Uni- ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA AVALIAÇÃO DO MANEJO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA NA CULTURA DO FEIJOEIRO AUAC BRENO LAFE GOIÂNIA Outubro/2013 AUAC BRENO LAFE AVALIAÇÃO DO MANEJO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA NA CULTURA DO FEIJOEIRO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao o Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni – ANHANGUERA, sob orientação da Professora Dra. Sara Lane Sousa Gonçalves, como o requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia. GOIÂNIA Outubro /2013 À minha mãe, Iraci Bat ist a Lafe. Dedico A Deus, por me dar forças e o poder de escolha, durante a caminhada de estudos. Aos meus familiares, em especial a minha mãe Iraci Batista Lafe, meu avô José Francisco Lafe e os demais familiares que sempre esteveram ao meu lado, me apoiando em minha jornada de estudos. A minha namorada Thays Ramos Candido Borges, pelo companheirismo nas horas difíceis. À professora Dr. Sara Lane Sousa Gonçalves pela amizade e apoio total na elaboração do meu trabalho de conclusão de curso e por todos os conhecimentos repassados. Ao grupo de estudo AGROMAIS que me ajudou na condução do experimento. Aos amigos do curso de agronomia, pela amizade, orientação e apoio na caminhada acadêmica. Aos professores e funcionários do Uni- ANHANGUERA. Agradeço SUMÁRIO LIS TA DE FIG URAS LIS TA DE TABELAS LIS TA DE ABREVIATURAS LIS TA DE S ÍMBOLOS RESUMO 1 INTRODUÇÃO 01 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 04 2.1 Características da planta de feijão (phaseolus vulgaris l.) 04 2.2 Importância do nitrogênio na planta de feijão (phaseolus vulgaris l.) 04 2.3 Ciclo do nitrogênio 05 2.4 Nitrificação e desnitrificação 06 2.5 Perdas de nitrogênio no sistema solo-planta 07 2.5.1 Lixiviação do nitrato 07 2.5.2 Volatilização do amônio 07 2.6 Fontes de nitrogênio 08 2.6.1 Uréia 09 2.6.2 Sulfato de amônio 10 2.6.3 Esterco bovino 10 2.6.4 Esterco de galinha 11 2.7 Fixação biológica de nitrogênio 11 2.8 Manejo e adubação nitrogenada em cobertura na cultura do feijão 12 3 MATERIAL E MÉTODOS 13 3.1. Caracterização da área experimental 13 3.2. Tratamentos e delineamento experimental. 13 3.3. Instalação e condução do experimento 15 3.3.1 Análise química do solo 15 3.3.2. Semeadura da cultivar pérola 16 3.3.3. Adubação de cobertura 17 3.3.4. Controle de plantas daninhas 17 3.3.5. Controle fitossanitário 18 3.4. Coleta de dados 19 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 20 5 CONCLUSÕES 24 REFERÊNCIAS 25 LISTA DE FIGURAS Figu ra 1 Croqui da Área experimental 15 Figu ra 2 Coleta de solo 0-20 cm para análise 16 Figu ra 3 Semeadura do feijão 16 Figu ra 4 Controle de plantas daninhas na área experimental 17 Figu ra 5 Adubação em cobertura com as fontes de Nitrogênio 18 Figu ra 6 Planta com sintomas do mosaico dourado e ataque de vaquinha 18 Figu ra 7 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de uréia em cobertura do 21 feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas–Goiás.2013 Figu ra 8 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Sulfato de amônio em 21 cobertura do feijão cultivar Pérola DAE. Inhumas – Goiás. 2013 Figu ra 9 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Cama de frango em 21 cobertura do feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas – Goiás. 2013 Figu ra 10 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Esterco bovino em 21 cobertura do feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas – Goiás. 2013 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Caract eríst icas quí micas do so lo, na profundidade de 0 a 20 cm, da área exper iment al, ant es da inst alação do exper iment o, Inhumas, GO, 2013. 14 Tabela 2 Rendimentos médios de grãos (Kg.ha-1) de feijão cultivar Pérola em função de quatro fontes de nitrogênio e cinco doses para cada fonte. Inhumas, 2013. 20 Tabela 3 Análise financeira do rendimento de grãos (sc 60 Kg há-1) em função Das doses de adubação de cobertura para as fontes de uréia, sulfato de amônio, Cama de frango e esterco bovino. Inhumas, 2013. 37 LISTA DE ABREVIATURAS CTC – Capacidade de t roca cat iônica cv – Cult ivar AGROMAIS – Grupo de est udos de fert ilidade do so lo GO – Go iás DAE – Dias após emergência de p lânt ulas T – Toneladas IAC – Inst it uto agronômico de c ampinas MOS – Mat ér ia orgânica no so lo sc – Saco LISTA DE SÍMBOLOS º – Graus ºC – Graus Cels ius ’ – Minut os ” – Segundos % – Po rcent agem Al – Alumí nio B – Boro Ca – Cálc io CaCl 2 - Cloret o de cálcio Co – Cobalt o cmo l c – Cent imo l de carga cm 2 - Cent í met ros quadrados Cu – Cobre d m -3 – Decí met ro cúbico Fe – Ferro g – Gramas ha – Hect are N 2 O – Óxido nit roso NH -3 – Amônio NO -3 – Óxido Nít r ico NO² – Dióxido de Nit rogênio CO² – Dióxido de Car bono N – Nit rogênio K – Pot ássio KCl – Cloret o de Pot ássio kg – Quilos L – Lit ros m 2 – Met ros quadrados m – M etr os mg – Miligr amas Mg – Magnésio mm – Milí met ros mmo l c – Milimo l de carga Mn – Manganês Na – Sódio P – Fósforo pH – Potencial H idr ogeniô nico Zn – Zinco * significat ivo ao ní ve l de 5% de probabilidade (01=< p < .05) RESUMO A cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.) tem apresentado baixas produtividades médias no Brasil. Muitas razões têm sido aventadas para a ocorrência desta situação, dentre elas poucos conhecimentos sobre o manejo da adubação e os baixos níveis tecnológicos. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência das diferentes fontes de adubação nitrogenada utilizada em cobertura na cultura do feijoeiro sob diferentes doses de aplicação. