Câncer de pênis causa mil amputações por ano no País, diz médico

Propaganda
TERRA: Vida e Saúde
Segunda, 20 de julho de 2009, 08h50
Câncer de pênis causa mil
amputações por ano no País, diz
médico
Cerca de mil brasileiros têm o pênis
amputado a cada ano por causa do câncer. Mas, apesar de
grave, a doença é fácil de ser evitada, bastando cuidados
de higiene local. Se for diagnosticada no início, a lesão
cancerosa pode ser removida sem sequelas. Em casos
avançados, a doença pode levar, inclusive, à amputação
das pernas.
O assunto será abordado a partir desta segunda-feira,
durante a Campanha Nacional de Esclarecimento sobre o
Câncer de Pênis, da Sociedade Brasileira de Urologia
(SBU).
"O câncer de pênis é uma doença que mutila o homem,
tanto na parte física, quanto na alma. São mil amputações
por ano no País. Apesar disso, é um dos cânceres mais
evitáveis que existe no mundo. É associado à falta de
higiene na área genital", esclareceu o médico Aguinaldo
Nardi, coordenador de campanhas públicas da SBU.
Os primeiros sintomas são pequenas feridas que demoram
muito para cicatrizar. "Toda lesão no pênis que não sara no
prazo de 15 dias deve ser vista por um médico. Na fase
inicial, o tratamento é muito simples, bastando tirar a lesão
e o paciente fica curado".
Um complicador do problema é a fimose, que torna difícil a
limpeza, o que só é resolvido com cirurgia. Outra medida
importante para se evitar a doença, segundo o médico, é
ensinar as crianças a higienizarem o pênis desde pequenas.
De acordo com o médico, um dos fatores que predispõem
ao câncer de pênis é o HPV, um vírus transmitido em
relações sexuais. Por isso é importante também estar
atento à presença do HPV, que muitas vezes se manifesta
como uma pequena verruga e que é contagiosa e provoca
outro tipo de câncer, o de colo de útero feminino.
Para diagnosticar essas doenças, segundo Nardi, o melhor
é procurar um urologista. Mas ele reconhece que o acesso
ao especialista é difícil no sistema público de saúde.
"Infelizmente o serviço público não dispõe de urologistas na
quantidade que precisamos no Brasil. Ainda é muito difícil
conseguir uma consulta com um especialista no SUS".
Como solução, ele cita a implementação da Política de
Saúde para o Homem, uma série de medidas propostas
pela SBU, que deverá ser sancionada ainda este ano pelo
governo federal. Entre as ações há a proposta de serem
criadas unidades específicas para problemas masculinos,
chamadas de Centro de Saúde do Homem.
"O câncer de próstata mata tanto quanto o de mama",
exemplificou ele, citando outra doença que atinge em
grande número os homens, com cerca de 50 mil casos por
ano no país. Outras informações sobre o assunto podem
ser obtidas no site da SBU na internet.
Download