DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAçãO DE MEMBRANAS DE

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Desenvolvimento e caracterização de membranas de látex carreadas
com escopolamina para possível tratamento da Sialorréia.
Beatriz Tiemi Morise, Rondinelli Donizetti Herculano, UNESP Araraquara, Faculdade de Ciências
Farmacêuticas
de
Araraquara,
Engenharia
de
Bioprocessos
e
Biotecnologia,
[email protected], Bolsista PIBIC.
Palavras Chave: látex natural, escopolamina, sialorréia.
Introdução
Os sistemas de liberações controladas
(SLC) são sistemas capazes de transportar um
fármaco até um lugar específico. O látex natural é
considerado um excelente candidato como matriz
de liberação controlada, pois tem apresentado bons
(1)
resultados em aplicações biomédicas
. A
Sialorréia é um distúrbio que causa aumento na
produção de saliva e a aplicação de escopolamina
por via transdérmica minimiza efeitos adversos e
aumenta o tempo de ação do fármaco(2). Desta
forma é interessante, para tratamento da Sialorréia,
a utilização da escopolamina usando o látex como
matriz para o SLC e a aplicação via transdérmica
deste látex carreado com o fármaco.
Objetivos
Produção de membranas de látex carreadas com
escopolamina para o tratamento da Sialorréia.
Material e Métodos
O fármaco Buscopan® gotas, apresenta 6,89 mg/ml
de escopolamina e foram testadas proporções de 5
gotas (1,7225mg) e 20 gotas (6,890mg).
Neste projeto foram feitas membranas com e sem o
fármaco. As membranas foram confeccionadas
depositando 5 mL de látex sobre um placa circular.
Após a polimerização das membranas de látex em
estufa a 36ºC, as membranas foram colocadas em
água para liberação das proteínas do látex. Depois,
diferentes proporções de escopolamina serão
dispostas na superfície das membranas por 3 dias
para sua adsorção. Após 3 dias, estas membranas
foram colocadas em água e o comportamento de
liberação
do
fármaco
foi
analisado
por
espectroscopia por UV-VIS durante 1 semana. A
caracterização das membranas de látex+fármaco e
de látex natural foi realizada por espectrometria de
infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR).
tempo. A partir desta curva, observou-se que houve
liberação do fármaco nas primeiras horas devido à
interação fraca da escopolamina à superfície da
membrana. Após o período de 24 horas, o fármaco
presente no interior da membrana foi liberado de
uma forma lenta e sustentada e a liberação
estabilizou no quarto dia.
FIGURA 1- Cinética de liberação de escopolamina
utilizando: a-)5 gotas e b-) 20 gotas.
A técnica de FTIR foi utilizada neste projeto
para compreender a interação entre a escopolamina
e a membrana de látex. Os espectros de FTIR
mostraram que a membrana de látex apresenta
bandas características nos números de onda 836
cm-1(cis-1,4-isopreno), 1450 cm -1 e 2970 cm-1. A
escopolamina apresentou bandas em 1020 cm -1 e
3400 cm-1. A membrana de látex com o fármaco
apresentou as mesmas bandas da amostra de
escopolamina e da membrana de látex, mostrando
que não houve formação de ligações químicas
entre o látex e a escopolamina. Adicionalmente, foi
observado que não houve surgimento de novas
bandas, no compósito látex+escopolamina.
Conclusões
Com este projeto, conclui-se que as
membranas de látex carreadas com escopolamina
possuem capacidade de liberação gradativa do
fármaco e que não há interação química entre o
fármaco e a membrana de látex. Desta forma as
membranas de látex carreadas com escopolamina
se mostram como uma potencial candidata para o
tratamento da Sialorréia.
Agradecimentos
CAPES/CNPq
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Resultados e Discussão
A análise feita por espectroscopia por UVVIS mostrou o aumento do pico de absorbância no
comprimento de onda 256nm, referente ao fármaco,
mostrando
uma
liberação
sustentada
da
escopolamina. A partir dos dados obtidos, foi
construída uma curva de cinética ao longo do
XXVIII Congresso de Iniciação Científica
1
HERCULANO. R. D. Desenvolvimento de membranas de
látex natural para aplicações médicas. Tese de Doutrorado –
FFCLRP, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009.
2
MATO, A. et al. Management of drooling in disabled patients
with scopolamine patches. Britsh Journal of Clinical
Pharmacology. v. 69. p. 684-688. 2010.
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