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso utilizando quatro repetições com parcelas subdivididas, sendo as parcelas formadas pelas fontes de N (uréia (44%), sulfato de amônio (20%), cama de frango (4,0%) e esterco bovino (3,1%)) e as subparcelas constituída pelas dosagens de cobertura de N (0, 60, 90, 120 e 150 kg ha -1 ). A aplicação dos fertilizantes em cobertura foi feita após aos 30 dias após a emergência das plântulas da cultivar Perola. Foi avaliado o rendimento de grãos e analise financeira das diferentes doses de N. Houve diferença significativa entre as fontes de N e também entre as doses dentro de cada fonte, o rendimento médio máximo de grãos, foi de aproximadamente 2.450 kg ha-1 para cobertura com uréia, em seguida 2.046 kg ha -1 para a cobertura com sulfato de amônio que não diferiu dos demais tratamentos, na analise financeira verificou-se que a renda líquida não aumenta em sc ha -1 com o aumento das doses de N. A uréia apresentou os melhores resultados de rendimentos de grãos em todas as doses, a fonte que apresentou melhores rendimentos financeiros foi à uréia com doses de N mais viáveis entre 60 a 120 kg ha -1 . Palavras-Ch ave: Nit rogênio . Phaseolus vulgaris L. Manejo. Análise financeira 1 1 INTRODUCÃO Historicamente, a cultura do feijão (Phaseolus vulgaris L.) tem apresentado baixas produtividades médias no Brasil. Muitas razões têm sido aventadas para a ocorrência desta situação, desde os sistemas de produção, efeitos climáticos, sanidade da cultura, manejo de adubação até problemas econômicos dos agricultores. Entretanto, as cultivares utilizadas atualmente tem potencial de produção compatível com uma agricultura moderna e econômica. Este potencial raramente tem sido alcançado, em função dos altos riscos da cultura, que desencorajam maiores investimentos. Além dos entraves encontrados no sistema de produção do feijoeiro, há de se considerar ainda um dos principais fatores limitantes da produtividade da cultura no País, ao qual se destaca o baixo nível técnico empregado pelos produtores ao cultivo do feijoeiro em solos de baixa fertilidade, especialmente pobres em nitrogênio (CABALLERO et al., 1985; MERCANTE et al., 2006). As principais fontes de N para a cultura do feijoeiro são os solos, por meio da decomposição da matéria orgânica, a aplicação de adubos nitrogenados e a fixação biológica de N2 atmosférico, pela associação do feijoeiro com bactérias do grupo dos rizóbios (HUNGRIA et al., 1997; MERCANTE et al., 2006). A absorção de nitrogênio ocorre praticamente durante todo o ciclo da cultura, mas a época de maior exigência, quando a velocidade de absorção é máxima, ocorre dos 35 aos 50 dias da emergência da planta, coincidindo com a época do florescimento. Neste período, a planta absorve de 2,0 a 2,5 kg N ha - 1 .dia. Apesar dos esforços para se entender e chegar às recomendações de inoculação do feijoeiro, a fixação simbiótica de N não tem sido suficiente para atender a demanda da planta. Assim, normalmente se obtém reposta ao nitrogênio aplicado em cobertura (ROSOLEN; MARUBAYASHI, 2004). O feijoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes, em função do pequeno e pouco profundo sistema radicular e do ciclo curto. Por isso, é fundamental que o nutriente seja colocado à disposição da planta em tempo e local adequados (ROSOLEN; MARUBAYASHI, 2004). Porem, surgem dúvidas ao que se referem desde reações e mecanismos controladores da disponibilidade do nitrogênio e características e reações das diferentes fontes de nitrogênio no solo, até à prática da adubação quanto à fontes, doses, métodos e épocas de aplicação durante o 2 ciclo da cultura, necessidade de parcelamento e, sobretudo, quanto aos aspectos econômicos (BARBOSA FILHO et al., 2005). Normalmente recomenda-se a aplicação de 1/3 da dose de N na semeadura, e 2/3 devem ser aplicados até os 20 dias da emergência da cultura. Atualmente, sob pivô central, tem havido tendência de parcelamento exagerado do N, o que não é recomendável, pois após o florescimento o potencial de resposta é pequeno. Com doses altas de N, a cobertura poderia ser parcelada em até 2 vezes, sendo a primeira entre os 15 e 20 dias e a segunda até 35 dias da emergência das plantas. Não existem resultados de pesquisa que confirmem esta recomendação, mas o estudo da marcha de absorção de N mais o entendimento das funções e efeitos do nutriente na planta permitem essa inferência (ROSOLEN; MARUBAYASHI, 2004). Segundo Fox et al. (1986), dentre as formas de aplicação de nitrogênio, a de cobertura tem sido a mais eficiente (rendimento/unidade de nitrogênio aplicado) pois, além de fornecimento do nutriente em época de maior exigência, a absorção do NH3 pelas folhas inferiores das plantas pode reduzir as perdas por volatilização. Por outro lado a uréia em cobertura apresenta-se tão eficiente quantas outras fontes de nitrogênio, quando ocorrem precipitações após a sua aplicação. A uréia e o sulfato de amônio são os fertilizantes nitrogenados mais utilizados na agricultura brasileira. Porém, em sistemas agrícolas conservacionistas, em que o revolvimento da camada superficial do solo para o plantio é mínimo, os resultados de pesquisas sobre as definições de doses, fontes e método de aplicação na cultura do feijoeiro irrigado ainda são muito limitados (BARBOSA FILHO et al., 2005). A cultura responde bem à adubação orgânica. Tem sido obtidas respostas à aplicação de até 15 a 20 t ha -1 de esterco de curral e até 4 a 8 t de esterco de galinha ou cama de frango de corte. O efeito residual desta adubação tem sido observado até o 3º ano (ROSOLEN; MARUBAYASHI, 2004). Porem, Considerando que os materiais orgânicos variam muito em sua composição química, a dose por aplicar, que satisfaça plenamente as exigências dos vegetais, depende das condições de mineralização, da concentração de nutrientes, do tipo e grau de fertilidade do solo e da espécie vegetal. Como esses fatores são amplamente variáveis, a eficiência agronômica de materiais orgânicos, quando comparados a fertilizantes minerais, pode ser superior, não apresentar diferenças ou ser inferior, considerando as peculiaridades de cada caso (ANDREOLA et al., 2000) . 