UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA MÍRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS PARENTE IMPACTO ECONÔMICO DO EPISÓDIO DA DENGUE NA CIDADE DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL Goiânia 2014 Termo de Ciência e de Autorização para Disponibilizar as Teses e Dissertações Eletrônicas (TEDE) na Biblioteca Digital da UFG Na qualidade de titular dos direitos de autor, autorizo a Universidade Federal de Goiás–UFG a disponibilizar gratuitamente através da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD/UFG, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o documento conforme permissões assinaladas abaixo, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. 1. Identificação do material bibliográfico: [ ] Dissertação [X] Tese 2. Identificação da Tese ou Dissertação Autor (a): Mírian Perpétua Palha Dias Parente E-mail: [email protected] Seu e-mail pode ser disponibilizado na página? [X] Sim [ ] Não Vínculo Empregatício do autor: Universidade Estadual do Piauí – UESPI Agência de fomento: Sigla: País: UF: CNPJ: Título: “Impacto econômico do episódio da dengue na cidade de Teresina, Piauí, Brasil” Palavras-chave: Dengue; Custos; Impacto econômico; Epidemiologia. Título em outra língua: "Economic Impact of the episode of dengue fever in the city of Teresina, Piauí, Brazil" Palavras-chave em outra língua: Dengue; costs; Economic Impact; Epidemiology. Área de concentração: Epidemiologia Data defesa: (dd/mm/aaaa) 30/10/2014 Programa de Doutorado Interinstitucional (DINTER) em Medicina Tropical e Saúde Pública Pós-Graduação: (PPGMTSP) do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), tendo como associadas a Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Profª. Dra. Celina Turchi Martelli Orientadora:* E-mail: [email protected] Prof. Dr. João Bosco Siqueira Júnior Coorientador:* E-mail: [email protected] *Necessita do CPF quando não constar no SisPG 3. Informações de acesso ao documento: Concorda com a liberação total do documento [X] SIM [ ] NÃO1 Havendo concordância com a disponibilização eletrônica, torna-se imprescindível o envio do(s) arquivo(s) em formato digital PDF ou DOC da tese ou dissertação. O sistema da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações garante aos autores, que os arquivos contendo eletronicamente as teses e ou dissertações, antes de sua disponibilização, receberão procedimentos de segurança, criptografia (para não permitir cópia e extração de conteúdo, permitindo apenas impressão fraca) usando o padrão do Acrobat. Data: 26 /11 / 2015 _____________________________________________ Assinatura do (a) autor (a) 1 Neste caso o documento será embargado por até um ano a partir da data de defesa. A extensão deste prazo suscita justificativa junto à coordenação do curso. Os dados do documento não serão disponibilizados durante o período de embargo. MÍRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS PARENTE IMPACTO ECONÔMICO DO EPISÓDIO DA DENGUE NA CIDADE DE TERESINA, PIAUÍ, BRASIL Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás para obtenção do Título de Doutor em Medicina Tropical e Saúde Pública, área de concentração em Epidemiologia. Orientadora: Profª Dra Celina Maria Turchi Martelli Coorientador: Prof. Dr. João Bosco Siqueira Júnior Goiânia 2014 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) GPT/BC/UFG Parente, Mírian Perpétua Palha Dias Impacto econômico do episódio da dengue na cidade de Teresina, Piauí, Brasil [manuscrito] / Mírian Perpétua Palha Dias Parente. 2014. viii, 145 f.: il. Orientador: Profa. Dra. Celina MariaTurchi Martelli; co-orientador Dr. João Bosco Siqueira Júnior. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Goiás, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) , Programa de Pós Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública, Goiânia, 2014. Bibliografia. Anexos. Inclui siglas, mapas, fotografias, abreviaturas, símbolos, gráfico, tabelas, algoritmos, lista de figuras, lista de tabelas. 1. Dengue. 2. Custos da doença. 3. Avaliação econômica. I. Martelli, Celina MariaTurchi, orient. II. Siqueira Júnior, João Bosco, co-orient. III. Título. ii Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás BANCA EXAMINADORA DA TESE DE DOUTORADO Aluno (a): Mírian Perpétua Palha Dias Parente Orientador (a): Profª. Dra. Celina Maria Turchi Martelli Coorientador (a): Prof. Dr. João Bosco Siqueira Júnior Membros: 1. Professor (a) Doutor (a) Celina Maria Turchi Martelli 2. Professor (a) Doutor (a) Alexander Itria 3. Professor (a) Doutor (a) Marilia Dalva Turchi 4. Professor (a) Doutor (a) Valéria Cristina Soares Pinheiro 5. Professor (a) Doutor (a) Viriato Campelo Data: 30/10/2014 iii “Aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende” Leonardo Da Vinci iv DEDICATÓRIA... Dedico esta tese aos meus pais William (in memorian) e Gracy, pelo eterno cuidado, dedicação, amor e por me ensinarem a buscar ideais com ética, dignidade e confiança em Deus. Ao José Miguel, pelo amor e companheirismo ao longo desta trajetória que concretiza mais um sonho. Aos meus filhos, Lucas e Fábio, que iluminam o caminho da minha vida e estimulam meu crescimento pessoal e profissional. v AGRADECIMENTOS “Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." (Isaac Newton). A Deus, pela bênção de viver e por ter me dado forças para prosseguir nos momentos mais difíceis, superando os desafios dessa árdua caminhada; À minha estimada orientadora, Drª Celina Maria Turchi Martelli, meu agradecimento especial, pela humildade, carinho, paciência, ética e competência essenciais ao meu crescimento profissional, além da compreensão dos meus limites na elaboração deste trabalho, direcionando os meus passos. Sou muito grata pela maneira tranquila de enfrentar os desafios com simplicidade, compromisso e dedicação. Sinto-me privilegiada por ter feito parte de seu grupo de pesquisa! Ao meu coorientador, Dr. João Bosco Siqueira Júnior pela preciosa atenção que sempre demonstrou e por ser um grande exemplo como profissional; Aos meus irmãos Leonor, Celina, Sales, Célia e Andréa pelo carinho, incentivo e por estarem presentes e disponíveis na minha vida; À Paula e Ernandes pelo apoio e colaboração nessa trajetória; À Profª Dra. Marília Dalva Turchi, por ter nos acolhido tão bem no Instituto e pela competência na condução de seu trabalho; À Profª Dra. Valéria Cristina Soares Pinheiro, pela grande dedicação na coordenação local do DINTER; Aos colegas da turma do DINTER, em especial, à Gisella, Sheila e Ivonizete, pelo companheirismo, apoio, compartilhamento de material didático, mas principalmente pelos momentos de descontração e amizade que construímos ao longo desses anos; À Ana Laura, pela imprescindível ajuda nas análises dos dados e pelas valiosas discussões na construção deste produto; Aos professores do curso do doutorado, pelos ensinamentos que propiciaram meu crescimento profissional; Aos professores que fizeram parte da minha banca de qualificação, pela leitura cuidadosa da tese e pelas incisivas pontuações e relevantes sugestões apresentadas; vi À Fanny Julia Mireille Cortes e Noêmia Teixeira de Siqueira Filha, pela paciência, dedicação e importante contribuição em quase todas as etapas deste trabalho. A Wayner Souza (PhD) e Ulisses Montarroyos (PhD) pela colaboração na estatística desse trabalho; Ao Eduardo Jaime Ferraz (CpqAM/Fiocruz-PE) pela construção do questionário on-line e entrada de dados de maneira segura e prática; Aos amigos Dr. Kelsen Dantas Eulálio (FMS) e Dr. Francisco das Chagas de Sá Pádua (FMS) pelo estímulo, apoio e ajuda na obtenção de dados para realização desta tese; Ao Denis Romulo Leite Furtado, pela inestimável colaboração na coleta de dados do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí); À Profª Drª Maria do Socorro Pires da Cruz (UFPI), pela disponibilidade e entusiasmo com que aceitou o convite para contribuir valorosamente na revisão deste trabalho. Ao meu grupo de trabalho composto pelos entrevistadores: Laís Gonçalves Brasil, Raphael Luz da Silva, Raul do Carmo Araújo, Jersica Ferreira de Araújo, Joeudes da Silva Barbosa, Pablo Henrique C. Silva, Luma Mendes Brito, André Lages, João Manuel Sousa, Raisa Castelo Branco, Leonardo Rios Oliveira, Luciana S. Costa e aos outros entrevistadores eventuais; Ao Adalberto Ariosto Rodrigues Dias Filho que contribuiu com a implantação dos dados do questionário e na elaboração de gráficos; e ao Eduardo Carvalho Santos, que na função de motorista, nos conduziu aos mais longínquos bairros de Teresina. A todos agradeço a relevante colaboração no trabalho de campo, tornando possível a difícil missão da coleta e entrada de dados; Aos entrevistados, pela grande contribuição ao aceitarem dividir suas histórias e sentimentos, sem as quais este estudo não seria possível; À Sanofi-Pasteur, pelo apoio financeiro; À banca de defesa pela disponibilidade em compartilhar comigo deste momento tão importante na minha vida acadêmica; A todos que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho, muito obrigada! vii SUMÁRIO FIGURAS, QUADROS E TABELAS ....................................................................................... 9 SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS ........................................................................... 10 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................... 14 RESUMO.................................................................................................................................. 16 ABSTRACT ............................................................................................................................. 17 1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 18 1.1 Epidemiologia da Dengue ............................................................................................ 18 1.1.1. Dengue no Mundo ............................................................................................. 18 1.1.2. Dengue no Brasil................................................................................................ 20 1.1.3. Dengue na Região Nordeste .............................................................................. 22 1.1.4. Dengue no Piauí ................................................................................................. 24 1.2. Aspectos clínicos da dengue ......................................................................................... 26 1.3. A carga da doença no mundo e no Brasil ................................................................... 28 1.3.1. Avaliação econômica da dengue ............................................................................. 30 1.4. Estratégias de Prevenção e Controle da Dengue ....................................................... 35 2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................. 38 3 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 39 3.1. Objetivo Geral ................................................................................................................ 39 3.2. Objetivo Específico......................................................................................................... 39 4 MÉTODOS ........................................................................................................................... 40 4.1. Delineamento do Estudo ............................................................................................... 40 4.2. Local do estudo .............................................................................................................. 41 4.3. Critérios de inclusão e exclusão................................................................................... 42 4.4. Definição de Caso ......................................................................................................... 42 4.5. Classificações de casos ................................................................................................... 42 4.6. Recrutamento dos pacientes ......................................................................................... 44 7 - Sumário 4.6.1. Seleção da Amostra ................................................................................................. 45 4.7. Coleta de Dados .............................................................................................................. 46 4.7.1. Fontes de dados secundários................................................................................... 47 4.8. Organização do Trabalho de Campo ........................................................................... 47 4.9. Quantificação dos Custos............................................................................................... 48 4.10. Análise de Dados .......................................................................................................... 49 4.10.1. Estimativas do impacto econômico da dengue .................................................... 49 4.11. Considerações Éticas .................................................................................................... 56 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 58 Artigo 1................................................................................................................................... 59 Artigo 2................................................................................................................................... 78 6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................. 97 7 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 98 8 ANEXOS ............................................................................................................................. 110 Anexo 1 - Parecer do Comitê de Ética ............................................................................... 110 Anexo 2 – Aprovação/Parecer da Plataforma Brasil .................................................. 111 Anexo 3 -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ............................... 112 Anexo 5: Anuência do Hospital Unimed ........................................................................... 115 Anexo 6: Anuência do Lacen .............................................................................................. 116 Anexo 7 – Questionário ...................................................................................................... 117 8 - Sumário FIGURAS, QUADROS E TABELAS Figura 1 - Distribuição da dengue globalmente, 2012. ............................................................... 19 Figura 2 - Sorotipos circulantes, Brasil, até a semana 06, 2012. ................................................. 21 Figura 3 - Número de casos notificados com dengue por complicações, em Teresina, 1999 a 2013. ............................................................................................................................................ 26 Figura 4 - Representação esquemática dos tipos de custos em uma avaliação econômica. ........ 31 Figura 5 - Delineamento geral do estudo, Teresina/PI, 2012-2013. ............................................ 40 Figura 6 - Mapa do Brasil com destaque para a região Nordeste, Piauí e Teresina. ................... 41 Figura 7 - Fluxograma do Trabalho de Campo. .......................................................................... 45 Figura 8 - Seleção dos Sujeitos da Pesquisa. .............................................................................. 46 Quadro 1 - Pesquisa multicêntrica segundo a localização e Instituição responsável. ................. 15 Quadro 2 - Avaliação dos Custos Diretos Ambulatoriais da Dengue, 2012/2013. ..................... 50 Quadro 3 - Avaliação dos Custos Diretos Hospitalares da Dengue, 2012/2013. ........................ 51 Quadro 4 - Avaliação dos Custos Indiretos Ambulatoriais e Hospitalares da Dengue, 2012/2013.52 Quadro 5 - Fórmulas para cálculos dos custos diretos médicos, diretos não médicos e custos indiretos. ...................................................................................................................................... 52 Quadro 6 - Fórmulas dos cálculos para estimativa dos custos de dengue, com base nos casos registrados no banco de dados do Sinan, no período de Janeiro 2012 – Agosto 2013. ............... 53 Quadro 7 - Fórmulas dos cálculos para estimativa dos custos de dengue e simulação com uso de fator de expansão, com base nos casos registrados no banco de dados do Sinan, no período de Janeiro 2012 – Agosto 2013. ....................................................................................................... 54 Tabela 1 – Casos prováveis de dengue por grupo de idade, segundo os estados de residência na região Nordeste, Brazil, 2013. ..................................................................................................... 24 9 – Figuras, Quadros e Tabelas SÍMBOLOS, SIGLAS E ABREVIATURAS $ A90 A91 ABEP Ae AIO AMB Anvisa BDTD BR Cassi CBHPM CCEB CEP CH CID CMED CNPJ CNS Cols CPF CpqAM CRS DALY Datasus d.C. DC DCC DENV DENV-1 DENV-2 DENV-3 DENV-4 Dinter DOC Dollar sign Dengue (dengue clássica) – CID 10 Febre hemorrágica devido ao vírus dengue Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Aedes Análise de Impacto Orçamentário Associação Médica Brasileira Agência Nacional de Vigilância Sanitária Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Brasil Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos Critério de Classificação Econômica Brasil Código de Endereçamento Postal Coeficiente de Honorários Médicos Classificação Internacional de Doenças Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica Conselho Nacional de Saúde Colaboradores Cadastro de Pessoa Física Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães Coordenações Regionais de Saúde Disability Adjusted Life Years Departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Brasil Depois de Cristo Dengue Clássica Dengue com complicações Vírus Dengue Vírus da dengue sorotipo 1 Vírus da dengue sorotipo 2 Vírus da dengue sorotipo 3 Vírus da dengue sorotipo 4 Doutorado Interinstitucional Document 10 – Simbolos, Siglas e Abreviaturas Doi DOU DP Elisa et al. EuroQoL FD FE FHD FIGS Fiocruz FMS Funasa GO Gov Hab. IBGE IC IDH IgG IgM IPTSP I$ Lacen LSHTM/UK M Max MEC Medplan MG Min Ml Mm mm3 MS MS SQL Server MSc N (n) nº NS1 Oanda OMS Digital object identifier Diário Oficial da União Desvio Padrão Enzyme-Linked Immunosorbent Assay Demais autores Instrumento padronizado para ser utilizado como uma medida de desfecho de saúde (escala visual analógica) Febre da Dengue Fator de Expansão Febre Hemorrágica da Dengue Figuras Fundação Oswaldo Cruz Fundação Municipal de Saúde de Teresina Fundação Nacional de Saúde Goiás Governo Habitantes Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Intervalo de Confiança Índice de Desenvolvimento Humano Imunoglobulina G Imunoglobulina M Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública International dollars Laboratório Central de Saúde Pública London School of Hygiene & Tropical Medicine/United Kingdom Metro Máximo Ministério da Educação Plano de Assistência Médica Minas Gerais Mínimo Mililitro Milímetro Milímetro cúbico Ministério da Saúde Sistema gerenciador de Banco de dados relacional desenvolvido pela Microsoft Master of Science Representa o tamanho da amostra Número Stands for Nonstructural Protein 1 Conversor de Moedas Organização Mundial da Saúde 11 – Simbolos, Siglas e Abreviaturas OPAS Org P PA PACS PDF PE PEAa PhD PI Plamta PMCD PNCD PNUD PSF R RIDE RJ RT-PCR S SAS SCD SESA SESAPI SIGTAP SIH Sinan Sinan NET Sinan WINDOWS SNVS SPSS SUS SVS TCLE TEDE UEMA UERJ UESPI UF UFG Organização Pan-Americana de Saúde Organização (reconhecido na internet como um domínio de confiança) Probabilidade Pará Programa de Agentes Comunitários de Saúde Portable Document Format Pernambuco Programa de Erradicação do Aedes aegypti Philosophy Doctor Piauí Plano Médico de Tratamento e Assistência em Teresina Programa Municipal de Combate à Dengue Programa Nacional de Controle da Dengue Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Programa Saúde da Família Software grátis para análises estatísticas e gráficas Região Integrada de Desenvolvimento Rio de Janeiro Reverse Transcriptase-Polimerase Chain Reaction South Secretaria de Assistência à Saúde Síndrome do Choque da Dengue Secretaria da Saúde do Estado do Ceará Secretaria de Saúde do Piauí Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS Sistema de Informação Hospitalar Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sistema operacional para ser utilizado pelos pontos de digitação que não possuem uma ligação Internet. Sistema de Informação de Agravos de Notificação para microcomputadores com sistema operacional Windows Sistema Nacional de Vigilância Sanitária Statistical Package for Social Sciences Sistema Único de Saúde Secretaria de Vigilância a Saúde Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Teses e Dissertações Eletrônicas Universidade Estadual do Maranhão Universidade Estadual do Rio de Janeiro Universidade Estadual do Piauí Unidade da Federação Universidade Federal de Goiás 12 – Simbolos, Siglas e Abreviaturas UFMA UFMG UFPA UFPI Unimed UPE USD USA W WHO Universidade Federal do Maranhão Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal do Pará Universidade Federal do Piauí Cooperativa de Trabalho Médico Universidade de Pernambuco United States Dollar (Dólar Americano) United States of America West World Health Organization WHOQOL/ WHOQOL-BREF World Health Organization of Quality of Life 13 – Simbolos, Siglas e Abreviaturas APRESENTAÇÃO A presente Tese registra a conclusão do Doutorado do Programa de PósGraduação em Medicina Tropical do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás, área de concentração em Epidemiologia. A introdução contém uma revisão da literatura sobre a epidemiologia e os custos relacionados à dengue. Dois artigos científicos descrevem a metodologia, os resultados e discussão desta pesquisa. O primeiro intitulado "Impacto Econômico do Episódio de Dengue no Nordeste, Brasil" apresenta os custos diretos e indiretos relacionados à assistência médica de pacientes ambulatoriais e hospitalares durante o episódio da doença, na área urbana de Teresina - Piauí, Nordeste do Brasil. O segundo artigo, intitulado “Considerações sobre custo da dengue nas Américas e revisão sistemática da literatura” apresenta os resultados de uma revisão bibliográfica sobre estudos econômicos em dengue, no período de 2004 a 2014. Este estudo, a cargo da Universidade Estadual do Piauí fez parte da pesquisa "Economic Impact and Quality of Life Associated with Dengue in Brazil" coordenada pela Universidade de Pernambuco e com financiamento da Sanofi Pasteur – divisão de vacina do grupo Sanofi-Aventis. A pesquisa multicêntrica foi conduzida em seis capitais do Brasil, localizadas em quatro regiões brasileiras (Quadro 1) e esta tese demonstra apenas os dados realizados na cidade de Teresina, capital do estado do Piauí. 