UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL – UFMS PÓS GRADUAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA ANA PAULA TAVEIRA FARIAS QUEIROZ PROJETO DE INTERVENÇÃO: BUSCA ATIVA DAS MULHERES NA FAIXA ETÁRIA DE 25 A 49 ANOS PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, NA ESF JARDIM DO LAGO NO MUNICÍPIO DE APARECIDA DO TABOADO – MS. Aparecida do Taboado – MS 2011 ANA PAULA TAVEIRA FARIAS QUEIROZ PROJETO DE INTERVENÇÃO: BUSCA ATIVA DAS MULHERES NA FAIXA ETÁRIA DE 25 A 49 ANOS PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME PREVENTIVO DE CÂNCER DE COLO DE ÚTERO, NA ESF JARDIM DO LAGO NO MUNICÍPIO DE APARECIDA DO TABOADO – MS. Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação à nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientadora: Prof.ª Ení Batista de Souza Aparecida do Taboado – MS 2011 7 “O ser humano que venceu na vida é aquele que viveu bem, riu muitas vezes e amou muito; Que conquistou o respeito das pessoas inteligentes e o amor das crianças; Que preencheu um lugar e cumpriu uma missão; Que deixou o mundo melhor do que o encontrou, seja com uma flor, com um poema perfeito ou com o salvamento de uma alma; Que procurou o melhor de nós e deu o melhor de si”. (Robert L. Stevenson) 8 Resumo QUEIROZ, Ana Paula Taveira Farias. Projeto de intervenção: busca ativa das mulheres na faixa etária de 25 a 49 anos para a realização do exame preventivo de câncer de colo de útero, na ESF Jardim do Lago no Município de Aparecida do Taboado – MS. 2011. Projeto de intervenção (Pós Graduação em Saúde da Família) Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS. A principal estratégia para detecção precoce do câncer do colo do útero é o exame citopatológico. Este estudo tem o objetivo de identificar os principais fatores culturais, sociais, econômicos, aspectos sexuais e reprodutivos e os motivos para a não realização do exame citopatológico em mulheres; e verificar uma possível associação destas variáveis com seu conhecimento sobre a finalidade desse exame. O objetivo deste estudo foi analisar os motivos que influenciaram um grupo de mulheres a não estarem em dia com o exame preventivo e identificar quais os fatores que influenciam a não realização do exame mesmo após iniciarem a atividade sexual. As mulheres demonstraram desconhecimento do câncer, da técnica e da importância do preventivo. Revelaram ainda medo na realização e resultado do exame. A vergonha e o constrangimento foram sentimentos expressados por elas pela exposição da intimidade a que se submetem. Expressaram ainda possuírem valores culturais que dificultam mudança de atitude. O acesso ao serviço, ter emprego e filhos também foram relatados como impedimento. Os resultados mostram a importância de ações educativas sobre a necessidade do preventivo ao iniciar as atividades sexuais e desmistificar a técnica e resultado. Palavras-chave: câncer do colo do útero, prevenção, barreiras. 9 Abstract Queiroz, Ana Paula Farias Taveira. Intervention project: active search of women aged 25 to 49 years for the implementation of screening for cancer of the cervix, the FHS Lake Garden in the city of Aparecida do Taboado - MS. 2011. Intervention Project (Graduate Family Health) Federal University of Mato Grosso do Sul, Campo Grande,MS. The main strategy for early detection of cervical cancer is the Pap test. This study aims to identify key cultural, social, economic, sexual and reproductive aspects and the reasons for not performing the Pap test in women, and verify a possible association between these variables and their knowledge about the purpose of this review. The aim of this study was to analyze the factors influencing a group of women not being up to date with preventive examinations and identify which factors influence the performance of the test does not start even after sexual activity. Women demonstrated ignorance of the cancer, the technique and the importance of prevention. It also reveals the fear and achievement test results. The shame and embarrassment were they expressed feelings of intimacy by exposure to which they submit. Also expressed possess cultural values that hinder change in attitude. Access to the service, have jobs and children were also reported as barriers. The results show the importance of an education about the need for prevention to start sexual activities and demystify the technique and results. Keywords: cervical cancer, prevention, barriers. 10 Sumário 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 12 2 OBJETIVOS ............................................................................................................................ 15 2.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 15 2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................ 15 3 MATERIAL E MÉTODO ........................................................................................................ 