Um Sistema Elétrico é composto por: Geração de Tensão (13,8kV) -> 1; Transformador para alta tensão (138 kV – 765 kV – CA/CC) -> 2; Linha de Transmissão (440 kV) -> 3; S.E. de Interligação (440 kV -> 138 kV) -> 4; Linha de Transmissão (139 kV a 69 kV) -> 5; S.E. Distribuição; (138/88 kV -> 13,8/23 kV) -> 6; Rede de Distribuição (23 kV) -> 7; Transformador final (23/0,22 kV) -> 8 Proteções para cada item: 1)Surto Elétrico; Sub-tensão; Sobre-tensão; e todos os outros.... 2)Sobrecorrente; Diferencial; Sobre-tensão; 3)Sobre-corrente; Diferencial; Distância; Sobre-tensão; 4) Sobrecorrente; Diferencial; 5)Sobrecorrente; Distância; 6)Sobrecorrente; Diferencial; 7)Disjunto M.T. Curto-Circuito Independe de Carga, pois a resistência é praticamente nula, portanto, é a corrente máxima que o Gerador pode gerar. A proteção é avaliada em função do Aquecimento (Temperatura) e da Dinâmica (Força). Bobina de Restrição: inibe a energização do trafo na partida, efeito harmônico. Corrente simétrica de curto circuito – é aquela em que a componente senoidal da corrente se forma simetricamente em relação ao eixo dos tempos (figura ao lado). É característica das correntes de curto-circuito permanentes e é utilizada para se determinar a capacidade dos equipamentos em suportar os efeitos térmicos provocados por estas correntes. Corrente assimétrica de curto circuito – é aquela em que a componente senoidal da corrente se forma assimetricamente em relação ao eixo dos tempos (figura ao lado). Pode assumir as seguintes características: a) Corrente parcialmente assimétrica. b) Corrente totalmente assimétrica. c) Corrente inicialmente assimétrica e posteriormente simétrica. Curtocircuito nos terminais do gerador O gerador é a principal fonte das correntes de curto-circuito.Possuem reatâncias internas limitadoras que variam durante a ocorrência de uma falta. Estas reatâncias são denominadas, subtransitória, transitória e síncrona. A variação das reatâncias faz com que as correntes também variem ao longo da permanência do curto (figura ao lado). Curtocircuito distante dos terminais do gerador Afastando-se do gerador, a impedância das linhas de transmissão e distribuição aumenta, reduzindo a influência das impedâncias do sistema de geração. A corrente de curto-circuito será formada por uma componente contínua (decrescente durante o período transitório) e por uma componente simétrica que persistirá durante o regime permanente (até ser interrompida por algum dispositivo de proteção). O componente contínuo é formado em virtude de propriedades características de fluxos magnéticos, que não variam bruscamente. A qualquer instante do período transitório, a soma da componente simétrica com a componente contínua resulta no valor da componente assimétrica da corrente de curto-circuito. Podem ser definidas as seguintes quantidades: a) Corrente eficaz de curto-circuito simétrica permanente (ICS) – é a corrente de curto simétrica, dada em seu valor eficaz. b) Corrente eficaz inicial de curto-circuito simétrica (ICIS) – é a corrente, em seu valor eficaz no instante do defeito. c) Impulso da corrente de curto-circuito (ICIM) – é o valor máximo da corrente de defeito dado em seu valor instantâneo. d) Potência de curto-circuito simétrica (PCS) – corresponde ao produto da tensão de fase pela corrente simétrica de curto-circuito. Se o defeito for trifásico, deve-se multiplicar por √3. Proteção de Geradores: 1º passo é o estudo do fluxo de potência, 2º passo é a análise do fluxo coordenação e seletividade. Proteção de Geradores: 1º passo é o estudo do fluxo de potência, 2º passo é a análise do fluxo coordenação e seletividade. TIPOS DE CURTO CIRCUITO Curto circuito trifásico: Caracteriza-se quando as tensões nas três fases se anulam no ponto de defeito. Geralmente são as de maior valor e são usadas para: − ajustes de dispositivos de proteção contra sobre-correntes; − determinar a capacidade de interrupção de disjuntores; − determinar a capacidade térmica de cabos e equipa-mentos; − capacidade dinâmica de equipamentos e barramentos. Curto