14 – Apresentação Quadro 1 - Pesquisa multicêntrica segundo a localização e Instituição responsável. Região Capital/UF População Instituição responsável (milhões hab.) Nordeste Norte Centro-Oeste Teresina/PI (e cidades do entorno) 1,2 Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Recife/PE 1,5 Universidade de Pernambuco (UPE) Belém/PA 1,4 Universidade Federal do Pará (UFPA) Goiânia/GO 1,2 Universidade Federal de Goiás (UFG) Rio de Janeiro/RJ 6,3 Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Belo Horizonte/MG 2,4 Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Sudeste Fonte: (IBGE, 2010). 15 – Apresentação RESUMO Introdução: A dengue é considerada a arbovirose mais importante internacionalmente. Estima-se que 390 milhões de pessoas se infectem anualmente pelo vírus da dengue e aproximadamente um quarto manifesta algum nível de gravidade clínica da doença. Na última década, o Brasil vem contribuindo para a carga global da dengue no hemisfério ocidental, apesar de investimentos para controlar os mosquitos vetores e, conseqüentemente, tentar-se reduzir a transmissão da doença. Objetivo: Analisar o impacto econômico do episódio de dengue sob as perspectivas do pagador público e da sociedade, em pacientes ambulatoriais e hospitalizados atendidos nos setores públicos e privados de saúde e realizar revisão sistemática da literatura sobre os custos da dengue em países das Américas. Métodos: Trata-se de uma de avaliação econômica em saúde, utilizando o método de macro e micro custeio, que se configura numa análise de custos de um episódio de dengue entre casos ambulatoriais e hospitalares com suspeita de dengue, atendidos nos setores públicos e privados. Os pacientes foram entrevistados no início do episódio de dengue e aproximadamente 30 dias após o início dos sintomas. Resultados e discussão: Os dados apresentados tiveram como base as entrevistas de 415 pacientes incluídos no estudo. Dos entrevistados, 355 (85,5%) eram do grupo Ambulatorial e 60 (14,5%) do grupo de Hospitalizados. Considerando a perspectiva da Sociedade, a média de custo por unidade de atendimento ambulatorial no setor público foi de USD 72 e no setor privado foi de USD 500. Para os casos hospitalizados, os custos médios globais para pacientes atendidos no setor público foram cerca de quatro vezes maiores (USD 270), enquanto que no setor privado, cerca de 1,5 vezes maior que os ambulatoriais (USD 835). Considerando a perspectiva do pagador, foi avaliado apenas o setor público, onde a média de custo por unidade de atendimento ambulatorial foi de USD 31 e em hospitais foi de USD 198, valor inferior ao da avaliação pela perspectiva da Sociedade. Conclusão: A dengue representa um custo elevado na economia do sistema de saúde público e privado, bem como para a sociedade, além desse custo variar de acordo com o setor de atendimento (ambulatorial e hospitalizado). Palavras-chave: Dengue, Custos da doença, Avaliação econômica. 16 - Resumo ABSTRACT Introduction: Dengue is considered the most important arboviral internationally. An estimated 390 million people infected annually by the dengue virus and about a quarter expressed some level of clinical severity. In the last decade, Brazil has been contributing to the global burden of dengue in the Western hemisphere, despite investments to control the vector mosquitoes and thus attempting to reduce disease transmission. Objective: To analyze the economic impact of dengue episode from the perspectives of the public payer and society, in outpatients and inpatients served in public and private health sectors and realize systematic literature review about dengue costs in the Americas countries. Methods: This is an economic evaluation in health care, using the method of macro and micro costing, which sets up a cost analysis of an episode of dengue among ambulatory and hospital with suspected dengue cases treated in the public and private sectors. Patients were interviewed at the beginning of the episode of dengue and approximately 30 days after the onset of symptoms. Results and discussion: The results presented were based on interviews of 415 patients included in the study. Of the respondents, 355 (85.5%) were ambulatory and 60 (14.5%) of the group of hospitalized group. Considering the perspective of society, the average cost per unit of outpatient care in the public sector was $ 72 and in the private sector was USD 500. For hospitalized cases, the overall average costs for patients treated in the public sector were about four times higher (270 USD), while in the private sector, about 1.5 times higher than ambulatory patients (835 USD). Considering the prospect of paying assessed only the public sector, where the average cost per outpatient ward was USD 31 and USD 198 hospitals was lower than the assessment value from the perspective of society. Conclusion: Dengue is a high cost in the private and public health care economy as well as to society, beyond that costs vary according to the sector of care (outpatient and inpatient). Keywords: Dengue, costs of disease, economic evaluation. 17 - Abstract 1. INTRODUÇÃO 1.1 Epidemiologia da Dengue Dengue é uma doença febril aguda causada por um flavivírus com quatro sorotipos conhecidos DENV (DENV-1, -2, -3, -4). Esses sorotipos são antigenicamente diferentes, por isso, a imunidade conferida pela infecção é permanente para o sorotipo que a causou (imunidade homóloga), mas temporária e parcial para os outros sorotipos (imunidade heteróloga) (HALSTEAD, 1988; GUBLER, 1998). Considerada a arbovirose mais importante internacionalmente e com mais de 50,0% da população mundial vivendo em áreas de risco da doença, atualmente a dengue está presente em 128 países. A transmissão da doença ocorre através de picadas do mosquito fêmea infectado com o vírus da dengue. Esse mosquito é do gênero Aedes, apresenta três subgêneros: Stegomyia, Finlaya e Diceromyia e três espécies: Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes polynesiensis, sendo o Aedes aegypti o principal vetor de importância epidemiológica na transmissão da dengue nas Américas (GUBLER, 2006; CDC, 2011; GUBLER, 2011; EVANGELISTA; DE OLIVEIRA; GONÇALVES, 2012; MAHALINGAM; HERRING; HALSTEAD, 2013). 1.1.1. Dengue no Mundo Estima-se que 390 milhões de pessoas se infectem anualmente pelo vírus da dengue, dos quais 96 milhões manifestam algum nível de gravidade clínica da doença (BHATT et al., 2013). A dengue tornou-se endêmica em mais de 100 países na África, Américas, Mediterrâneo Oriental, Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental, sendo o Sudeste Asiático e as regiões ocidentais do Pacífico os lugares mais gravemente afetados (WHO, 2012b). Os primeiros casos, cujos sintomas eram compatíveis com dengue, foram anotados em uma enciclopédia médica chinesa em 992 d.C., originalmente publicada no período da dinastia Chin antes de ser formalmente editada. As primeiras epidemias que se 18 - Introdução assemelhavam à dengue ocorreram em 1635 e 1699 nas Antilhas e América Central, respectivamente. Em relação à Febre Hemorrágica da Dengue (FHD), a primeira epidemia registrada ocorreu no sudeste da Ásia na década de 1950 e, em 1975, tornou-se uma das principais causas de hospitalização e morte entre crianças em muitos países (GUBLER, 2006; WILDER-SMITH; GUBLER, 2008; EVANGELISTA; DE OLIVEIRA; GONÇALVES, 2012; PASSOS; FIGUEIREDO, 2012). A Figura 1 mostra a distribuição geográfica e risco de transmissão da dengue referente ao ano de 2012 em todo o mundo. Observa-se a dispersão geográfica do vetor e da doença para os países situados entre a linha do Equador e abaixo do Trópico de Câncer, coincidindo com as áreas de maior adensamento populacional do planeta. A dengue apresenta maior ocorrência de casos nas Américas, África e parte da Ásia. Figura 1 - Distribuição da dengue globalmente, 2012. Fonte: (SIMMONS et al., 2012) – Adaptado. Em países asiáticos, a dengue é caracteristicamente reconhecida como doença de crianças, sendo importante causa de hospitalização pediátrica. Entretanto, dados indicam que os doentes idosos, acima de 65 anos, são mais propensos a serem hospitalizados, apresentam maior numero de óbitos e são menos propensos a apresentar hemorragia, independentemente do sorotipo infectante (KLIKS et al., 1988). Na Europa, a transmissão local da dengue foi relatada pela primeira vez na França e Croácia em 2010 e casos importados foram detectados em três outros países europeus (WHO, 2012c). 19 - Introdução Durante as duas últimas décadas, todas as áreas tropicais da América Central e América do Sul, bem como a maior parte do Caribe, aumentaram a incidência da dengue clássica e febre hemorrágica da dengue (SAN MARTÍN et al., 2010). 1.1.2. Dengue no Brasil Há relatos de que o Ae. aegypti foi introduzido no país, provavelmente, na época do tráfego de escravos, ou seja, ainda no Brasil Colônia (1500-1822). Faz-se referência à dengue no país desde o ano de 1846 e há referências de epidemias em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, no Rio de Janeiro, sem comprovação laboratorial. Intensas campanhas de erradicação do Ae. aegypti nas Américas foram incentivadas nas décadas de 1930 e 1940 pela Fundação Rockfeller e em 1947 pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) (FORATTINI, 1986; BARRETO; TEIXEIRA, 2008). Entre as décadas de 1950 e 1960, o Brasil e outros países da América Central e do Sul foram certificados como regiões livres do Ae. aegypti. Em 1955, o Brasil conseguiu eliminar seu último criadouro do mosquito e, três anos depois, o vetor foi declarado erradicado no país. Em 1967, confirmou-se a reintrodução do Ae. aegypti no Brasil. Em 1973 foi declarado novamente erradicado do país, ressurgindo em 1976, iniciando, a partir de então, uma progressiva dispersão no território nacional (OSANAI et al., 1983; LOURENÇO-DE-OLIVEIRA et al., 2002; BRAGA, I. A.; VALLE, 2007; BASTOS et al., 2012). Entre os anos de 1981 e 1982, foi documentada, clínica e laboratorialmente, a primeira epidemia causada pelos DENV-1 e DENV-4, que ocorreu em Boa Vista – Roraima. Em 1986, foi identificado no estado do Rio de Janeiro o DENV-1 e posteriormente disseminado para outros estados do Brasil. Entre 1986 e 1990, as epidemias de dengue se restringiram a alguns estados das Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste (Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia) (BRAGA, I. A.; VALLE, 2007) Em 1990, foi criada a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) que passou a ser responsável pela coordenação das ações de controle da dengue no Brasil. Neste mesmo ano, o vírus DENV-2 foi detectado no país e registrado milhares de casos da doença, época em que a forma hemorrágica foi documentada no Rio de Janeiro, com oito mortes notificadas. Posteriormente, os vírus DENV-1 e DENV-2 foram se disseminando para outros estados do país já infestados pelo Ae. aegypti, com aumento do número casos de 20 - Introdução dengue e a ocorrência de epidemias (SIQUEIRA JR et al., 2005; TEIXEIRA, L. D. A. S. et al., 2010). Em 1994, o DENV-3 foi reintroduzido nas Américas. No Brasil, a circulação deste sorotipo do vírus foi identificada pela primeira vez no estado do Rio de Janeiro em dezembro de 2000 e, posteriormente, no estado de Roraima, em novembro de 2001. No Brasil, a maior epidemia de dengue teve mais de 1,2 milhão de casos notificados em 2002, quando houve cocirculação de DENV-1, DENV-2 e DENV-3 (SIQUEIRA JR et al., 2005; MEDRONHO, 2006; BARRETO; TEIXEIRA, 2008). A cocirculação de vários sorotipos DENV no País (Figura 2) e a alta endemicidade da doença podem ser responsáveis pelo aumento da ocorrência de formas graves e o aumento no número de hospitalizações relacionadas com a dengue (SAN MARTÍN et al., 2010; TEIXEIRA, M. G. et al., 2013). Figura 2 - Sorotipos circulantes, Brasil, até a semana 06, 2012. Fonte: (BRASIL/OPAS/OMS, 2012). Atualmente, o Ae. aegypti está presente em todas as 27 unidades da Federação. Mais recentemente, a concentração de casos de dengue em centros urbanos vem sendo alterada, com aumento da incidência em municípios de pequeno e médio porte. Municípios com população menor que 100.000 habitantes notificaram 52,0% dos casos em 2007 e 16,0% das notificações ocorreram em municípios com população entre 100.000 e 500.000 habitantes (BRAGA, I. A.; VALLE, 2007; SILVAJÚNIOR, 2012). 21 - Introdução No Brasil, a notificação de doenças transmissíveis, entre elas a Dengue, é obrigatória e todos os casos suspeitos devem ser notificados à Vigilância Epidemiológica do município (BRASIL, 2009c; KAKKAR, 2012). Com aproximadamente 70,0% dos casos notificados, o Brasil é atualmente o país das Américas mais afetado em número de casos de dengue. Nos últimos anos, houve uma elevação no número de casos em crianças e no número de mortes por dengue tanto no Brasil quanto em outros países (SIQUEIRA JR et al., 2005; ABE; MARQUES; COSTA, 2012; SINAN, 2013b). 1.1.3. Dengue na Região Nordeste A dengue tem padrão endêmico na região Nordeste. Entre os anos de 1982 e 1997, foram notificados 502.772 casos da doença nessa região, correspondendo a 54,0% das notificações ocorridas no país. No período decorrido entre 1998 e 2001, os casos nordestinos aumentaram para 652.448 registros, correspondendo a 46,3% dos casos nacionais (SANTOS, 2003; GONÇALVES NETO; REBÊLO, 2004). As maiores incidências de casos de dengue coincidem com a estação chuvosa no Nordeste brasileiro, onde se tem observado um padrão de sazonalidade da doença. A notificação de casos aumenta nos meses de maior precipitação pluvial, de fevereiro a junho, e no final dessa estação e durante todo o período seco, observa-se diminuição do número de registros da doença. Entre 1990 e 2000 ocorreram várias epidemias, sobretudo nos grandes centros urbanos do Nordeste do Brasil (GONÇALVES NETO; REBÊLO, 2004; MONTEIRO et al., 2009; BARBOSA, 2012). O Ae. aegypti foi introduzido em São Luís, capital do Maranhão, em 1969, mas só chamou a atenção dos órgãos de saúde no ano de 1995, quando foram detectados os primeiros casos de dengue clássica. Nos anos de 1995 e 1996, ocorreu naquele município uma epidemia de dengue causada pelo sorotipo DENV-1. Em 2001, após considerável queda no número de casos de dengue nos dois anos anteriores, foi isolado o sorotipo DENV-2 e em 2002 notificaram-se quatro casos de FHD, com um óbito, coincidindo com a circulação do DENV-3, causando um estado de alerta em São Luís/MA (VASCONCELOS et al., 1999; SANTOS, 2003; GONÇALVES NETO; REBÊLO, 2004). Na Bahia, até o ano 2000, não houve nenhum registro de óbito por dengue, mesmo com dois sorotipos circulando: o DENV-2 (desde 1994) e o DENV-1 (a partir de 1997). A introdução do DENV-3 em 2002 levou a modificações do quadro 22 - Introdução epidemiológico daquele estado. A primeira epidemia de dengue na Bahia foi detectada em fevereiro de 1987 em Ipupiara, município de baixa densidade demográfica, quando foi identificado o sorotipo DENV-1. (TEIXEIRA, M. D. G. et al., 2001; MELO et al., 2010; PASSOS; FIGUEIREDO, 2012). Há casos de dengue notificados no Ceará desde 1986, com isolamento do sorotipo DENV-1. Nesses últimos 25 anos a dengue se manifestou de forma endêmica com o registro de, pelo menos, cinco epidemias nos anos de 1987, 1994, 2001, 2008 e 2011. Em 2012, segundo dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do estado do Ceará (SESA), durante todo o ano, foram registrados 51.463 casos de dengue, sendo 98,5% do tipo 4 e apenas 1,5% de DENV-1. Destes, 75,0% dos casos ocorreram em Fortaleza, com 24 óbitos dentre os 35 ocorridos em todo o estado. (CAVALCANTI et al., 2010; SESA, 2013). No Rio Grande do Norte, as mais importantes epidemias da dengue ocorreram em 2002 e 2008, inicialmente com a cocirculação do DENV-1 e do DENV-2 até 2002, e a partir desse ano, com o aparecimento do DENV-3 circulante. Esse mesmo padrão epidêmico de cocirculação desses sorotipos virais foi observado na cidade do Recife-PE (BARBOSA, 2012). Em Pernambuco, os primeiros casos autóctones de dengue ocorreram em 1987, com confirmação laboratorial e o isolamento do DENV-1. Foram identificadas as seguintes epidemias no estado: 1995-1996, causada pelo DENV-2, 1997-1999, causada pelo DENV-1 e 2002, pelo DENV-3 (CORDEIRO et al., 2007). Em 2008, Sergipe foi um dos estados brasileiros mais afetados com epidemias de dengue, com um aumento de 2.311,0% em comparação ao ano de 2007. Em relação aos anos seguintes foi observado um rápido declínio no número de casos da doença (ALVES et al., 2011; MARTEIS et al., 2013). Na região Nordeste, o cenário da doença pode ser visto na Tabela 1. 23 - Introdução Tabela 1 – Casos prováveis de dengue por grupo de idade, segundo os estados de residência na região Nordeste, Brazil, 2013. Estados de residência Grupos de idade <1 01 a 04 05 a 09 10 a 14 15 a 19 20 a 39 40 a 59 ≥ 60 Total Alagoas 159 541 757 972 1421 4356 1619 486 Bahia 653 1923 3273 5475 7094 25618 13365 4607 62008 Ceara 395 1005 1836 2720 3614 12478 6204 2012 30264 Maranhão 137 256 416 356 378 1297 576 205 Paraíba 227 494 697 1131 1467 5729 2834 1006 13585 Pernambuco 147 395 561 639 921 3813 1584 452 8512 Piauí 59 267 357 528 2143 1060 403 4992 Rio Grande do Norte 254 679 1035 1333 1837 7960 4515 1570 19183 Sergipe 16 50 66 103 359 123 49 175 40 10311 3621 806 Fonte: Sinan/SVS/MS. Dados de 2013 atualizados em Maio/2014. 