3 Segundo Silva et al. (2006), diversos sistemas de manejo de solo foram utilizados, com o objetivo de se estudar o desempenho produtivo do feijoeiro quanto à adubação nitrogenada, e alguns resultados mostraram resposta da cultura a doses de N acima de 100 kg ha -1 . No entanto, autores como Chidi et al. (2002) e Bordin et al. (2003) verificaram resposta da produtividade do feijoeiro com aplicação de 50 a 75 ha -1 de N. Em trabalho realizado por André et al. (2008), obtiveram melhores resultados para as características agronômicas avaliadas mediante a aplicação parcelada de nitrogênio, principalmente na quantidade de 40+40 kg ha -1 de N no 2º trifólio e no 4º trifólio, para a cultivar Pérola, e 40+20+20 kg ha -1 no 2º, 4º e 6º trifólio, para a cultivar IAC Carioca Eté. Segundo esses autores esses resultados foram obtidos provavelmente em virtude de menores perdas por lixiviação e volatilização na qual ocorre quando se utiliza a uréia de forma única, aplicando-se a dose 80 kg ha -1 de N. Já Barbosa Filho e Silva (1994) e Stone e Moreira (2001) verificaram resposta positiva do feijoeiro ao N aplicado em uma única cobertura, até a dose máxima testada (120 kg/ha). Barbosa Filho e Silva (1994) estimaram ainda, por meio de regressão, uma dose de 137 kg de N/ha para obtenção da produtividade máxima. Nesse contexto, o manejo adequado da adubação nitrogenada representa uma das principais dificuldades da cultura do feijoeiro, visto que a aplicação de doses excessivas de N, além de aumentar o custo econômico, pode promover sérios riscos ao ambiente, e a sua utilização em quantidade insuficiente pode limitar o seu potencial produtivo, mesmo que outros fatores de produção sejam otimizados (SANTOS et al., 2003). Considera-se ainda que a distribuição correta desses fertilizantes nas épocas corretas pode levar ao melhor aproveitamento pela cultura e reduzir as perdas por lixiviação. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência das diferentes fontes de adubação nitrogenada utilizada em cobertura na cultura do feijoeiro sob diferentes doses de aplicação, comparando-as com analise financeira para cada fonte e dose. 4 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 Características da planta de feijão (Phaseolus vulgaris L.) O feijão-comum é uma planta anual herbácea, trepadora ou não, pertencente à família Leguminosae, subfamília Papipilionoideae, gênero Phaseolus. Está classificado como Phaseolus vulgaris L, apresentando ciclo de 90 - 100 dias e um sistema radicular superficial (INFORZATO et al., 1964). 2.2 Importância do nitrogênio na planta de feijão (Phaseolus vulgaris L.) O feijoeiro é uma das principais culturas de entressafra em sistemas irrigados nas regiões Central e Sudeste do Brasil. Entre as tecnologias indicadas para este sistema de cultivo, a adubação nitrogenada é a que tem gerado maior número de questionamentos. As dúvidas vão desde reações e mecanismos controladores da disponibilidade do N no solo, características e reações no solo das diferentes fontes de nitrogênio, até prática da adubação quanto a fontes, doses, métodos de aplicação e, principalmente, quanto aos seus aspectos econômicos. O N é constituinte de vários compostos da planta, destacando-se nos aminoácidos, ácidos nucléicos e clorofila. Assim, as principais reações bioquímicas em plantas e microrganismos envolvem a presença do N, o que o torna um dos elementos absorvidos em maiores quantidades por plantas cultivadas. Além disso, o N apresenta grande versatilidade nas reações de axirredução e está presente em vários estados de oxidação, desta forma bastante reduzidas (-3), como o NH4+, até oxidadas (+5), como o NO3-, o que lhe confere especial importância nos ciclos biogeoquímicos e no metabolismo das plantas. Por exemplo, cerca de um quarto do gasto energético dos vegetais esta relacionada com as varias reações envolvidas na redução de nitrato e amônio e a subseqüente incorporação do N ás formas orgânicas nas plantas (EPSTEIN; BLOOM, 2005). A adubação nitrogenada é muito importante, não somente para a cultura do feijão, mas para todas as culturas, pois além de promover aumentos consideráveis de produtividade e qualidade de grãos, o nitrogênio exerce muitas funções essenciais na planta. O aparecimento de deficiência de N em plantas é muito comum em quase todos os solos, sendo caracterizada por um 5 amarelecimento generalizado das folhas, que se inicia pelas mais velhas. O nitrogênio faz parte da molécula de clorofila e, portanto, é necessário para realização da fotossíntese. Como componente das moléculas de aminoácidos essenciais formadores de proteínas, o nitrogênio é diretamente responsável pelo aumento do teor de proteínas nos grãos. No caso específico do feijoeiro comum, além de promover aumento de crescimento das plantas, certos componentes da produção são influenciados pela adubação nitrogenada. Os efeitos mais importantes da adubação nitrogenada que se observam são, em geral, aumentos no número de vagens/planta e peso de grãos. Além de ser constituinte dos aminoácidos livres e protéicos, o nitrogênio está presente em outros compostos nitrogenados importantes, como as bases nitrogenadas (purinas e pirimidinas), os ácidos nucléicos (DNA e RNA), que perfazem cerca de 10% do total do nitrogênio na planta. Outras formas amino solúveis chegam a compor 5% do N das plantas. A fração presente como NH-3 e NH+4 geralmente representa baixa porcentagem (MENGEL; KIRKBY, 1987). Nas folhas o nitrogênio está nos cloroplastos como constituinte da molécula de clorofila, onde cada átomo de Mg está ligado a quatro átomos de nitrogênio e também participa da síntese de vitaminas, hormônios, coenzima, alcalóides, hexosaminas e outros compostos. O nitrogênio é um nutriente que está relacionado aos mais importantes processos fisiológicos que ocorrem nas plantas, tais como fotossíntese, respiração desenvolvimento e atividade das raízes, absorção iônica de outros nutrientes, crescimento, diferenciação celular e genética (MENGEL; KIRKBY, 1987). 