16 4 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................ 17 4.1 Educação em saúde na estratégia de saúde da família e o cuidado da saúde da mulher ... 17 4.2 Câncer do colo uterino ...................................................................................................... 18 4.3 Prevenção do câncer do colo uterino................................................................................. 21 5 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................................... 23 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 24 7 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 26 8 CRONOGRAMA ..................................................................................................................... 28 9 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 29 10 ANEXO .................................................................................................................................. 32 11 1 INTRODUÇÃO O controle do câncer em nosso país representa um dos grandes desafios para a saúde publica. O câncer de colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres (BRASIL, 2009). Segundo Almeida (2005) o câncer de colo uterino é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, pois apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de nível social e econômico baixo, e em fase produtiva de suas vidas. Essas mulheres, uma vez doentes, comprometem seu papel no mercado de trabalho, ocupam leitos hospitalares, privando-as do convívio familiar e acarretando um prejuízo social considerável. A precocidade no diagnóstico é ponto fundamental para o prognóstico favorável. O controle do câncer em geral, representa atualmente um dos grandes desafios para a saúde pública no país, sendo este, a segunda causa de morte por doença, necessitando da realização de ações em variados graus de complexidade (BRASIL, 2006). O Instituto Nacional do Câncer divulgou que a mortalidade por câncer de colo de útero em 1999 atingiu a terceira colocação no Brasil, com o índice de 7,39% das mortes; enquanto que no período de 1979 a 1999, essas taxas eram de 3,44 para 4,67 óbitos por mil mulheres, o que significa que houve uma variação significativa de 35,7% no período. No ano de 2008 a 12 estimativa foi de 13,48 por mil casos novos para o câncer de útero. Em 2010, são esperados 18.430, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres (BRASIL, 2009). De acordo com Brasil (2010), no Brasil, as estimativas para o ano de 2008, válidas também para o ano de 2009, apontaram que ocorreram 466.730 casos novos de câncer. E para o ano de 2010 e 2011 estima-se 489.270 novos casos. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, foram os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino, e os cânceres de mama e de colo do útero no sexo feminino, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada no mundo. A principal medida de controle realizada para detecção precoce da doença se da por meio de um exame simples, porém de fundamental importância que é o citopatológico de colo do útero (ou Papanicolaou). Esse exame indica a presença de lesões neoplásicas ou préneoplásicas, sendo possível assim interromper a evolução dessas lesões (SÃO PAULO, 2004). Conforme o Ministério da Saúde, cerca de 40% das mulheres brasileiras nunca realizaram o exame citopatológico do colo uterino, dificultando ações de saúde e assistência com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce (BRASIL, 2002). De acordo com Duavy et al. (2007) existem alguns estudos que mostram que as mulheres mesmo conhecendo a importância da prevenção geralmente procuram fazer o exame preventivo somente na presença de algum sintoma. A maioria delas sente constrangimento sobre o próprio corpo ou sexualidade, desconhecem sobre o exame e mencionam não ter recebido esclarecimentos sobre a realização do referido exame. As mais altas taxas de incidência do câncer do colo de útero são observadas me países pouco desenvolvidos, indicando uma forte associação deste tipo de câncer com as condições de vida precária, com os baixos índices de desenvolvimento humano, com a ausência ou fragilidade das estratégias de educação comunitária (promoção e prevenção em saúde) e com a dificuldade de acesso a serviços públicos de saúde para o diagnostico precoce e o tratamento das lesões precursoras (BRASIL, 2006). Segundo Brasil (2006), as estratégias de prevenção e controle do câncer do colo do útero tem como objetivos reduzir a incidência e a mortalidade, bem como, as repercussões físicas, psíquicas e sociais causadas por esses tipos de cânceres, por meio de ações de promoção e prevenção, proporcionando ofertas de serviços para detecção em estágios iniciais da doença no tratamento e reabilitação das mulheres. Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100% quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena 13 porcentagem ocorre abaixo doa 30 anos. Existe no Brasil, o Programa Viva Mulher, que desenvolve ações de detecção precoce, por meio do exame Papanicolaou, exames de confirmação diagnostica e tratamento, com o objetivo de impedir o avanço da doença. O programa prioriza as mulheres da faixa etária de 25 a 59 anos de idade (BRASIL, 2009). Diante todos os dados supracitados o que me motivou falar sobre o tema foi o fato de percebe-se que muitas mulheres que procuram a unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) – Jardim do Lago de Aparecida do Taboado – MS, para realizar o exame preventivo pela primeira vez só o fizeram depois de muitos anos de início da atividade sexual. Sendo assim, preocupa saber que motivos levam essas mulheres a não realizarem o exame preventivo conforme o preconizado pelo Ministério da Saúde: realizar o preventivo quando se inicia a atividade sexual, mantendo um controle a cada três anos após dois resultados normais por dois anos consecutivos. A inquietação para a realização do estudo é justamente para compreender o que leva a mulher a não fazer o exame citológico. Deste modo, o estudo tem como objetivo analisar os motivos que influenciaram um grupo de mulheres, na faixa etária de 25 a 49 anos, a nunca ter realizado o exame de Papanicolaou mesmo após iniciarem a atividade sexual. 14 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Implantar o projeto de intervenção para busca ativa de mulheres de 25 a 49 anos para realização do exame de Papanicolaou a fim de atingir a cobertura mínima. 2.2 Objetivos Específicos Atingir a cobertura de mulheres em idade fértil 24 a 49 anos a realizarem o exame de Papanicolaou Identificar as barreiras que as impedem de realizarem o exame 15 3 MATERIAL E MÉTODO Para o desenvolvimento da pesquisa, realizou-se um estudo descritivo. Durante o período de agosto a outubro de 2011, no inicio do Projeto, foi realizado na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Jardim do Lago, no município de Aparecida do Taboado, um levantamento de dados de 88 prontuários de mulheres com idade de 25 a 49 anos.a coleta de dados foi realizada pela pesquisadora, que após a identificação das mulheres que constituíam a amostragem, se dirigia até o local de residência das mesmas, onde aplicava os formulários, após o aceito da entrevistada em participar da pesquisa e leitura do Termo de Consentimento livre e Esclarecido. Após o levantamento dos dados, os mesmos foram submetidos a analise descritiva e estatística dos dados. As mulheres foram convidadas a participarem da pesquisa, esclarecidas de que poderiam optar pela não-participação sem prejuízo de seu atendimento na ESF. Foi traçado o perfil das mulheres por meio de analise da ficha de coleta de dados especifica para este fim. Tal ficha era composta de informações sobre idade, escolaridade, estado conjugal, cor, data da ultima menstruação, gravidez no momento da pesquisa, idade da primeira relação sexual, numero de parceiros sexuais e antecedentes de DST, numero de gestações, método contraceptivo, citologia ontológica anterior, antecedentes pessoais de DST, HPV, tabagismo, antecedente pessoal e/ou familiar de câncer de colo uterino e exames anteriores de Papanicolaou. 16 4 REVISÃO DA LITERATURA 4.1 Educação em saúde na estratégia de saúde da família e o cuidado da saúde da mulher A educação em saúde deve ser entendida como um componente e um recurso a ser utilizado como estratégia no âmbito da saúde para melhoria da qualidade de vida. (BRASIL, 1993). A definição da melhoria da qualidade de vida ganhou mais visibilidade após a carta de Otawa em 1986, resultante de um conjunto de fatores, dentre eles os sociais, econômicos, políticos, culturais, ambientais, comportamentais e também biológicos (BRASIL, 1993). Garzzinelli (2005) afirma que desde a década de 1970, a educação em saúde tem sido repensada no sentido de distanciar-se das ações impositivas, características do discurso higienista, mas, na realidade, as atividades de educação em saúde ainda são desenvolvidas de forma coercitiva e normativa. Segundo Azeredo (2007) a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) se pauta em uma assistência universal, integral, equânime, contínua e resolutiva à população. As atividades desenvolvidas pela equipe multidisciplinar do PSF devem se basear na identificação dos problemas de saúde prevalentes, tendo como referência o perfil epidemiológico, demográfico e social da população. Estão entre as competências da Equipe de saúde da Família (ESF) a assistência integral incorporando como objetivo das ações a 17 pessoa, o meio ambiente e os comportamentos interpessoais e a visita domiciliar com a finalidade de monitorar a situação de saúde das famílias. George (2000) diz que a ação da enfermagem é uma