuitos representados nas figuras. 2. Fazer uma revisão na montagem e energizá-la 3. Verificar se os valores indicados de tensão e corrente na carga estão de acordo com os valores esperados.(teóricos). 4 4. Verificar com o osciloscópio as seguintes formas de ondas para vários valores do ângulo α. • - tensão na carga • - corrente na carga • - tensão nos terminais do tiristor 5. Levantar ponto a ponto as curvas que representam Vz ef e Iz ef em função do ângulo α. Fig.7 – Representação gráfica da corrente eficaz na carga Fórmula da Corrente eficaz na carga : Carga RL a) O circuito está representado na figura 9: Fig.8 – Circuito com carga RL Repetir todos os procedimentos experimentais. 5