circuito bifásico Pode ocorrer em duas situações distintas. Na primeira, há contato somente entre dois condutores de fases diferentes (a) e na segunda, além do contato direto entre os dois condutores, já a participação do elemento terra (b). Curto circuito fase-terra Pode ocorrer em duas situações diferentes. Na primeira, há somente contato entre o condutor fase e a terra (a) e na segunda, há o contato simultâneo entre dois condutores fase e a terra (b). Esta corrente é utilizada para: - ajuste dos valores mínimos dos dispositivos de proteção contra sobrecorrentes; seção mínima do condutor de uma malha de terra; - limite de tensões de passo e de toque; dimensionamento de resistor de aterramento. Esta corrente costuma ser maior que a corrente de curto trifásica nos terminais do transformador da subestação, na condição de falta máxima. Algumas considerações Quando as impedâncias do sistema são muito pequenas, as correntes de curtocircuito de uma forma geral assumem valores muito elevados, capazes de danificar térmica e mecanicamente os equipamentos da instalação. Pode acontecer de não existir no mercado equipamentos com capacidade suficiente para suportar determinada corrente de curto. Neste caso, deve-se buscar meios para reduzir o valor desta corrente utilizando-se uma das seguintes opções: → dimensionar os transformadores de força com impedância percentual elevada; → dividir a carga da instalação em circuitos parciais alimentados através de vários transformadores; → inserir uma reatância série no circuito principal ou no neutro do transformador quando se tratar de correntes monopolares elevadas. A aplicação desta reatância acarreta uma redução do fator de potência da instalação, necessitando a aplicação de banco de capacitores para elevar o seu valor. DETERMINAÇÃO DAS CORRENTES DE CURTO CIRCUITO Devem ser determinadas em todos os pontos onde se requer a instalação de equipamentos ou dispositivos de proteção. Numa instalação industrial convencional, podem-se estabelecer alguns pontos de importância fundamental, ou seja: → ponto de entrega de energia, cujo valor é fornecido pela companhia supridora; → barramento do quadro geral de força (QGF), devido â aplicação dos equipamentos e dispositivos de manobra e proteção do circuito geral e dos circuitos de distribuição; → barramento dos CCMs, devido à aplicação dos equipamentos e dispositivos de proteção dos circuitos terminais dos motores; → terminais dos motores, quando os dispositivos de proteção estão ali instalados; → barramento dos quadros de distribuição de luz (QDL), devido ao dimensionamento dos disjuntores normalmente selecionados para esta aplicação. Impedâncias do sistema No cálculo das correntes de curtocircuito são consideradas as impedâncias dos principais elementos do circuito. É possível, no entanto, desprezar algumas destas impedâncias, dependendo de algumas considerações. Quanto menor a tensão do sistema, mais necessário é considerar um maior número de impedâncias, devido a influência delas no valor final da corrente. Como orientação, abaixo são destacados os elementos que devem ser considerados, em função da tensão do sistema. destacados os elementos que devem ser considerados, em função da tensão do sistema. a) Sistemas primários (tensões acima de 2400 V). Transformadores de força. Circuito de condutores nus ou isolados de grande comprimento. Reatores limitadores. b) Sistemas secundários (tensões abaixo de 600 V). Transformadores de força. Circuitos de condutores nus ou isolados de grande comprimento. Reatores limitadores. Barramentos de painéis de comando de comprimento superior a 4 metros. Impedância de motores. APLICAÇÃO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO Dentre as aplicações práticas podese citar: − determinação da capacidade de ruptura dos disjuntores; − determinação das capacidades térmica e dinâmica dos equipamentos elétricos; − dimensionamento das proteções; − dimensionamento da seção dos condutores dos circuitos elétricos; − dimensionamento da seção dos condutores da malha de terra.