148

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w.dol.innf.br Arquivo
o de edições: Novem
mbro de 20
012 - Ano 13 - Núm
mero 148
Divullgação Cien
ntífica
1. Ind
divíduos com
m dor crônica
a sofrem ma
ais de insônia do que pessoas saudá
áveis
Um e
estudo de pe
esquisadores
s americanoss comparou os sintomas
s de insônia em adolesc
centes
com e sem dor crônica, avaliiando os fato
ores de risco
o psicológico
os e comporttamentais pa
ara os
sintomas de insônia e utiliz
zando a inssônia como um predito
or da qualid
dade de vid
da, as
limita
ações na atividade de vida
v
e a util ização do siistema de saúde ao lon
ngo de 12 meses.
m
Entre
e os participa
antes, 61 ad
dolescentes ccom dor crônica e 60 jov
vens sem do
or crônica de
e 12 a
18 an
nos. Os que
estionários fo
oram preencchidos na in
nscrição, seis
s meses e d
doze meses após,
avalia
ando: intens
sidade da do
or; sintomass de insônia; excitação antes de do
ormir; depre
essão;
estad
do da puberd
dade; limitações de ativ
vidade; qualiidade de vid
da; e utilizaçção do sistem
ma de
saúde
e.
Foi visto que os sintomas
s
de
e insônia perrsistiram em ambos os grupos,
g
e no
os jovens com dor
crônica os sintom
mas foram superiores
s
em
m todos os momentos. Foram iden
ntificados tam
mbém
algun
ns fatores de
d risco parra sintomas de insônia: a dor crônica e sinto
omas depres
ssivos
maiores. Os sinttomas de ins
sônia també
ém estavam associados com uma p
pior qualidade de
vida a
ao longo do tempo e com
m a utilizaçã
ão de cuidad
dos de saúde
e mais freque
entes.
Os re
esultados su
ugerem que os problema
as de sono são persiste
entes e estão
o associados
s com
impacto negativo
o para os jovens com dor crônica
a. Assim o tratamento dos sintomas de
insôn
nia em joven
ns com dor crônica pod e levar a melhorias
m
na qualidade d
de vida e redução
dos c
custos de saú
úde.
Referrência: Palerrmo TM, Law
w E, Church
hill SS, Walk
ker A. Longittudinal Courrse and Impact of
Insom
mnia Sympto
oms in Adole
escents With
h and Withou
ut Chronic Pain.
P
J Pain. 2012 Sep 29. pii:
S152
26-5900(12)00756-0. do
oi: 10.1016/jj.jpain.2012.08.003.
2. Co
omparação da
d eficácia da
a medicina ttradicional ch
hinesa ou atenção psicosssocial na DT
TM
Distú
úrbios Tempo
oromandibulares (DTM) incluem um conjunto de
e condições relacionadas com
as es
struturas env
volvidas no movimento da mandíbu
ula. A dor crrônica irradia
ada dos mús
sculos
temp
poromandibu
ulares e mastigatórios a
afetam mais
s de 10% dos
d
adultos e um terço dos
adulttos experime
entam sintom
mas de DTM na vida.
urnal of Pa
Um e
estudo ame
ericano, con
nduzido por Richard E. Harris e capa
c
do Jou
ain de
novembro de 2012 buscou
u identificarr o papel da
d medicina
a tradiciona
al chinesa (MTC;
(
acupu
untura e erv
vas) em com
mparação com
m uma interrvenção psic
cossocial de autocuidado
o (SC)
para o tratamentto da dor associada à DT
TM. Os partiicipantes com
m Critérios d
de Diagnóstico de
DTM confirmados
s (n = 168) entraram em
m um protoc
colo escalonado de SC q
que começou
u com
uma aula básica
a sobre DTM
M ou tratame
ento por MT
TC por 20 semanas.
s
A utilização de
d um
proto
ocolo de au
utocuidado foi
f
baseada
a em outro estudo anterior que demonstrou
u que
pacie
entes com DTM não sabem a origem
m do seu pro
oblema, assim como, o que é necessário
para minimizar os
o sintomas de
d dor.
Os p
pacientes forram avaliados em dor facial presente, média
a de dor di ária (VAS 0-10),
0
interfferência em atividade so
ocial (VAS 0
0-10), número de dias com
c
dor, qua
alidade do sono
s
e
média de analgés
sicos consum
midos.