propriedade complexa ou um atributo de pessoas educadas e treinadas, como as enfermeiras, que permitam que elas ajam, conheçam e ajudem outros a preencherem suas demandas terapêuticas de auto-cuidado, exercitando ou desenvolvendo sua própria ação de auto-cuidado. O autor supracitado assegura que o cuidado humano é central para a enfermagem como disciplina e profissão. Reconhecem e propõe a preservação do cuidado como a essência da enfermagem. Para Paini (2001) o cuidado implica uma relação interpessoal irrepetível, constituída de atitudes humanas nem sempre previsíveis, que não devem ser pré-estabelecidas, tendo em vista que o ser humano é um ser único e potencialmente criativo. Além disso, os resultados do cuidado, nem sempre correspondem ao esperado, mesmo quanto aos princípios básicos. De acordo com Smeltzer e Bare (2006), a saúde da mulher é uma especialidade única dos cuidados de saúde. Como as mulheres usam o sistema de saúde com maior freqüência que os homens e constituem a maioria dos profissionais de saúde, abordar as necessidades de saúde e preocupações das mulheres melhorará a qualidade e o acesso para todas as pessoas. A enfermagem pode e deve possibilitar uma assistência à mulher de forma integral, através da consulta de enfermagem, sendo uma excelente oportunidade para educá-la no desenvolvimento de um comportamento preventivo, ou seja, para buscar espontaneamente os serviços de saúde de forma periódica, mesmo na ausência de sinais e sintomas (BARROS et al., 2002). Conforme Figueiredo (2004), prevenir significa atuar antecipadamente, impedir determinados desfechos indesejados, que seriam: o adoecimento, a invalidez, a cronicidade de uma doença ou a morte. 4.2 Câncer do colo uterino O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada pela mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a proliferar-se de maneira anormal, ignorando as sinalizações de regulação no crescimento do ambiente circunvizinho a célula. As células adquirem características invasivas infiltrando-se nos tecidos provocando alterações. Acessam os vasos sanguíneos e linfáticos, 18 onde se transportam para outras partes do corpo, esse processo é chamado de metástase (SMELTZER e BARE, 2002). Para Figueiredo (2004), o câncer é uma doença que tem desafiado a ciência em todo o mundo ao longo dos anos, na luta por sua cura e prevenção. É considerado um problema de saúde pública de dimensões nacionais e internacionais, que exige propostas de ações, planos e programas visando seu controle, incluindo melhora e expansão da rede de assistência hospitalar especializada, atividades de promoção à saúde, prevenção, detecção precoce, e intervenções sobre os seus fatores de riscos. Em se tratando de saúde pública, dados epidemiológicos mostram a distribuição das várias doenças, entre elas as diversas formas de câncer, a observação e análise das variações de sua ocorrência em diferentes grupos de comunidades, bem como os fatores de risco os quais estão expostos. A partir da observação da relação entre morbidade e mortalidade, condições ambientais, hábitos de vida e constituição genética, podemos estabelecer hipóteses para as prováveis causas do câncer. A qualidade dos serviços de diagnósticos e o acesso aos serviços de saúde sempre devem ser considerados nos estudos comparativos da freqüência do câncer (INCA, 2002). No Brasil ao contrario do que ocorre nos países mais desenvolvidos, nas taxas de mortalidade por câncer do dolo do útero continuam aumentando, 1979, a taxa era de 3,44/100.000, enquanto que em 1999 a taxa subiu para 4,67/100.000, correspondendo a uma variação percentual relativa de 35,7% (BRASIL, 2010). As estimativas para o ano de 2010, no Brasil, serão validas também para o ano de 2011, ou seja, são esperados 18.430 casos. Com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres. Os tipos mais incidentes, a exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de mama e do colo do útero, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada para a America Latina (BRASIL, 2009). O câncer é uma das doenças que mais causam temor na sociedade, por ter se tornado um estigma de incurável, de causa de mortalidade, de sofrimento e de dor para o paciente. De origem latina, a palavra câncer (cancer) significa “caranguejo” deve ter sido empregada em analogia ao modo de crescimento infiltrante, que pode ser comparado as pernas do crustáceo, que as introduz na areia ou lama para se fixar e dificultar sua remoção (ALMEIDA et al., 2005). O câncer do colo do útero é uma doença de crescimento lento e silencioso. A detecção precoce do câncer do colo do útero ou lesões precursoras é plenamente justificável, pois estima-se a redução em 80% da mortalidade se realizado rastreamento de mulheres na faixa 19 etária de 25 a 65 anos com o exame de Papanicolaou e tratamento de lesões precursoras com alto potencial