AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo ESTUDO DE ROTA TERMOQUÍMICA PARA PRODUÇÃO DE GÁS HIDROGÊNIO EM REDOX DE ÓXIDO DE FERRO. Tiago Gonçalves Goto1, Marcelo Breda Mourão2, José R. Simões-Moreira1, 1 SISEA -Laboratório de Sistemas Energéticos Alternativos da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Av. Professor Mello Moraes, 2231 - CEP: 05508-900 - São Paulo – SP - (11) 3091-9678 2 Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - Av. Professor Mello Moraes, 2463 - CEP: 05508-030 - São Paulo/SP [email protected] Resumo O gás hidrogênio é um combustível promissor para substituir os combustíveis fósseis e é ambientalmente limpo. Normalmente, o gás hidrogênio é produzido por eletrólise, mas uma alternativa para a produção de hidrogênio são os ciclos termoquímicos metalúrgicos que apresentam baixo impacto ambiental e viabilidade econômica principalmente quando usado com a energia solar. A partir da pesquisa na literatura optou-se por trabalhar com ciclos baseado no óxido de ferro de duas etapas, pois, apresentam alto rendimento em comparação a outros pares redox. A desvantagem é a necessidade de alta temperatura na etapa de redução que é um processo endotérmico consumindo grande quantidade de energia. Como proposta para contornar esta desvantagem propomos a redução do Fe2O3 para Fe com um material carbonáceo que pode ser carvão vegetal ou resíduos sólidos da agricultura, assim reduzindo drasticamente a temperatura de redução. Em seguida o Fe é oxidado com H2O, produzindo gás H2 e Fe3O4 que pode ser reaproveitado em outros processos, esta última etapa apresenta um rendimento teórico maior que o redox par Fe3O4/FeO. O objetivo deste trabalho é estudar o ciclo termoquímico com redução carbotérmica do óxido de ferro, obtendo rendimento e alguns parâmetros como temperatura da reação, entre outros dados que podem ser útil em projeto de cavidade em trabalhos futuros. Palavras-chave: Hidrogênio, Energia Solar, Ciclos termoquímicos. AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo Abstract Hydrogen is a promising fuel to replace fossil fuels and it is environmentally clean. An alternative to hydrogen production is thermochemical cycles that have low environmental impact and economic viability especially when used with solar energy. From the literature review, we chose to work with cycles based on the two-stage iron oxides therefore have a high yield compared to other redox pairs. The disadvantage is the need for high temperature in the reduction step is an endothermic process consuming large amount of energy such as the proposal to overcome this obstacle we propose the reduction of Fe2O3 to Fe with a carbonaceous material which can be charcoal or solid waste from agriculture thus drastically reducing the temperature reduction. Then Fe is oxidized with H 2O to produce H2 gas and Fe3O4 can be reused in other processes, this last step have a higher than theoretical yield redox couple Fe3O4/FeO. The objective of this work is to study the thermochemical cycle with carbothermal reduction of iron oxide, obtaining efficiency and some parameters such as reaction temperature, and other data that can be useful in cavity design in future work. Keywords: Hydrogen, thermochemical cycle, Solar energy. 