Os re
esultados demonstraram
m que a M
MTC fornece maior alívio da dor a curto prazo (8
sema
anas) do que
e o auto-cuid
dado (SC) e uma maiorr redução na
a interferênccia com atividades
sociais. Mais de dois terços dos particip antes demo
onstraram re
espostas clín
nicas significativas
(> qu
ue 30%) na dor ao longo de 16 sem
manas. Tamb
bém houve melhora
m
na q
qualidade do
o sono
e na
a diminuição
o dos analg
gésicos con sumidos. Este estudo fornece ev
vidências de
e que
pacie
entes com DTM
D
encamin
nhados para
a MTC podem
m se beneficiar de alíviio da dor a curto
1 www
w.dol.innf.br prazo
o e melhoria da qualid
dade de vid
da. Projetos similares podem
p
tamb
bém se apliicar a
avalia
ações de outtros tipos de
e dor crônica
a.
Referrência: The Journal of Pain,
P
Volume
e 13, Issue 11 , Pages 1075-1089,, November 2012
Riten
nbaugh C, Hammerschla
H
ag R, Dworrkin SF, Aic
ckin MG, Mis
st SD, Elde
er CR, Harriis RE.
Comp
parative effe
fectiveness of
o traditiona
al chinese medicine an
nd psychoso
ocial care in
i the
treatm
ment of temporomand
dibular disorrders-associa
ated chronic facial paiin. J Pain. 2012
1):1075-89.
13(11
3. En
nsaio clínico
o aleatório de
d clonidina tópica para
a o tratame
ento da neu
uropatia diabética
dolorrosa
Neuro
opatia depen
ndente da ex
xtensão é um
m dos casos
s mais comuns de compl icações derivadas
da diabetes. Med
dicamentos de
d uso oral com eficácia
a analgésica
a possuem e
efeitos adverrsos e
muito
os pacientes
s têm problem
mas com se u uso. Este estudo traz a clonidina ccomo uma te
erapia
altern
nativa, onde
e estudos anteriores de
emonstram que clonidin
na é eficaz no alivio de
d dor
neuro
opática, qua
ando aplicada topicam
mente. A clo
onidina é um
u
agonista
a a2-adrené
érgico
utiliza
ado para tra
atamento de hipertensão
o por via ora
al, mas sua aplicação
a
inttratecal apre
esenta
analg
gesia em dorr aguda e crô
ônica.
Os autores realiz
zaram análise para sele
eção da pop
pulação dura
ante 28 dia s, onde tod
dos os
indivííduos foram diagnostica
ados com ne
europatia dependente da
a extensão ssensorial dolorosa
que a
afeta os pés, atribuíveis ao tipo 1
1, 1,5 ou 2 de diabetes mellitus ccom base no seu
m analisado
histórico, exame
e físico e da
ados laborattoriais. Os in
ndivíduos ta
ambém foram
os por
meio de question
nário e teste
es sensoriaiss. Após a se
eleção dos indivíduos, o
os mesmos foram
separrados em do
ois grupos, levando em
m consideração todos os
s dados ana lisados, para que
ambo
os fossem muito
m
parecidos, foi rea lizado estud
do aleatório duplo-cego,, onde um grupo
receb
beu clonidina
a 0,1% tópic
ca em forma
a de gel e o outro grupo recebeu pla
acebo. Os au
utores
condu
uziram o es
studo por 12
2 semanas de tratamen
nto e mais uma seman
na após o fim do
tratamento, para
a avaliação da
d segurança
a do seguime
ento.
Os rresultados do
d
estudo a principio
o não cons
seguiram ap
pontar eficá
ácia relativa
a em
comp
paração com
m outras tera
apias, porém
m os autores
s realizaram biópsia de 3mm de pe
ele em
97 in
ndivíduos e observou-s
se que nem
m todos continham a mesma
m
quan
ntidade de fibras
nervo
osas e aquelles com baix
xa quantidad
de dessas fib
bras obtivera
am menor ssensibilização
o pelo
teste de capsaicina tópica, qu
uando comp
parados os in
ndivíduos que passaram por biopsia.. Pode
se ob
bservar com uso da esca
ala numérica
a de dor que houve uma diferença d e 1,2 entre grupo
place
ebo e grupo com uso de
d clonidina,, número ac
ceitável tend
do em vista estudos so
obre a
prega
abalina e du
uloxetina. Os
O próprios autores deiixam claro que outros testes sens
soriais
(térm
mico, vibraçã
ão e mecânico) não se
e relacionam
m ao uso de
e clonidina p
por falta de rigor
quantitativo e pela
p
dificuld
dade de se
e obter esse rigor, po
or se tratarr de um estudo
e
e grandes dimensões.
d
Os autores
s observara
am que a dor associa
ada à
multicêntrico de
capsa
aicina indica que a pele possui term
minais viáveis que expressam recepttores de pottencial
trans
siente vaniló
óide 1 (TRPV
V1) e a clon idina é agon
nista de rece
eptor acopla
ado a proteíína Ginibid
dor, que pro
ovavelmente diminui os níveis de adenilil
a
ciclase e cAMP e o aumentto dos
níveis
s destes mensageiros secundárioss foi identifiicado como uma fonte
e de aumento da
excita
abilidade do
os nocicepto
ores e como
o mecanismo de dor neuropática. A capacidad
de de
sensibilização por teste de ca
apsaicina ofe
erece assim um teste pa
ara identifica
ar candidatos
s para
tratamento com clonidina.
