ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA - ATPS_MPOG

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1 ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA - ATPS_MPOG-2012
Resolução – Prof. Waldery Rodrigues Jr. – 19/Nov/2012
[email protected]
Versão Preliminar 1.2
Comentários Gerais:
i)
ii)
iii)
A prova ateve-se a cobrar pontos-chaves de momentos importantes da Historeografia
Econômica do Brasil. Centrou-se nas duas características importantes de EBC:
a. Análise Econômica
i. Variáveis: inflação, câmbio, juros, PIB/emprego
ii. Políticas: Monetária, Fiscal, Cambial, Creditícia
b. Episódios Históricos Relevantes
Para acerta a maior parte das questões não era necessário saber de memória um
“batalhão” de números: o mais importante foi a capacidade do candidato de identificar
padrões/tendências, valores extremos (máximos, mínimos) e analisar o impacto de
medidas econômicas. Grosso modo não foi, felizmente, uma prova de “decoreba”.
O conteúdo ficou, grosso modo, dentro do esperado e muito próximo aos assuntos
listados nos 5 itens do edital (vide abaixo).
1. O Processo de Industrialização: do processo de expansão capitalista do fim do século XIX às
crises dos anos 1920; da industrialização Brasileira dos anos 1930 ao fim dos anos 1955; os anos do
governo JK. Os Anos 1960 e 1970: desaceleração do crescimento; inflação e reformas; o retorno ao
crescimento e suas distorções; choques externos; os programas e os planos de desenvolvimento.
2. A década Perdida: inflação; restrições externas; planos de estabilização.
3. O governo Collor e o Plano Real: Conceitos, fundamentos e impactos; as reformas; Tributária
(parte da Reforma Fiscal) Previdenciária Política, os dois governos FHC.
4. Comércio Internacional: abertura comercial e integração regional; os ajustes do balanço de
pagamentos; investimentos diretos estrangeiros.
5. A Atual Economia Brasileira: os desequilíbrios regionais; as políticas de combate à pobreza; a
política industrial; os programas de aceleração do crescimento; a crise internacional.
iv)
v)
vi)
Os 10 tópicos específicos cobrados na prova foram:
a. “Milagre Econômico”,
b. PAEG,
c. Crise mundial de 1929/Economia do Café,
d. Plano de Metas,
e. Período79/84 (pres. Figueiredo),
f. Plano Real (URV),
g. SUDENE,
h. Golpe Militar (1964) e medidas posteriores,
i. Crise de 2008 (quebra do banco Lehman Brothers) e
j. Desigualdade Regional (Concentração Espacial).
Tivemos alguns pequenos erros de redação na prova.
Questão passível de recurso:11.
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 2 Legenda: Parte Central, Tópicos Importantes, Torna o item errado, Pendências (ainda não
conclui)
11- No “Milagre Econômico Brasileiro”, período da história recente da economia brasileira
caracterizado por altas taxas de crescimento econômico, pode-se observar:
a) um aumento na demanda de bens de consumo não duráveis, em detrimento do consumo de
bens não duráveis.
b) redução do investimento das empresas estatais.
c) recuperação do investimento público em infraestrutura.
d) redução das exportações devido à deterioração dos termos de troca.
e) déficits contínuos na balança comercial brasileira.
Comentários:
(a) o item repete a expressão “não duráveis”. O correto é que no período do “Milagre” houve
aumento do consumo de bens duráveis. De fato este setor liderou o crescimento do PIB que
no período atingiu média de 11,1% ao ano (o segundo setor mais importante foi o de bens de
capital).
Contudo o elaborador pode alegar que o item (a) pode ser recuperado (como sendo falso)
pelo uso da expressão “em detrimento”.
De qualquer forma, a repetição da expressão “não duráveis” é um erro grave e pode levar a
anulação da questão.
(b) Indefensável. O investimento das estatatis praticamente dobrou (mostrei uma tabela em
sala com números para o período 1963-1973). Passou de 0,9% do PIB em 1964-1967 para
2,1% do PIB no período 1968-1973.
(c) Claramente verdadeira.
(d) As exportações tiveram um crescimento considerável no período do “Milagre”. A taxa
acumulada foi de 275%. Já os termos de troca tiveram um desempenho...