1. INTRODUÇÃO A tecnologia de concentradores solares e de cavidades nos permiti obter energia solar de maior densidade e atingir altas temperaturas próximas de 2000 K, o desafio atual é armazenar a energia solar em combustível de forma eficiente. Para a energia solar térmica, os processos de decomposição de hidrocarbonetos e das moléculas da água são uma alternativa atrativa. Existem diversas rotas para estes processos, como a reforma vapor, craqueamento solar, gaseificação e os ciclos termoquímicos. Neste trabalho abordamos o ciclo termoquímico, que consiste na decomposição da água ou do dióxido de carbono em uma ou mais etapas, utilizando metal ou óxidos metálicos. Optamos pela decomposição da água por ser o elemento mais abundante, outra vantagem desta rota é a possibilidade da utilização de óxidos metálicos de baixo custo e abundante como o ferro. Nesta rota, quanto maior a quantidade de etapas, menor será a temperatura das reações químicas, no entanto, há um aumento das irreversibilidades e, ainda, dificulta a reciclagem do material. A energia solar concentrada nos permite utilizar ciclos de duas AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo etapas, sendo a primeira uma reação endotérmica, que reduz um óxido metálico MO x para um oxido metálico com valência menor MO x-y ou metal M apresentado na eq. (1). E a outra é uma reação exotérmica que produz hidrogênio reoxidando o óxido metálico ou o metal reduzido na etapa anterior, conforme eq. (2). y MO x → MO x− y + O2 2 MO x− y + y H 2 O → MO x + y H 2 (1) (2) Foram propostos mais de 200 ciclos termoquímicos, mas, apenas alguns foram estudados mais afundo e experimentalmente (Abanades, 2006). Dentre esses ciclos o mais citado na literatura são os pares redox Fe 3O4/FeO proposto por Nakamura (1977), este ciclo de óxido de ferro é composta por duas etapas apresentados nas eqs. (1) e (2) com suas respectivas temperaturas de reação. 1 Fe3 O 4 → 3 FeO+ O2 ( 2500 K ) 2 (3) 3 FeO + H 2 O→ Fe3 O 4 + H 2 ( 400 K ) (4) Sibieude et al. (1982) estudou a etapa de redução deste ciclo em laboratório com simuladores solares e concluiu que é necessário o resfriamento em ambiente inerte para evitar a reoxidação. Alguns autores levantaram a hipótese de substituir parcialmente o ferro por outros elementos e estudaram a influência no desempenho do ciclo. Entre eles Ehrensberger et al. (1995) que estudou a mistura de Fe 3O4 com Mn formando a mistura (Fe1−x Mnx)1−yO, os resultados demonstraram que não há redução na produtividade de H 2 em comparação ao Fe0.92O, por outro lado o tempo de reação quase dobrou. Tamaura et al. (1999) estudou os ciclos baseado em ferritas com mistura de Ni e Mn em simulador solar. Com a mistura destes elementos, a reação química ocorre em torno de 1000 K, mas obteve uma produção de H2 limitada. Steinfeld, et al (1999) elaborou um estudo onde realizou simulações numéricas variando alguns parâmetros e obteve uma eficiência energética de 20 a 25 %, podendo atingir eficiências mais alta na faixa de 50,7 % a 62,5 %, recuperando o calor no processo de resfriamento do FeO e O2. Outros estudos experimentais foram realizados por Charvin et al. (2007), ele estudou a cinética química nos processos de redução e oxidação. Ainda neste mesmo estudo, observou a influência da temperatura e da granulometria do óxido de ferro na etapa de reoxidação. Estudos sobre produção de combustíveis com o par redox AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo Fe3O4/FeO foram realizados por Abanades et al (2011), onde estudou a produção de syngas com a quebra das moléculas de H2O e CO2 no processo de reoxidação do óxido FeO. 2. CICLO TERMOQUÍMICO PARA A PRODUÇÃO DE HIDROGÊNIO Neste trabalho a proposta é o estudo de um ciclo com o par redox Fe 2O3/Fe de duas etapas como apresentado na Figura 1 sendo a primeira um processo de redução carbotérmico do óxido metálico Fe2O3 com o carbono e energia solar, diretamente para Fe e na etapa seguinte a reoxidação com vapor de água produzindo o hidrogênio e o óxido metálico magnetita Fe3O4. Ainda na etapa de redução obtemos outro produto que é o monóxido de carbono. Ao final do processo podemos utilizar o hidrogênio em diversas aplicações como motores de combustão, célula de combustível, produção