1.1.4. Dengue no Piauí No estado do Piauí circulam os quatro sorotipos da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, onde a dengue tende a apresentar comportamento epidêmico essencialmente nos períodos de janeiro a junho (RIBEIRO; SOUSA; ARAÚJO, 2008; IBGE, 2010; NOGUEIRA; EPPINGHAUS, 2011). Na década de 1990 foi registrado o primeiro caso de dengue no estado do Piauí, provocado pelo DENV-2. A incidência da dengue no estado do Piauí e no município de Teresina, no período de 2000 a 2010, apresentou ciclos de alta transmissão influenciados pela predominância de diferentes sorotipos no país: no período de 2001 a 2006 foi DENV-3 e entre 2007 a 2009 foi DENV-2. Em 2003, a manutenção de um novo sorotipo de DENV pode ter ocasionado o aumento de doentes, bem como o número de internações (Figura 3) (CASTRO et al., 2003; BRASIL, 2011a; EVANGELISTA; DE OLIVEIRA; GONÇALVES, 2012). Em relação à febre hemorrágica da dengue, em 2004 não houve registro de episódios no Piauí. Até setembro de 2005, foram registrados 13 casos e em 2006, 34 casos de FHD, com nove óbitos no estado e letalidade de 26,0%. Em 2007, foram 24 - Introdução confirmados 86 casos de FHD com onze óbitos, representando uma letalidade de 13,0%. Já em 2008, houve registro de sete casos de FHD, sem óbitos, no estado (BRASIL, 2010a). Em 2009, em todo o estado do Piauí, foram notificados 4.006 casos prováveis de dengue e em comparação com 2010, que foram notificados 7.137 casos prováveis de dengue, houve um aumento de 78,2% de um ano para o outro. Em relação ao monitoramento da circulação viral, em 2010, foram analisadas 539 amostras das quais 42 foram positivas para DENV-1, oito para DENV-2 e uma para DENV-3 (BRASIL, 2011a). Em 2011, foi isolado o DENV-4 no Piauí. Em todo o estado, o número de casos de dengue em 2012 foi de 15.840 registros da doença, 15,7% maior do que as notificações feitas em 2011. Em 2013, foram notificados 4.992 casos de dengue no Piauí, o que representa uma redução em relação ao mesmo período de 2012 (NOGUEIRA; EPPINGHAUS, 2011; SESAPI, 2013a; SINAN, 2013a). Em Teresina, a ocorrência da dengue se dá ao longo de todos os meses do ano, com maior incidência no período chuvoso. Até 17 de maio de 2013, foram notificados 1.068 casos de dengue, com o maior percentual classificado como dengue clássica. A população da faixa etária de 20 a 34 anos foi considerada a de maior risco no período (SESAPI, 2012; FMS, 2013; SESAPI, 2013a). O primeiro caso com isolamento viral em Teresina foi provocado pelo DENV-2, na década de 1990. Em maio de 2002, foram relatados os primeiros os casos do DENV-3. Posteriormente, começou a circular o DENV-1. Até início de 2011, circularam os sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-3. A partir de março de 2011 foram notificados os primeiros casos do DENV-4 e atualmente circulam em Teresina os quatro sorotipos virais: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 (CASTRO et al., 2003; BRASIL, 2011b; NOGUEIRA; EPPINGHAUS, 2011; EVANGELISTA; DE OLIVEIRA; GONÇALVES, 2012). Em todo o ano de 2012, a maior incidência de casos de Teresina ocorreu no bairro Itararé, zona Sudeste de Teresina e nos bairros Santa Maria da Codipi e São Joaquim, localizados na zona Norte (FMS, 2013). A cidade de Parnaíba, localizada no litoral do estado, ficou com a segunda maior notificação, com 1.005 notificações da doença no Piauí (BRASIL, 2011b; SESAPI, 2013b). 25 - Introdução No Piauí, as pessoas de 20 a 39 anos foram as mais acometidas por dengue em todo o estado (Tabela 1). Em Teresina, no ano de 2012 houve redução número de casos hospitalizados da doença. Em 2013, uma morte por dengue foi registrada na cidade. A figura 3 demonstra o número de casos notificados com dengue por complicações, em Teresina, no período de 1999 a 2013. Figura 3 - Número de casos notificados com dengue por complicações, em Teresina, 1999 a 2013. Fonte: Sinan /SVS/MS (SINAN, 2013a). 1.2. Aspectos clínicos da dengue O processo infeccioso desencadeado pelo vírus da dengue pode variar desde uma infecção assintomática, até quadros mais graves e, em algumas situações, levar à morte. Clinicamente, apresenta quatro tipos de manifestações clínicas: infecção inaparente, dengue clássica (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque da dengue (SCD), sendo as duas últimas, as manifestações mais agravadas (BRASIL, 2009b). Deve-se suspeitar de dengue diante de um paciente que apresente febre alta acompanhada por pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia intensa, dor retroorbitária, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, infartamento ganglionar ou erupção cutânea. O período de incubação da doença é de 4-10 dias após a picada de um mosquito infectado, seguido de sintomas que geralmente duram 2-7 dias, podendo evoluir para a cura ou com complicações que podem ser letais (WHO, 2012c). 26 - Introdução Na fase inicial da doença, os achados laboratoriais incluem trombocitopenia e leucopenia leve a moderada, com elevação moderada dos níveis hepáticos de aminotransferases na maioria das vezes. Esta fase dura de 3 a 7 dias, após o qual a maioria dos doentes se recupera sem complicações. As crianças, embora tenham febre alta, geralmente são menos sintomáticas do que os adultos durante a fase de estado da doença. É comum se observar leves manifestações hemorrágicas como petéquias e hematomas, principalmente em locais de punção venosa (SIMMONS et al., 2012). A Febre Hemorrágica da Dengue/Síndrome do Choque da dengue (FHD/SCD) é caracterizada por extravasamento vascular sistêmico, levando ao choque hipovolêmico e uma taxa de mortalidade de até 5,0%. Essa fase geralmente acontece na época da defervescência, evidenciada pelo aumento da hemoconcentração, hipoproteinemia, derrame pleural e ascite. Pode ocorrer hipotensão, choque irreversível e morte. Sinais de deterioração iminente incluem vômitos persistentes, dor abdominal cada vez mais severa, hepatomegalia dolorosa, elevação do hematócrito, rápida diminuição na contagem de plaquetas, efusões serosas, sangramento da mucosa e letargia ou agitação. Sangramento de pele, sangramento de mucosas (gastrointestinal ou vaginal), ou ambos, pode ocorrer em adultos sem fatores precipitantes óbvios. Pode ocorrer moderada a grave trombocitopenia, aumento transitório no tempo parcial de tromboplastina ativada, além de diminuição nos níveis de fibrinogênio (GIBBONS; VAUGHN, 2002; BISWAS et al., 2012; SIMMONS et al., 2012; WHO, 2012c). O diagnóstico laboratorial da dengue pode ser feito por diferentes meios de investigação, entre eles: isolamento viral, detecção do ácido nucleico viral pelo método de RT-PCR (detecção de genoma viral (RT-PCR), técnica sorológica para pesquisa de anticorpos específicos – sorologia - (IgM/IgG), detecção de antígenos virais em tecidos utilizando técnica de imunohistoquímica e, mais recentemente, a pesquisa do antígeno não-estrutural 1 (NS1) que ampliou a possibilidade de detecção da dengue no início da fase aguda. O método mais empregado em saúde pública é a pesquisa de imunoglobulinas IgM ou IgG, pelo método de ELISA, que apresenta 90,0 a 97,0% de sensibilidade e menos de 2,0% de falsos positivos, sendo considerado o padrão ouro para o diagnóstico (GUZMÁN; KOURI, 2002; WHO, 2009; BRASIL, 2010a). O tratamento da FD continua a ser de suporte, com especial ênfase na administração de fluidos, uma vez que não há agente antiviral específico nem há vacina licenciada para proteger contra o vírus da dengue. Se a doença progride para FHD e SCD, 27 - Introdução a terapia mais intensiva com fluídos torna-se imperativa para restaurar o volume plasmático e manter a perfusão dos órgãos críticos. Em pacientes com hemorragia grave que compromete a função cardiovascular, também está indicada a transfusão de sangue (WHO, 2009). 1.3. A carga da doença no mundo e no Brasil Os sistemas de saúde em todo o mundo têm sido sobrecarregados pelo surgimento e ressurgimento de doenças anteriormente consideradas sob controle, além de serem muito afetados pelas desigualdades socioeconômicas e transformações demográficas, pelo envelhecimento populacional e agravo das doenças crônicas, como também pelas alterações das condições ambientais (TALIBERTI; ZUCCHI, 2010). Dos 96 milhões de infecções por dengue no mundo em 2010, estima-se que 70% dos casos da doença correspondam a casos que ocorreram na Ásia, com maior número de casos na Índia (34% do total). Nas Américas ocorreram 14% dos casos, principalmente no Brasil e México. A carga da dengue da África é quase equivalente ao das Américas, com 16% do total mundial. Os países da Oceania e Europa contribuíram com pequeno número das infecções aparentes globais (KAKKAR, 2012; BHATT et al., 2013). Apesar de a dengue ser uma doença de notificação compulsória no Brasil e o Ministério da Saúde ter implementado um sistema de vigilância desde a primeira epidemia no início de 1980, é muito difícil fazer a mensuração da carga total da dengue no país. Pelas suas características clínicas, a dengue é uma doença que acarreta grande demanda por atendimento médico, comprometimento laboral e escolar, além do impacto negativo na qualidade de vida das pessoas e familiares envolvidos (SUAYA, J. et al., 2009). Com a sobrecarga dos serviços de saúde, a dengue produz uma carga econômica importante refletida pela perda de horas de trabalho, gastos por hospitalização, assistência médica e medidas de prevenção e controle do vetor, entre outros. Um estudo econômico conduzido nas Américas entre 2000 e 2007 estimou um custo total da doença de 2,1 bilhões de dólares com aproximadamente 60% do total dos custos correspondendo aos custos indiretos, principalmente com perda de produtividade. O Brasil responde sozinho por 40,9% do custo total da dengue em todo continente americano (SHEPARD et al., 2011; SHEPARD; UNDURRAGA; HALASA, 2013). 28 - Introdução Tendo em vista a vigilância das doenças de forma insatisfatória, baixo nível de elaboração de relatórios, baixa letalidade, e análises comparativas inconsistentes, é provável que a verdadeira incidência e o impacto da dengue sejam significativamente maiores do que aquele descrito na literatura (BEATTY et al., 2011; GUBLER, 2011). Estima-se que, mundialmente, 700.000 Anos de Vida Ajustados por Incapacidade (DALY) por ano sejam perdidos devido a dengue. Em decorrência das mudanças climáticas e em função da transmissão vetorial sustentada, a dengue deve provocar um impacto ainda maior sobre a população, com complicações decorrentes da doença, além do aumento do número de óbitos (HOTEZ et al., 2008; ABE; MARQUES; COSTA, 2012). Em estudo sobre o custo da dengue em oito países, cinco nas Américas (Brasil, El Salvador, Guatemala, Panamá, Venezuela) e três na Ásia (Camboja, Malásia, Tailândia), nos anos de 2005-2006, demonstrou-se que, além do paciente, foram afetados outros membros da família que ajudaram a cuidar dele. O custo total de um caso ambulatorial não fatal foi em média I$ 514 dólares internacionais, enquanto o custo de um caso hospitalizado não fatal foi em média I$ 1,491 dólares internacionais. Naquele contexto, ficou bem caracterizado que um caso de dengue hospitalizado custou em média três vezes mais do que o ambulatorial. Por conseguinte, os ganhos econômicos seriam substanciais com uma vacina ou outras estratégias de prevenção da doença, se tais medidas fossem eficazes em impedir grande parte dessa carga financeira (SUAYA, J. et al., 2009; WHO, 2009). Em estudo multicêntrico realizado em países das Américas incluindo o Brasil, os custos indiretos relativos ao absenteísmo e dificuldade para exercer as atividades diárias ultrapassaram os custos médicos diretos durante o episódio de dengue (ARMIEN, BLAS et al., 2008; SUAYA, J. et al., 2009; WHO, 2009). Na última década, o Brasil vem contribuindo para a carga global da dengue no hemisfério ocidental, apesar de investimentos para controlar os mosquitos vetores e, consequentemente, tentar-se reduzir a transmissão da doença. Um estudo realizado sobre custos do Programa de Prevenção e Controle da Dengue no Município de São Paulo em 2005 evidenciou que a taxa de hospitalização da doença, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), tem sido crescente ao longo dos anos, passando de 0,15% dos casos notificados em 2001 a 20,08% em 2006, acarretando aumento de custos, que em muito 29 - Introdução ultrapassam os gastos com tratamento da forma clássica da doença (TALIBERTI; ZUCCHI, 2010; MARTELLI et al., 2011). 1.3.1. Avaliação econômica da dengue Segundo DEL NERO (1995), economia da saúde é definida como “o ramo do conhecimento que tem por objetivo a otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das condições ótimas de distribuição dos recursos disponíveis para assegurar à população a melhor assistência à saúde e o melhor estado de saúde possível, tendo em conta os meios e recursos limitados”. A economia analisa os custos, benefícios e a melhor maneira de distribuir os recursos, utilizando-se de metodologias que podem ser aplicadas em situações em que são necessárias decisões e há escassez ou limitação de recursos. No setor da saúde, os recursos são geralmente insuficientes e limitados, e a decisão de como utilizá-los é quase sempre centralizada nas figuras dos profissionais da saúde, administradores ou políticos (DEL NERO; PIOLA; VIANNA, 1995). A avaliação econômica visa identificar, quantificar e comparar os custos e as alternativas que são consideradas, e pode ser parcial (examina apenas custos) ou total (examina custos e consequências). Toda avaliação econômica deve estar orientada por uma questão de estudo bem definida, que determine o escopo, o desenho da pesquisa e a técnica mais apropriada, tendo igualmente bem especificadas a intervenção e as estratégias sob comparação, assim como a população-alvo, a perspectiva e o horizonte temporal do estudo (DRUMMOND MF et al., 1997; BRASIL, 2009c). Um estudo de avaliação econômica de tecnologias em saúde depende da população que está sendo avaliada. Deve-se especificar que grupos ou subgrupos potencialmente se beneficiarão dessa avaliação, definindo assim, a população-alvo. Nas análises de impacto orçamentário (AIO), existem dois métodos para a delimitação da população de interesse: o método epidemiológico e o método da demanda aferida. No método epidemiológico, define-se o território de interesse, a população que nele habita e o percentual dessa população que corresponde à faixa etária de interesse. Para doenças agudas e exacerbações agudas crônicas, a unidade de análise é o episódio e a estimativa epidemiológica deverá ser baseada na incidência de episódios; para doenças crônicas, a unidade de análise é o indivíduo e a estimativa epidemiológica deverá ser baseada na prevalência de casos da doença. Podem-se considerar doenças agudas aquelas com 30 - Introdução duração inferiores a 12 meses e doenças crônicas aquelas com duração de 12 ou mais meses (FERREIRA-DA-SILVA et al., 2012). Existem basicamente duas formas de realizar avaliações econômicas: estudos de custos e análises de custos/resultados. Os custos podem ser categorizados em: custos diretos, que são aqueles relacionados diretamente aos serviços de saúde, que implicam dispêndios imediatos, de identificação objetiva, correspondendo aos cuidados médicos e não médicos e custos indiretos, que estão relacionados às perdas para a sociedade resultantes da doença ou seu tratamento (perda de produtividade). Os custos diretos médicos referem-se aos insumos médicos utilizados diretamente para prestar o tratamento (hospitalizações, medicamentos, exames, próteses, honorários) e os custos diretos não médicos são custos dos pacientes e famílias que estão diretamente associados ao tratamento, mas que não são ligados à área da medicina ou hospitalar. Nesse grupo podemos citar os gastos envolvidos no transporte do paciente ao consultório ou hospital, alimentação e residência temporária. (BOMBARDIER; EISENBERG, 1985; LEWIS; LA FORGIA; SULVETTA, 1996; SECOLI et al., 2005). Além desses custos, pode-se agregar à análise do custo econômico da doença uma terceira categoria de custos: os custos intangíveis, que são os custos associados à dor e sofrimento, perda emocional e estigmatização social, para os quais é extremamente difícil atribuir um valor monetário. Como há dificuldade para medi-los diretamente, esses custos não são tipicamente incluídos em estudos de custo-efetividade. Na figura 4 estão representados os tipos de custos em uma avaliação econômica (TORRANCE; DRUMMOND, 2005). Figura 4 - Representação esquemática dos tipos de custos em uma avaliação econômica. Fonte: (BALBINOTTO NETO; SILVA, 2008). 31 - Introdução Os custos em economia da saúde referem-se aos recursos consumidos durante o fornecimento de cuidados à saúde. A análise dos custos em saúde envolve a identificação, mensuração e valoração de todos os recursos que são usados nos cuidados em saúde. Custeio significa método de apropriação de custos. Pode-se dizer que um sistema de custeio é constituído por etapas para o desenvolvimento do cálculo de custo. Os custos são calculados para estimar os recursos (ou insumos) que são utilizados na produção de um bem ou serviço (MARTINS, 1990; DRUMMOND, M.; MCGUIRE, 2001). Para estimativa de custos, é importante considerar alguns fatores econômicos nas análises, tais como preços de mercado, inflação, depreciação de bens e valor de oportunidade. Os valores devem ser expressos de preferência em uma moeda estável e em um ano específico; e quando os dados abrangem anos diferentes, o efeito da inflação deve ser removido, corrigindo os valores para os próximos anos ou para a inflação nos anos passados (BRASIL, 2008). O estudo do custo da doença (COI) propõe-se a determinar o impacto econômico total de uma doença ou condição de saúde sobre a sociedade, por meio da identificação, medição e avaliação de todos os custos diretos e indiretos. Este desenho de estudo focaliza os custos mas não aborda questões em relação a eficiência do tratamento. Os estudos COI estimam, para a sociedade, o impacto econômico total de uma doença em particular. As análises do tipo custo da doença são importantes para indicar as informações necessárias à decisão sobre prioridades de investimento em saúde bem como para verificar o impacto da implantação de ações e programas no setor da saúde (BALBINOTTO NETO; GARCIA, 2011). Existem quatro tipos de análise de custos completa: análise de minimização de custos; análise de custo-benefício; análise de custo-efetividade; e análise de custoutilidade. Na análise de minimização de custos (AMC) estudam-se os custos de uma determinada ação, comparando-os com alternativas que se sabe terem consequências iguais. Quando as alternativas apresentam efeitos equivalentes, então a mais eficiente será aquela que apresentar menores encargos. A análise de custo-benefício (ACB) é uma forma de avaliação econômica em que os custos dos procedimentos ou programas alternativos são comparados com resultados medidos em unidades naturais, tais como, o custo de vida salvo por ano, o custo por caso curado e o custo por dia sem sintomas. A 32 - Introdução análise de custo-efetividade (ACE) pode ser definida como um método de pesquisa para avaliar e quantificar os custos e as consequências clinicas da utilização de uma tecnologia ou programa de saúde de modo a estimar critérios de eficiência econômica sobre o uso alternativo dos recursos para atingir um determinado objetivo. Já a análise de custoutilidade (ACU) é vista como uma técnica específica útil porque leva em consideração ajustamentos da qualidade de vida para um dado conjunto de resultados de tratamento, enquanto simultaneamente proporciona um resultado genérico para comparação de custos e resultados em diferentes programas (ROBINSON, 1993; DRUMMOND MF et al., 1997). As metodologias de custeio para análise de custos de serviços de saúde são classificadas em microcusteio e macrocusteio. O método de microcusteio é a maneira mais acurada para avaliar potencialmente o custo das intervenções de saúde, especialmente em serviços inovadores cujas necessidades de recursos não estão disponíveis a partir de fontes de dados secundários, mas existem relativamente poucos aplicativos de microcustos publicados, uma vez que pode ser um estudo caro. Para Swindle e cols. o microcusteio deve ser aplicado em componentes de custo que são propensos a mostrar grande variação de custo entre os pacientes (SWINDLE et al., 1999; FRICK, 2009). O microcusteio costuma utilizar a analise de prontuários dos pacientes para determinar que serviços específicos foram utilizados e atribuir custos a cada serviço. (RASCATI, 2010). O método de microcusteio subdivide-se em Botton-up ou Top-down. Na estimativa Botton-up (de baixo para cima) os custos são coletados diretamente de uma amostra de pacientes, tanto retrospectivamente usando prontuários e questionários como prospectivamente utilizando uma amostra para um dado período de tempo. Na estimativa Top-down (de cima para baixo) utilizam-se bancos de dados estatísticos e registros para estimar os custos para uma dada amostra de prevalência (ARAUJO, 2010). O macrocusteio (gross costing) é um método menos preciso que o microcusteio e identifica os itens de custo em alto nível de agregado, englobando um ou alguns componentes de custo mais relevantes para o serviço analisado (TAN et al., 2009). Do ponto de vista conceitual, “perspectiva” é o ponto de vista a partir do qual a avaliação econômica é conduzida. As perspectivas mais usadas são as do paciente, do sistema de saúde e da sociedade em geral. Na perspectiva da sociedade, deverão ser 33 - Introdução incluídos todos os custos diretos da produção do serviço/procedimento e dos tempos perdidos pelos pacientes e seus familiares, além dos custos relacionados à perda de produtividade e morte prematura, adotando-se para sua valoração a renda per capita nacional. Já a perspectiva do pagador público, no caso do nosso sistema de saúde SUS ou convênios, pode servir como um reflexo de valores cobrados para prestação de serviços. Quanto ao horizonte temporal, deve-se tomar como base o curso natural da condição mórbida e o provável impacto que a intervenção tenha sobre ele (DRUMMOND MF et al., 1997; BRASIL, 2009c; CONSTENLA et al., 2009). Os estudos econômicos aplicados à saúde, de forma geral, baseiam-se na avaliação do impacto de determinada medida, por meio da relação do custo com os efeitos de natureza econômica ou na saúde da população-alvo. Acredita-se que o processo de tomada de decisão sobre assuntos relacionados à assistência em saúde pode ser mais bem instruído melhorando-se a capacidade de avaliação sobre a eficácia e a eficiência das medidas propostas na gestão da assistência à saúde (DA ROCHA MIRANDA, 2003). Tendo em vista que o financiamento da saúde pode advir de duas fontes básicas, pública e privada, em relação ao financiamento, o sistema de saúde no Brasil pode ser classificado em quatro grandes grupos: o grupo do Sistema Único de Saúde (SUS), universal e integral com financiamento por meio de impostos e contribuições; o segmento dos planos privados de saúde, financiados pelas famílias e empregadores; o segmento de acesso restrito para servidores públicos e militares, financiado pelos próprios servidores e com recursos públicos; e o grupo de provedores privados de saúde, mediante ao pagamento direto (MENEZES et al., 2006). A contribuição da economia no âmbito da assistência à saúde tem gerado conhecimentos aplicáveis à realidade dos serviços, auxiliando na determinação das prioridades da gestão em saúde, bem como na alocação de recursos (DRUMMOND, M. F.; TORRANCE; GREG, 1991; BRASIL, 2008). A medida da carga financeira e social de uma doença pode ser útil na decisão dos gestores em saúde sobre onde e como aplicar seus recursos, justificando a necessidade de investimento e fortalecimento do setor de vigilância em saúde (PEREIRA et al., 2014). A área de avaliação econômica em saúde ainda apresenta escassez de bancos de dados abrangentes, de forma que as informações insuficientes possam levar os pesquisadores a assumirem pressupostos, contribuindo para o aumento da incerteza dos 34 - Introdução modelos. Para minimizar o problema, é necessário conduzir uma análise de sensibilidade a fim de verificar os potenciais impactos destas variações no resultado do estudo (DRUMMOND, M.; MCGUIRE, 2001). 