(e) O saldo da Balança Comercial ficou praticamente equilibrado no período. Os déficits mais
forte aconteceram em 1971-72. A série para o saldo na Balança Comercial para o período
1960/1980 segue abaixo.
Gabarito:
(c)
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 3 12- O PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) do governo Castelo Branco adotou um
conjunto de medidas para conter a inflação e promover o crescimento econômico. O Plano tinha
como meta:
a) reduzir o déficit público via aumento de receitas e redução dos gastos.
b) ampliação do crédito via redução da taxa de juros.
c) aumento dos salários reais e da demanda agregada.
d) ampliar a capacidade de financiamento da economia por meio do aumento da propensão
marginal a consumir.
e) reduzir a participação do capital estrangeiro na economia.
Comentários:
(a) Claramente verdadeiro dado que um ajuste fiscal foi diagnosticado como fundamental para
sucesso do PAEG (característica ortodoxa do Plano).
(b) Ampliação do Crédito e redução da taxa de juros (básica da economia) implicam, tudo o
mais constante, em pressões inflacionárias. O combate a inflação era um dos pontoschaves do PAEG. O crescimento real do crédito no período oscilou bastante.
Os números para crédito e juros no período 1964/1967 foram...
(c) Os salários reais sofreram queda no PAGE(e eram diagnosticados como um dos preços da
economia que levavam a forte pressões inflacionárias. A política salarial no PAEG foi
bastante restritiva. Lembrem-se, por exemplo, que:
a. no final do período João Goulart os salários dos funcionários públicos foram
dobrados...
b. Os salários foram corrigidos pela média histórica e não pelos picos (implicando
perdas reais).
Aumentar a Demanda Agregada implicaria em ter mais pressões inflacionárias.
(d) A propensão marginal a consumir (PmgC) implica, ceteris paribus, em ter mais pressões
inflacionárias (dado, por um exemplo, um nível constante de renda).
(e) Houve aumento do endividamento externo. Os dados são...
Gabarito:
(a)
13- A crise mundial de 1929, aliada à situação vulnerável da cafeicultura brasileira, significou
para a economia brasileira
a) um momento de consolidação do modelo primário--exportador.
b) a ascensão da indústria nacional, com o desenvolvimento da produção de bens direcionados
ao mercado doméstico.
c) um aumento da importação de bens de consumo.
d) a manutenção da pauta de importações do país.
e) a intensificação dos investimentos na cultura do café.
Comentários:
(a) A Grande Depressão de 1929 levou a uma forte retração do mercado internacional pelo
café brasileiro. O nosso modelo primário-exportador ficou claramente sob cheque. Daí a
necessidade, defendida por alguns, de um PSI (ISI): processo de substituição de
importações com incentivos à industrialização nacional (com viés para atendimento do
mercado doméstico).
(b) Correta. Vide item (a) acima.
(c) Com o PSI houve incentivos para diminuir as importações (M).
(d) Com o PSI houve incentivos para mudar a pauta importadora (priorizando o aumento da
capacidade produtiva).
(e) Errado. Buscava-se substituir o modelo primário-exportador (baseado no café). Lembremse das implicações do modelo “Centro-Periferia”.
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 4 Gabarito:
(b)
14- No Plano de Metas, do governo JK, para o período correspondente entre os anos 1955 e
1960:
a) buscou diversificar a produção e implantar uma estrutura de mercado baseada no modelo de
concorrência perfeita.
b) eliminou toda forma de subsídio e qualquer estímulo para a expansão do setor secundário da
economia.
c) combateu a entrada de capital estrangeiro e foi financiado exclusivamente com poupança
privada doméstica.
d) manteve sob controle a inflação.
e) dava tratamento especial aos setores de siderurgia, refino de petróleo, energia e transporte,
com a orientação de maior parte dos investimentos públicos.
Comentários:
(a) Foram permitidos e mesmo incentivadas estruturas de mercado do tipo oligopolistas
(lembrem-se, por exemplo, do setor automotivo).
(b) Vários setores industriais foram subsidiados. Houve forte intervenção estatal (e políticas de
subsídios é uma das maneiras diretas do Estado intervir na economia). O setor secundário
(indústria) foi fortemente incentivado.