2.3 Ciclo do nitrogênio As reações envolvendo o N ligado á matéria orgânica do solo (MOS) são predominantemente mediadas por microrganismos e, portanto, afetadas por condições ambientais e climáticas. Assim, dependendo da combinação de fatores (umidade, temperatura, pH, etc.), o N pode ser conservado e se tornar disponível para as plantas, ou ser perdido para as águas superficiais e do subsolo, ou para a atmosfera. A importância das reações que ocorrem no solo para o balanço de N é colaborada pelo fato de cerca de 95% o N reciclado na pedosfera interagir no sistema solomicrorganismo-plantas superiores e apenas 5 % passar pela atmosfera e hidrosfera ( NOVAIS et al., 2007). 6 Segundo Novais et al. (2007), o ciclo de N no solo está ligado ao ciclo global do N na natureza. Em escala global, o N é importante por ser um elemento-chave para a produtividade de todos ecossistemas. Algumas áreas do mundo, tais como partes da áfrica, Ásia e América latina, não têm N suficiente para sustentar adequadamente suas populações. Por outro lado, em outras, a excesso de N decorrente da baixa eficiência do uso desse elemento nos sistemas produtivo e da queima de combustíveis fosseis, que podem transforma o N em poluente. Em ambos os casos, leva-se em conta apenas o N reativo (Nr), que engloba as formas biologicamente ativas e fitoquimicamente reativas na atmosfera e biosfera, e inclui formas reduzidas (NH3, NH4+), inorgânicas oxidadas (NO3, HNO3, NOx, N2O) e compostos orgânicos ( uréia, aminas, proteínas, etc), mas exclui o N2, atmosférico ( GALLOWAY et al., 2004). Do ponto de vista agrícola, o ciclo do N no solo é o mais importante. O N no solo está predominantemente na forma orgânica - mais de 95% do N total. As frações inorgânicas são compostos principalmente por NH4+ e NO3-, mas pequenas concentrações de NO2- podem ocorrer em algumas situações. Em menores proporções, ocorrem N2 e outros gases NOx na atmosfera e na solução do solo ( NOVAIS et al., 2007). 2.4 Nitrificação e Desnitrificação A nitrificação é uma seqüência do processo de mineralização que consiste em nitrificação, ou oxidação do N amoniacal a nitrato, é realizada no solo por bactérias quimioautróficas que obtém energia no processo e que podem sintetizar todos os seus constituintes celulares a partir do CO2 (SCHMIDT, 1982). A nitrificação é o processo de transformação do nitrogênio amoniacal em nitrogênio nítrico pela ação de bactérias nitrificadoras do solo. Solos bem drenados em boas condições para o desenvolvimento das plantas são adequados para o trabalho dessas bactérias (SOUSA; LOBATO, 2004). A desnitrificação é o processo que ocorre na ausência de oxigênio. É mais freqüente em solos alagados onde o N, na forma de NO -3, é transformado em N2 ou N2O pela ação de bactérias do solo. Mesmo em solos normalmente bem drenados, o fato pode ocorrer como resultado do preparo inadequado do solo, compactando-o e dando origem a áreas encharcadas pelo acumulo de água da chuva ou da irrigação (SOUSA; LOBATO, 2004). 7 A desnitrificação é o principal processo biológico pelo qual o N reativo retorna a atmosfera na forma de N2. Do ponto de vista agrícola, a desnitrificação representa perda de um nutriente importante, mas esse processo é parte crucial do ciclo global do N, especialmente porque representa uma das maneiras de despoluir sistemas com excesso de NO3- (ROBERTSON, 2000). 2.5 Perdas de nitrogênio no sistema solo-planta As perdas de nitrogênio no sistema solo-planta podem ser por lixiviação do nitrato ou volatilização da amônia, que serão evidenciados nos próximos tópicos. 2.5.1 Lixiviação do Nitrato O ânion nitrato tem baixa interação química com os minerais do solo. A predominância de cargas negativas no solo, ou pelo menos nas camadas superficiais nos solos tropicais, e a baixa interação química do NO3- com minerais do solo fazem com que o NO3- esteja sujeito a lixiviação para as camadas mais profundas, podendo atingir águas superficiais ou o lençol freático. Problemas associados ao excesso de NO3- no ambiente têm levado á regulamentação e ao controle de praticas agrícolas nos Estados Unidos e na Europa, com o estabelecimento de limitações nas dosagem de adubos nitrogenados orgânicos e minerais em áreas sensíveis (NOVAIS et al; 2007). Há intensa competição por N no solo entre as plantas e microrganismos, a qual pode prevenir as perdas por lixiviação, pelo fato de os nitrificantes geralmente não levarem vantagem na disputa com as plantas e com outros microrganismos pelo NH 4+, assim somente os solos que recebem doses de N em excesso em relação às necessidades das plantas e dos microrganismos, terão perdas por lixiviação (NOVAIS et al,. 2007) Sob condições de campo, sabe-se que a eficiência de uso de N em feijão não ultrapassa 50 %, o que não é absorvido pelas plantas fica imobilizado no solo ou pode lixiviar, especialmente quando na forma de nitrato. Embora as perdas de N observadas sejam consideradas pequenas no aspecto agronômico, estas são importantes do ponto de vista ambiental, podendo contaminar o lençol freático e eutrofizar águas superficiais (ARAUJO, et aI. 2004). 