de amônia, fertilizantes ou a produção de syngas utilizando CO produzido na etapa de redução. Já o Fe 3O4 gerado na etapa de reoxidação podemos reutilizar na etapa de redução novamente para obter o Fe fechando um ciclo ou podemos descartar para ser reciclado nas indústrias siderúrgicas ou utilização em outras aplicações. Figura 1. Diagrama do ciclo termoquímico estudado. A etapa de redução é uma reação química endotérmica consumindo grande quantidade de energia e a redução apenas térmica exige altas temperaturas, próximas de 3700 K. Na redução em alto-forno é utilizado a redução carbotérmica, onde, o carvão é o AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo agente redutor e a reação química pode ser representado pela eq. (5). A fonte de calor para o processo é a queima do carvão adicional inserido, além de consumir uma grande quantidade de energia este processo, emiti uma mistura de CO 2, CO e NOx entre outros poluentes (Steinfeld et al, 1998). Se substituímos a combustão pela energia solar como fonte de calor e utilizar o cavão apenas como agente de redutor, reduzimos o consumo de carvão e as emissões de poluentes. Em uma análise simples do equilíbrio químico, a energia livre de Gibbs ΔG é nula na temperatura de 920 K e segundo Steinfeld (1991) nesta faixa de temperatura e pressão de 1 atm pode ocorrer a formação de CO e CO 2 simultaneamente. Fe2 O3 +3 C → 2 Fe+ 3CO (5) Steinfeld (1991) analisou o equilíbrio químico desprezando a formação de Fe 3C, e os resultados demonstraram a formação de Fe na temperatura de 1050 K, mas o autor alerta para a limitação da análise devido à existência da cementita Fe 3C. O estudo experimental de Steinfeld (1991) foram de forma explorativo com intuito de ganhar experiência com construção de cavidades e reação sólido-sólido entre o óxido de ferro e o carbono sem resultados quantitativos. A etapa de reoxidação do metal com vapor de H 2O produz H2 e Fe3O4 que é apresentado na eq. (6). A temperatura deste processo deve ocorrer na faixa de 750 a 950 K e não consomem grande quantidade de energia por se tratar de uma reação exotérmica e o calor liberado pela reação pode ser usado para a reoxidação em temperaturas acima do ambiente (Steinfeld et al, 1998). 8 2 8 2 Fe+ H 2 O → Fe3 O 4 + H 2 3 3 3 (6) A produção de hidrogênio máxima teórica é de aproximadamente 48 g de hidrogênio por kg de ferro. A produtividade do hidrogênio depende de vários fatores como a etapa de redução, a composição química, a temperatura de reoxidação, quantidades de ciclos do material e a forma geométrica. Resultados experimentais foram apresentados por lorent et al(2011) para ferro puro e mistura com aditivos, no primeiro ciclo a reoxidação produz cerca de 3 g de H 2 por 100 g de Fe. A partir do segundo ciclo ocorre um decaimento na produtividade, chegando a produzir 1 g de H2 por 100 g de Fe no sétimo ciclo. Nesta etapa o vapor de água entra em contato diretamente apenas com o ferro, sendo possível produzir hidrogênio puro sem contaminação de carbono ou traços de outros AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo contaminantes. A vantagem do hidrogênio puro é a possibilidade de utilizar em células de combustíveis sem a degradação dos materiais. 