(c) Houve substancial endividamento externo. A poupança doméstica era incipiente para os
números desejados pelo Plano de Metas. Não havia como o Brasil prescindir de poupança
externa. A relação Dívida Extrena Líquida/Exportações passou de 1,9 no período 19561960 para 2,4 no período 1961-1963.
Em 1956 a poupança total era de 14,5% do PIB sendo composta de 0,2% de poupança
externa e 14,3% de poupança doméstica.
Em 1960 a poupança total era de 17,0% do PIB sendo composta de 3,0% de poupança
externa e 14,0% de poupança doméstica.
(d) JK entregou o pais com a inflação em patamar bem acima do que encontrou (grosso modo
dobrou: a inflação medida pelo IGP passou de 24,7% ao ano no período 1956-1960 para
59,1% ao ano no período 1961-1963).
(e) Os cinco setores do Plano de Metas foram: Energia, Transportes, Indústria de Base,
Educação e Alimentação.
e)
Gabarito: (
15- No fim da década de 1970 e início dos anos 1980, a economia brasileira encontrava-se
dependente das condições externas e com fortes pressões inflacionárias. As medidas de ajuste
da economia adotadas pelo governo militar naquele período:
a) visavam a desestimular a captação de recursos externos por meio do aumento de impostos.
b) buscavam incentivar a demanda interna como forma de promover o crescimento econômico.
c) promoveram um maior controle da taxa de juros e maior indexação dos salários.
d) permitiram a flutuação livre do câmbio e de todos os preços da economia.
e) aboliram a correção monetária.
Comentários:
(a) Continuou havendo forte endividamento externo. A crise atingiu seu pico em 1982. A
relação Dívida Externa Líquida/Exportações passou de 2,9 no período 1979-1980 para 3,7
no período 1981-1983. A carga tributária aumentou cerca de 2% do PIB no período mas
sobre a finalidade do aumento dos tributos...
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 5 (b) A demanda interna ficou fraca ao longo do período. A média do crescimento do PIB no
período 1981/1983 foi de -0,3%.
(c) Neste período foi promovido uma mudança no regime de reajuste salarial (1979): o
governo mudou a periodicidade de reajustes salarias (nos setores público e privado) de
anual para semestral. Foi adotada também a prefixação da correção monetária
(infelizmente isto somente agiria no sentido de retroalmentar a inflação incercial). ....
(d) O uso de termos extremados (todos) é sempre uma boa dica de que o item requer
atenção. Está errado.
Note também que tivemos duas maxidesvalorizações cambiais no período: 1979 e 1983
(Delfim Netto). Ainda sobre a Política Cambial...
(e) A correção monetária (criada em na década de 60 somente foi extinta somente em
1994/1995. O período do gov.Figueiredo foi de forte correções de preços, elevada inflação
inercial.
Gabarito:
(c)
16- Na tentativa de combater a inflação brasileira, o Plano Real, em uma de suas fases,
introduziu a URV (Unidade Real de Valor). Esse procedimento teve como principal objetivo:
a) indexar plenamente a economia e promover um ajuste dos preços relativos.
b) resgatar as três funções básicas da moeda: unidade de conta; reserva de valor; e meio de
troca.
c) promover a inércia inflacionária.
d) promover o equilíbrio das contas externas.
e) controlar a liquidez da economia.
Comentários:
(a) A URV foi uma indexação da economia. Constituiu a “âncora” monetária do Plano Real.
Isto foi possível pela “ancoragem” das expectativas quanto a aumento de preços pelos
agentes econômicos. Houve convívio entre Cruzeiro Real e URV e Real.
(b) As funções básicas da moeda (em qualquer sistema econômico) são estas 3 listadas. Mas
a URV não tinha este objetivo (nenhuma das 3 funções da moeda havia sido “perdida”).
(c) Obviamente falsa. A inércia inflacionária foi uma das causas da hiper inflação dos anos 80
e inícios dos anos 90. Foi diagnosticado que esta seria uma das principais causas a serem
combatidas (aprendeu-se com os erros dos planos heterodoxos dos anos 80´s).
(d) Promover o equilíbrio das contas externas é importante para a gestão macroeconômica.
Mas este não era o objetivo da URV.
(e) A URV tinha fins de ancoragem (indexação) de expectativas sobre aumento de preços.
