FREQUÊNCIA DOS HORMÔNIOS TIREOIDIANOS TSH, T4, T4L E T3 EM UM HOSPITAL DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA – RS HENRIQUE ATAIDE ISAIA ([email protected]) / Biomedicina/UNIFRA, Santa Maria - RS FRANCIELLE LIZ MONTEIRO ([email protected]) / Biomedicina/UNIFRA, Santa Maria - RS DIEGO BECKER BORIN ([email protected]) / Mestrado Acadêmico em Nanociências/UNIFRA, Santa Maria - RS ANGELITA BOTTEGA ([email protected]) / Biomedicina/UNIFRA, Santa Maria - RS RODRIGO DE ALMEIDA VAUCHER ([email protected]) / Professor da Biomedicina/UNIFRA, Santa Maria - RS Palavras-Chave: TIREOTROFINA; TIROXINA; TIROXINA LIVRE; TRI-IODOTIRONINA A síntese e secreção dos hormônios tireoidianos envolvem o hipotálamo, a adeno-hipófise e a glândula tireóide. A tireotrofina (TSH) controla os hormônios tireoidianos, estimulando a liberação de tiroxina (T4) pela tireóide e a conversão periférica de T4 em T3 (tri-iodotironina). Além disso, é o teste primário da função tireoidiana (FRIESEMA, 2005). O T4 estimula a taxa metabólica, incluindo o uso de carboidratos e lipídios, a síntese de proteínas, a liberação de cálcio do osso e o metabolismo das vitaminas. A tiroxina livre (T4L) corresponde de 0,02% a 0,05% da tiroxina total circulante e é biologicamente ativa, sendo responsável pela regulação do metabolismo celular. A determinação de T4 tem papel fundamental no diagnóstico de hipotireoidismo e do hipertireoidismo, e o T4L colabora nesse diagnóstico quando o valor de T4 está alterado por modificações nos níveis das proteínas plasmáticas (MOTTA, 2009). O T3 produzido nos tecidos periféricos a partir da tiroxina e secretado em pequenas quantidades pela tireóide, apresenta as mesmas funções do T4, embora o seu aumento possa confirmar o diagnóstico de hipertireodismo, quando os níveis de T4 estão pouco elevados (GREENSPAN e GARDNER, 2006). Desta forma, devido à importância dos hormônios tireoidianos para o diagnóstico de algumas doenças, o objetivo do presente trabalho foi realizar uma análise retrospectiva de laudos avaliando a frequência dos hormônios TSH, T4, T4L e T3 em um hospital do município de Santa Maria (RS). Foram analisados laudos de pacientes durante um período de 4 meses (maio a agosto de 2010), levando em consideração o total de solicitações e os resultados dos exames. Os dados foram separados pelo sexo e idade dos pacientes e os resultados obtidos nos exames foram expressos como média ± desvio padrão. Durante o período analisado, os hormônios tireoidianos foram solicitados para 671 mulheres, sendo o TSH (485), T4 (67), T4L (320) e T3 (99 pacientes). Em pacientes do sexo masculino foram obtidas 212 solicitações, das quais 140 (TSH), 44 (T4), 85 (T4L) e 42 solicitações (T3). A média dos resultados de cada exame foi inferior ao seu valor de referência, com exceção do T3 em mulheres de 21 a 30 anos (142,5 ± 48,13) e homens de 11 a 20 anos (136,8 ±28,57), em que o resultado foi superior ao valor de referência (132 ng/dL). Como os resultados observados estão pouco acima dos valores de referência, sugere-se que estes valores poderiam ser ajustados de acordo com as características regionais da população estudada, visto que os valores adotados pela bula dos testes consideram a população norte-americana. Além disso, conclui-se que para um diagnóstico efetivo de hipertireoidismo nestes casos, se faz necessário a correlação com valores elevados de TSH ou T4L. REFERÊNCIAS: FRIESEMA, E. C. H.; JANSEN, J.; VISSER, T. J.; Thyroid hormone transporters; Biochemical Society Transactions; 33; 228 - 232; 2005. GREENSPAN, Francis S.; GARDNER, David G.; Endocrinologia: Básica e Clínica; Rio de Janeiro; McGrawHill; 2006. MOTTA, Valter T.; Bioquímica Clínica para o Laboratório: Princípios e Interpretações; Rio de Janeiro; MedBook; 2009.