1.4. Estratégias de Prevenção e Controle da Dengue Existe atualmente a necessidade de melhoria das estimativas do verdadeiro impacto da dengue em escala mundial devido a subregistro da doença. Para que o controle da dengue seja eficaz, é de fundamental importância que haja vigilância e comunicação. A quantificação mais precisa do impacto da dengue no mundo permitirá uma melhor política, aplicação adequada dos recursos financeiros e priorização de medidas eficazes no controle da doença (GUBLER, 2012; BHATT et al., 2013; SHEPARD; UNDURRAGA; HALASA, 2013). O mapeamento de doenças vem sendo instrumento básico no campo da saúde pública. Alguns estudos brasileiros têm utilizado diferentes técnicas de análise espacial baseadas em dados individuais e agregados para identificar áreas de maior risco para dengue. Em razão da grande capacidade de dispersão do vetor, da mobilidade das populações, do contingente populacional nas cidades e da complexidade dos problemas sociais e políticos que afetam a qualidade de vida e o ambiente, o controle da dengue é uma das tarefas mais difíceis para os serviços de saúde. Ainda existem muitas questões a serem esclarecidas sobre a doença, desde a eliminação dos locais onde os mosquitos se reproduzem até o combate à cadeia de transmissão da doença com o desenvolvimento de políticas nacionais de controle da mesma (TAUIL, 2002; SIQUEIRA et al., 2004; SIQUEIRA-JUNIOR et al., 2008; BRASIL, 2010a). A vigilância epidemiológica da dengue consiste na detecção precoce dos casos, realização de investigação para identificar a área de transmissão, acompanhamento da curva epidêmica e realização de investigação de óbitos suspeitos. Todos os casos suspeitos de dengue atendidos nos serviços de saúde pública ou de prestadores de saúde privados devem ser notificados no Sinan e acessíveis na internet. O Sistema Nacional de Vigilância e Controle de Doenças (SNVS) do Brasil opera como parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Em situações epidêmicas, a coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao desencadeamento e avaliação das medidas de controle. Os casos graves devem ser notificados e investigados 35 - Introdução imediatamente, preferencialmente, durante o período de internação. (BARRETO; TEIXEIRA, 2008; BRASIL, 2010b; BARRETO et al., 2011). Em 1996, o Ministério da Saúde instituiu o Programa de Erradicação do Ae. aegypti (PEAa) no Brasil. Ao longo do processo de implantação desse programa observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito a curto e médio prazos e o PEAa teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal. Em julho de 2002, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), com mudanças efetivas em relação aos modelos anteriores, passando a envolver toda a sociedade no controle do vírus e implantar a estratégia de controle em todos os municípios brasileiros (BRASIL, 2002). Objetivando atingir metas do PNCD, foi proposta a elaboração de programas permanentes, realização de campanhas de informação e de mobilização da população, vigilância epidemiológica e entomológica, melhoria da qualidade do trabalho de campo no combate ao vetor, integração com o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programa Saúde da Família (PSF), além da evidente necessidade de sensibilizar a população no combate ao vetor (BRAGA, I. A.; VALLE, 2007). Em 2009, o Ministério da Saúde propôs outras medidas de prevenção e controle da dengue, quando elaborou as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemia de Dengue apresentando um plano de trabalho organizado por componentes referente à assistência, à vigilância epidemiológica, ao controle vetorial, além da comunicação e mobilização para orientar a revisão dos planos estaduais e municipais de controle da dengue, visando à redução do impacto da dengue sobre a saúde da população (BRASIL, 2009a). O controle efetivo do vetor tem sido o esteio da prevenção e controle da dengue. Além disso, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e melhor relato dos casos também são essenciais para avaliar a verdadeira situação da dengue no mundo. Não existe atualmente nenhuma vacina ou tratamento antiviral específico para enfrentar a crescente ameaça da dengue, sendo que o prognóstico da doença depende do diagnóstico precoce e do manejo clínico apropriado. Dessa forma, uma medida promissora para o controle da endemia poderá ser o desenvolvimento de uma vacina tetravalente para uso 36 - Introdução em larga escala na população (HALSTEAD, 2007; MURRAY; QUAM; WILDERSMITH, 2012). Avaliar o impacto econômico durante o episódio da dengue representa conhecer não somente os custos dos vários componentes do PNCD e do Programa Municipal de Combate à Dengue (PMCD), como também conhecer sobre os gastos relacionados ao tratamento da doença, desde o atendimento nas unidades básicas de saúde até o diagnóstico e a hospitalização dos casos mais graves, sobre os gastos que recaem sobre as famílias, incluindo-se os dias perdidos de trabalho dos doentes e cuidadores e, finalmente, sobre os prejuízos para a economia do país (TALIBERTI; ZUCCHI, 2010). 37 - Introdução 2 JUSTIFICATIVA Estudos econômicos são de fundamental importância em relação às ações políticas de saúde pública, evitando prejuízos econômicos produzidos pela doença, que poderiam ser evitados caso houvesse investimentos no controle ou na prevenção da doença (Shepard et al. 2004). Ainda são poucas as publicações acerca dos impactos socioeconômicos e da qualidade de vida dos pacientes com dengue no Brasil (Suaya et al. 2009). Esses tipos de dados são necessários para permitir que as autoridades de saúde pública e políticas possam tomar decisões informadas sobre a eficácia de custo de programas de controle da dengue. Vale lembrar que o setor privado também é fundamental nas análises econômicas para orientar a tomada de decisões em vacinas e desenvolvimento de medicamentos antivirais (GUBLER, 2012). De maneira geral, esses resultados são relevantes tanto na saúde pública como para reduzir os prejuízos sociais, que poderiam ser evitados ou minimizados caso houvesse medidas eficazes para o controle da doença, como por exemplo, uma potencial vacina contra dengue. No Brasil, a investigação sobre os custos do episódio da dengue foi realizada na região Centro-oeste, evidenciando a expressiva carga da doença em adultos e a necessidade de expandir esse tipo de mensuração em outros contextos regionais (MARTELLI et al., 2011). Em continuidade a essa linha de pesquisa em dengue, este estudo demonstra os referidos achados em Teresina, uma área metropolitana da região Nordeste. Considera-se assim que este trabalho possa consubstanciar avaliações que permitam ampliar o cenário no foco da pesquisa favorecendo estratégias para a diminuição significativa do número de casos de dengue em futuro próximo. Esta pesquisa busca contribuir para a produção de novos conhecimentos na área da saúde mostrando o impacto com os custos diretos e indiretos relacionados à assistência médica de pacientes ambulatoriais e hospitalares. Além disso, visa também subsidiar os formuladores das políticas e gestores para melhor direcionamento dos recursos e planejamento das ações de assistência à 38 - Justificativa saúde relacionada à dengue. 3 OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Analisar o impacto econômico do episódio de dengue sob as perspectivas do pagador público e da sociedade, em pacientes ambulatoriais e hospitalizados atendidos nos setores públicos e privados de saúde, em Teresina-PI e realizar revisão sistemática da literatura sobre os custos da dengue em países das Américas. 3.2. Objetivo Específico Estimar os custos associados com o episódio de dengue: custos médicos diretos, custos não médicos diretos e custos indiretos. 39 - Objetivos 4 MÉTODOS O presente estudo compõe a pesquisa multicêntrica sobre o impacto econômico da dengue no Brasil, conduzida em seis capitais (Teresina, Recife, Belém, Goiânia, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), em quatro regiões brasileiras (Nordeste, Norte, Centro-Oeste e Sudeste). Esta tese apresenta os resultados de custos do episódio da dengue em Teresina – PI. 4.1. Delineamento do Estudo Esta pesquisa foi delineada como estudo de custo em coorte prospectiva utilizando-se o método de macro e micro custeio no município de Teresina, Piauí, no período de janeiro de 2012 a agosto de 2013. Os pacientes suspeitos de dengue foram recrutados no início dos sintomas da doença e a coleta dos dados de custos foi realizada aproximadamente de 15 a 30 dias após o início dos sintomas. Esse intervalo foi escolhido para minimizar o viés de memória (Figura 5). Figura 5 - Delineamento geral do estudo, Teresina/PI, 2012-2013. 40 - Métodos 4.2. Local do estudo O local de estudo foi a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina (RIDE), 1,1 milhão de hab., que corresponde a 33,3% da população do Piauí e apresenta densidade populacional de 584,95 hab./km2 (Figura 6). A cidade está localizada entre os rios Parnaíba e Poti, a 5° 5'S, 42° 48'W. A altitude média do município varia de 100 a 150m. O clima é tropical, a temperatura média anual é de 27°C e, a precipitação anual é de 1.300 mm. As temperaturas mais elevadas começam em agosto e duram até dezembro, e os intervalos de estação chuvosa, de janeiro a abril (IBGE 2010). Teresina possui 124 bairros divididos administrativamente em três Coordenações Regionais de Saúde (CRS): Centro-Norte, Sul e Leste-Sudeste, contemplando um total de 261.468 imóveis (residenciais comerciais e terrenos baldios). Aproximadamente 95,0% dos bairros têm serviço de abastecimento de água, embora exista intermitência em alguns deles. Apenas 13,0% da área urbana são cobertos por esgotamento sanitário e a coleta de lixo é feita em dias alternados (MONTEIRO et al., 2009). Figura 6 - Mapa do Brasil com destaque para a região Nordeste, Piauí e Teresina. Fonte: (LUVENTICUS, 2013). 41 - Métodos 4.3. Critérios de inclusão e exclusão Foram considerados elegíveis casos suspeitos de dengue residentes em TeresinaPI. Foram excluídos os pacientes que não concordaram em assinar o TCLE, os residentes em outros municípios, ainda que tivessem sido tratados nessa cidade, aqueles com endereços incompletos e os pacientes impossibilitados de responder à entrevista, mesmo com a colaboração do responsável. 4.4. Definição de Caso Os pacientes recrutados apresentavam suspeita clínica de dengue definida como febre, associada a duas ou mais das seguintes manifestações: cefaleia, dor retro orbital, mialgia, artralgia, prostração ou exantema (com ou sem a presença de hemorragia). Estes critérios de definição de caso de dengue estão em consonância com as diretrizes brasileiras (BRASIL, 2009a). Foram considerados ambulatoriais os pacientes advindos de consultas em consultórios ou que estiveram em observação por menos de 24 horas; foram considerados hospitalares os pacientes internados ou em observação por período maior ou igual a 24 horas. 4.5. Classificações de casos Casos de dengue clássica (DC), Dengue com complicações e Febre hemorrágica da Dengue (FHD) foram definidos seguindo-se as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) vigente em 2012 e posteriormente reclassificados de acordo com a atualização da norma em 2013 (WHO, 2009); (BRASIL, 2013a). Caso suspeito de dengue clássica – paciente que tivesse doença febril aguda, com duração máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro orbital, mialgia, artralgia, prostração e exantema. Além desses sintomas, deveria ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde estivesse ocorrendo transmissão de dengue ou tivesse a presença de Ae. Aegypti (BRASIL, 2013a). 42 - Métodos Caso suspeito de FHD – todo caso suspeito de dengue clássico que apresentasse também manifestações hemorrágicas, variando desde prova do laço positiva até fenômenos mais graves, como hematêmese, melena e outros. A ocorrência de manifestações hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele fria e úmida, agitação), levou a suspeita de síndrome de choque. Caso confirmado de dengue clássica – caso confirmado laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação poderia ser feita através de critério clínicoepidemiológico, exceto nos primeiros casos da área, que deveriam ter confirmação laboratorial. Caso confirmado de FHD – caso em que todos os critérios abaixo estivessem presentes: febre ou história de febre recente, com duração de 7 dias ou menos; trombocitopenia (≤100.000/mm3); manifestações hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras, sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e outros; extravasamento de plasma, devido ao aumento de permeabilidade capilar, manifestado por: hematócrito apresentando um aumento de 20,0% do valor basal (valor do hematócrito anterior à doença) ou valores superiores a: 45,0% em crianças, a 48% em mulheres e a 54,0% em homens; ou, queda do hematócrito em 20,0%, após o tratamento; ou, presença de derrame pleural e/ou pericárdico, ascite e hipoproteinemia; confirmação laboratorial específica (sorologia ou isolamento). Caso de dengue com complicações – todo caso suspeito de dengue que apresentasse uma das situações abaixo: Caso suspeito de dengue que evoluiu para forma grave, mas não possuia todos os critérios para ser encerrado como FHD; nessa situação, a presença de pelo menos uma das alterações clínicas e/ou laboratoriais abaixo era suficiente para encerrar o caso como dengue com complicações: alterações neurológicas; disfunção cardiorrespiratória; insuficiência hepática; hemorragia digestiva importante (volumosa); derrame pleural, pericárdico e ascite; plaquetopenia inferior a 20.000/mm3; leucometria igual ou inferior a 1 ml/mm3. Caso suspeito de dengue que evoluiu para óbito, mas não possuiu todos os critérios para ser encerrado como FHD. 43 - Métodos Caso descartado: Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo (2 resultados negativos, amostras pareadas de IgM), desde que se comprovasse que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente. Caso suspeito de dengue com diagnóstico laboratorial de outra entidade clínica. Caso suspeito, sem exame laboratorial, cujas investigações clínica e epidemiológica fossem compatíveis com outras patologias. Neste projeto, todos os casos foram revistos pelo pesquisador clínico para assegurar a definição e classificação dos casos. 4.6. Recrutamento dos pacientes Os pacientes foram recrutados nas seguintes unidades de saúde: Setor público (Hospital de Doenças Tropicais Nathan Portella – Anexo 4) e setor privado (Hospital Unimed – Anexo 5), que eram visitadas semanalmente pelos entrevistadores. Adicionalmente, a Secretaria Estadual de Saúde (Laboratório Central do Estado do Piauí – Lacen – Anexo 6) fornecia uma lista de casos notificados semanalmente para consulta e inclusão de novos casos. Outro banco de dados consultado semanalmente foi o do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan (Sinan NET e Sinan WINDOWS). No Sinan foram realizadas buscas das notificações de casos de dengue pela Classificação Internacional de Doenças - CID 10: A90 e A91 (DATASUS, 2010). Os potenciais pacientes foram contatados para agendamento das entrevistas domiciliares ou no seu local de trabalho. Aos pacientes selecionados ou responsáveis legais (para crianças) que preencheram os critérios de elegibilidade foi solicitado que assinassem um termo de consentimento informado (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE) e em seguida incluído no estudo (Figura 7). 44 - Métodos Figura 7 - Fluxograma do Trabalho de Campo. 4.6.1. Seleção da Amostra No período do estudo, 2.694 pacientes foram notificados na cidade de Teresina, dos quais, 1.896 pacientes sintomáticos de dengue foram triados e 415 (22,0%) atenderam os critérios de inclusão. Foram excluídos 1.471 (77,6%) por residirem em outros municípios e principalmente por estarem com endereços incompletos; 10 (0,5%) por não assinaram o TCLE (Figura 8). A quantidade de pacientes no setor hospitalar inferior a 100 justificou-se em decorrência da baixa circulação de vírus no período da coleta 45 - Métodos 1.896 pacientes com suspeita de dengue / FHD 1.481 Excluídos 1.471 residiam em outros municípios, ou o endereço estava incompleto/ou não foram encontrados em casa. 10 recusaram-se a assinar o consentimento informado. 415 casos recrutados com dengue 355 Casos Ambulatoriais 324 Setor Público 31 Setor Privado 60 Casos Hospitalares 30 Setor Público 30 Setor Privado Figura 8 - Seleção dos Sujeitos da Pesquisa. 4.7. Coleta de Dados A coleta de dados abrangeu o período de janeiro de 2012 a Agosto de 2013. Foi desenvolvido um questionário eletrônico (disponível em: www.cpqam.fiocruz.br/custodengue) para serem aplicados utilizando tablets. Os dados do questionário foram armazenados em um banco de dados, MS SQL Server, versão 2008 R2, instalado no servidor CPqAM (Anexo 7). O questionário continha dados sobre atendimento ambulatorial ou hospitalar; tipo de unidade de saúde (setor público ou privado); data inicial e final de sinais/sintomas; dados demográficos, de classificação econômica, história de dengue anterior. Foram também coletados custos diretos não médicos (transporte, alimentação, alojamento), custos diretos médicos (consulta médica, medicamentos, exames laboratóriais e radiológicos) e custos indiretos (absenteísmo e dias de escola perdido). 46 - Métodos 4.7.1. Fontes de dados secundários Foi utilizado o ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que é uma medida do progresso em longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde, que varia de baixa (0) a um (1), que é o mais alto índice de bem-estar. Em 2010, o IDH de Teresina foi de 0,751 (PNUD, 2012). No Brasil, a renda média per capita (em Reais), período 2012 (salário mínimo = R$ 622,00/US$ 274) foi de R$ 860,53/US$ 379, e no Nordeste foi R$ 550,62/US$ 246,3 (IBGE, 2012). Dados dos Sistemas de Informação em Saúde foram também utilizados: Indicadores e Dados Básicos, Brasil, (DATASUS); Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN); Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). 