8 As perdas por lixiviação durante o período de seco de inverno são geralmente baixas, a maior concentração da lixiviação ocorre nos períodos chuvosos, concomitante com altas doses de nitrogênio no solo. 2.5.2 Volatilização de Amônia Segundo Diest, (1988), O processo de perda por volatilização de amônia consiste na passagem da amônia presente no solo à atmosfera, conforme a seguinte relação: NH4+ + OH(aquoso) → H2O + NH3 (gás). O NH3 perdido por volatilização é proveniente da mineralização da matéria orgânica ou do fertilizante aplicado, sendo esse o fenômeno mais intenso mediante aumento no pH do solo (MELO, 1978). A volatilização de amônia é um processo rápido que ocorre na semana seguinte da aplicação de N (DIEST, 1988). A uréia aplicada é rapidamente hidrolisada em dois ou três dias. Assim, quando a uréia é aplicada ao solo, o processo de perda N-NH3 por volatilização envolve inicialmente a hidrólise por meio da uréase, que é uma enzima extracelular produzida por bactérias, actinomicetos e fungos do solo ou, ainda, originada de restos vegetais. Em função das características da uréase, fatores que influenciam a atividades do microorganismo também influenciam a hidrólise da uréia, promovendo grandes variações na taxa de hidrólise para diferentes solos (MELO, 1978). Outro fator a ser considerado é o pH do solo. Devido a neutralização da acidez pelo carbonato há elevação do pH, que pode atingir valores acima de sete na região próxima aos grânulos do fertilizante aplicação, favorecendo a formação de amônia. Portanto, todos aqueles fatores que tem influência sobre o pH do sistema solo-água vão influenciar a taxa de perdas. Deste modo, valores elevados de pH conduzem à maior volatilização de N-NH3 da uréia aplicada em superfície, a qual pode representar entre 50 a 80% do total de nitrogênio aplicado, dependendo das condições climáticas e de solo (VOLK, 1959). Outros fatores também afetam sobremaneira a volatilização de N-NH3 como a temperatura, a umidade, as trocas gasosas, a taxa de evaporação de água, o conteúdo de água no solo, o pH, o poder tampão, a capacidade de troca catiônica, a classe textural e a atividade da uréase. Outros autores ainda consideram também a concentração de N amoniacal na água de alagamento, o pH da água, a velocidade do vento, a quantidades de N aplicado, o momento vegetativo da plantas quando da aplicação e o método da aplicação de N (DIEST, 1988). 9 2.6 Fontes de Nitrogênio Existem varias possibilidades de escolha da fonte de N a ser utilizada pelo produtor. Em geral, o ponto mais importante a ser observado é custo final da unidade de N aplicada na lavoura. A uréia e o sulfato de amônio são as duas fontes nitrogenadas mais utilizadas na agricultura brasileira, possivelmente por serem de menor custo e de maior disponibilidade no mercado. Ambas apresentam baixa eficiência de utilização pelas culturas, raramente superior a 50%. A uréia, pelas suas características e reação no solo, possui grande potencial de perda de NH3 por volatilização (LARA CABEZAS; TREVELIN, 1990), e o sulfato de amônio, além da possibilidade de perda, apresenta alta capacidade de acidificar o solo (FOX; HOFFMAN, 1981). O esterco bovino e a cama de frango vêm se destacando como insumos naturais, de baixo custo e de utilização accessível às condições técnica e econômica dos pequenos produtores, com menor impacto sobre o meio ambiente. Além disso, esses adubos orgânicos promovem benefícios na melhoria da fertilidade e conservação do solo e maior aproveitamento dos recursos existentes na propriedade (GALVÃO et al., 1999), bem como proporcionam acúmulo de nitrogênio orgânico (N) no solo. Tais características aumentam potencial de mineralização do N e sua disponibilidade para as plantas, quando utilizado por vários anos consecutivos. Entretanto o tipo, a textura, a estrutura e o teor da matéria orgânica presente no solo são fatores que influenciam na maior ou menor quantidade de adubo a ser aplicado (TRANI et al.,1997). 2.6.1 Uréia A uréia contém 44 a 46 % de N, na forma amídica, a qual é hidrolisada rapidamente no solo a amônio pela ação da enzima uréase. A uréase é comum na natureza e está presente em microrganismo, plantas e animais. Além do maior teor de N que outros adubos sólidos, o que barateia o transporte e a aplicação, a uréia tem baixa corrosividade, alta solubilidade e é prontamente absorvida pelas plantas, em taxas 10 a 20 vezes superiores as dos elementos nas formas iônicas (IFDC, 1979). Segundo Novais et al. (2007), a principal desvantagem da uréia é a possibilidade de perdas de N por volatilização de NH3, especialmente quando o fertilizante é aplicado na 10 superfície do solo. Outro aspecto negativo associados, em algumas situações, ao uso da uréia são a fitoxidez do birueto um contaminante e da NH3 e do NO2-, produtos de sua hidrólise e posterior nitrificação parcial. A uréia esta sujeita a perdas por ser um composto de alta solubilidade em água e nãoiônico, portanto, fracamente absorvido aos colóides do solo. A retenção da uréia no solo decorrente da formação de compostos com o grupo carboxílicos da MOS e de complexos com minerais de argila, baixo valor de pH, a uréia pode ainda ser protonada e se comportar como cátion (NOVAIS et al., 2007). A menos que chova intensamente nos dias subseqüentes a adubação, a lixiviação de N na forma de uréia tem importância relativamente pequena, visto que este fertilizante é normalmente hidrolisado em poucos dias no solo, produzindo NH4+, o qual é retido pelas cargas negativas dos colóides do solo (NOVAIS et al., 2007). 