O es
studo de Ca
ampbell et al.
a foi come
entado por Søren H. Sindrup.
S
Ele acredita que os
resulttados encon
ntrados após 12 seman
nas de trata
amento foram bastante
e modestos, onde
respo
ostas semelh
hantes e até mesmo sup
periores podem ser apre
esentadas po
or antidepres
ssivos
tricíclicos ou gab
bapentinóide
es, porém o que se mos
stra interess
sante é o se
eu uso tópic
co e a
tolera
abilidade e ausência de
e efeitos ad
dversos sisttêmicos. O comentário cita que o mais
importante que se
s vê neste artigo
a
é a ch
hance do tra
atamento ind
dividualizado
o, uma vez que
q
os
2 www
w.dol.innf.br pacie
entes que re
espondem ao
o tratamento
o medicame
entoso podem
m ser identiificados e po
or ser
um d
dos poucos estudos
e
sobre
e dor neurop
pática, que incluem uma
a classificaçã
ão predefinid
da dos
pacie
entes, poden
ndo nos ensinar muito m
mais sobre o mecanismo da dor e do
os medicame
entos.
O auttor ressalta que não se conhece ao
o certo o me
ecanismo mo
olecular para
a o estudo da
d dor
indiviidual, para cada
c
paciente.
Referrência: Campbell CM, Kiipnes MS, S
Stouch BC, Brady
B
KL, Ke
elly M, Schm
midt WK, Pettersen
KL, R
Rowbotham MC, Campbe
ell JN. Rando
omized conttrol trial of to
opical clonid
dine for treatment
of pa
ainful diabe
etic neuropa
athy. PAIN 2012153(8): 1815–23 Søren H. S
Sindrup. Ta
ailored
treatm
ment of periipheral neuro
opathic pain
n. PAIN 2012
2 153(8): 1781–82
4. En
nxaqueca afe
eta 7,9% das
s crianças brrasileiras
Estud
do recente concluiu que 7,9% das ccrianças bras
sileiras de 5 a 12 anos ttêm enxaque
eca. O
levan
ntamento, ap
presentado no
n último Co
ongresso Bra
asileiro de Cefaléia, é o primeiro a avaliar
a
a pre
evalência da
a enxaqueca
a infantil no
o país. Ao contrário
c
que
e o leigo ge
eralmente pensa,
p
criança tem en
nxaqueca. A criança q
quando não
o recebe atendimento adequado pode
desen
e no desemp
nvolver dificuldades emo
ocionais o qu
ue leva inúm
meros prejuíz
zos, inclusive
penho
escolar. Nesse es
studo foram avaliadas 5
5.671 criança
as de 18 esttados e 87 ccidades brasileiras
e de acordo com a investigação, apenass 17,9% das
s crianças brrasileiras nun
nca se queix
xaram
de do
ores de cab
beça e dos 7,9% da cr ianças que apresentam enxaqueca
a episódica, 0,6%
apres
senta a form
ma crônica da doença, q
que se carac
cteriza em dores em ma
ais de 15 dia
as por
mês. Na populaç
ção infantil com
c
enxaque
eca, o risco de ter dificu
uldade em prrestar atenç
ção na
aula é 2,8 vezes
s maior do que
q
entre ass crianças sa
audáveis. Já
á o risco de ter desemprenho
abaix
xo da média é de 32,5%
% maior enttre as com enxaqueca
e
episódica.
e
Allém disso, 32,5%
3
das c
crianças com
m enxaqueca episódica pe
erdem dois ou
o mais dias
s de aula porr causa da dor.
d
Fonte
e: Agência Estado,
E
27 de
e setembro d
de 2012
5. Um
m estudo prrospectivo de preditoress psicológico
os, sociais e mecânicos de gravidade da
dor d
de cabeça
Dores
s musculare
es são muito
o associadas a fatores ocupacionais,, porém pou
uco se sabe sobre
esses
s fatores como preditores de dor d
de cabeça. Em
E 2007, Sttovner et. a
al. estimaram
m que
aprox
ximadamentte 46% da população ad
dulta no mun
ndo é acome
etida por qua
alquer tipo de
d dor
de ca
abeça, onde a maior pre
evalência fo i observada em pessoas
s com meno
os de 60 ano
os, as
mais prováveis de estarem empregadas.