de malignidade ou carcinoma “in situ” (BRASIL, 2010). Sob a ótica da perspectiva de gênero, as mulheres que são acometidas por câncer têm seus papéis no mercado de trabalho comprometido e a privação do convívio familiar quando internadas para tratamento, acarretando um prejuízo social considerável, bem como um transtorno familiar devido aos papéis sexuais definidos (BRENNA et al., 2001). Conforme, o Ministério da Saúde (2002), cerca de 40 % das mulheres brasileiras nunca realizaram o exame citopatológico e o exame clínico de mamas, dificultando ações de saúde e assistência com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce. O câncer de colo ocupa o terceiro lugar em incidência representando ainda um, problema de saúde pública, pois se trata de alta morbimortalidade que acomete mulheres em idade produtiva, econômica, social e familiar (SILVEIRA, 2005). De acordo com Brasil (2006), o câncer do colo uterino é uma afecção progressiva iniciada com transformações intra-epiteliais progressivas que podem evoluir para um processo invasor num período que varia de 10 a 20 anos. Das manifestações cínicas, é uma doença de crescimento lento e silencioso, existe uma fase pré-clinica, sem sintomas, com transformações intra-epiteliais progressivas importantes, em que a detecção de possíveis lesões precursoras são por meio da realização periódica do exame preventivo do colo do útero. Progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura se torna mais difícil, se não impossível. Nesta fase os principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. Segundo Smeltzer e Bare (2005) os fatores de risco são atividade sexual com múltiplos parceiros, idade precoce no primeiro coito, reprodução precoce, exposição ao papilomavírus humano (HPV), infecção por HIV, tabagismo, exposição ao dietilestilbestrol (DES) in útero, baixo estado socioeconômico, deficiências nutricionais e infecção cervical crônica. As medidas preventivas são educação relacionada ao sexo seguro, cessação do tabagismo e exames pélvicos regulares, e testes de Papanicolaou para todas as mulheres. Acredita-se que a infecção pelo papilomavírus humanos (HPV) seja a causa primária do câncer do colo do útero. Sua prevalência na lesão do colo é superior a 98% e dois subtipos do vírus (16 e 18) estão presentes em mais de 80% dos casos de câncer invasor. Também são relacionados como co-fatores outras doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a presença do vírus da imunodeficiência humana (HIV), o uso de tratamento imunossupressivo e história de transplante de órgãos e o tabagismo (LINHARES e VILLA, 2006). 20 De acordo com Nicolau (2003), entre os anos 70 e 80, surgiram as primeiras evidências da provável associação do HPV com o câncer de colo uterino e, no final dos anos 90, descrevia-se a presença viral em aproximadamente 100% dos casos de câncer cervical. A infecção pelo HPV tem sido associada diretamente com o câncer de colo uterino, tanto pela população, quanto pelos profissionais de saúde. A presença de alguns tipos de HPV realmente é encontrada em cerca de 95% dos casos desse câncer, mas existem inúmeros tipos de HPV com baixo potencial de oncogenicidade e o desenvolvimento ou não das lesões precursoras – Lesões Intraepiteliais cervicais – LIE – depende de vários outros fatores relacionados a(ao) hospedeira(o). Segundo uma quantidade considerável de estudos, ocorre a remissão espontânea das lesões. Além disso, a realização de exames preventivos do câncer do colo uterino periodicamente é a medida mais efetiva para o controle das lesões induzidas pelo HPV, evitando o desenvolvimento do câncer. A infecção é de transmissão freqüentemente sexual, apresentando-se na maioria das vezes de forma assintomática ou como lesões inaparentes (BRASIL, 2006). Os tipos de HPV mais comumente associados ao câncer de colo uterino são o HPV16 e o HPV18. Associados ao HPV, e reconhecendo a multicausalidade da patologia, muitos outros fatores contribuem para a etiologia deste tumor, sendo estes: tabagismo, hipovitamina, uso de contraceptivos orais e, principalmente, os fatores relacionados com o exercício da sexualidade, como a multiplicidade de parceiros sexuais e iniciação sexual precoce (BRASIL, 2007). Para Bosch et al. (2002), a relação entre o câncer cervical e infecção por Papiloma Vírus Humano (HPV) está bem estabelecida na atualidade. O DNA do HPV de alto risco é detectado na maioria dos espécimes (92,9% a 99,7%) de câncer cervical invasivo. Embora o Brasil tenha sido um dos primeiros países do mundo a introduzir o exame de Papanicolaou para a detecção precoce do câncer de colo, a doença continua a ser um grave problema de saúde pública. Isto porque apenas 30% das mulheres submetem-se ao exame citopatológico pelo menos três vezes na vida, o que resulta em diagnósticos já em fase avançada em 70% dos casos (INCA, 2009). 