2.6.2 Sulfato de amônio O sulfato de amônio contem 21 % de N, mas o maior preço por unidade de N do que a uréia ou o nitrato de amônio e a baixa disponibilidade de adubo na forma granulada reduzem seu apelo (IFDC, 1979). A baixa eficiência de recuperação do N do fertilizante aplicado às culturas tem sido atribuída, principalmente, às perdas gasosas do elemento (volatilização e desnitrificação) associadas ao uso preferencial de uréia em aplicações superficiais (cobertura) no solo. Nesse contexto, o sulfato de amônio apresenta algumas vantagens em relação à uréia e a outras fontes nitrogenadas, pois possui baixa tendência de perdas voláteis de N e baixa taxa de nitrificação, além de ser uma fonte econômica de enxofre (24% S). Tais características proporcionam vantagens agronômicas, levando, com frequência, a rendimentos elevados e à melhoria na qualidade do produto agrícola. Amônio é a fonte preferida de nitrogênio inorgânico de muitas plantas. A disponibilidade de NH4+ nos solos, geralmente mostra variação muito menor, tanto sazonalmente quanto espacialmente, que a de outras formas nitrogenadas, particularmente NO 3-, conseqüentemente, NH4+ pode ser a principal forma de nitrogênio disponível em certas épocas e lugares. 11 2.6.3 Esterco bovino O uso contínuo de adubos químicos de forma descontrolada tem causado sérios problemas de degradação no solo, por provocar uma rápida redução do teor de matéria orgânica, salinização, erosão, e empobrecimento de nutrientes da solução do solo ao longo dos anos (SILVA et al., 2007). O esterco bovino é um dos resíduos orgânicos com maior potencial de uso como fertilizante, principalmente por pequenos agricultores. Porém, pouco se conhece a respeito das quantidades a se empregar, que permitam a obtenção de rendimentos satisfatórios na produção e melhoria na qualidade das sementes (ALVES et al., 2005). Com o aumento dos teores de matéria orgânica do solo pelo uso de esterco bovino, o nitrogênio é o principal nutriente liberado na solução do solo, com isso favorece o rendimento da cultura do feijão, por ser um dos principais nutrientes exigidos pela cultura, interferindo diretamente no aumento do peso dos grãos. O manejo eficiente de estercos e de resíduos orgânicos para a adubação de cultivos agrícolas requer o conhecimento de dinâmica de mineralização de nutrientes, visando aperfeiçoar a sincronização da disponibilidade de nutrientes no solo com a demanda pelas culturas, evitando a imobilização ou a rápida mineralização de nutrientes durante os períodos de alta ou baixa demanda, (ALVES et al., 2005). 2.6.4 Esterco de galinha O uso da cama de frango como adubo orgânico está sendo muito difundido, e cresce cada vez mais não somente como adubação de pastagens, mas também para culturas como, milho, algodão, soja e feijão. É uma excelente fonte de nutrientes, especialmente N, e quando manejados adequadamente, podem suprir, parcial ou totalmente, o fertilizante químico na produção de grãos. Além do benefício como fonte de nutrientes, o seu uso adiciona matéria orgânica que melhora os atributos físicos do solo, aumenta a capacidade de retenção de água, reduz a erosão, melhora à aeração e cria um ambiente mais adequado para o desenvolvimento da flora microbiana do solo, melhorando o ambiente radicular e estimulando o desenvolvimento das plantas (EPSTEIN et al. 1976; MENEZES, 2004). 12 A riqueza de um adubo orgânico em nutriente depende da origem do material e de seu manuseio, e um esterco de galinha puro, de aves tratadas com ração, certamente será mais rico do que um esterco de bovinos tratados com capim de baixo valor nutritivo ( RAIJ, 2001). 2.7 Fixação biológica de nitrogênio O processo de fixação biológica de nitrogênio (FBN) consiste na conversão do N 2 atmosférico em NH3. Essa reação é catalisada pela enzima nitrogenase que é encontrada em todos os organismos fixadores de N2 (SOUSA et al., 2004) Embora a cultura apresente ampla capacidade na FBN, nem sempre são observadas respostas positivas, em razão de o feijão ser cultivado, na maioria das vezes, em condições de subsistência com baixo aporte tecnológico e apresentar baixa especificidade na nodulação (ZILLI et al., 2008). A associação do feijoeiro com bactérias do gênero Rhizobium, capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e fornecê-lo à cultura, é mecanismo biológico capaz de substituir, pelo menos parcialmente, a adubação nitrogenada resultando numa diminuição dos custos com adubação nitrogenada, aumento da produtividade, além de evitar a lixiviação de nitrato, para águas subterrâneas (HUNGRIA et al., 1997). Vários fatores interferem na eficiência simbiótica das estirpes de Rhizobium em condições de campo, tais como temperatura, acidez do solo, concentração de nutrientes e o cultivar de feijoeiro (RUSCHEL, 1982). Esses fatores em conjunto promovem pequenas nodulações e, conseqüentemente, perda da resposta à inoculação, diminuindo a eficiência do feijoeiro em estabelecer uma relação simbiótica com bactérias. A nodulação mesmo não sendo eficiente para suprir toda a exigência de nitrogênio requerida pela planta promove certa redução na utilização da adubação nitrogenada, representando uma economia considerável (ARAÚJO, 1994). 