2.1 Modelo termodinâmico Analisamos o processo de produção de hidrogênio com a 1ª e 2ª lei da termodinâmica para investigar o seu potencial de produção de hidrogênio, analisando o processo de redução com a técnica carbotérmica em um reator cavidade solar, o processo de reoxidação por H2O. Nesta análise foram adotados algumas hipóteses para simplificação dos cálculos considerando os processos ideais. Na figura 2 apresentamos o diagrama dos processos analisados. O primeiro processo analisado é a redução, para este processo, assumimos um reator cavidade e como hipótese a temperatura de operação é de 1000 K. O rendimento de absorção solar da cavidade é dado por ηabs definido como a relação do calor útil absorvido Qútil pela radiação solar concentrada que entra pela abertura e pode ser calculado pela eq. (7). ηabs= Q ú til Q solar Figura 2. Diagrama dos processos e volume de controle. (7) AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo Uma análise mais detalhada de transferência de calor para cavidade e utilizando ηabs obtemos a eq. (8), a partir desta equação podemos obter a temperatura de equilíbrio em função da energia solar e o rendimento da absorção da cavidade, onde, αef é o coeficiente de absortividade efetiva e podemos considerar como αef≈1. Podemos definir Qsolar =IC , onde o I é a irradiação solar e adotamos I =1000 W/m², e C é o fator de concentração ou a razão entre a área da abertura da cavidade e área do concentrador solar. T c= √ ( 1−ηabs ) Q solar 4 α ef σ + T ∞4 (8) O óxido de ferro Fe2O3 e o carvão vegetal entra no reator em temperatura ambiente de ṅ do óxido de ferro é de 1 mol/s e do 298 K e é aquecido pelo reator até Tc. O fluxo molar carbono de 3 mol/s. O calor útil é dada pela diferença de entalpia da reação química eq. (5) e podemos calcular pela eq. (7). O calor perdido obtemos com a eq. (8) em função do rendimento de absorção da cavidade. [ Tc Q ú t il =nCO ˙ h́ +∫ C p dt 2 o f T0 ] [ CO 2 Tc + n˙Fe h́ +∫ C p dt o f T0 ] Fe −n Fe˙ O h́of −n˙C h́of 2 3 Fe2 O 3 Q perdas=( 1−ηabs ) Qsolar C (9) (10) Em processo seguinte devemos resfriar o metal Fe e o monóxido de carbono para a temperatura ambiente, o processo de resfriamento do metal e dos gases ocorre em câmara distinta e assumimos que não há nenhuma mudança na composição química. O calor dissipado ao ambiente obtemos com a eq. (11). T0 T0 Qresf =n˙Fe∫ C p dT + n CO ˙ ∫ C pCO dT (11) Fe Tc Tc Após o resfriamento o metal Fe passa pelo processo de reoxidação com o vapor de água, neste processo assumimos que a reação ocorre em temperatura ambiente de 298,15 K e o calor gerado na reação exotérmica é dissipada para o ambiente. O calor liberado pela reação é calculado pela eq. (12). Qoxi=n˙H h́of + n Fe˙ O h́ of −n H˙ O h́of −n˙Fe h́of 2 H2 3 4 Fe3 O4 2 H 2O Fe (12) AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com o modelo termodinâmica apresentado, obtemos alguns resultados e podemos fazer uma análise simples do ciclo termoquímico. Na etapa de redução temos um reator cavidade, com as eqs. (7) e (8) obtemos o gráfico da figura 1. Para esta reação química a temperatura de equilíbrio Tc tem que se manter a uma temperatura em torno de 1000 K, considerando um rendimento de absorção de 0,6, 0,8 e 0,9 obtemos o fator de concentração necessário que está disponível na tabela 1. Ainda podemos observar que com a etapa de redução operando em temperaturas menores é possível obter ηabs maior e consequentemente reduz as perdas energéticas por transferência de calor, melhorando a eficiência e diminuindo os custos. Outra maneira de aumentar o ηabs é diminuindo à área de abertura da cavidade o que aumenta o fator de concentração C e diminui as perdas por rerradiação. Resultados obtidos pela análise termodinâmica para diferentes ηabs estão organizado na tabela 1. Figura 3. Temperatura de equilíbrio da cavidade . A reação de redução utilizando a técnica carbotérmica ocorre em temperatura moderada, o que nos permite obter rendimentos maiores na cavidade solar em relação aos pares redox Fe3O4/FeO. Além disso, com esta técnica obtemos o ferro Fe, o que permite armazenar maior quantidade de O2 do que a wustita FeO dos ciclos Fe3O4/FeO. AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo Após o processo de redução, o Ferro reduzido deve ser resfriado para