4.3 Prevenção do câncer do colo uterino 21 Para Fernandes et al. (2001) as primeiras iniciativas para implantar a prevenção do câncer do colo uterino ocorreram no final da década de 60, com progressos limitados ao longo da década de 70. Segundo Halbe (1994) o exame citopatológico do colo do útero ou exame Papanicolaou ou como é popularmente conhecido Preventivo constitui o melhor recurso propedêutico no diagnostico do câncer de colo uterino nas etapas iniciais. Pinelli (2002) afirma que a prevenção do câncer de colo uterino deve envolver um conjunto de ações educativas com a finalidade de atingir grande parte das mulheres de risco, alem da realização do Papanicolaou. Através de programas de prevenção clinica e educativa há esclarecimentos sobre como prevenir a doença, sobre as vantagens do diagnostico precoce, as possibilidades de cura, sobre o prognostico e a qualidade de vida não só para esse tipo de câncer, como para os demais. Segundo Gerk (2002), no Brasil, o Ministério da saúde aconselha que o exame de Papanicolaou em mulheres de 25 a 60 anos ou nas sexualmente ativas seja realizado a cada três anos, após a obtenção de dois exames com resultados negativos com intervalo de um ano entre eles. “É fundamental que os serviços de saúde orientem o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco” (INCA, 2006, p. 1). De acordo com Bare e Smeltzer (2002) tal exame consiste na coleta de células endocervicais e da endocérvice para analise laboratorial. Ele pode ser efetuado pela técnica convencional ou pela base liquida, porem a técnica mais utilizada é a convencional, que emprega a espátula de Ayre e a escova endocervical. A combinação da escova e da espátula é o método mais eficiente para diminuir a porcentagem de falso-negativo. As secreções devem ser removidas delicadamente a partir do óstio cervical, transferidas para uma lamina de vidro e fixadas imediatamente, imergindo a lamina ou borrifando-a em um fixador. Ainda segundo Bare e Smeltzer (2002) na solicitação do exame deve constar a idade da paciente, dados clínicos e epidemiológicos de importância, data da ultima menstruação, números de gestações, uso de DIU (dispositivo intra uterino), sangramento na pós-menopausa e cirurgias ginecológicas anteriores. Alguns cuidados devem ser tomados para se efetuar uma coleta adequada e confiável, como não utilizar: duchas vaginais cerca de 48 horas antes do exame; cremes vaginais nos sete dias precedentes ao exame; nenhuma espécie de lubrificante no especulo e ainda abstinência sexual nas 48 a 72 horas que antecedem a coleta. A época mais propicia é o período periovulatório. Não é recomendável a coleta no período menstrual, 22 pois o sangue dificulta a leitura da lamina. Entretanto, isto não quer dizer que diante de um sangramento anormal, a coleta não possa ser realizada em algumas situações particulares. No caso de mulheres submetidas à histerectomia total vale ressaltar que deve ser colhido o material contido no fundo de saco uterino, mesmo possuindo baixa qualidade para o diagnostico oncótico. Nas mulheres grávidas, a coleta endocervical não é contra-indicada. Entretanto, deve ser realizada de maneira cuidadosa, com uma correta explicação do procedimento e sua importância. A paciente deve ser informada de que pode ocorrer um pequeno sangramento após coleta. No pós-parto, é recomendável aguardar seis a oito meses para que o colo uterino readquira suas condições normais (BARE e SMELTZER, 2002). 5 ANÁLISE DOS DADOS O presente Projeto selecionou 88 prontuários de mulheres de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos, sendo que 45 mulheres constituíam a amostragem desse trabalho. Em relação ao perfil socioeconômico das 45 mulheres pesquisadas, 32 tinham mais de 40 anos; 14 relatam serem casadas; 13 são analfabetas; 33 tem renda mensal em torno de R$300,00 a R$600,00. Foi verificado que 25 não trabalhavam atualmente, sendo que destas 17 referiram como ocupação principal o cuidado com o “lar”. Em relação aos aspectos sexuais e reprodutivos, verificou-se que 16 tiveram inicio da atividade sexual com 20 anos ou mais; 24 mulheres tiveram apenas um parceiro sexual, desde o inicio da sua atividade sexual; 17 referiram ter tido sete ou mais gestações. Entre as 32 mulheres de 40 anos ou mais, verificou-se que 26 possuíam até oito anos de estudo; 27 possuíam renda familiar mensal de até R$600,00 e 28 não trabalhavam. Em relação aos aspectos sexuais ou reprodutivos, 21 iniciaram vida sexual com 18 anos ou mais, exceto aquelas que nunca tiveram relação sexual, e 17 tiveram quatro filhos ou mais. Um outro aspecto observado nesse estudo, foi referente ao conhecimento das mulheres sobre o exame de Papanicolaou e sua finalidade. Os resultados demonstraram que 42 mulheres já ouviram falar sobre esse exame, no entanto, 11 afirmaram desconhecer a finalidade do exame. Verificou que quanto ao perfil