A LUZ E OS PRIMÓRDIOS DO CINEMA Escola Secundária Filipa de Vilhena PORTO Antes do aparecimento do cinematógrafo dos irmãos Lumiére, no final do século XIX, os nossos antepassados deliciavam-se com aparelhos como o zootrópio e o taumatrópio, que seriam o que havia de mais parecido com o cinema. O zootrópio é uma máquina constituída essencialmente por um tambor rotativo com ranhuras regularmente espaçadas e com uma série de desenhos no seu interior. O seu nome deriva do grego, significa “roda da vida” (zoe=vida+ tropos=roda) e foi criada em 1834 pelo matemático inglês William George Horner. O espectador, ao olhar através das ranhuras para as imagens em movimento no interior do tambor, fica com uma ilusão de movimento aparente. Tal como o cinema, o zootrópio baseia-se num fenómeno do olho humano denominado persistência retiniana, que se deve ao facto de imagens isoladas projetadas a um ritmo superior a 16 imagens por segundo serem assumidas pela nossa retina como movimento aparente. No zootrópio, quando uma ranhura passa em frente ao nosso olho, uma das figuras é vista durante uma fracção de segundo. Antes que a imagem se desvaneça no cérebro, o tambor roda e mostra outra figura. Se o tambor rodar suficientemente depressa, as figuras confundem-se e parecem mover-se. A capacidade dos nossos olhos serem sensíveis à luz visível e a ilusão criada pelo facto da nossa retina não conseguir isolar imagens isoladas projectadas com uma determinada velocidade, servem de base à existência do zootrópio e do cinema. Com este trabalho pretendemos realizar uma pequena oficina em que os participantes podem desenhar sequências de imagens para serem visualizadas e construir dispositivos simples como o zootrópio e o taumatrópio. Os materiais a utilizar serão papel, cartolina, lápis e tesoura. Paralelamente irão ser exibidos alguns modelos de zootrópios, praxinoscópio e fenancistoscópio. Exemplos de Zootrópio a serem exibidos : Zootrópio e Taumatrópio a serem construídos: Alunos autores do projeto: Gonçalo Grilo Filipe Mourão Mariana Santos Sara Oliveira