e
O ob
bjetivo do estudo foi, então, ide
entificar fato
ores psicoló
ógicos, soci ais e mecâ
ânicos
assoc
ciados ao trabalho, que
q
possam
m influencia
ar na dor de cabeça . Para isso
o, os
pesqu
uisadores le
evantaram dados em vá
árias empres
sas da Norue
ega e em allgumas emp
presas
os pe
esquisadores
s conseguira
am fazer aco
ompanhame
ento durante
e dois anos. Após analis
sar os
dados coletados,, os pesquis
sadores con seguiram as
ssociar uma maior grav
vidade de dor
d
de
cabeç
ça acometen
ndo mulhere
es e que a população acima dos 60 anos esstava associada a
níveis
s mais baix
xos de gravidade. O acompanhamento serviu para de
emonstrar fa
atores
respo
onsáveis po
or maiores ocorrências de dor de cabeça e fatores re
esponsáveis pela
gravidade da dorr de cabeça. Assim, os p
pesquisadore
es conseguirram relacion
nar: demand
das de
traba
alho, controle
e de decisõe
es, controle sobre a inte
ensidade do trabalho, co
onflito de papéis e
satisffação no trabalho, com a gravidade da dor de cabeça. O estudo se faz interessante
e, pois
não ttrata de dore
es de cabeça especificass, mas abrangeu todos os tipos e g
graus de dorres de
cabeç
ça.
Referrência: Christensen J.A
A., Knardahll S. Work and headac
che: A prosspective stu
udy of
psych
hological, so
ocial, and mechanical
m
p
predictors of
o headache severity. P
Pain. 2012; 153:
2119–32.
3 www
w.dol.innf.br 6. Ne
euromodulaç
ção em cefaleias primária
as
A pre
evalência da
a dor de cab
beça na popu
ulação mund
dial tem se apresentado
o elevada e numa
gos, tanto para
tendê
ência crescente incontes
stável. Tal ssituação culm
mina em gra
andes encarg
p
o
pacie
ente portado
or da condiç
ção quanto para os sisttemas nacionais de saú
úde, os quaiis são
respo
onsáveis porr oferecer o tratamento mais adequa
ado e mantê
ê-lo pelo tem
mpo necessá
ário. A
situaç
ção agrava--se quando o objeto em
m questão é a cronicidade das ceffaléias: pacientes
crônicos significa
am gastos até
a
cinco ve
ezes mais elevados
e
do que aquele
es relacionados a
pacie
entes episód
dicos. Mais grave que os gastos é a existênc
cia de doress de cabeça
a não
respo
onsivas à farrmacoterapia
a estabelecid
da, classifica
adas como intratáveis e responsáve
eis por
preju
uízos conside
eráveis àqueles que a po
ossuem.
Diantte da refra
atariedade aos
a
tratame
entos conve
encionais, os
o paciente s portadore
es de
cefale
eias primárias intratáve
eis possuem algumas op
pções terapê
êuticas para
a sua condiç
ção. O
bloqu
ueio de nerrvos por an
nestésicos lo
ocais ou es
steróides é um exemp
plo de ocorrência
frequ
uente, porém
m de alívio apenas
a
temp
porário – o que
q
não é o ideal para q
quadros crônicos.
Proce
edimentos ablativos
a
pod
dem ser su
ugeridos, ten
ndo como alvo
a
tanto n
nervos perifféricos
quanto aqueles do sistema nervoso cen
ntral. Trata--se de intervenções inv
vasivas (extrração,
remo
oção cirúrgica ou inativação de nerv
vos), porém largamente utilizadas p
para o tratam
mento
de ce
efaléias.
Nos últimos vintte anos, um
ma nova ferrramenta ga
anhou destaque em con
ndições dolo
orosas
intrattáveis: a neuromodulaçã
ão. O termo
o refere-se a técnicas nã
ão destrutiv
vas, minimam
mente
utilizadas p
invas
sivas, ajustá
áveis e, na maioria do
os casos, reversíveis,
r
para promover a
ativação ou desativação de estruturas
e
re
elacionadas ao
a processam
mento da do
or.