temperatura ambiente em atmosfera inerte para evitar a recombinação com o oxigênio. Como mostrado na figura 2, nesta etapa uma grande quantidade de calor é liberado para o ambiente sendo umas das principais fontes de irreversibilidades perdendo apenas para a etapa de redução. Para minimizar a irreversibilidade desta etapa, podemos reaproveitar o calor em algum outro processo ou resfriar o metal até a temperatura do processo de reoxidação para decomposição da água no mesmo reator em regime de batelada. Tabela 1. Resultados da análise termodinâmica. Qútil Qsolar Qperdas C Qres Qoxi Resultados da análise termodinâmica ηabs = 0,6 ηabs = 0,80 ηabs = 0,90 607,65 kW por mol de Fe2O3 1012,75 kW 759,56 kW 675,16 Kw 405,1 kW 151,91 kW 67,51 kW 200 300 500 -113,72 kW -102,39 kW Na etapa de reoxidação com os dados obtidos na análise termodinâmica podemos assumir que a energia liberada pela reação exotérmica é o suficiente para manter a reação química. A combustão do hidrogênio gerado, podemos produzir aproximadamente 642,92 kW por mol de Fe2O3. 5. CONCLUSÕES Com este trabalho observamos que o ciclo para a produção de hidrogênio pelo ciclo termoquímica de óxido de ferro com a redução carbotérmica diretamente para ferro pode ser uma boa alternativa e mais eficiente em relação a outros pares redox e rotas tradicionais. Outras vantagens deste processo são: a possibilidade de armazenar o ferro por longos períodos e ser reoxidado apenas quando há demanda; a produção de hidrogênio puro, desde que o carbono seja totalmente consumido na etapa de redução. Apesar das vantagens ainda é necessários realizar estudos com mais detalhes e estudos experimentais em laboratório. Sugerimos para trabalhos futuros, estudos experimentais da etapa de redução e reoxidação para verificação do desempenho do ciclo. AGRENER GD 2015 10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural 11 a 13 de novembro de 2015 Universidade de São Paulo – USP – São Paulo 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Abanades, S. et al. Screening of water-splitting thermochemical cycles potentially attractive for hydrogen production by concentrated solar energy. Energy, v. 31, n. 14, p. 2469–2486, nov. 2006. ISSN 03605442. Abanades, S., Villafan-Vidales, H. I. (2011). CO2 and H2O conversion to solar fuels via two-step solar thermochemical looping using iron oxide redox pair. Chemical Engineering Journal, 175, 368–375. Charvin, P. et al. Two-step water splitting thermochemical cycle based on iron oxide redox pair for solar hydrogen production. Energy, v. 32, n. 7, p. 1124–1133, jul. 2007. ISSN 03605442. Ehrensberger, K. (1995). Comparative experimental investigations of the water-splitting reaction with iron oxide Fe1−yO and iron manganese oxides (Fe1−xMnx)1−yO. Solid State Ionics, 78(1-2), 151–160. Lorente, E., Peña, J. A., Herguido, J. (2011). Cycle behaviour of iron ores in the steam-iron process. International Journal of Hydrogen Energy, 36(12), 7043–7050. Nakamura, T. Hydrogen production from water utilizing solar heat at high temperatures. Solar Energy, v. 19, n. 5, p. 467–475, jan. 1977. ISSN 0038092X. Steinfeld, A., Fletcher, E. A. (1991). Theoretical and experimental investigation of the carbothermic reduction of Fe2O3 using solar energy. Energy, 16(7), 1011–1019. Steinfeld, A. (1998). Solar-processed metals as clean energy carriers and watersplitters. International Journal of Hydrogen Energy, 23(9), 767–774. Steinfeld, A.; Sanders, S.; Palumbo, R. Design aspects of solar thermochemical engineering - A case study : Two-step water-splitting cycle using the Fe 3O4/FeO redox system. v. 65, n. 1, p. 43–53, 1999. Tamaura, Y. et al. Solar Hydrogen Production By Using Ferrites. Solar Energy, v. 65, n. 1, p. 55–57, jan. 1999. ISSN 0038092X.