Não estava ligada a um objetivo de reduzir a liquidez na economia (embora saibamos que
liquidez excessiva gere pressões inflacionárias).
Gabarito:
(a)
17- A proposta de criação da SUDENE tomou como base o relatório do Grupo de Trabalho para
o Desenvolvimento do Nordeste (GTDN). O relatório intitulado “Uma Política de Desenvolvimento
Econômico para o Nordeste”, aponta como um grave problema:
a) as disparidades de renda entre trabalhadores e capitalistas na região Nordeste.
b) a baixa demanda por produtos de tecnologia de ponta na região Nordeste.
c) uma agricultura familiar bastante desenvolvida no Nordeste, mas com difícil acesso ao crédito.
d) as disparidades de níveis de renda existentes entre o Nordeste e o Centro-Sul do País.
e) o rebatimento da crise do petróleo nos investimentos públicos na região Nordeste.
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 6 Comentários: questão sobre Desenvolvimento Regional e criação da SUDENE que se deu no
ano 1959 (note que não é necessário saber a data precisa: 15/12/1959).
(a) A ênfase maior era na desigualdade entre regiões do Brasil (INTER regional) embora
houvesse forte disparidades entre grupos da mesma região e entre micro ou meso-regiões
dentro de uma mesma região geográfica. Ou seja não havia forte homogeneidade dentro
de uma mesma região (NE). Mas a ênfase era na heterogeneida entre diferentes regiões
geográficas (NO/NE, CO, S/SE).
(b) Havia baixa demanda por produtos com alto valor tecnológico agregado mas a questão
central na criação da SUDENE eram as desigualdades INTER regionais...
(c) Claramente errada. Agricultura familiar no NE era pouco desenvolvida. Lembrar da
produção familiar de subsistência no NE...
(d) A ênfase maior era na desigualdade entre regiões do Brasil (INTER regional).
(e) Caso o elaborador esteja se referindo aos choques (adversos, negativos) de oferta do
petróleo ocorrido em 1973 e 1979 o item (e) é totalmente sem sentido ...
Gabarito:
(d)
18- O Golpe Militar adotou inicialmente um discurso desenvolvimentista em oposição ao
populismo de Goulart e um comprometimento com o crescimento econômico. Suas ações tinham
como propósito:
a) romper relações com os organismos financeiros internacionais.
b) reduzir a dívida externa brasileira.
c) dar início ao processo de privatização da economia brasileira.
d) combater o modelo de desenvolvimento capitalista.
e) maior abertura da economia brasileira para o capital externo.
Comentários: questão trata do PAEG.
(a) Romper relações com organismos multilaterias que podem prover funding não é um
estratégia desejada por quem quer organizar a gestão macroeconômica de um páis. Sobre
rompimento com FMI ver os casos de JK e Jânio Quadros...
(b) Este item confronta-se com o item (e).
(c) A privatização somente teve apelo com o governo Collor (e depois FHC e, muito mais
recentemente, Dilma).
(d) Havia à época uma dicotomia entre Capitalismo (liderança: EUA) e Socialismo (liderança:
URSS). O governo militar associava-se à primeira corrente.
(e) Verdade. Tanto que o endividamento externo cresceu no período.
Note também que a abertura financeira implementada no período era tida como
necessários (tanto ao capital externo de risco (investimento direto) como ao capital externo
de empréstimo (este segundo ponto é até mais importante para o crescimento econômico
objetivado pelo governo militar). A oferta de fundos externos era necessária dada a
carência estrutural de poupança interna.
Gabarito:
(e)
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 7 19- A quebra do quarto banco dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, no segundo trimestre
de 2008, marcou o ápice da crise financeira nos Estados Unidos e a sua irradiação para o resto
do mundo. Algumas análises feitas para o Brasil sobre a crise diziam que os fundamentos
econômicos do país lhe garantiriam certa imunidade. A base do argumento era que:
a) havia baixo nível de reservas cambiais, mas superávit na balança comercial brasileira.
b) os bancos brasileiros apresentavam alto grau de solidez e baixo envolvimento com o mercado
de capitais externo.
c) o país não apresentava grande atratividade para os investidores estrangeiros.
d) as altas taxas de desemprego e a informalidade da economia brasileira serviriam de
“amortecedor” para a crise.
e) os brasileiros não especulavam no mercado imobiliário norte americano.