4.8. Organização do Trabalho de Campo Etapa 1: Pacientes com suspeita clinica de dengue identificados pelo atendimento ambulatorial e hospitalar e nas listas (Lacen e Sinan) foram contatados pelos entrevistadores. Nessa etapa, os objetivos do projeto foram explicados e, se pertinente, obtido a assinatura do termo de consentimento, coleta do endereço para entrevista domiciliar e agendamento da entrevista familiar. Etapa 2: Foi realizado entrevista domiciliar (15-30 dias após o início dos sintomas) para coleta de dados socioeconômicos dos pacientes e familiares, sobre a utilização dos serviços de saúde, despesas com desembolso direto e de custos indiretos durante o episódio dengue. Os entrevistadores foram treinados pela coordenadora de campo e eram estudantes da área de saúde. Para conduzir a entrevista, os entrevistadores foram orientados a ler as perguntas e opções de resposta para o paciente. Caso o paciente não entendesse a pergunta, o entrevistador lia a pergunta novamente e marcava a escolha do paciente, sem, no entanto, orientar as respostas dadas. Quando necessário, os pais ou cuidadores dos pacientes menores de idade foram entrevistados. 47 - Métodos Os pacientes ou responsáveis foram entrevistados no intervalo de 15 a 30 dias após o início dos sintomas clínicos (período de convalescença). Foi realizada uma entrevista por telefone para avaliar o estado de saúde do participante (aproximadamente 30 dias após) para os casos que não estavam recuperados no momento da entrevista domiciliar. Os períodos de acompanhamento foram estabelecidos para permitir reunir os custos durante o período inicial da doença até a fase de convalescença tardia. Para o deslocamento aos hospitais, unidades de saúde e residência dos pacientes, os entrevistadores disponibilizaram de veículo e motorista contratado especialmente para as atividades da pesquisa. Para a realização das entrevistas, eles utilizaram tablets com chips ligados à internet o que possibilitou a entrada direta ao banco de dados. O acesso aos pacientes hospitalizados foi realizado com a autorização das diretorias dos hospitais por meio de Termo de Anuência Institucional. 4.9. Quantificação dos Custos A estimativa de custo deste estudo baseou-se em quantificar o impacto econômico do episódio de dengue, com avaliação dos custos diretos e indiretos. Os custos foram avaliados sob as perspectivas do pagador público e da sociedade, incluindo os setores público e privado, pacientes e suas famílias. O horizonte temporal da análise foram dois anos, que incluiu a sazonalidade de dengue, com períodos de baixa e alta transmissão. Foram avaliados os custos médicos diretos (visitas médicas, medicação e testes/exames de laboratório); custos não-médicos diretos (alimentação, alojamento e transporte e outras despesas com desembolso direto) e custos indiretos (absenteísmo e dias de escola perdidos). Todos os custos foram inicialmente calculados na moeda local (Real [R$]) e convertidos para dólares americanos (USD) utilizando uma taxa média de câmbio (1,00 R$ = 0,44079 USD em 20 de novembro de 2013) pelo conversor de moedas OANDA (www.oanda.com). 48 - Métodos 4.10. Análise de Dados A unidade de análise foi um episódio de dengue, definido como um caso de dengue sintomático com confirmação clínico/epidemiológica ou laboratorial. Para classificar o nível econômico foi utilizada a classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP (ABEP, 2012). O Critério de Classificação Econômica Brasil - CCEB categoriza os participantes em oito níveis, de A1 a E. Esta classificação estima o poder de indivíduos e famílias categorizados em oito classes econômicas (renda familiar média) de compra: no topo da lista A1 (R$ 12.926 - USD 5,698); A2 (R$ 8.418 - USD 3,711); B1 (R$ 4.418 - USD 1,947); B2 (R$ 2.565 - USD 1,131); C1 (R$ 1541 – USD 679); C2 (R$ 1.024 - USD 451), D (R$ 714 - USD 315) para E (R$ 477 - USD 210) parte inferior da lista. A taxa de câmbio utilizada foi de R$ 1 = 0,44079 USD em 20 de novembro de 2013 (www.oanda.com). Nos casos em que houve dificuldade para determinar a renda da família, a renda assumida foi a do chefe de família. As fórmulas para cálculo dos custos diretos médicos, diretos não médicos e os custos indiretos para os pacientes ambulatoriais e hospitalares estão descritas nos Quadros 2, 3, e 4, respectivamente. Os custos médios foram calculados de acordo com as fórmulas apresentadas no Quadro 5. 4.10.1. Estimativas do impacto econômico da dengue Para conhecer o impacto da doença em Teresina foram utilizados os cálculos apresentados no Quadro 6. Considerando-se que as notificações passivas de dengue são em geral subestimadas recomenda-se utilizar um multiplicador chamado Fator de Expansão (FE) para melhor aproximação do número de casos existentes. No Brasil, o fator de expansão para casos hospitalizados foi de 1.6 em estudo realizado na cidade de Belo Horizonte (DUARTE; FRANÇA, 2006). Para casos ambulatoriais o FE sugerido por Luz et al (2009) variou de 0.3 a 10. Na ausência de um número mais preciso e considerando o cenário epidemiológico do período optamos por utilizar FE = 2 (Quadro 7). 49 - Métodos Foi realizada uma análise de sensibilidade para avaliar o grau de estabilidade dos resultados deste estudo quando variamos as estimativas de probabilidades, determinadas pela variação do Fator de Expansão (FE=1, 2, 5 e 10). Quadro 2 - Avaliação dos Custos Diretos Ambulatoriais da Dengue, 2012/2013. 50 - Métodos Quadro 3 - Avaliação dos Custos Diretos Hospitalares da Dengue, 2012/2013. Custo por caso hospitalizado = Custo por caso hospitalizado tratados em ambulatório + Custo por caso tratado no hospital ponderado pelo número de pacientes hospitalizados que tiveram atendimento ambulatorial. 51 - Métodos Quadro 4 - Avaliação dos Custos Indiretos Ambulatoriais e Hospitalares da Dengue, 2012/2013. Quadro 5 - Fórmulas para cálculos dos custos diretos médicos, diretos não médicos e custos indiretos. Ambulatório CTAmb = CDAmb + CIAmb, onde CDAmb = CCM + CMedicação + CExLab + CNMD Sendo, CTAmb = Custo Total Ambulatorial, CDAmb = Custo Direto Ambulatorial, CIAmb = Custo Indireto Ambulatorial, CCM = Custo da Consulta Médica, CMedicação = Custo da medicação, CExLab = Custos de Exames Laboratoriais, CNMD = Custos Não Médicos Diretos. Hospital CTHosp_Amb = CTHosp + CTAmb, onde CTHosp = CDHosp + CIHosp, onde CDHosp = CDHosp + CDAmb X % de pacientes hospitalizados que tiveram cuidados ambulatoriais, onde CDAmb = CCM + CMedicação + CExLab. Sendo, CTHosp_Amb = Custo Total Hospitalizado que tiveram atendimento Ambulatorial prévio, CTHosp = Custo Total Hospitalizado, CTAmb = Custo Total Ambulatorial, CDHosp = Custo Direto Hospitalizado, CTAmb = Custo Total Ambulatorial, CIHosp = Custo Indireto Hospitalizado, CDAmb = Custo Direto Ambulatorial, CCM =Custo Consulta Médica, CMedicação = Custo de medicação, CExLab = Custos de Exames Laboratoriais. 52 - Métodos Quadro 6 - Fórmulas dos cálculos para estimativa dos custos de dengue, com base nos casos registrados no banco de dados do Sinan, no período de Janeiro 2012 – Agosto 2013. Custo do caso de dengue: derivado de dados primários. CC = CT/n Sendo, CC = Custo do Caso de dengue, CT = Custo Total, n = Número da amostra de Teresina. Foi adotada a razão de 9:1 (casos ambulatoriais: hospitalares) para estimar o numero de casos ambulatoriais e hospitalares registrados pelo SINAN. C_Eamb = CRSinan X 90% C_Ehosp = CRSinan X 10% Sendo, C_Eamb = Casos Estimados de Atendimento Ambulatorial, CRSinan = Casos Registrados pelo SINAN, C_Ehosp = Casos Estimados de Atendimento Hospitalar. Para estimar a relação do número de casos atendidos no setor privados e público em Teresina, utilizou-se como parâmetro dados do IBGE que demonstram que 75% da população da região Nordeste utiliza assistência à saúde pelo SUS (IBGE, 2012). C_Eamb_pub = C_Eamb x 75% C_Eamb_priv = C_Eamb x 25% Sendo, C_Eamb = Casos Estimados de Atendimento Ambulatorial, C_Eamb_pub = Casos Estimados de Atendimento Ambulatorial no setor público, C_Eamb_priv = Casos Estimados de Atendimento Ambulatorial no setor privado. C_Ehosp_pub = C_Ehosp x 75% C_Ehosp_priv = C_Ehosp x 25% Sendo, C_Ehosp_pub = Casos Estimados de Atendimento Hospitalar no setor público, C_Ehosp = Casos Estimados de Atendimento Hospitalar, C_Ehosp_priv = Casos Estimados de Atendimento Hospitalar no setor privado. O CG foi calculado com: CC multiplicado pelo número de CR. CG = CC x CR. Sendo, CG = Custo Global, CC = Custo de Caso de dengue, CR = Casos Registrados pelo SINAN. CEcon foi calculada como: CEcon = CG/CRSinan Sendo, CE = Carga Econômica, CG = Custo Global, CRSinan = Casos Registrados pelo SINAN. Os resultados foram estratificados por casos ambulatoriais e hospitalares. CEconT_amb = CEcon x C_Eamb CEconT_hosp = CEcon x C_Ehosp Sendo, CEconT_amb = Carga Econômica Total de Ambulatório, CEcon = Carga Econômica, C_Eamb = Casos Estimados de Atendimento Ambulatorial, CEconT_hosp = Carga Econômica Total de Hospital, C_Ehosp = Casos Estimados de Atendimento Hospitalar. 53 - Métodos Quadro 7 - Fórmulas dos cálculos para estimativa dos custos de dengue e simulação com uso de fator de expansão, com base nos casos registrados no banco de dados do Sinan, no período de Janeiro 2012 – Agosto 2013. Para ajustar as subnotificações dos casos registrados do SINAN, aplicou-se o uso de dois fatores de expansão (FE): 2 (para ambulatório) e 1,6 (para hospital). C_amb (ajust) = C_amb x 2 C_hosp (ajust) = C_hosp x 1,6 Sendo, C_amb (ajust) = Casos ambulatoriais ajustados, C_amb = casos ambulatoriais, C_hosp (ajust) = Casos hospitalares ajustados. Para o setor público, os dados sobre os custos de medicação foram baseados no Banco de Preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos - CMED (ANVISA, 2013) utilizada pelo governo para a compra pública de medicamentos. Os custos de laboratório, exames/procedimentos: exames de Raios-x, ultrassom etc, foram obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DataSUS (DATASUS, 2013). Para os custos de medicação no setor privado foi utilizada a lista de medicamentos: "Guia Farmacêutico Brasíndice, de janeiro de 2013" (BRASÍNDICE, 2013) e para laboratório/exames e procedimentos foram utilizados os custos da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos - CBHPM/Tabela da Associação Médica Brasileira – AMB 92, a partir de listas de preços (AMB, 2012). Os custos unitários foram estimados pelo produto do custo unitário de cada procedimento realizado pela quantidade de cada item utilizado. Depois, foram calculados os valores totais, considerando o número de casos classificados nos diferentes grupos. Os dados foram expressos em reais (R$), tanto para o pagamento pelo SUS quanto para seguros de saúde, para os quais também é apresentado o valor em CH (coeficiente de honorários médicos), unidade utilizada pela Associação Médica Brasileira, que quantifica cada procedimento médico para efeito de remuneração. Neste estudo, o valor do CH considerado (0,26) corresponde à média dos valores pagos pelos seguros de saúde aos procedimentos médicos realizados. 54 - Métodos O custo por dia de escola foi baseado a partir do critério brasileiro, que leva em conta o nível de educação dos indivíduos em cada estado (BRASIL, 2012b). Para o cálculo do custo da diária escolar para alunos do ensino superior, o custo-aluno no setor público em 2008 foi estimado em R$15.000,00 (USD 6,507.38) baseado em nos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira/Ministério da Educação (INEP, 2011) Para o cálculo dos dias perdidos de escola pelo paciente de ensino médio e fundamental, foi utilizada a Portaria Interministerial Nº 1360-A, 19 de novembro de 2012, página nº 228, 27 de novembro de 2012 - Diário Oficial da União (BRASIL, 2012b), considerando o Ano escolar = 200 dias letivos - Lei de Diretrizes e Bases – MEC (BRASIL, 1996b) e o Mês comercial = 30 dias - Decreto Nº 7.872, de 26 de dezembro de 2012 (BRASIL, 2012a). A análise descritiva das frequências, médias, medianas e desvios-padrão (DP) foi realizada para fins de comparação entre os setores. Foi utilizado o teste do quiquadrado (2) de Pearson para comparar a distribuições das características dos casos de dengue e estimativa de média com 95% de confiança (IC95%). O nível de significância adotado foi de 5% para todos os testes (p-value). Foram analisadas as frequências de classes econômicas de acordo com a sua admissão no setor público ou privado. Uma estimativa dos custos regionais e nacionais anuais de dengue levou em conta os casos notificados pelo sistema de notificação oficial (Sinan), simultaneamente com o período de estudo (2012-2013). Foi estimado o custo de cada paciente verificando os valores referentes à diária hospitalar, transporte, alimentação, medicamentos, serviços diagnósticos e de profissionais de saúde. Este cálculo teve por base os valores utilizados pela própria unidade de saúde/instituição hospitalar, no cálculo de pacientes atendidos por seguros de saúde, por desembolso direto ou pelo Sistema Único de Saúde. Os valores obtidos foram transformados em custos por atendimento no setor público ou privado, em atendimento ambulatorial ou hospitalar. Para o cálculo dessas unidades de custo, cada paciente respondeu a um questionário aplicado como entrevista padronizada contendo perguntas como: meio de transporte utilizado, tempo de deslocamento e custo do transporte. Os meios de transporte 55 - Métodos identificados foram: transporte público, motocicleta, bicicleta, automóvel próprio, taxi e caminhada. O custo do paciente variava de acordo com o número de consultas que cada paciente necessitava receber, que interferia no número de deslocamentos, e com a duração do tratamento. Ou seja, tratamentos de mesma duração poderiam ter custos diferentes, dependendo do número de consultas. Tratamentos com pequena duração, mas que requeriam muitas consultas resultava em menor custo do tempo de tratamento, porém, com maior custo dos deslocamentos. A análise de dados foi realizada pelos programas Statistical Package for Social Sciences, version 17.0 Windows (SPSS Inc. Chicago, II, USA), Programa Microsoft Excel® 2010 e Pacote R (avaliado em: http://www.r-project.org/). 4.11. Considerações Éticas Esse estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Piauí sob o nº. 026/2011 (Anexo 1) e pela Plataforma Brasil (Plataforma Brasil: (aplicacao.saude.gov.br/ plataformabrasil) sob o nº. 94.121/2012 (Anexo 2). Todos os pacientes selecionados para a pesquisa ou seus representantes legais em caso de menores de idade (<18 anos) assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 3). Foi assegurado o sigilo das informações através de codificação das entrevistas, com exclusão dos nomes nos registros eletrônicos. Foram consentidas as autorizações institucionais dos hospitais e do Lacen, por meio do Termo de Anuência (Anexos 4, 5 e 6), para a realização da pesquisa e o livre acesso aos prontuários dos pacientes hospitalizados, seguindo os princípios éticos das pesquisas biomédicas que envolvem seres humanos, de acordo com a Resolução Nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996a). Cumpridas também as recomendações contidas nos “Ethical principles for medical research involving human subjects” da Declaração de Helsinki da Associação Médica Mundial, com as diversas modificações ocorridas (SAIF, 2000). 56 - Métodos Fonte de Financiamento Esta pesquisa fez parte da pesquisa multicêntrica para estimar o custo de dengue no Brasil com o financiamento do Laboratório Sanofi Pasteur (www.sanofipasteur.com). 57 - Métodos 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Artigo 1: Econômic Impact of Dengue: Multicenter Study across Four Brazilion Regions. Periódico submetido: PLOS – Neglected Tropical Diseases. Artigo 2: Considerações sobre custo da dengue nas Américas e revisão sistemática da literatura. Periódico submetido: Revista Panamericana de Salud Pública - PAHO-WHO / Pan American Journal of Public Health (PAJPH) . 58 – Resultados e Discussão 59 Artigo 1 59 – Resultados e Discussão 60 60 – Resultados e Discussão 61 61 – Resultados e Discussão 62 62 – Resultados e Discussão 63 63 – Resultados e Discussão 64 64 – Resultados e Discussão 65 65 – Resultados e Discussão 66 66 – Resultados e Discussão 67 67 – Resultados e Discussão 68 68 – Resultados e Discussão 69 69 – Resultados e Discussão 70 70 – Resultados e Discussão 71 71 – Resultados e Discussão 72 72 – Resultados e Discussão 73 73 – Resultados e Discussão 74 74 – Resultados e Discussão 75 75 – Resultados e Discussão 76 76 – Resultados e Discussão 77 77 – Resultados e Discussão 78 Artigo 2 Considerações sobre custo da dengue nas Américas e revisão sistemática da literatura Mírian Perpétua Palha Dias ParenteI Noemia Teixeira de Siqueira FilhaII João Bosco Siqueira JrIII Fanny Julia Mireille CortesII Alexander Itria III Celina Maria Turchi MartelliII, III I Centro de Ciências da Saúde. Universidade Estadual do Piauí. II Fundação Oswaldo Cruz, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. III Departamento de Saúde Coletiva. Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública. Universidade Federal de Goiás. Endereço para correspondência: Mírian Perpétua Palha Dias Parente Rua Profª Juliêta Neiva Nunes, 5821, Bairro Uruguai, Teresina-Piauí, Brasil. CEP 64073-500. Email: [email protected] Tel.: +55-869-9953-6767 78 – Resultados e Discussão 79 RESUMO OBJETIVO: Revisão sistemática da literatura sobre os custos da dengue nas Américas, comparação da metodologia e dos custos em dengue. MÉTODOS: Pesquisa bibliográfica conduzida nas seguintes bases de dados eletrônicas: MEDLINE/PubMED, EMBASE e LILACS, no período de 2004 a 2014. Para os estudos selecionados, os custos foram convertidos em valores de moeda local, corrigidos com o índice de preço ao consumidor (2014) e convertidos para o poder de paridade de compra (PPC) possibilitando comparações. RESULTADOS: 728 publicações foram identificadas nas bases de dados, das quais apenas 13 artigos foram selecionados para análises. Nove dos treze estudos foram realizados na perspectiva da sociedade e três na perspectiva do sistema de saúde. Na maioria dos estudos, os custos indiretos representaram o maior percentual no total de custos para os pacientes ambulatoriais. Em contrapartida, para os pacientes hospitalizados, os custos diretos médicos apresentaram os maiores percentuais. O impacto econômico da dengue foi estimado em I$ 3,2 bilhões por ano, variando de I$ 1,4 a I$ 5,9 bilhões, quando se inclui as seis sub-regiões das Américas. CONCLUSÃO: A dengue representou um custo econômico elevado para o sistema de saúde e para a sociedade na América Latina. Houve variabilidade metodológica entre os estudos, tanto das características dos sistemas de vigilância instituídos em cada país, quanto pela realização das pesquisas em períodos endêmicos e/ou epidêmicos. Palavras-chave: Dengue, Custos, Economia da Saúde, Américas, Revisão. ABSTRACT OBJECTIVE: A systematic review of the literature on the costs of dengue in the Americas, comparison of methodology and dengue costs. METHODS: A literature search conducted in the following electronic databases: MEDLINE / PubMed, EMBASE and LILACS, from 2004 to 2014. For the studies selected, costs were converted to local currency values, corrected with the price index of consumer (2014) and converted to purchasing power parity (PPP) enabling comparisons. RESULTS: 728 publications were identified in the databases, of which only 13 items were selected for analysis. Nine of the thirteen studies have been conducted from the perspective of society and three in the health system perspective. In most studies, indirect costs accounted for the highest percentage in the total costs for outpatients. In contrast to hospitalized patients, the direct medical costs showed the highest percentage. The economic impact of dengue was estimated in I$ 3.2 billion per year, ranging from I$ 1.4 to I$ 5.9 billion when it includes the six sub-regions of the Americas. 