As abordagens neuromodulatórias pod
dem ser cen
ntrais ou periféricas, i nvasivas ou
u não
invas
sivas, de aco
ordo com o tratamento em questão
o. O mecanis
smo de ação
o varia segundo a
olvem estru
técnic
ca utilizada: modulaçõ
ões em nív el central na região cranial
c
envo
uturas
comp
plexas, tanto
o por sua função quan
nto pelo arrranjo anatô
ômico local; as interve
enções
perifé
éricas, por sua vez,, apresenta
am mecanismos locais, não h
havendo maiores
comp
plexidades na
as estruturas envolvidass.
modulatória, uma
A eta
apa de seleção caracteriz
za uma fase
e fundamenttal da aborda
agem neurom
vez q
que a eficáciia terapêutic
ca deste mé todo está co
ondicionada à condição de intratabilidade
da cefaleia. Tal fato é dem
monstrado p
pela igualda
ade entre a eficácia fa
armacoteráp
pica e
omodulatória
a quando tra
ata-se de ce
efaleias não classificadas
c
s como intrattáveis, pode
endo a
neuro
prime
eira opção apresentar melhores resultados em algum
mas situaçõe
es. Portanto
o, os
pacie
entes selecio
onados deve
em atender exatamente
e aos critérrios proposto
os para que
e não
sejam
m realizados procedimentos desn
necessários e nem a eficácia do
os mesmos seja
comp
prometida.
As ab
bordagens periféricas
p
mais
m
comun s incluem a estimulaçã
ão do nervo
o occipital (ENO),
nervo
o supraorbittal, gânglio esfenopala
atino (GEP) e nervo vagal. Dentrre estas, a mais
frequ
uente é a ENO e sua apliicabilidade já
á foi avaliada em diversas condiçõess, como neu
uralgia
occip
pital (para a qual esta ab
bordagem é a primeira in
ndicação apó
ós refrataried
dade compro
ovada
a anttiepiléticos e bloqueadorres neurais),, enxaqueca
a e cefaleia em
e salvas. IInúmeros es
studos
realiz
zados para a avaliação do
d método a
apontaram problemas co
omuns, denttre os quais foram
mais citados esgo
otamento da
a bateria do dispositivo e infecção no
n sítio de im
mplantação. Outro
eventto relevante
e é a paresttesia como condição prrévia para uma
u
estimullação satisfa
atória,
dificu
ultando a execução de estudos
e
verd
dadeiramente cegos. Quanto a meto
odologia aplicada,
a utiilização de eletrodos bilaterais
b
fo
oi tida como
o a mais recomendada
r
a, uma vez
z que
estim
mulações unilaterais, na maioria doss casos, induziu uma migração
m
da dor. O tempo de
duraç
ção do tratamento ainda
a é um pontto questioná
ável, pois em
m muitos esttudos observ
varam
resulttados satisfa
atórios apen
nas após um
m relativame
ente longo período
p
de sseguimento.. Para
GEP, a avaliação
o foi semelhante e po
ositiva, destacando prin
ncipalmente a diminuiçã
ão na
latência de respostas satisfa
atórias. A e
estimulação do nervo vagal não te
eve sua avaliação
4 www
w.dol.innf.br realiz
zada em muitos estudo
os, porém o
os dados obtidos para o procedim
mento apontaram
inúmeros efeitos colaterais relevantes,
r
d
desde paresia de cordas
s vocais, disspnéia e toss
se até
adesã
ão do eletrod
do ao nervo.
A neuromodulaçã
ão central é representa
ada basicamente pela es
stimulação ccerebral pro
ofunda
(ECP)), mais prec
cisamente no
n hipotálam
mo posterior. Sua avalia
ação é descrrita em inúm
meros
artigo
os para cefa
alalgias trigeminais auto nômicas e cefaleias
c
em salvas. Igua
almente à ENO, a
ECP apresenta uma latência quanto à manifes
stação de resultados positivos. Outra
abord
dagem menos frequente
e é a estim
mulação da medula
m
espinhal cervica
al alta, a qu
ual foi
avalia
ada em pac
cientes com
m cefaleias e
em salva e apresentou
u resultadoss satisfatórios de
reduç
ção da dor.
O carráter metodo
ológico das abordagens neuromodu
ulatórias é aiinda incipien
nte, necessittando,
porta
anto, de estu
udos futuros
s que forneççam pontos finais
f
claram
mente definid
dos com bas
se em
dados objetivos.. Para a prrática clínicca, os três pontos prin
ncipais a se
erem execu
utados
obam a sele
eção adequa
ada, já exten
a
m
mais adequada a
englo
nsivamente discutida, abordagem
cada caso e cuidados médiicos após a implantaçã
ão. O cumprimento dessses tópicos
s está
direta
amente relacionado à ex
xistência de
e uma equipe profissiona
al multidiscip
plinar, experiente
tanto
o nos diagnó
ósticos como nos proced imentos cirú
úrgicos, capa
az de comun
nicar-se em todos
os nív
veis tendo sempre como
o objetivo a melhor cond
duta frente ao
a tratamentto em questã
ão.