socioeconômico, 22 possuíam 40 anos ou mais e apresentavam cor não branca; 26 possuíam renda familiar de até R$600,00. Já quanto aos aspectos sexuais e reprodutivos, observou-se que 17 tiveram quatro gestações ou mais. A conceituação incorreta deste exame foi observada em 14 das que diziam ter conhecimento sobre a mesma. Destacando-se que as principais fontes de conhecimento sobre o exame foram 23 seus conhecidos e os meios de comunicação como TV, rádio, jornal ou revista, sendo estes citados por 35 das entrevistadas. Além dos dados acima, verificou-se que os principais motivos relatados pelas entrevistadas para a não realização do exame Papanicolaou foram o fato de não estarem doentes ou não apresentarem nenhum sintoma (24 mulheres), seguido pelo fato de terem vergonha ou sentirem constrangidas (15 mulheres). Entre as mulheres com idade acima de 40 anos, foram também esses os principais motivos referidos, sendo um total de 21 e 9 respectivamente. 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Merighi et al. (2002), um estudo realizado sobre os fatores que influenciam a não-realização do exame preventivo também encontrou motivos que estavam associados ao papel da mulher no cuidado com a casa e os filhos, relacionados ao dia-a-dia, repleto de afazeres que socialmente se vêem como necessários, considerando as funções das mulheres que se somam às atividades de casa e ao papel de mãe e à condição de trabalhador fora de casa. Verificou-se que a idade pode ser um fator associado para a não realização do exame Papanicolaou, sendo tal fato mais comum entre as mulheres com idade a partir de 40 anos. Ressalta-se que, essas mulheres nessa faixa etária podem estar sob maior risco, já que a incidência do câncer de colo uterino é maior nesta faixa etária, sendo importante que as ações de prevenção contra este tipo de câncer estejam voltadas para essas mulheres, uma vez que neste estudo 4,1% das mulheres com 40 anos ou mais não realizam o exame, apesar de sua alta cobertura, sendo esse número aproximadamente três vezes maior em relação às mulheres mais jovens. As Políticas do Sistema de Saúde no Brasil, com o Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher, a partir do início da década de 80, que introduziu a prática do exame Papanicolaou no ato do atendimento ambulatorial, bem como o Viva Mulher - Programa 24 Nacional de Controle de Câncer de Colo de Útero e de Mama, em 1997, que pretendia estabelecer o diagnóstico precoce e tratamento adequado por meio da oferta de serviços através de uma rede nacional integrada, tem atingido bons resultados, principalmente em mulheres mais jovens. Contudo, destaca-se aqui, a importância da realização de campanhas e ações de combate ao câncer do colo uterino destinadas às mulheres de idade mais avançada e menor nível socioeconômico e cultural, a fim de eliminar especificamente os entraves para a compreensão da importância de realização do exame Papanicolaou. Além disso, as equipes de ESF devem priorizar a realização deste exame a estas mulheres, independente da meta mensal a ser atingida (INCA, 2009). Deve-se considerar, ainda, que a não realização do exame também pode está associada a fatores relacionados com o sistema de saúde e seus profissionais. O acesso inadequado ao atendimento básico pode desestimular as mulheres a procurarem os serviços de saúde, além de gerarem sentimentos de descontentamento e a indignação pela demora no atendimento ou agendamento do exame; pela falta de material para realização do mesmo e pelo número insuficiente de vagas (DUAVY et al., 2007). A atuação da equipe de saúde da família na região pesquisada pode ter tido influência na boa cobertura do exame Papanicolaou. No entanto, são necessárias ações que visem atingir a população sob maior risco e de menor cobertura, já que a maior parte dos exames preventivos são realizadas nas mulheres com menor risco, apresentando menor impacto epidemiológico (SILVA et al., 2006.). De acordo com Silva et al. (2006), o êxito no rastreamento do câncer do colo uterino para redução do seu quadro de morbimortalidade depende, acima de tudo, da ação governamental para reorganização da assistência clínico-ginecológica às mulheres nos serviços de saúde, como foi visto neste estudo com a implantação da ESF. Faz-se necessário ainda, garantir a equidade do acesso ao serviço e a realização de campanhas específicas e de educação em saúde para mulheres de maior risco; a capacitação dos profissionais de saúde, em especial dos agentes comunitários de saúde que são o elo entre a comunidade e a Estratégia Saúde da Família. 