79 – Resultados e Discussão 80 CONCLUSION: Dengue represented a high cost to the health system and society in Latin America. There were methodological variability between studies, both the characteristics of surveillance systems set up in each country, as for carrying out research on endemic and / or epidemic periods. Keywords: Dengue, Costs, Health Economics, Americas Review. Introdução A infecção pelos vírus da dengue é considerada a mais comum das arboviroses do mundo, com estimativas de 50-100 milhões de infectados por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (1). Utilizando-se diferentes metodologias, o total de infectados por dengue pode ser três vezes maior do que o indicado na estatística oficial da OMS (2). Essas novas estimativas globais chegam a 390 milhões de infecções por dengue por ano e 96 milhões de casos da doença em 2010. Nesse estudo, as Américas contribuíram com 40,5 milhões de infectados e 13,3 milhões de casos de dengue. Esse número representa 14% dos casos de doença no mundo, dos quais metade são procedentes do Brasil e do México (2). Recente revisão sistemática da epidemiologia e carga da dengue na América Latina e Caribe mostrou tendência crescente na incidência da doença entre os anos de 1995 e 2010, sendo aproximadamente 60% dos casos registrados no Brasil (3). Na região das Américas a dengue é considerada um dos principais desafios de saúde pública pela carga da doença, pela dificuldade de controle vetorial e pelo potencial de causar epidemias (4,5). Frente às expectativas de introdução de uma vacina de dengue, estudos abordando o impacto econômico da doença e custo efetividade dessa nova tecnologia será necessário. Esses estudos geram informações que auxiliam os gestores na tomada de decisão sobre a implementação dessa intervenção em larga escala (6–8). Drummond et al (2005) destaca que a carga e os custos da doença na perspectiva da sociedade, bem como os anos de vida perdidos, são componentes fundamentais nas avaliações econômicas de tecnologias em saúde (9,10). No entanto, a variabilidade metodológica dificulta a comparação dos estudos entre países/regiões e/ou em diferentes períodos epidêmicos (11). Recentemente foram publicadas diretrizes metodológicas para estudos de custos em dengue nas Américas intitulado “Costing Dengue Cases And Outbreaks: A Guide To Current Practices And Procedures” (www.jhsph.edu). Essas recomendações representaram o esforço conjunto de pesquisadores e gestores em saúde de países endêmicos a fim de possibilitar comparabilidade dos estudos econômicos em dengue (12). Poucas estimativas do impacto econômico da dengue na América Latina foram publicadas, apesar da elevada carga da doença no continente (13). Síntese da estimativa de custos da dengue, com atualização para o ano de 2010, mostrou que o impacto econômico da dengue excedeu àquele encontrado em outras doenças virais nas Américas (14). O presente manuscrito visa fazer revisão sistemática da literatura sobre os estudos de custos da dengue em países das Américas, avaliando os estudos de custos em dengue de acordo com as diretrizes 80 – Resultados e Discussão 81 metodológicas publicadas (12). Os resultados de custo foram convertidos para valor de PPC para possibilitar comparação. Métodos Foi realizada uma revisão da literatura de artigos publicados sobre os custos da dengue. A pesquisa bibliográfica foi conduzida nas seguintes bases de dados eletrônicas: (1) Medical Literature Analysis and Retrieved System – MEDLINE/PubMED (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/); (2) EMBASE (http://www.embase.com/login) e (3) Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS (http://lilacs.bvsalud.org/). Realizou-se também busca manual com base nas referências listadas nos artigos inclusos na revisão. As buscas bibliográficas foram conduzidas através de descritores catalogados no Descritor em Ciências da Saúde – DeCS e no Medical Subject Headings – MeSH, em português, espanhol e em inglês contidos no título ou nos resumos dos estudos. Utilizou-se o operador booleano “AND” e “OR”, além da utilização das aspas a fim de facilitar a busca aos manuscritos. A combinação de termos utilizados juntos ou separados nas respectivas bases de dados (Medline/PubMed, EMBASE e LILACS) foram: “dengue”; "dengue virus”; “severe dengue”; “hemorrhagic dengue”; “dengue hemorrhagic fever”; “hemorrhagic fever dengue”; “dengue shock syndrome”; “classic dengue fever”; “classical dengue”; “cost*”; “cost analysis”; “direct costs”; “indirect costs”; “cost measure*”; “cost of illness”; “health care costs”; “health expenditure”; “burden of illness”; “cost of disease”; “cost of sickness”; “dengue” OR "dengue virus” OR “severe dengue” OR “hemorrhagic dengue” OR “dengue hemorrhagic fever” OR “hemorrhagic fever dengue” OR “dengue shock syndrome” OR “classic dengue fever” OR “classical dengue”. “cost*” OR “cost analysis” OR “direct costs” OR “indirect costs” OR “cost measure*” OR “cost of illness” OR “health care costs” OR “health expenditure” OR “burden of illness” OR “cost of disease” OR “cost of sickness”. “dengue” OR "dengue virus” OR “severe dengue” OR “hemorrhagic dengue” OR “dengue hemorrhagic fever” OR “hemorrhagic fever dengue” OR “dengue shock syndrome” OR “classic dengue fever” OR “classical dengue AND “cost*” OR “cost analysis” OR “direct costs” OR “indirect costs” OR “cost measure*” OR “cost of illness” OR “health care costs” OR “health expenditure” OR “burden of illness” OR “cost of disease” OR “cost of sickness”. Os critérios de inclusão foram: artigos originais, publicados em periódicos internacionais ou nacionais, realizados em países da América Latina, indexado em uma das bases anteriormente citadas, no período entre 01 de janeiro de 2004 a 8 de outubro de 2014. Foram excluídos editoriais, conferências e relatos de casos. A seleção dos artigos foi inicialmente realizada pela leitura dos títulos e resumos com exclusão dos que não se enquadravam nos critérios de inclusão. Foram identificadas as referências repetidas nos bancos de dados de busca bibliográficas. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra por dois revisores independentes (MPPDP e NTSF) para a extração de 81 – Resultados e Discussão 82 dados e posterior conferência por revisores (CMTM e FJMC). As discordâncias foram avaliadas em conjunto para harmonização dos dados coletados. As buscas e revisões foram realizadas entre 05 de setembro e 08 de outubro de 2014. Para a extração de dados dos artigos construímos uma ficha de coleta de dados com as variáveis: autor, ano de publicação do estudo, local do estudo (cidade/unidade federativa/País), tipo de estudo econômico, definição de caso, método do estudo, tamanho da amostra, horizonte temporal, perspectiva de estudo, dados de custo, setor (público ou privado), local de atendimento (ambulatório ou hospital), componente de custo (direto médico e não médico, indireto), custo por caso de dengue, fator de expansão, estimativa de custo regional e/ou nacional, impacto do PIB no país, limitações do estudo, análise de sensibilidade e inclusão de custos de programa de controle do vetor e com mobilização social. Para permitir a comparação dos resultados dos estudos realizados em países e anos diferentes, cada componente de custo foi convertido em valores de moeda local de cada país referente ao ano de investigação. Em seguida os valores monetários dos resultados foram corrigidos com o índice de preço ao consumidor para todos os consumidores urbanos de assistência à saúde anual de 2014, para contabilizar os efeitos da inflação do período. (US Department of Labor. US labor statistics data. Consumer Price Index. http://www.bls.gov/cpi/.). Posteriormente, os valores foram convertidos usando a paridade do poder de compra (PPC), que é a taxa de câmbio que equivale o preço de uma cesta de bens e serviços idênticos em dois países. Assim, os custos da doença ou prevenção foram apresentados em dólar internacional, que é uma moeda hipotética usada no intuito de possibilitar a comparação entre países usando um ponto de referência comum, o dólar americano. (Organization for Economic Co-operation and Development. Purchasing power parities (PPP). http://www.oecd.org/std/ppp). As conversões dos custos por episódio de dengue foram realizadas para os estudos com dados primários (15). Publicações com atualização dos resultados já publicados não foram convertidos para evitar informações duplicadas. Resultados Foram encontradas 728 publicações referentes aos custos em dengue nas Américas, das quais 13 artigos preencheram os critérios de inclusão (Figura 1). Dos artigos incluídos 05 foram recuperados pela base de dados EMBASE; quatro pelo MedLine (PubMed); três pelo LILACS e uma por busca manual de referências. Das 381 referências encontradas na base de dados EMBASE, 371 (97,4%) foram excluídas pelo título. Das 10 referências selecionadas, quatro eram conferências e uma foi excluída após leitura completa. Das 293 referências encontradas na base de dados MedLine (PubMed), 284 (96,9%) foram excluídas pelo título. Das 09 citações selecionadas, quatro estavam duplicadas na base de dados EMBASE e uma era editorial, totalizando cinco exclusões. Das 53 referências encontradas na base LILACS, 47 (88,7%) foram excluídos pelos títulos. Dos 06 trabalhos selecionados, dois estavam duplicados na base MedLine e um foi excluído após leitura completa. 82 – Resultados e Discussão 83 Identificação Figura 1 – Resultado da busca bibliográfica na identificação de estudos de custo em dengue nas Américas. Registros identificados através de pesquisa de banco de dados n = 727 (Embase = 381; Medline = 293; LILACS = 53) Registros duplicados excluídos n = 06 Registros identificados n = 728 Registros excluídos 702 leitura título/resumo 04 conferências 01 editorial n = 707 Elegibilidade Registros selecionados (títulos e resumos) n = 722 Texto completo artigos / documentos elegíveis n = 15 Incluídos Seleção Registros adicionais identificados através outras fontes n=1 (Avaliação de referências) Estudos / documentos incluídos na síntese qualitativa n = 13 (Embase = 5; Medline = 4; LILACS = 3; Avaliação de referências = 1) Textos completos excluídos (não obedeceu a critérios de inclusão) n=2 A tabela 1 apresenta os estudos de custos da dengue (COI) nas Américas na última década (2004-2014). Onze das treze publicações referem-se a estudos realizados em diferentes países: Brasil (2 artigos), Cuba (2), Venezuela (2), Argentina (1 artigo), Colômbia (1), Panamá (1), Porto Rico (1) e Nicarágua (1). A publicação de Suaya et al (2009) refere-se a estudo multicêntrico, englobando cinco países das Américas (Brasil, El Salvador, Guatemala, Panamá e Venezuela). Na publicação intitulada “Economic impact of dengue illness in the Americas” (14) os custos do episódio de dengue do estudo multicêntrico (16) foram atualizados para valores do dólar em 2010. As publicações Armien et al, (2008) e Suaya et al (2009) os dados 83 – Resultados e Discussão 84 primários de custos do episódio de dengue do Panamá são da mesma pesquisa. Nove dos treze estudos foram realizados na perspectiva da sociedade e três na perspectiva do sistema de saúde (público e/ou privado). Especificamos na tabela 1 os estudos que utilizaram fator de expansão (FE) para os casos de dengue atendidos em ambulatório ou em hospital nas suas estimativas de custos regionais e/ou nacionais. O estudo multicêntrico (16) realizou análise de sensibilidade com variação de FE (2, 3 e 6). Os maiores valores de FE foram registrados para estudos da Nicarágua (17), que atribuiu valor FE=20 para período endêmico e FE=10 para período epidêmico. A Tabela 2 apresenta os custos diretos médicos, diretos não médicos e indiretos por paciente convertidos em dólares internacionais (2014), estratificado por ambulatório e hospital. No estudo multicêntrico de Suaya, os custos hospitalares foram em média superiores aos custos ambulatoriais. Os custos hospitalares variaram de I$ 2.079 a I$ 917 para o Panamá e para a Guatemala, respectivamente. O componente de custos diretos médicos representou aproximadamente 70% do custo total, exceto para o Brasil (~ 50%). Os custos de pacientes ambulatoriais variaram interpaíses de I$ 853 a I$ 193 para o Brasil e a Guatemala, respectivamente. Nessa tabela de conversão para dólares internacionais dos componentes de custo da dengue foram excluídas as publicações de Armien (Panamá) e Shepard (multicêntrico) com resultados na publicação anterior de Suaya (2009). Dois estudos de custos hospitalares de dengue foram realizados na Venezuela (Añez, 2006; Natera, 2009). O primeiro estudo mostrou que os custos diretos médicos de pacientes de dengue hospitalizados foram de I$ 137 e os custos indiretos variaram de I$ 402 a I$ 525 para os anos de 2003 e 2001, respectivamente. Nessa publicação não há dados dos custos diretos não médicos. No segundo estudo, as estimativas de custos médicos diretos na capital Caracas variaram de I$ 1.244 a I$ 3.066 para os anos de 2000 e 2008, respectivamente. Essa publicação não avaliou os custos indiretos (18). Na Argentina, o estudo de Tarragona (2012) avaliou os custos da dengue em três cenários, com alternativas médicas de menor custo (primeiro cenário) e de maior custo (terceiro cenário) para atendimento em unidade de terapia intensiva (UTI), em diferentes regiões do país. Os custos diretos médicos variaram de I$ 242 a I$ 872 (UTI) e os custos indiretos variaram em I$ 277 a I$ 320 para perda laboral e de I$ 24 a I$ 35 para perdas de dias de escola, conforme as regiões (19). Em Guantánamo, Cuba, o custo por caso hospitalar de dengue foi estimado em I$ 1.213, sendo o custo direto médico de I$ 752 correspondendo a ~62% do total, seguido pelo custo indireto: I$ 352 (~29%) e o restante de custo direto não médico (20). Estudo realizado em duas cidades da Colômbia estimou os custos de acordo com a gravidade dos pacientes hospitalizados de dengue, evidenciando que os casos graves de dengue apresentaram custos superiores a 60% comparado aos casos hospitalares de menor gravidade (I$ 2.031 versus I$ 1.283) (21). 84 – Resultados e Discussão 85 Em Porto Rico, o custo do episódio de dengue em pacientes ambulatoriais foi de I$ 1.944, dos quais aproximadamente 70% representaram custo indireto e 30% custos diretos médicos e não médicos. Em contrapartida, para os pacientes atendidos em hospital, aproximadamente 70% do total dos custos foram custos diretos médicos. Os custos hospitalares foram cerca de quatro vezes maior que os custos ambulatoriais (22). Na Nicarágua, o custo total por paciente, ambulatório e hospital, variou de I$ 373 a I$ 797 (17). O estudo de Machado (2014) realizado em um hospital público e três hospitais privados em Dourados, cidade localizada na região Centro-Oeste do Brasil estimou em I$ 554 os custos diretos médicos (23). Estudo de Pereira (2014) avalia os custos do episódio de dengue após inundação (2011) da cidade de Nova Friburgo no Estado de Rio de Janeiro. Os custos diretos médicos foram estimados em I$ 342 e os indiretos variaram entre I$ 97 a I$ 166 de acordo com o salário mínimo nacional (2011) e a renda média da cidade, respectivamente. Nesse estudo, os autores mostram um aumento de pelo menos 30 vezes o número de casos notificados de dengue após o desastre ambiental, comparado com os anos anteriores (24). A figura 1 sumariza os componentes dos custos do episódio de dengue para pacientes ambulatoriais e hospitalares. Na maioria dos estudos, os custos indiretos representaram o maior percentual no total de custos para os pacientes ambulatoriais. Em contrapartida para os pacientes hospitalizados, os custos diretos médicos apresentaram os maiores percentuais. Discussão Identificamos 13 estudos de custo da dengue no período desta revisão sistemática (2004-2014) indicando o interesse em mensurar o impacto econômico da dengue nos países da região em anos recentes. Nas Américas o primeiro estudo multicêntrico, na perspectiva da sociedade, foi realizado simultaneamente em cinco países (Brasil, Venezuela, El Salvador, Guatemala, Panamá) no ano de 2005 (16). Houve variabilidade do custo total por caso ambulatorial ou hospitalar interpaíses. No entanto os componentes de custos foram proporcionalmente similares nos diferentes países estudados. Os custos indiretos representaram o maior percentual do total de custo por pacientes atendido em ambulatório. Em contrapartida, para os pacientes hospitalizados por dengue os custos diretos médicos foram predominantes para a maioria dos países. Considerando-se que o estudo utilizou um protocolo comum de investigação, a variabilidade nos custos por episódio de dengue parece refletir as características de atendimento de cada local, o tipo de acesso aos serviços de saúde e as condições econômicas de cada país. Os autores estimaram em I$ 343 milhões os custos agregados de morbidade e mortalidade por dengue (2001-2005) nesses cinco países das Américas. Do mesmo grupo de investigadores (14) o impacto econômico da dengue foi estimado em I$ 3,2 bilhões por ano, variando de I$ 1,4 a I$ 5,9 bilhões, quando se inclui as seis sub-regiões das Américas. Essa 85 – Resultados e Discussão 86 atualização do impacto econômico da dengue utilizou os resultados de custos do estudo multicêntrico (16) atualizando os valores para o ano de 2010, e fazendo extrapolações para os demais países da região. O estudo multicêntrico conduzido em diferentes países das Américas possibilitou comparar os custos diretos e indiretos do episódio da doença, nos distintos contextos epidemiológicos regionais (16). Nesse estudo, o custo médio por caso hospitalizado foi calculado em aproximadamente I$ 1.700 (dólares internacionais) no Panamá e no Brasil versus I$ 750 na Guatemala. Na comparação intra-país, o custo médio por caso hospitalizado foi aproximadamente três vezes maior que o custo do caso ambulatorial. Nos casos de dengue tratados em ambulatório, o componente de custos indiretos decorrente da perda de produtividade do paciente/familiar, dias de escola perdidos foram superiores aos dos custos diretos em decorrência ao atendimento médico. Nesse estudo o Brasil foi representado por uma capital da região centro-oeste e a investigação realizada em 2005, com circulação de DENV-1, DENV-2 e DENV-3, antes da escalada da transmissão da dengue regionalmente. Após o período estipulado nesta revisão (2014), as recentes publicações do impacto da dengue na Colômbia (25), México (26) e no Brasil (27) merecem ser discutidas. O custo da dengue na Colômbia foi estimado em aproximadamente US 168 milhões na epidemia de 2010 (25). Nesse estudo, o componente do custo médico direto do episódio de dengue representou a maior parcela dos custos totais dos pacientes hospitalizados enquanto os custos indiretos associados à perda produtiva dos pacientes ou cuidadores representaram a maior parcela dos custos por caso atendido em ambulatório. Essa distribuição proporcional de componente de custos foi similar à encontrada em estudos anteriores em outros países das Américas (14,16). Recentemente um extenso estudo da carga da dengue no México avaliou os custos da doença e da prevenção utilizando de múltiplas fontes de dados (vigilância, controle vetorial, entrevistas de pacientes) (26). Além da carga da doença em DALYs, foi realizada análise de sensibilidade de vários parâmetros (fator de expansão, custo unitário, dias de trabalho perdido, utilização de serviços de saúde entre outros) para avaliar incertezas das estimativas econômicas. As estimativas dos casos discriminados por casos e óbitos foram apresentadas para o período de 1995 a 2011. O No México o custo médio anual da dengue foi estimado em US$ 170 milhões. No Brasil, o custo global da dengue na perspectiva da sociedade atingiu US 1,2 bilhões para período epidêmico de 2012-2013 (27). Esses altos valores incluem os custos médicos, perda de produtividade e óbitos considerando-se os ajustes dos casos notificados. Nesse valor não foram incluídos os custos das intervenções de controle vetorial, educativas e de vigilância da doença. Consideramos que esse estudo multicêntrico nacional foi a avaliação do impacto da dengue mais representativa, sob a perspectiva da sociedade, utilizando dados de entrevistas de cerca de dois mil casos suspeitos de dengue, atendidos em ambulatório e/ou hospital do setor público e privado, das quatro regiões mais endêmicas de dengue (Norte; Nordeste, CentroOeste e Sudeste). O custo do episódio de dengue variou Inter regiões na dependência dos tipos de serviços de saúde oferecidos, da incidência e/ou gravidade da doença, da proporção de 86 – Resultados e Discussão 87 atendimentos no setor público ou privado e condições socioeconômicas da população. Nesse estudo, 67% dos custos totais foram relativas aos custos de casos atendidos em ambulatório. Assim, a dengue representou substancial impacto econômico, particularmente pela grande demanda de atendimento ambulatorial e pela perda de produtividade