A mu
ultidisciplinaridade no âmbito
â
da ssaúde é um
ma tendência
a mundial p
perpetuada desde
curso
os universitá
ários até equ
uipes clínicass de centros
s de referência mundial.. A articulaç
ção do
corpo
o clínico permite
p
abo
ordagens in
ntegrais, prrivilegiando a especiallização de cada
profis
ssional e ap
plicando-a da
a maneira m
mais adequa
ada no auxílio da resolu
ução de inúm
meros
casos
s. A neurom
modulação apresenta-se
a
e como uma prática extremament
e
te carente dessa
abord
dagem multtidisciplinar, envolvendo
o neurociru
urgiões, médicos geraiss, enfermeiros e
dema
ais profissionais da saú
úde, os quaiis tem a ob
brigação de estarem em
m contato com
c
a
realid
dade do pa
aciente – o que só accontece se houver inte
ercâmbio de
e experiênc
cias e
inform
mações denttro da própria equipe.
Referrência: JÜRG
GENS, Tim. Neuromodul
N
lations in prrimary heada
aches. Pain: Clinical Upd
dates,
Volum
me XX, Issue
e 5, 2012.
7. Us
so de maconha medicina
al em tratam
mento para pa
acientes com
m dor por se
er uma altern
nativa
Recen
stá sendo vinculado em diferentes meios
m
de com
municação o uso da maconha
ntemente es
“sem barato” como alternativa para tra
atamento de
e pacientes com
c
dor. O resultado é uma
onha com as
a mesmas propriedade
es medicinais da canna
abis tradicio
onal, mas sem
s
o
maco
"bara
ato" que faz com que muitos se
e oponham ao uso me
edicinal da planta. Um
m dos
metabólitos secundários da planta,
p
o can
nabidiol (CBD
D) não tem atividade pssicotrópica, então,
e
após ingerir esta substância, o paciente não tem nen
nhum efeito colateral ind
desejado, se
endo a
substtância um po
oderoso anti-inflamatório
o.
A can
nnabis é considerada um
ma droga ileg
gal em Israel, mas a Tikkun Olam ob
bteve uma licença
espec
cial do Minis
stério da Sa
aúde para d
desenvolver a maconha medicinal e cultiva div
versas
variedades da planta em esttufas na Gal ileia, no norrte de Israel. De acordo com Zachi Klein,
direto
or de pesqu
uisa da emp
presa, mais de 8 mil doentes
d
em Israel já ssão tratados
s com
canna
abis, recebe
endo a sub
bstância ap
pós mostrarrem receitas
s médicas autorizadas pelo
Minis
stério da Sa
aúde. Ele ex
xplica que p
pelo menos três catego
orias de paccientes deve
em se
benefficiar da no
ova variedad
de de maco
onha medicin
nal. Primeiro, as pesso
oas que pre
ecisam
continuar a traba
alhar durantte o tratame
ento. Segundo, os idoso
os, porque e
eles seriam muito
sensííveis ao THC
C. E em terce
eiro, criançass.
Crian
nças como David,
D
de 12
2 anos, diagn
nosticado co
om câncer e está sendo
o tratado com um
tipo e
especial de maconha medicinal
m
dessenvolvida pelos
p
cientisttas. David g
guarda fotog
grafias
que são um reg
gistro dramático de se
eu estado há
h dois ano
os. Na épocca, por caus
sa da
quimioterapia, ele perdeu to
odo o cabelo
o e seu pes
so chegou a metade do
o que é hoje
e. "Eu
5 www
w.dol.innf.br costu
umava tomar morfina para a dor, m
mas o efeito
o não durava mais que alguns minutos",
conta
a o menino. Hoje, David recebe do
oses da mac
conha espec
cial, adiciona
ada a choco
olates,
bisco
oitos e bolos. "O efeito da cannabis d
dura todo o dia. Sinto-m
me muito me
elhor. Finalm
mente,
posso
o andar sem
m chorar por causa da do
or nas pernas
s", diz.
Fonte
e: www.terra
a.com.br
Ciênc
cia e Tecno
ologia
8. E
Eletroacupuntura reduz níveis de citocinas pró-inflamatórias em modelo de
e dor
neuro
opática
Já foii demonstrad
do que a libe
eração de cittocinas pró-inflamatórias é aumenta
ada pela libe
eração
de óx
xido nítrico. O óxido níttrico espinha
al facilita a via
v de dor através
a
da a
ativação glial e da
libera
ação de inte
erleucina (IL
L) 1β, IL-6 e TNF-α. A lesão nervo
osa periféricca resulta em
m um
rápido e sustenttado aumentto da expre
essão de RN
NAm de IL-1
1β, IL-6 e T
TNF-α, no próprio
nervo
o danificado
o e nos mac
crófagos do GRD. Sabe-se que, IL-1β e TNF-α
α, tem função no
inicio
o da dor neuropática persistente, e a IL-6 é impo
ortante para a manutençção da mesm
ma.