2.8 Manejo e adubação nitrogenada na cultura do feijão A recomendação de adubação nitrogenada é complexa. Devido à dinâmica das transformações do nitrogênio no solo, à sua mobilidade e aos fatores que influem no seu aproveitamento pelas plantas. As respostas à adubação nitrogenada variam conforme as culturas, 13 vários fatores podem influenciar o potencial de resposta de uma cultura ao nitrogênio, dentre eles destacam-se suprimento de outros nutrientes, profundidade do sistema radicular do perfil do solo com presença efetiva de raízes, tempo de cultivo, sistema de preparo de solo, rotação de cultura, intensidade de chuvas, nível de radiação solar e teor de MOS, devido a tantos fatores que interferem na resposta a esse nutriente não tarefa fácil definir as doses adequadas para a cultura do feijão (SOUSA, 2004). Para a melhor recomendação da adubação nitrogenada na cultura do feijão, devemos levar em consideração a cultura anterior, o teor de extração e exportação de N pela cultura. Uma das importantes mudanças nas tabelas de adubação para N no Brasil nos últimos 10 ou 15 anos foi à adoção do ajuste de doses pelo rendimento esperado. Isso permitiu recomendações de adubação adaptadas aos diferentes ambientes de produção e níveis tecnológicos, abrindo espaço para elevação das produtividades. O aumento nas atividades de pesquisa em fertilidade do solo em todo o país também vem colaborando para o aperfeiçoamento dos critérios para recomendação e usos de fertilizantes e calcários (NOVAIS et al., 2007). Critérios adicionais são cada vez mais necessários para o, ajuste da adubação nitrogenada, especialmente para os agricultores que fazem uso de altas doses de N para aumentar a produtividade. O N é um elemento com grandes capacidades de promover o crescimento das plantas, que traz implicações diretas e indiretas para a produtividade e qualidade dos produtos (NOVAIS et al., 2007). Também no sistema de plantio direto, resíduos culturais com elevada relação C/N, podem reduzir substancialmente as quantidades de N disponíveis no solo para a cultura e sucessão e, por isso, durante os primeiros 4 a 5 anos de adoção do sistema, a dose de N devem ser da ordem de 20 a 30 % superior a comumente recomendada para a cultura. 14 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Caracterização da área experimental O experimento foi realizado na Unidade Experimental do Centro Universitário de Goiás – Uni-Anhanguera localizado no município de Inhumas – Goiás. Localizada a 770 metros de altitude, com uma precipitação pluviométrica anual de aproximadamente 1.400 mm, temperatura média 22 ºC, e localizando-se a uma latitude 16º21'28" sul e a uma longitude 49º29'46" oeste, resultando em um clima tropical úmido com duas estações bem definidas: chuvosa (novembro a março) e seca (abril a outubro) (INMET, 2013). O solo predominante no município de Inhumas – GO é o Latossolo Vermelho, textura argilosa com relevo plano (EMBRAPA, 1999). A área dos experimentos foi ocupada anteriormente por milho. A caracterização química do solo amostrado antes da instalação do experimento, na camada de 0 a 20 cm de profundidade, está descrita na Tabela 1. Tabela 1. Características químicas iniciais de amostras do solo nas camadas de 0-20 cm de profundidade. Inhumas, 2013. Tabela 1 Caract eríst icas quí micas do so lo, na pro fund idade de 0 a 20 cm, da área exper iment al, ant es da inst alação do exper iment o , Inhuma s, GO, 2013. Profundidade pH (g/kg) (mg dm-3) ------(cmol.dm-3)------V% (cm) CaCl 2 M.O. P K Ca Mg Al H+Al SB CTC 0 a 20 5,9 22,0 5,3 0,13 3,9 1,3 0,7 2,0 3,87 7,15 72,79 Profundidade (cm) 0 a 20 Fe Mn Zn Cu -3 -----------------------------------------(mg dm )-----------------------------------------67,1 19,8 3,3 1,45 M. O. = Ma t éri a orgâni ca ; V% = sa t ur aç ã o de ba s es; S B = Som a de ba s es Segundo os dados da análise o solo apresenta pH e saturação de bases em valores adequados ao plantio do feijão, que, necessita de uma saturação de 60% segundo Sousa; Lobato (2002), não necessitando de correção da acidez. 3.2. Tratamentos e delineamento experimental O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso utilizando quatro repetições com parcelas subdivididas (Figura 1). sendo as parcelas formadas pelas fontes de N 15 (uréia (44%), sulfato de amônio (20%), cama de frango (4,0%) e esterco bovino (3,1%)) e as subparcelas constituída pelas dosagens de cobertura de N (0, 60, 90, 120 e 150 kg.ha) sendo respectivamente no croqui T1, T2, T3, T4 e T5 com 4 repetições para cada dose. A aplicação dos fertilizantes em cobertura foi feita apos aos 30 dias após a emergência das plântulas. A área experimental foi de 676 m² de área total com 26 metros de largura e 26 metros de comprimento, considerando cada parcela de 12,5 x 2,5 metros e cada subparcela de 2,5 x 2,5 metros. Figura 1 Croqui da área experimental, inhumas 2013. 12,5 m 2,5 m Bloco 2 T5 T2 T3 T4 T4 T1 T2 T5 T3 T5 T3 T2 T1 T4 T1 T5 T4 T3 T2 T2 T3 T1 T4 T5 T5 T1 T3 T4 T2 T2 T1 T4 T5 T3 T3 T2 T5 T4 T1 1m T1 Bloco 3 1m 1m Bloco 4 T4 T2 T1 T5 T3 T1 T4 T5 T2 T5 T1 T4 T2 T3 T2 T1 T3 T4 T5 T2 T5 T3 T4 T1 T3 T2 T4 T5 T1 T1 T2 T3 T4 T5 T5 T2 T3 T1 T4 1m T3 Cama Frango Esterco. Bovino Fonte: Do autor 3.3. Instalação e condução do experimento Uréia Sulfato Amônio 2,5 m Bloco 1 16 3.3.1 Análise química do solo Foi realizada a analise de solo para a adubação de plantio do feijão onde aplicamos na linha de plantio, cinco centímetros ao lado e abaixo das sementes de forma manual. Foi aplicado 20 kg de N, 100 kg de P2O5 e 60 kg de K2O por hectare (Sousa; Lobato, 2002) utilizando 400 kg.ha-1 da formulação NPK 5 - 25 – 15. Figura 2 Coleta de solo 0-20 cm para análise. Fonte: COPAGRIL (2012). 3.3.2 Semeadura do feijão cultivar pérola O sistema de cultivo foi em sistema convencional de plantio, seguindo as recomendações técnicas de plantio do feijão da região. A cultivar pérola é classificada no grupo comercial carioca, o grão da cultivar pérola é de cor bege-clara, com rajas marrom-claras e brilho opaco. A semeadura foi realizada com auxílio de semeadoras manuais, utilizando uma semente por cova, espaçamento entre linhas de 0,5 metros e entre plantas de 0,10 m, totalizando 200.000 mil plantas por hectare. A cultivar Pérola foi semeada no dia três de março de 2013(figura 3). 