relacionados à doença. Embora o custo médio do episódio de dengue do caso hospitalar tenha sido maior que o custo do caso atendido em ambulatório, apenas 10% do total dos casos de dengue foram hospitalizados no período (27). Essa característica clínica–epidemiológica da dengue no Brasil, maior proporção de casos ambulatoriais, contrasta com as características do atendimento com maiores proporções (peso, share) de custos hospitalares no total dos custos da doença, relatados em diferentes contextos epidemiológicos (28). De forma geral, a perda de produtividade devido a dengue vem sendo apontado como um dos principais componentes de custos em dengue em publicações sobre avaliação do impacto econômico da dengue (28); (26). Essa importância da perda de produtividade mensurada pelo componente de custos indiretos reforça a necessidade de avaliação do impacto da dengue na perspectiva da sociedade (1). Vale ressaltar a variabilidade nos custos do episódio da dengue entre os países da América e mesmo dentro de um mesmo país, mesmo em estudos multicêntricos utilizando o mesmo protocolo de investigação (16). As variações de custo do episódio de dengue entre os países podem ser decorrentes das diferenças epidemiológicas regionais; dos sistemas de saúde e das diretrizes para manejo da doença estabelecido, além das diferenças econômicas regionais. Diferentes critérios de inclusão dos casos, se suspeitos e/ou confirmados laboratorialmente, podem interferir no custo da doença dificultando a comparabilidade sobre o impacto da doença. As estimativas dos custos globais da dengue dependeram dos registros dos casos de dengue notificados pelo sistema de vigilância (14). Aspectos epidemiológicos da dengue, como a sazonalidade da doença (períodos endêmicos e epidêmicos), bem como as características dos sistemas de vigilância instituídos, devem ser levados em conta na interpretação das estimativas globais de custos (29,30). Por exemplo, no Brasil, a dengue se caracterizou por tendência crescente da série temporal com ampla dispersão geográfica no período de 2000-2010 (5). Foram notificadas cerca de 1 milhão casos de dengue em 2010, enquanto 2 milhões de casos foram registrados nas epidemias desde a introdução da dengue no país (31). Como lidar com as variações da incidência da dengue é ainda uma questão sem consenso, para os estudos de avaliação econômica. No entanto, recomenda-se que se incluam períodos epidêmicos e endêmicos, e amplo horizonte temporal (anos) para permitir comparação entre diferentes períodos (1). Essa estratégica foi aplicada em vários estudos de custos que incluem uma série histórica de casos notificados na avaliação dos custos nacionais (26,27). Outra questão fundamental refere-se a estabelecer o grau de subnotificação e/ou supernotificação da dengue, nos períodos endêmicos e epidêmicos. Assim, para ajustar os dados de notificação do sistema de vigilância passiva, utiliza-se um fator de expansão, que representa a razão entre os casos de dengue sintomáticos existentes e o número de casos registrado pelo sistema de notificação. Em geral, o fator de expansão para casos ambulatoriais é maior que o FE para casos hospitalares, e varia também se o período é endêmico ou epidêmico. Recente revisão sobre os fatores de expansão que quantificam a subnotificação do 87 – Resultados e Discussão 88 sistema de vigilância para dengue em diferentes países endêmicos evidenciou lacuna dessa informação para o Brasil (32). Em conclusão, nossa revisão sistemática evidenciou que a dengue representou um custo econômico elevado para o sistema de saúde e para a sociedade na América Latina. Houve variabilidade nos custos do episódio da dengue entre os diversos estudos, decorrente tanto das características dos sistemas de vigilância instituídos em cada país, quanto pela realização das pesquisas em períodos endêmicos e/ou epidêmicos. Em geral, o absenteísmo e a perda da produtividade representaram uma parcela importante dos custos durante o episódio da dengue. Tendo em vista o pequeno número de pesquisas nesta área, ainda há espaço para aprimoramento metodológico em estudos de dengue, sobretudo na área da economia da saúde. Considerando-se, ainda, as características dinâmicas da epidemiologia da dengue nos países da América, recomenda-se que outros estudos econômicos sobre esta doença sejam realizados nessa região. Finalmente, estudos de custo efetividade da vacina de dengue devem ser considerados uma prioridade em pesquisa, na perspectiva atual de introdução de imunização para controle dessa doença. Contribuição dos autores Parente MPPD e Siqueira-Filha NT participaram da concepção e planejamento do trabalho, coleta e interpretação dos dados. Martelli CMT, Siqueira-Jr JB e Cortes F participaram da redação e revisão crítica do conteúdo. Todos os autores aprovaram a versão final do manuscrito e declararam serem responsáveis por todos os aspectos do trabalho, garantindo sua precisão e integridade. Referências 1. WHO. Dengue: Guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. [Internet]. New Editio. Geneve: WHO; 2009. 160 p. Available from: http://www.who.int/tdr/publications/documents/dengue-diagnosis.pdf 2. Bhatt S, Gething PW, Brady OJ, Messina JP, Farlow AW, Moyes CL, et al. The global distribution and burden of dengue. Nature [Internet]. 2013 Apr 7;496(7446):504–7. 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Available from: http://doi.wiley.com/10.1111/tmi.12498 91 – Resultados e Discussão 92 Tabela 1 - Estudos de Custos da Dengue nas Américas, 2004 a 2014. Referência País Tama nho da amostr a Añez et al, 2006 Venezuela Armien et al, 2008 Panamá Relação casos ambulatori ais: hospitalare s Tipo de estudo Perspectiva do estudo Período do estudo FE ambulatório FE hospital - - Dados primários Sociedade 1997-2003 - - 136 1:0,05 Sociedade 2004-2005 6 6 Coorte 550 3:1 El Salvador 189 1:1 Guatemala 85 3:1 Panamá 136 1:0,05 Venezuela 200 2:1 Venezuela 453 0:1 Estudo descritivo - Dados secundários da coorte multicêntrica Suaya et al, 2009 * Natera et al, 2009 América do Norte, Shepard et al, 2011 * América Central, - Coorte multicêntrica Univariada Dados primários Brasil Análise de sensibilida de (FE 1-10) Univariada Sociedade 2005 3 3 (FE 2, 3, 6) Dados primários Serviço de saúde Sociedade Região Andina e 92 – Resultados e Discussão 2000-2008 Brasil FE=5 Brasil FE=1,6 Colômbia FE=9 Colômbia e Nicarágua FE=2,3 - Probabilística. Simulação de Monte Carlo 93 México, Nicarágua FE=20,4 Brasil e Cone Sul, Panamá FE=6 Região Caribe Porto Rico FE=2,4 Demais países FE=2,3 Porto Rico e demais países FE=15 Baly et al, 2012 Cuba 3.549 0:1 Dados primários Sociedade 2006 - - - 271 - Estudo retrospectivo Pagador público - - - - 1:2 Estudo prospectivo Sociedade 2008-2010 10 2,42 FE ambulatório entre 5 e 27 Colômbia Castaneda-Orjuela et al, 2012 2011-2014 (estimativas) 2011 ano base 100 Halasa et al, 2012 Tarragona et al, 2012 Valdés et al, 2012 Wettstein et al, 2012 Porto Rico Argentina 201 10:1 Cuba 22.196 0:1 Nicarágua Casos de dengue confir mados laborat orialm ente de 19962010 Dados primários e secundários Estudo descritivo e retrospectivo Dados secundários Sociedade 2009 - - - Sistema de saúde 2006-2007 - - - Período endêmico FE = 20 (variação 18-25) Período epidêmico FE = 10 Casos DF (variação 8-14) - Dados secundários Sociedade 1996-2010 Casos DHF FE = 6 (variação 510) 93 – Resultados e Discussão Probabilística (Simulação de Monte Carlo), univariada 94 Casos suspeit os de 20042010 Machado et al, 2014 Brasil 288 Pereira et al, 2014 Brasil 1.356 0:1 Estudo retrospectivo Dados secundários Sistemas de saúde (público e privado) 2010 - - - 93:7 - Sociedade 2011 - - - FE: Fator de expansão * Estudo multicêntrico Tabela 2 - Componentes de custos por caso de dengue ambulatorial ou hospitalar, de acordo com os estudos e países, em dólar internacional (I$, 2014). Referência Suaya et al, 2009 a País Ambulatório Direto Indireto não médico 39 706 Custo Total 853 Direto médico 849 Hospital Direto Indireto não médico 106 1.025 Brasil Direto médico 109 El Salvador 57 5 162 224 828 135 207 1.171 Guatemala 41 17 134 193 717 77 124 917 Panamá 122 39 487 648 1.092 359 628 2.079 Venezuela 95 15 156 266 694 50 249 994 94 – Resultados e Discussão Custo Total 1.979 95 Añez et al, 2006 Venezuela 137 Natera et al, 2009 Venezuela 1.244 – 3.066 c Tarragona et al, 2012 Argentina 242 – 872d Cuba 752 Baly et al, 2012 Castaneda-Orjuela et al, 2012 Colômbia Halasa et al, 2012 Porto Rico Wettstein et al, 2012 Nicarágua Machado et al, 2014 Brasil Pereira et al, 2014 Brasil 525 – 402b 277 – 320e 109 352 1.283f 2.031g 138 570 36 1.338 1.944 1.213 5.604 219 2.532 8.355 373 – 797h 554 8 342 a 97 – 166 Estudo multicêntrico; b Custos indiretos de dengue por episódio de dengue avaliado nos anos de 2001 e 2003, convertidos em I$ 2014. Custos diretos médicos de dengue por episódio de dengue hemorrágica avaliado nos anos de 2000 e 2008, convertidos em I$ 2014. d Variação entre menor e maior custo diretos médicos; e Variação dos custos indiretos referente a perda laboral f casos hospitalar; g casos graves; h Variação do custo total, ambulatorial e hospitalar c 95 – Resultados e Discussão 96 Gráfico 1 - Custos diretos médicos, Custos diretos não médicos e Custos indiretos por setor de atendimento ambulatorial e hospitalar, em estudos de custos em dengue nas Américas, 2004 a 2014. 96 – Resultados e Discussão 97 6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A dengue representa um custo importante na economia do sistema de saúde público e privado, como também para a sociedade. O estudo mostra que o custo médio de um episódio de dengue foi maior no setor privado em relação ao setor público, tanto ambulatorial quanto no hospital. É importante a observância dos fatores que representam maior impacto nos custos da doença, como visto neste estudo, por exemplo, que os custos indiretos, representados pelo absenteísmo e a perda da produtividade, bem como a hospitalização assumiram uma parcela importante dos custos durante o episódio da dengue. O estudo realizado em área urbana, em período não epidêmico, evidenciou resultados que confirmam o já descrito na literatura que afirma que, nas Américas, a dengue geralmente se apresenta na sua forma clássica (DC), a maioria recebe cuidados em ambulatório e os relatórios oficiais subestimam o real número de casos implicando na necessidade de uso de fatores de expansão para ajustar as subnotificações. São recomendadas medidas como a melhoria da vigilância associada às intervenções de prevenção da dengue, tais como vacinas de dengue e inovações de controle de vetores, bem como de esforços para reduzir a subnotificação e dessa maneira servir como potenciais benefícios econômicos. As estimativas de custos encontradas podem subsidiar análises econômicas nesta área, sendo úteis para nortear políticas de saúde pública, bem como colaborar nas avaliações de custo efetividade da vacina antidengue. 97 – Conclusões e Recomendações 98 7 REFERÊNCIAS ABE, A. H. M.; MARQUES, S. M.; COSTA, P. S. S. Dengue em crianças: da notificação ao óbito. Revista Paulista de Pediatria, v. 30, n., p. 263-271, 2012. ABEP. Critério de Classificação Econômica Brasil - CCEB: secondary title. São Paulo: Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, 2012. ALVES, J. A. B.; SANTOS, J. R.; MENDONÇA, E. N. D.; ABUD, A. C. F.; NUNES, M. D. S.; FAKHOURI, R.; INAGAKI, A. D. D. M.; MARCHIORO, M.; ANTONIOLLI, A. R. Epidemiological aspects of dengue in Aracaju, State of Sergipe, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 44, n., p. 670-673, 2011. AMARASINGHE, A.; MAHONEY, R. T. Estimating potential demand and supply of dengue vaccine in Brazil. 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Economic impact of the episode of dengue in the city of Teresina, Piauí, Brazil. 2014. 152p. Thesis (Doctoral Thesis in Tropical Medicine - Epidemiology) Federal University of Goiás, Institute of Tropical Pathology and Public Health, Goiânia, GO, 2014. 109 – Referências e Anexos 110 8 ANEXOS Anexo 1 - Parecer do Comitê de Ética 110 – Referências e Anexos 111 Anexo 2 – Aprovação/Parecer da Plataforma Brasil 111 – Referências e Anexos 112 Anexo 3 -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) para participar, como voluntário (a), de uma pesquisa. Após receber os esclarecimentos e as informações a seguir, no caso de aceitar fazer parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado (a) de forma alguma. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título do Projeto: “Qualidade de vida e impacto socioeconômico dos pacientes com dengue / febre hemorrágica da dengue na cidade de Teresina, Piauí, Brasil” Pesquisador Responsável: Dra. Mirian Perpétua Palha Dias Parente. Pesquisadores participantes: Professora Orientadora: Profa Dra Celina Maria Turchi Martelli Professor Co-orientador: Prof. Dr. João Bosco Siqueira Júnior Telefones para contato (inclusive ligações a cobrar): (086) 9972-2573 Descrição da pesquisa (Conforme Res. CNS n.o 196/96 – IV.1. a, b, c, d, e, f, g, h, i; citados no Protocolo de Pesquisa – CEP/UESPI) Nome e Assinatura do pesquisador:_______________________________________ Mirian Perpétua Palha Dias Parente CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO Eu,_____________________________________________________________________ ______, RG: ______________________________, CPF: ___________________, n.º de prontuário:_____________________n.º de matrícula______________, abaixo assinado, concordo em participar do estudo “Qualidade de vida e impacto socioeconômico dos pacientes com dengue/febre hemorrágica da dengue na cidade de Teresina, Piauí, Brasil”, como sujeito. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pela pesquisador (a) Dra. Mirian Perpétua Palha Dias Parente sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, 112 – Referências e Anexos 113 assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu acompanhamento/ assistência/tratamento. Local e data: Nome e Assinatura do sujeito: ______________________________________________ ATENÇÃO: para pesquisas envolvendo crianças e adolescentes, portadores de perturbação mental ou doença mental e sujeitos em substancial diminuição em suas capacidades de consentimento, cujo Termo de Consentimento será assinado por seus representantes legais: Eu,____________________________________________________________________, RG:_______________________, CPF: _________________________, abaixo assinado, responsável por ___________________________________________________, autorizo sua participação no estudo estudo “Qualidade de vida e impacto socioeconômico dos pacientes com dengue/febre hemorrágica da dengue na cidade de Teresina, Piauí, Brasil”, como sujeito. Fui devidamente informado(a) e esclarecido(a) pela pesquisador(a) Dra. Mírian Perpétua Palha Dias Parente sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes da sua participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isto leve a qualquer penalidade ou interrupção do acompanhamento/assistência/tratamento prestado ao sujeito pesquisado. Local e data: Assinatura da pesquisadora: 113 – Referências e Anexos 114 Anexo 4: Anuência do Hospital de Doenças Tropicais Nathan Portella 114 – Referências e Anexos 115 Anexo 5: Anuência do Hospital Unimed 115 – Referências e Anexos 116 Anexo 6: Anuência do Lacen 116 – Referências e Anexos 117 Anexo 7 – Questionário 117 - Anexos 118 FORMULÁRIO A 10000 - Triagem inicial Q1001 O paciente / Responsável concordou/ assinou TCLE? 1. Sim Q1003 Número do paciente: Q1016 Data de início dos sintomas: / / Q1004 Marcar data de entrevista domiciliar ~15 a 20 dias após do início dos sintomas: / / Q1005 CPF do entrevistador: Q1006 Data da triagem / / Q1007 Município Q1008 Unidade de saúde Q1009 Número de registro do paciente na Unidade de Saúde: Q1010 Tipo de Unidade de saúde: 1. Ambulatório 2. Hospital Q1011 Setor da Unidade de Saúde: 1. Público 2. Privado Q1012 Nome do paciente: Q1013 Data de nascimento: Q1014 Sexo: 1. Feminino 2. Masculino Q1015 Apresenta/ apresentou sintomas de dengue? 1. Sim 2. Não Q1017 Você teve/tem febre? 1. Sim 2. Não Q1018 Nome do responsável (se menor): Q1019 Endereço 1: Q1020 Ponto de referência 1: / 118 - Anexos 2. Não / 119 Q1021 Endereço 2: Q1022 Ponto de referência 2: Q1023 Telefone 1: Q1024 Observações: Telefone 2: Telefone 3: Telefone 4: FORMULÁRIO B 2000. Características demográficas do paciente Q2001 Número do paciente: Q2002 Data da entrevista domiciliar: / / Se está entrevistando o paciente, marque a opção 9 e vá para a Q.2004 Q2003 Se você está entrevistando um responsável, qual é a relação do responsável com o paciente? Mãe Q2004 Qual é o nível de escolaridade do paciente? Analfabeto/ Fundamental 1 incompleto Fundamental 1 completo/ Fundamental 2 incompleto Q2005 Qual é atualmente o tipo de emprego do paciente? Funcionário público Empregado não governamental Q2007 Qual o estado civil do paciente? Solteiro Casado Pai Avó Avô 119 - Anexos Irmão maior Fundamental 2 completo/ Médio incompleto Outro 9. Não se aplica Médio completo/ Técnico/ Superior incompleto Superior completo Autônomo Empresário/Patrão Não tem emprego remunerado Divorciado Viúvo União estável 120 INFORMAÇÃO DO RESPONSÁVEL, preencher para pacientes menores de idade. Q2008 Qual a idade do responsável (em anos)? Q2009 Qual é o nível de escolaridade do responsável? Analfabeto/ Fundamental 1 incompleto Fundamental 1 completo/ Fundamental 2 incompleto Fundamental 2 completo/ Médio incompleto Médio completo/ Técnico/ Superior incompleto Superior completo Q2010 Qual é atualmente o tipo de emprego do responsável? Funcionário público Empregado não governamental Autônomo Empresário/Patrão Não tem emprego remunerado Posse de itens (Critério de Classificação Econômica Brasil - CCEB) Q2012 A residência do paciente tem televisão em cores? 0 1 2 3 4 ou + Q2013 A residência do paciente tem rádio? 0 1 2 3 4 ou + Q2014 A residência do paciente tem banheiro? 0 1 2 3 4 ou + Q2015 A residência do paciente tem automóvel? 0 1 2 3 4 ou + Q2016 A residência do paciente tem empregada mensalista? 0 1 2 3 4 ou + Q2017 A residência do paciente tem máquina de lavar? 0 1 2 3 4 ou + Q2018 A residência do paciente tem videocassete e/ou DVD? 0 1 2 3 4 ou + Q2019 A residência do paciente tem uma geladeira? 0 1 2 3 4 ou + Q2020 A residência do paciente tem freezer (aparelho 0 1 2 3 4 ou + 120 - Anexos 121 independente ou parte da geladeira duplex)? Q2021 A residência do paciente tem aspirador de pó? 0 0 0 0 0 3000. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MEDICAMENTOS E LABORATÓRIO. Q3001 Quando foi o início dos sintomas? / Q3002 Você está com algum sintoma no momento da entrevista? Q3000X2 Data em que você se recuperou completamente. (apenas se não tiver mais sintomas da Dengue) Q3003 Você teve febre no período da doença? / Sim Não / / Sim Não Você teve algum dos sintomas ou sinais durante o período da doença? Q3004 Dor de cabeça Sim Não Não sabe Q3005 Dor nos olhos Sim Não Não sabe Q3006 Náuseas Sim Não Não sabe Q3007 Vômitos Sim Não Não sabe Q3008 Cansaço/prostração Sim Não Não sabe Q3009 Perda de apetite Sim Não Não sabe Q3010 Dor muscular ou articular (dor nas juntas) Sim Não Não sabe Q3011 Dor nos ossos Sim Não Não sabe Q3012 Dor abdominal Sim Não Não sabe 121 - Anexos 122 Q3013 Tontura Sim Não Não sabe Q3014 Manchas vermelhas na pele Sim Não Não sabe Q3015 Sangramentos (pequenos pontos vermelhos na pele, machucados espontâneos ou provocados, sangramentos pelo nariz, sangramento nas gengivas ou outro tipo de sangramento). Sim Não Não sabe Q3016 Coceira Sim Não Não sabe Q3017 Diarreia Sim Não Não sabe Q3018 Inchaço nos olhos Sim Não Não sabe Q3019 Sede excessiva Sim Não Não sabe Q3020 Diminuição da urina Sim Não Não sabe Q3021 Agitação Sim Não Não sabe Q3022 Sonolência/letargia Sim Não Não sabe Q3023 Dor de garganta ou secreção nasal Sim Não Não sabe Medicamentos Q3024 Durante este período da doença, você recebeu alguma medicação prescrita pelo serviço de saúde ou médico? Sim Q3025 Qual(is) medicamento(s) você recebeu? Med.A: Não Med.B: 122 - Anexos Med.C: Não sabe Med.D Med.E Não sabe 123 Q3026 Quantos comprimidos/dosagem você tomou durante o período da doença? Med.A: Med.B: Med.C: Q3027 Durante este período da doença, você comprou alguma medicação? Q3028 Qual(is) medicamento(s) você comprou? Med. A: Q3029 Quantos comprimidos / dosagem você tomou durante o período da doença? Med. A: Q3030 Quanto gastou na compra de medicamentos? R$ Q3000X1 Quanto tempo, depois de notar os primeiros sinais de enfermidade, você recebeu a primeira assistência por parte de um serviço de saúde ou médico? No mesmo dia (em 24 horas) Med.D Sim Med.E Não sabe Não Não sabe Med.B: Med.C: Não sabe Med.B: Med.C: Não sabe No segundo dia (entre 24 e 48 horas) Depois de 48 horas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS, MEDICAMENTOS E LABORATÓRIO. Q3031 Já fez sorologia? Sim Não Não sabe Se "não/não sabe", vá para a pergunta Q3036. Q3032 Quantos exames sorológicos você fez? Q3033 Quando foi coletada a primeira amostra de sangue para sorologia? Q3034 Quando foi coletada a segunda amostra de sangue para sorologia? Q3035 Qual o resultado da sorologia? Exame 1, Data: / / Qual o tipo de Exame? Reagente Não reagente 123 - Anexos Inconclusivo Não sabe 124 Exame 2, Data: / / Qual o tipo de Exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Não sabe Exame 3, Data: / / Qual o tipo de Exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Não sabe Q3036 Quantos exames de hemograma realizou? Q3037 Fez alguma radiografia? Sim Não Não sabe Sim Não Não sabe Sim Não Não sabe Se "não/não sabe", vá para a pergunta Q3040. Q3038 De qual parte do corpo? (especificar todas as partes do corpo radiografadas) Q3039 Quantos exames de RX realizou? Q3040 Fez alguma ultrassonografia? Se "não/não sabe", vá para a pergunta Q3043. Q3041 De qual parte do corpo? (especificar todas as partes do corpo) Q3042 Quantos exames de ultrassonografia realizou? Q3043 Fez algum outro exame? (sangue, urina, tomografia, etc.) Se "não/não sabe", vá para a seção 4000. Q3044 Qual exame? Q3045 Quantas vezes? 