Para avaliar a re
elação do effeito analgéssico da eletrroacupuntura e a expre
essão de cito
ocinas
inflam
matórias na dor neuropática, este e
estudo foi in
nduzido a neuropatia em
m ratos e após
a
a
estim
mulação dura
ante 10 minu
utos com ele
etro acupunttura nos pontos ST36 e S
SP9 (0.6mA, 1Hz,
0.1m
ms), observou
u-se uma diminuição da
a expressão de RNAm da
as citocinas pró-inflama
atórias
tanto
o no gânglio da raiz dorsal quando n o nervo lesa
ado.
Evidê
ências indica
am que o efeito anti-hip
peralgésico em
e modelos de dor infla
amatória oco
orrem
pela ativação de endorfina/e
endomorfina a nível espiinhal, atravé
és dos recep
ptores μ, e a nível
enceffálico, atrav
vés dos rec
ceptores δ. Os sistem
mas noradre
enérgicos e serotoninérgicos
tamb
bém podem mediar este
e efeito ana
algésico da acupuntura.
a
Foi demosttrado em es
studos
anterriores que a eletroacupu
untura inibe a expressão
o dos níveis de
d síntese d
de oxido nítrico na
medu
ula em ratos
s neuropático
os. Recentem
mente foi de
emostrada a importância
a de citocinas próinflam
matórias pa
ara o dese
envolvimentto e a manutenção da dor ne
europática, e a
eletro
oacupuntura
a pode mod
dular a exp ressão desttas citocinas
s, o que po
ode ser uns dos
meca
anismos envolvidos na analgesia
a
na dor neuropática, poden
ndo assim se
er um tratam
mento
eficaz
z.
Referrência: Cha MH, Nam TS
S, Kwak Y, L
Lee H, Lee BH.
B
Changes
s in cytokine
e expression
n after
electrroacupunctu
ure in neuropathic rats. Evid Based Complement
C
Alternat Med.
2012;2012:7927
765.
9. Na
ajanalgesin, um novo composto prom
missor para o alívio da dor
d neuropáttica
A dor neuropátic
ca é um dos
s mais impo
ortantes problemas de saúde
s
no m
mundo e prejjudica
diaria
amente a qualidade de
e vida dos pacientes que possuem
m essa pato
ologia debilitante.
Atuallmente, ap
pesar dos inúmeros tratamentos
s aplicados
s clinicame
ente, tais como
antidepressivos tricíclicos,
t
an
ntiepilépticoss e opioides, essas aborrdagens tera
apêuticas nã
ão são
comp
pletamente eficazes para o alív
vio da dor neuropátic
ca. Recente
emente, es
studos
farma
acológicos demonstrara
d
am que pro
oteínas e peptídeos iso
olados de v
veneno de cobra
possu
uem forte efeito
e
analgé
ésico. Logo, um trabalh
ho publicado
o por Zhao e colaborad
dores,
inves
stigou najan
nalgesin, um
m polipeptíd
deo isolado
o do veneno de Naja naja atra,, que
apres
sentou efeito
o analgésico
o em diferen
ntes tipos de
d dor, inclu
uindo aquele
es produzido
os por
calor e estímulo
os químicos, assim com
mo na ligaçã
ão do nervo
o espinal (S
SNL), um modelo
m
experrimental de
e dor neurropática. Aiinda, a alo
odinia mecânica obse rvada em ratos
neuro
opáticos foi reduzida ap
pós tratamen
nto intrateca
al de najanalgesin e essse efeito inib
bitório
da a
alodinia foi sinergicame
ente aumen
ntado após pré-tratamento com baixas dose
es de
fluoro
ocitrato (um
m bloqueador da ativida de metabóliica glial pela
a inibição da
a aconitase,, uma
enzim
ma do ciclo de Krebs encontrado
e
na glia). Além disso, o perfil de hiper-reativ
vidade
6 www
w.dol.innf.br astro
oglial e libera
ação de citoc
cinas pró-no
ociceptivas, IL-1β
I
e TNF-α nos ratoss neuropático
os, foi
reduz
zido nos animais tratado
os com naja nalgesin. Em
mbora possa
am existir ou
utros mecanismos
envolvidos no effeito antinoc
ciceptivo de najanalgesin
n, o presentte trabalho sugere que o cotratamento de najanalgesin com baixass doses de um
u inibidor da função g
glial representaria
uma estratégia potencial
p
parra o tratame nto da dor neuropática.
n
Referrência: Liang
g Y, Jiang W,
W Zhang Z, Yu J, Tao L,
L Zhao S. Behavioral
B
a
and morphollogical
evide
ence for the involvementt of glial cells
ls in the antiinociceptive effect of najjanalgesin in
n a rat
neuro
opathic pain model. Biol Pharm Bull.. 2012; 35(6
6):850-4.