25 7 CONCLUSÃO Este Projeto procurou conhecer os motivos que influenciam as mulheres a não realizarem o exame preventivo do câncer de colo uterino para compreender os comportamentos preventivos destas mulheres. Conhecer estes fatores é o primeiro passo para definir estratégias de intervenções mais eficientes e adequadas as reais necessidades da população feminina o que significa aproximar-se da transformação social do comportamento em relação a prevenção. As medidas educativas são, assim, extremamente importantes, para que a prevenção do câncer de colo uterino seja fundamentada para a qualidade de vida das mulheres. Algumas mulheres têm comportamento que as tornam vulneráveis à doença. Sentemse constrangidas e envergonhadas ao se submeterem ao exame de prevenção, revelam ainda que a vergonha é mais acentuada quando o profissional que realiza o exame preventivo é do sexo masculino. Esses fatores contribuem como obstáculos para um comportamento preventivo em relação ao câncer de colo uterino, e podem ainda se perpetuar dentro dos núcleos familiares e sociais, impedindo o estabelecimento de ações eficazes no sentido da prevenção. A partir do conhecimento desses fatores de impedimento à realização do exame preventivo, considera-se fundamental para essas mulheres a adoção de uma nova postura para prevenção de doenças. Cabe ao profissional de saúde, quebrar tabus e atuar como um 26 facilitador do acesso das mulheres ao exame de Papanicolaou, fazendo com que haja superação dos fatores de impedimento e uma melhor compreensão de seus sentimentos relacionados ao exame preventivo. Esse estudo concluiu que é necessária uma atuação diferenciada dos profissionais da saúde com as mulheres em relação ao exame de prevenção. Uma atuação com envolvimento, com respeito à sua intimidade, à sua privacidade, ao seu direito de conhecer e poder conversar sobre o câncer de colo uterino e a prevenção. Estes dados mostram a importância de ações educativas para a população feminina sobre a necessidade e o período para iniciar o exame de prevenção do câncer. O profissional enfermeiro, que se constitui em uma população predominantemente feminina, tem muito a contribuir no que se refere aos fatores indicados como causas de impedimento na realização do exame preventivo, pois as mulheres relatam ser mais fácil de enfrentar o exame quando o profissional é do sexo feminino. Por fim pode-se dizer que para uma boa cobertura quanto a realização do exame Papanicolaou é necessário ampliar os esforços para alcançar as mulheres de maior risco, desenvolvendo a atitude da procura pelo serviço de saúde para a realização de exames de prevenção, independente da presença de sintomas. 27 8 CRONOGRAMA Atividade Jul Ago Set Out Nov Dez Diagnóstico do problema X X Revisão de literatura X Elaboração do Projeto X X Intervenção na comunidade X Tabulação de dados X Análise de dados X Interpretação dos dados X Elaboração do relatório X Entrega do relatório X 28 9 REFERÊNCIAS ALMEIDA, V.L. et al. 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Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. de Enfermagem ________________________________________________. Tratado Médico-Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. de Enfermagem . 31 10 ANEXOS – Roteiro para consulta de enfermagem Consulta de Enfermagem Nome:_________________________________________________________________ Profissão:_________________________________Data de nascimento: ___/___/_____ Estado civil:______________________________Cor:___________________________ Endereço:_________________________________Bairro:________________________ Escolaridade:_____________________________Religião:_______________________ Prontuário:______________________________Renda familiar:__________________ Características sexuais e reprodutivas Idade de inicio das atividades sexuais:_______________________________________ Número total de parceiros sexuais:__________________________________________ Número de gestações:__________________Tipo de parto: ( )cesárea ( )normal Abortos:______________Numero total de filhos:_______________________________ DST: ( )sim ( ) não Qual:______________________Quando:_________________ Tratamento:____________________________________________________________ Tem ou teve sangramento após relações sexuais: ( )sim ( ) não 32 Método contraceptivo utilizado:_____________________________________________ Conhecimento sobre o Papanicolaou Conceito sobre a finalidade do exame: ( )correto ( )incorreto Consulta ao serviço da saúde: ( )sim ( )não Já realizou o exame Papanicolaou: ( )sim ( )não Motivos para a não realização: ( ) Não está doente ou não apresenta nenhuma sintomatologia ( ) Por vergonha ou constrangimento ( ) O exame é doloroso ( ) Por descuido ( ) Tem medo do resultado do exame ( ) Não sabia do exame ou não conhecia a sua finalidade ( ) Não tem tempo disponível ou não pode faltar o trabalho ( ) O médico ou enfermeiro não solicita a realização ( ) É muito difícil agendar o exame ( ) Não tem conhecimento de qual foi o resultado ( ) Não gosta do profissional que o realiza Outros motivos:_________________________________________ 33