124 - Anexos 125 Q3046 Qual outro exame? Q3047 Quantas vezes? A ser preenchido pelo supervisor de campo. Notificação de dengue (por favor, verifique o registro médico do hospital e a ficha de investigação de dengue). Q3048 Este caso foi notificado/registrado como um episódio de Dengue? Sim Não Se "não", vá para a pergunta Q3053. Q3049 Este caso foi confirmado como? Critério clínico-epidemiológico Q3050 Com que diagnóstico ele foi notificado/registrado? 1. Q3051 Pelos exames/sintomas, qual a classificação do caso confirmado, segundo os critérios da OPAS? Q3052 Foi isolado o vírus da dengue? Q3053 Qual o tipo de vírus isolado? Dengue sem classificação 1. 2. Dengue clássica Dengue sem sinais de alerta 1. 1. DV1 Laboratorialmente 2. 3. Dengue clássica com manifestações hemorrágicas DV2 Febre hemorrágica do dengue Dengue com sinais de alerta Sim 2. 4. 2. 3. DV3 125 - Anexos 4. 5. Síndrome do choque do dengue 3. Dengue grave Não 3. Não sabe DV4 8. Não sabe informar 126 4000. ASSISTÊNCIA Por favor, especifique a assistência recebida durante o período da doença, em ordem de recebimento desde o início dos sintomas. Códigos para o tipo de assistência (TA): Códigos para tipos de serviço (TS): 1. Farmácia 2. Centro/posto/PSF/unidade de saúde 2a. Consulta 1. 2. 3. 4. 5. 2b. Sala de hidratação Códigos para tipos de transporte: SUS (sistema público) Convênio (sistema suplementar) Particular (pagamento direto pelo paciente) Coparticipação Outro 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 2c. Sala de estabilização 3. Consultório 4. Hospital 4a. Sala de urgência/emergência em hospital A pé Bicicleta Moto Carro Ônibus/ micro-ônibus Bicicleta-táxi Moto-táxi Táxi Carona Outro tipo 4b. Hospitalização em enfermaria 4c. Hospitalização e UTI (cuidados intensivos) 5. Laboratório 6. Banco de sangue 7. Outro Q4010 Você tem/ utilizou seguro de saúde durante esse episódio de dengue? 1. Sim 2. Não 3. Não sabe Se "não", vá para a seção 5000. Q4011 Se sim, qual o plano ou seguro de saúde? Ordem de Assistência Transporte (sentido único) à Assistência 126 - Anexos Alimentação Alojamento 127 assistência recebida Q4001 1º Q4002 2º Q4003 3º Q4004 4º Q4005 5º Q4006 6º Q4007 7º Tipo de assistência (TA) (a) Tipo de serviço (TS) (b) Tempo de espera (min) (c) Tempo de consulta (min) (d) Valor total gasto (e) Valor reembolsado ao paciente (f) Tipo de transporte (g) Distância (Km) (h) 5000. PERDA DE PRODUTIVIDADE (do paciente e do responsável) Q5001 Quantos membros vivem na casa? (Incluindo o paciente) Q5002 Quantas pessoas menores de 18 anos vivem em sua casa? (Incluindo o paciente) Q5003 Quantas pessoas têm algum tipo de renda? Q5004 Qual a renda total da família no último mês? R$ Grau de parentesco com o paciente 1. Pai/ mãe 2. Irmão/ Irmã 127 - Anexos Tempo de viagem (min) (i) Valor total do gasto (j) Valor total do gasto (k) Valor total do gasto (k) 128 3. 4. 5. 6. 7. 8. Filho/ Filha Tio/ Tia Avô/ Avó Primo/ Prima Cônjuge/ Companheiro (a) Outros Escolaridade máxima alcançada 1. 2. 3. 4. 5. Analfabeto/ Fundamental 1 incompleto Fundamental 1 completo/ Fundamental 2 incompleto Fundamental 2 completo/ Médio incompleto Médio completo/ Técnico/ Superior incompleto Superior completo 1. 2. 3. 4. Cuidando do paciente Substituição do paciente ou do assistente Enfermidade Outros Motivos de ausência Sexo 2. Masculino 1. Feminino S. Sim N. Não Para respostas sim/não ATENÇÃO: Completar com informações APENAS das pessoas ligadas ao paciente que o ajudaram nos cuidados durante a fase de doença. Número do membro da família (a) Q5005 Código da relação com o paciente (b) Código do sexo (c) Idade em anos (d) Escolaridade mais alta (e) Estudando (S/N) (f) Dias de ausência da escola (g) Paciente 128 - Anexos Emprego remunerado (S/N) (h) Dias de ausência do trabalho (i) Código do motivo maior da ausência (j) Renda total no último mês (k) CUIDADO COM O PACIENTE Média Número diárias de dias em (m) horas (l) 129 Q5006 Q5007 Q5008 Q5009 Q5010 1º 2º 3º 4º 5º FORMULÁRIO C 6000. QUALIDADE DE VIDA (entrevista para maiores de 12 anos). As duas perguntas seguintes estão relacionadas à saúde geral do paciente, incluída a saúde física e mental. Q6001 Em geral, como era a sua saúde antes desse episódio da doença? Muito boa Bom Moderada Mal Muito mal Q6002 No total durante o período da doença, quanta dificuldade você teve com as atividades escolares, trabalho ou atividades domésticas? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Pense no número total de dias desse período da doença e responda às seguintes 5 perguntas : Q6003 Quantos dias você esteve doente? (Contar do início dos sintomas até hoje) Q6004 Durante o período da doença, quantos dias você se sentiu "muito mal"? Q6005 Durante o período da doença, quantos dias você se sentiu "mal"? Q6006 Durante o período da doença, quantos dias você se sentiu "moderado" (mais ou menos)? Q6007 Durante o período da doença, quantos dias você se sentiu "bem"? Q6008 Durante o período da doença, quantos dias você se sentiu "muito bem"? Q6009 Soma de dias Q6004 a Q6008 129 - Anexos 130 Mobilidade Q6010 No total, durante o período da doença, qual o grau de dificuldade você teve para se deslocar? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6011 Durante esse período, qual grau de dificuldade você teve em atividades vigorosas, tais como correr 3 km (ou equivalente) ou andar de bicicleta? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Cuidado pessoal Q6012 No total, durante o período da doença, qual grau de dificuldade você teve com seu cuidado pessoal, como tomar banho e vestir-se sem ajuda? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6013 Durante esse período, qual grau de dificuldade você teve em manter seu aspecto geral (por exemplo, asseio, se ver limpo e arrumado, etc.) Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Dor e mal-estar Q6014 Durante esse período, quanta dor ou sofrimento físico você teve? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6015 Durante esse período, quanto mal-estar físico você teve? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Aprendizado/ Cognição Q6016 Durante esse período, qual grau de dificuldade você teve para se concentrar e recordar das coisas? Nenhuma 130 - Anexos Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz 131 Q6017 Durante esse período, qual grau de dificuldade você teve em aprender uma nova tarefa (por exemplo, aprender como chegar a um novo endereço, aprender um novo jogo, aprender uma nova receita, etc.)? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Atividades interpessoais Q6018 No total, durante esse período, qual grau de dificuldade você teve com suas relações pessoais e participação na comunidade? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6019 Durante esse período, qual grau de dificuldade você teve para tratar conflitos e tensões com os outros? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Visão Q6020 Você usa óculos ou lentes de contato? Sim Não Se o entrevistado disse "sim", introduza as próximas 2 perguntas com: "Por favor, responda às seguintes perguntas levando em conta seus óculos ou lentes de contato...". Q6021 Nos últimos 30 dias, quanta dificuldade você teve para ver e reconhecer alguém conhecido cruzando a rua (quer dizer de uma distância de 20 metros)? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6022 Nos últimos 30 dias, quanta dificuldade você teve para ver e reconhecer um objeto colocado ao seu alcance ou para ler? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Sono e Energia Q6023 Durante esse período, qual o grau de dificuldade para conciliar o sono, 131 - Anexos 132 despertar várias vezes durante a noite ou despertar muito cedo pela manhã? Q6024 Durante esse período, qual o grau de cansaço e indisposição você sentiu (por ex. se sentir cansado, sem energia)? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Sentimentos Q6025 No total, durante esse período, qual o grau de tristeza e depressão? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Q6026 No total, durante esse período, qual o grau de ansiedade e preocupação? Nenhuma Leve Moderada Grave Extrema/ Incapaz Estado de saúde do paciente durante o período de doença (usar a escala/termômetro). Q6027 Qual o melhor estado de saúde? Q6028 Qual o pior estado de saúde? Data da entrevista: Nós desenhamos uma escala (semelhante a um termômetro) na qual o melhor estado de saúde que possa imaginar é 100 e o pior estado de saúde que possa imaginar é 0. Gostaríamos que indicasse nesta escala qual é, em sua opinião, o seu estado de saúde hoje e qual foi o pior estado de saúde durante o período da doença. Por favor, desenhe uma linha a partir do quadrado que se encontra abaixo, até ao ponto da escala que melhor classifica o seu estado de saúde hoje. 132 - Anexos 133 Desenhe outra linha indicando o pior estado de saúde durante o período da doença. 133 - Anexos 134 Formulário D - PACIENTES HOSPITALIZADOS Coleta de dados do prontuário médico do paciente Identificação do paciente: QM001 Nome/Sobrenome QM002 Qual o número do registro médico ou número de identificação neste estabelecimento? QM003 Data da admissão QM004 Diagnóstico da admissão hospitalar / / Diagnóstico não menciona dengue Dengue sem classificação Dengue clássica Dengue clássica com manifestações hemorrágicas Febre hemorrágica do dengue Síndrome de choque do dengue Outro Não registrado Se o diagnóstico na admissão não menciona "dengue", por favor refira o(s) diagnóstico(s) da admissão. Do contrário vá para a questão QM006. QM005 Especificar outros diagnósticos na admissão: QM006 Data da alta QM007 Diagnóstico da alta hospitalar QM008 O paciente contraiu alguma infecção / Diagnóstico não menciona dengue / Dengue sem classificação Dengue clássica Sim Não Dengue clássica com manifestações hemorrágicas 134 - Anexos Febre hemorrágica do dengue Síndrome de choque do dengue b. Se sim, qual? Outro Não registrado 135 hospitalar durante sua hospitalização? QM009 O paciente foi hospitalizado anteriormente devido a esta enfermidade aguda? Sim Não QM010 O paciente teve alta com vida? Sim Não Não registrado Sintomas QM011 Data do início dos sintomas / QM012 Por quantos dias o paciente teve febre decorrente deste episódio de enfermidade? QM013 Dor de cabeça? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM014 Dor retrorbital? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM015 Mialgia/Artralgia? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM016 Anorexia? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM017 Exantema? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM018 Prurido? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM019 Vômitos? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM020 Dor epigástrica / abdominal? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM021 Sede excessiva? 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM022 Manifestações hemorrágicas (petéquias, púrpura, equimoses, epistaxe, sangramento gengival, hematêmese/melena) 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM023 Extravasamento plasmático (derrame pleural, derrame pericárdico, distensão abdominal, hepatomegalia, ascite) 1. Sim 2. Não 3. Não registrado QM024 Diminuição da perfusão (diminuição da pressão arterial, convergência da pressão arterial, diminuição volume urinário, extremidades frias, pele fria e úmida, letargia, inquietude) 1. Sim 2. Não 3. Não registrado 135 - Anexos / 136 Outros sinais (Por favor, mencione outras manifestações clínicas importantes que o paciente apresentou. Se não houver, vá para a QM030) QM025 Manifestação clínica 1: QM026 Manifestação clínica 2: QM027 Manifestação clínica 3: QM028 Prova do Laço Positiva Negativa 136 - Anexos Não realizada 137 Exames Laboratoriais (O paciente foi submetido a algum exame listado abaixo?) QM029 Sorologia? Sim Não Não registrado Número de exames: Qual o resultado da sorologia? Resultado 1, Qual tipo de exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Resultado 2, Qual tipo de exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Resultado 3, Qual tipo de exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Resultado 4, Qual tipo de exame? Reagente Não reagente Inconclusivo Resultado 5, Qual tipo de exame? Reagente Não reagente Inconclusivo QM031 Pesquisa de antígeno NS1 Sim Não registrado Número de exames: QM032 Qual o resultado do NS1? Positivo Negativo Inconclusivo QM033 Isolamento viral? Sim Não registrado Número de exames: QM034 Qual o resultado do Isolamento viral? Positivo Negativo Inconclusivo QM035 Pesquisa de genoma do vírus dengue (RT-PCR) Sim Não QM036 Contagem de Plaquetas? Sim Não QM038 Hematócrito? Sim QM039 Quantos exames de hematócrito? QM030 Não Não 137 - Anexos Não sabe Número de exames: Resultados: Não registrado Número de exames: Não Não registrado 138 QM040 Quantos hemogramas completos? QM041 Dosagem de albumina? Sim Não Não registrado Número de exames: QM042 Dosagem de ureia? Sim Não Não registrado Número de exames: QM043 Dosagem de Cálcio? Sim Não Não registrado Número de exames: QM044 Dosagem de Potássio? Sim Não Não registrado Número de exames: QM045 Dosagem de Sódio? Sim Não Não registrado Número de exames: QM046 Dosagem de Cloro? Sim Não Não registrado Número de exames: QM047 Dosagem de Glicemia? Sim Não Não registrado Número de exames: QM048 Dosagem de Creatinina? Sim Não Não registrado Número de exames: QM049 Velocidade de Hemossedimentação? Sim Não Não registrado Número de exames: QM050 Gasometria? Sim Não Não registrado Número de exames: QM051 Sumário de urina? Sim Não Não registrado Número de exames: QM052 Realizou outro(s) exame(s)? Sim Não Não registrado QM053 Qual exame 1? QM054 Quantas vezes? QM055 Qual exame 2? QM056 Quantas vezes? 138 - Anexos 139 QM057 Qual exame 3? QM058 Quantas vezes? QM059 Qual exame 4? QM060 Quantas vezes? QM061 Qual exame 5? QM062 Quantas vezes? Exames de Imagem (O paciente foi submetido a algum exame listado abaixo?) QM063 Radiografia? Sim Não Região do corpo: Número de exames: QM064 Ultrassonografia? Sim Não Região do corpo: Número de exames: QM065 Tomografia computadorizada? Sim Não Região do corpo: Número de exames: QM066 Ressonância nuclear magnética? Sim Não Região do corpo: Número de exames: QM067 Realizou outro(s) exame(s) de imagem (ns)? Sim Não Região do corpo: Número de exames: QM068 Qual(is) exame(s) de imagem(ns)? Procedimentos (O paciente foi submetido a algum procedimento listado abaixo?) 139 - Anexos 140 QM069 Cirurgia Sim Não Qual? QM070 Cateterização Vesical Sim Não Quantas? QM071 Cateterização Nasogástrica Sim Não Quantas? QM072 Cateterização Venosa Sim Não Quantas? QM073 Intubação Orotraqueal Sim Não Quantas? QM074 Punção torácica Sim Não Quantas? QM075 Outros procedimentos? Sim QM076 Qual procedimento 1? QM077 Quantas vezes? QM078 Qual procedimento 2? QM079 Quantas vezes? QM080 Qual procedimento 3? QM081 Quantas vezes? QM082 Qual procedimento 4? QM083 Quantas vezes? QM084 Qual procedimento 5? QM085 Quantas vezes? Não 140 - Anexos 141 Material e Medicamentos (O paciente utilizou algum material ou medicamento listado abaixo?) QM086 Unidades de soro fisiológico Sim Não Quantidade: QM087 Unidades de solução glicosada Sim Não Quantidade: QM088 Unidades de solução de Ringer Lactato Sim Não Quantidade: QM089 Expansores plasmáticos (dextran, gelatina) Sim Não Quantidade: QM090 Unidades de albumina Sim Não Quantidade: QM091 Concentrado de hemácias Sim Não Quantidade: QM092 Concentrado de plaquetas Sim Não Quantidade: QM093 Potássio QM094 Sódio QM095 Bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons QM096 Analgésicos/antitérmicos durante a internação QM097 Antiemético durante a internação Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: 141 - Anexos 142 Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas: Sim Não Substância (nome genérico): Apresentação: Concentração: Número de doses utilizadas; QM098 Antibiótico durante a internação QM099 Outro medicamento durante a internação QM100 Sonda Nasogástrica Sim Não Quantidade: QM101 Cateter Vesical Sim Não Quantidade: Informações sobre a internação/Diárias hospitalares QM102 Quantos dias de internação em enfermaria? QM103 Quantos dias de internação em quarto/ apartamento? QM104 Quantos dias de internação em setor de emergência? QM105 Quantos dias o paciente esteve internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI)? Honorários Profissionais (Preencher para hospitais da rede privada) QM106 Durante a internação quantas visitas feitas por médicos? FORMULÁRIO E Q 7000 – Entrevista telefônica 142 - Anexos 143 Q7001 Número do paciente: Q7002 Nome do paciente: Q7003 Nome do responsável (se menor): Q7004 Data da entrevista telefônica: Q7005 Data em que você se recuperou completamente: Q7006 Entre a data da entrevista domiciliar e a data de hoje, você recebeu mais algum medicamento prescrito pelo serviço de saúde ou médico? Sim Não Não sabe Q7007 Qual(is) medicamento(s) você recebeu? Med.A: Med.B: Med.C: Med.D Med.E Não sabe Q7008 Quantos comprimidos/dosagem você tomou durante esse período? Med.A: Med.B: Med.C: Med.D Med.E Não sabe Q7009 Entre a data da entrevista domiciliar e a data de hoje, você comprou mais algum medicamento? Sim Não Não sabe Q7010 Qual(is) medicamento(s) você comprou? Med. A: Med.B: Med.C: Não sabe Q7011 Quantos comprimidos você tomou depois da entrevista domiciliar? Med. A: Med.B: Med.C: Não sabe Q7012 Quanto gastou a mais na compra de medicamentos? R$ Q7013 Fez mais alguma sorologia? Sim Não Não sabe Q7014 Quantos exames sorológicos você fez? Q7015 Fez mais algum outro exame? Sim Não Não sabe Q7016 Quais exames você fez? / / / / 143 - Anexos 144 Códigos para o tipo de assistência (TA): Códigos para tipos de serviço (TS): Códigos para tipos de transporte: Farmácia SUS (sistema público) A pé Centro/posto/PSF/unidade de saúde Convênio (sistema suplementar) Bicicleta 2a. Consulta Particular (pagamento direto pelo paciente) Moto 2b. Sala de hidratação Coparticipação Carro 2c. Sala de estabilização Outro Ônibus/ micro-ônibus Consultório Bicicleta-táxi Hospital Moto-táxi 4a. Sala de urgência/emergência em hospital Táxi 4b. Hospitalização em enfermaria Carona 4c. Hospitalização e UTI (cuidados intensivos) Outro tipo Laboratório Banco de sangue Outro Assistência Ordem de assistência recebida Tipo de assistên cia (TA) (a) Tipo de serviço (TS) (b) Tempo de espera (min) (c) Tempo de consulta (min) (d) Transporte (sentido único) à Assistência Valor total gasto (e) Valor reembolsad o ao paciente (f) Tipo de transporte (g) 144 - Anexos Distância (Km) (h) Tempo de viagem (min) (i) Valor total do gasto (j) Alimentação Valor total do gasto (k) Alojament o Valor total do gasto (k) 145 Q7017 Q7018 Q7019 Q7020 Q7021 Q7022 1º 2º 3º 4º 5º Continuou se ausentando do trabalho? Q7023 Q7024 Q7025 Q7026 Q7027 Q7028 Se sim, quantos dias de ausência do trabalho no período da doença? Continuou se ausentando da escola? Se sim, quantos dias de ausência da escola no período da doença? Precisou ajuda de alguém nas atividades diárias? Se sim, a pessoa que estava cuidando de você faltou ao trabalho? Se sim, quantos dias? 145 - Anexos 1. Sim 2. Não 1. Sim 2. Não 1. Sim 1. Sim 2. Não 2. Não