10. G
GM-CSF participa da dor e da severid
dade de doenças articula
ares
GM-C
CSF é um fator
f
de cre
escimento h
hematopoiético que atu
ua na matu
uração de células
c
mieló
óides. Não apenas
a
isso,, esse fator faz um link
k com o sistema imune
e, podendo ativar
célula
as dendrítica
as, promover a diferenciiação do pad
drão Th17 e induzir a sín
ntese de cito
ocinas
pró-in
nflamatórias
s, como TNF
F, IL-1 e IL
L-23. Além das células mieloides, o fator pod
de ser
encon
ntrado em neurônios,
n
onde
o
exerce
e funções es
stimulatórias
s e de sobre
revivência ce
elular.
Quan
ndo liberado de maneira exacerbada
a, como dura
ante process
sos inflamató
órios, pode ativar
ue sensibiliz
direta
amente os nociceptores
n
s ou promov
ver a liberaç
ção de pros
stanoides, qu
zam o
neurô
ônio aferente
e primário.
A imp
portância do
o GM-CSF em
m modelos d e artrite e artrite reuma
atoide já vem
m sendo mos
strada
desde
e a década
a de 80. Cook
C
tem ssido um do
os principais
s pesquisad
dores na área e
recen
ntemente mostrou não apenas a im
mportância do
d GM-CSF na artrite ccomo també
ém na
osteo
oartrite. O au
utor demons
stra em seuss trabalhos que
q
não apenas na dor, como també
ém na
severridade da doença,
d
o GM-CSF
G
dessempenha um
u
papel central
c
por ativar a COX
C
e
conse
equente libe
eração de prrostanoides ou por ativa
ar macrófagos residente
es na articulação,
que liberam IL-1, que ativa a COX e pro
oduz prostan
noides. Além
m disso, o GM
M-CSF pode ainda
ativar metalopro
oteinases (M
MMPs) degra
adadoras da
a matriz exttracelular. O
Outro mecanismo
possíível é a interferência no metabo lismo de macrófagos
m
sinoviais, re
responsáveis
s pelo
remo
odelamento da
d cartilagem
m, favorecen
ndo o surgim
mento de ostteófitos e ou
utras deform
mações
dolorrosas.
Tal a importância
a do GM-CSF, que este mês foi pub
blicado um trrabalho com
m os resultad
dos do
mavrrilinumab, um
m anticorpo monoclonall anti GM-CS
SF, no tratamento da arrtrite reuma
atoide,
já em
m fase II, com
m bons resu
ultados de efficácia, tolera
abilidade e segurança.
s
Vamo
os acompan
nhar os res
sultados dessta droga para artrite
e reumatoid
de, bem como o
surgimento de novos dad
dos em rellação a os
steoartrite, ainda com poucas opções
o
terap
pêuticas. De qualquer maneira,
m
o m
mavrilinumab
b é a prova de que a cciência básic
ca e a
clínica podem e devem
d
intera
agir mais.
Referrências:
 Nair JR, Edwards SW,
S
Moots RJ. Mavrilim
mumab, a human mo noclonal GM
M-CSF
receptor--α antibody for
f the mana
agement of rheumatoid arthritis: a n
novel approa
ach to
therapy. Expert Opin Biol Ther. 2
2012; 12(12):1661-8;
ürr M, Braine
e EL, Turnerr AL, Lacey DC, Hamilto
on JA.
 Cook AD, Pobjoy J, Steidl S, Dü
Granulocyte-macroph
hage colony--stimulating factor is a key mediato
or in experim
mental
osteoarth
hritis pain an
nd disease d evelopment. Arthritis Re
es Ther. 201
12; 14(5):R1
199;
S
S, Stteidl S, Dürr M, Lacey DC, Hamilton
n JA. Granulo
ocyte Cook AD,, Pobjoy J, Sarros
macropha
age colony-s
stimulating ffactor is a ke
ey mediator in inflamma
atory and arrthritic
pain. Ann
n Rheum Dis
s. 2012.
7 
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