Informação Diária de Saúde Pública 14-09-10 Vírus do Nilo Ocidental Não foi confirmado o caso de doença por vírus do Nilo Ocidental, identificado em Portugal, em Julho de 2010. Portugal tem um programa de vigilância entomológica a nível nacional para além projectos de investigação que quase continuamente colhem mosquitos em que testam a presença de arbovírus. Também no âmbito da vigilância veterinária, cavalos e aves são testados rotineiramente. Os últimos casos registados em Portugal remontam a 2004 (2 cidadãos irlandeses, no Algarve). Em Portugal foi notificado um caso provável em Julho de 2010 numa doente residente em região rural de Lisboa e Vale do Tejo, com história de múltiplas picadas de mosquito. Os testes serológicos então efectuados sugeriram infecção recente pelo vírus do Nilo Ocidental. Cerca de um mês mais tarde foram conhecidos os resultados dos testes confirmatórios efectuados no Robert Koch Institute, na Alemanha, que foram negativos. Na sequência da detecção deste caso foram de imediato implementados os seguintes procedimentos que implicaram uma actuação intersectorial: 1. Vigilância humana - Foram envolvidas as autoridades de saúde da região e recomendada a vigilância activa de casos humanos na área de residência do caso provável, incluindo a efectivação de testes serológicos aos coabitantes, que se revelaram negativos. Os clínicos da área de residência foram alertados, de modo a garantir a suspeição clínica perante sinais e sintomas sugestivos da doença, recomendando-se a efectivação de exames laboratoriais nesta situação. 2. Vigilância veterinária - foi contactada a Direcção-Geral de Veterinária e foram iniciados de imediato estudos serológicos em cavalos e aves na área de residência da doente, que se revelaram negativos. 3. Vigilância entomológica - foram colocadas armadilhas para mosquitos na área de residência. Não foram encontrados vírus do Nilo Ocidental nos inúmeros macerados estudados. 4. Segurança das reservas de sangue - foi contactada a Autoridade Nacional do Sangue e Transplantação e o Instituto Nacional de Sangue que de imediato emanaram as orientações adequadas à situação e reforçaram o disposto em recomendações de 2004. CONCLUSÃO Em Portugal, em 2010 e até hoje não foi identificada qualquer actividade do vírus do Nilo Ocidental em humanos, mosquitos ou animais. RECOMENDAÇÕES OCIDENTAL AOS VIAJANTES PARA ZONAS ONDE SE TÊM DOCUMENTADO CASOS DE DOENÇA POR VIRUS DO NILO A doença não se transmite de pessoa a pessoa. Não existe tratamento específico para esta doença pelo que são apenas possíveis medidas de tratamento dos sintomas. Existe uma vacina para animais mas não está ainda desenvolvida uma vacina para humanos. 1 Para consultar informação anterior veja www.dgs.pt e, no menu da esquerda, clique em Emergências de Saúde Pública/Informação Diária de Saúde Pública Direcção-Geral da Saúde Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública [email protected] Informação Diária de Saúde Pública 14-09-10 (CONT.) Em relação aos viajantes, a melhor medida de prevenção é evitar a picada dos insectos, que se aplica a todas as doenças transmitidas por esta via: uso de repelentes, roupas adequadas, redes mosquiteiras/ar condicionado. Deverá ainda haver um cuidado adicional na eliminação de locais onde possam desenvolver-se larvas ou mosquitos: recipientes com água parada, como os pratos dos vasos de flores, pneus etc … Estas recomendações foram já emitidas pela DGS em 2004 e revistas em 2008, na altura da epidemia de Dengue no Brasil. Para mais informações sobre a situação na Europa consulte: http://ecdc.europa.eu/en/activities/sciadvice/Lists/ECDC%20Reviews/ECDC_DispForm.aspx?List=512ff74f%2D77d4%2D 4ad8%2Db6d6%2Dbf0f23083f30&ID=940&RootFolder=%2Fen%2Factivities%2Fsciadvice%2FLists%2FECDC%20Rev iews 1 Para consultar informação anterior veja www.dgs.pt e, no menu da esquerda, clique em Emergências de Saúde Pública/Informação Diária de Saúde Pública Direcção-Geral da Saúde Unidade de Apoio às Emergências de Saúde Pública [email protected]