Comentários: No enunciado faltou a palavra “maior” (o Lehman Brothers era o quarto maior
banco dos EUA quando ele quebrou em setembro de 2008).
(a) As nossas reservas já estavam em patamar bastante elevado. Em torno de U$ 190 bilhões.
Vide gráfico abaixo.
A Balança Comercial era superavitária (vide efeito da elevação da demanda e dos preços
das nossas commodities, em particular minério de ferro e soja).
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 8 (b) A solidez de nosso Sistema Financeiro Nacional – SFN (com baixo grau de alavancagem)
foi fundamental para nossa menor vulnerabilidade à crise de 2008 que foi uma crise do
Sistema Financeiro. Nosso Índice de Basiléia estava em um valor bem menor (mais
conforatável do que os dos países da OCDE).
(c) Falso. O Brasil era um dos principais países de destino para o Investimento Direto
Estrangeiro (IDE). Veja os dados abaixo...
(d) Nosso nível de desemprego era relativamente baixo (o menor na série histórica até aquele
ano de 2008).
A nossa informalidade era (e continua) relativamente alta (um pouco menos de 50% do
PIB). Mas a informalidade (underground economy) é um fator de vulnerabilidade e não de
proteção para crises externas que impactam a economia doméstica.
(e) A participação de residentes (brasileiros) nos mercados imobiliários (subprime mortgage
markets e mercados de hipotecas americano) era baixa. Mas este não foi o argumento
para nosso solidez diante da crise.
Gabarito:
(b)
20- No Brasil, a concentração espacial da produção tem sido apontada como um problema
regional. Essa questão não é mais relativa ao crescimento econômico, mas sim de existência de
regiões com baixa atividade econômica vis-a-vis outras regiões em que a dinâmica econômica é
bastante acentuada. Assim, pode-se afirmar que:
a) a região Nordeste tem crescido a taxas maiores que a média nacional e apresenta, nesta
última década, renda per capita maior que a da região Centro Oeste.
b) não há desigualdade regional na região Sul.
c) a política social é suficiente para resolver o problema da concentração espacial da produção.
d) os investimentos públicos não têm sido suficientes para reduzir as disparidades de renda entre
as grandes regiões brasileiras.
e) os processos migratórios têm ajustado as diferenças tanto de renda per capita quanto de renda
absoluta entre as regiões.
Comentários: Questão sobre Desenvolvimento e Desigualdade Regional.
(a) O NE tem crescido mais do que o Brasil recentemente. Mas a renda per capita daquela
região é bem inferior à renda do CO. Veja os números na série histórica.
(b) Há forte desigualdade em todas as regiões. Ou seja, o problema também é INTRA regional
(além de ser INTER regional). Há vários exemplos de áreas pobres na Região Sul (em
particular no estado do RS). [Regiões de Santa Maria, São Gabriel, etc].
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 9 Abaixo segue o mapa da miséria no Brasil em 2010. Veja alguns pontos mais escuros
(pobres) na Região Sul.
(c) Bom exemplo de uso de palavra extremada: suficiente. As ações sociais não podem
prescindir de políticas econômicas para resolver questões como a concentração espacial
da atividade produtiva.
(d) Verdade. E isto mostra uma necessidade de se repensar as políticas adotadas até agora.
Os dois gráficos abaixo [fonte: Datamétrica, http://www.blogdatametrica.com.br/2011/10/velhos-numeros-parauma-nova-realidade.html ] mostram um dos mais “vergonhosos” quadros brasileiros: a manutenção
das disparidades regionais no nosso paísl. Mostra um importante “dever-de-casa” a ser
feito...
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 10 (e) As desigualdades de renda per capita e de renda absoluta podem, em alguns casos,
serem atenuadas pelos movimentos migratórios. Mas não reverteu o quadro “estrutural” do
Brasil. Ver os dois gráficos acima.
Gabarito:
(d)
Resolução Econ. Brasileira Contemporânea /ATPS‐MPOG_2012 Prof. Waldery Rodrigues Jr. [email protected] 11 GABARITO OFICIAL:
11 C
12 A
13 B
14 E
15 C
16 A
17 D
18 E
19 B
20 D
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