17 Figura 3 Semeadura do feijão na Unidade Experimental de Inhumas (2013). Fonte: AGROMAIS (2013). 3.3.3 Controle de plantas daninhas As principais plantas daninhas identificadas na área experimental foram, apaga fogo (Alternanthera tenella Colla), caruru (Amaranthus deflexus L.), picão preto (Bidens alba L.), trapoeraba (Commelina benghalensis L.), braquiarão (Brachiaria brizantha) e capim-pé-degalinha (Eleusine indica L.). Durante a instalação e condução do experimento as plantas daninhas foram controladas pelo método manual de capina, tendo em vista o tamanho da área e a disponibilidade de mão-de-obra. A cultura foi mantida no limpo sem interferência de plantas daninhas durante seu ciclo de 95 dias (Figura 4). Figura 4 Controle de plantas daninhas na área experimental na Unidade Experimental de Inhumas em 2013. Fonte: AGROMAIS (2013). 18 3.3.4. Adubação de cobertura Aos 30 dias após emergência de plântulas (DAE), foi realizada a adubação de cobertura nas subparcelas de forma manual utilizando copinhos plásticos como dosadores de cada tratamento (Figura 5). Após a adubação de cobertura fizemos a irrigação por aspersão, assim evitamos as perdas da amônia pela volatilização. Figura 5 Adubação em cobertura com as fontes de nitrogênio na Unidade Experimental de Inhumas em 2013. Fonte: AGROMAIS (2013). 3.3.5 Controle fitossanitário Foi realizada aplicação para mosca branca (Bemisia tabaci raça B) e vaquinha-verdeamarela (Diabrotica speciosa) com inseticida Actara 250 WG na dosagem de 100 g ha-1 do ingrediente ativo. O método de aplicação foi o manual, com auxilio de bomba costal. A cultura foi drasticamente afetada pela infestação de mosca branca responsável pela transmissão do vírus do mosaico dourado, também tivemos infestações do coleóptero vaquinha que é responsável pelo consumo das folhas reduzindo a taxa fotossintética da planta e suas larvas podem causar danos as raízes pelo habito subterrâneo, reduzindo a absorção de nutrientes e servindo como porta de entrada para doenças oportunistas. 19 Figura 6 Planta com sintomas do mosaico dourado e ataque de vaquinha na Unidade Experimental em 2013. . Fonte: AGROMAIS (2013). 3.4 Coleta de dados A coleta de dados iniciou-se com 95 dias após a semeadura do feijão com o arranquio manual das plantas dentro da área útil (três fileiras centrais) desconsiderando as linhas laterais de cada subparcela. Foi avaliado o rendimento de grãos com a trilha manual e pesagem das sementes de cada subparcela. Os valores obtidos foram convertidos em quilogramas por hectare e sacas de 60 Kg. Estimou-se também o custo com adubação nitrogenada em cobertura pelo rendimento de grãos obtidos (sc.ha-1), para avaliação da viabilidade financeira. Considerou-se o preço da saca de feijão 60 kg a R$ 200,00. Desconsiderou-se o custo de implantação e adubação de plantio por serem iguais em todos os tratamentos. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey (5%) para comparação entre as medias de tratamentos utilizando o software Sisvar Ferreira (2000) e análise estatística descritiva para melhor compreensão dos resultados obtidos. 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo os dados da análise de variância houve diferença significativa (p = 5%) entre as fontes de nitrogênio e também entre as doses dentro de cada fonte (Tabela 2). Os rendimentos obtidos estiveram bem abaixo da estimativa para a cultivar Perola que está em torno de 4.000 kg.ha-1, esse fato pode estar relacionado a incidência de doenças na cultura, principalmente o mosaico dourado, ao qual o controle não foi muito eficaz. O rendimento médio máximo de grãos, foi de aproximadamente 2.450 kg ha-1 para cobertura com uréia diferindo significativamente das demais fontes de nitrogênio e em seguida 2.046 kg ha-1 para a cobertura com sulfato de amônio que não diferiu dos demais tratamentos (Tabela 2). Tabela 2 Rendimentos médios de grãos (Kg.ha-1) de feijão cultivar Pérola em função de quatro fontes de nitrogênio e cinco doses para cada fonte(1). Inhumas, 2013. (1) Médias seguidas pela mesma letra, na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade; o coeficiente de variação do rendimento de grãos foi de 11,36%. Houve efeito significativo entre as doses sendo que as maiores médias foram alcançadas pela dose de 120 kg.ha-1 em todos os tratamentos, porem não diferindo da dose de 150 kg.ha-1. Os menores valores médios obtidos de rendimentos de grãos foram pelos tratamentos que utilizaram adubos orgânicos como fonte de nitrogênio sendo o menor valor médio obtido pelo esterco bovino com 1.956 kg.ha-1. Segundo Mengel (1996), menos de 50% do N incorporado no solo na forma orgânica é transformado em N inorgânico, ou seja, é mineralizado, sendo a outra parte encontrada em associação à massa microbiana do solo. Para Rosolen e Marubayashi (2004), tem sido obtidas respostas à aplicação de até 15 a 20 t ha-1 de esterco de curral e até 4 a 8 t de 21 esterco de galinha ou cama de frango de corte. O efeito residual desta adubação tem sido observado até o 3º ano. De modo geral, as respostas da produção de grãos à adubação nitrogenada têm sido bastante variáveis em outras condições e localidades do Brasil. Nos estudos de Soratto et al. (2006), realizados na região leste de Mato Grosso do Sul, foi verificada resposta quadrática para a produtividade de grãos, com a dose estimada para a máxima produtividade superior a 140 kg ha-1 de N. Em outro ensaio desses estudos, os autores obtiveram resposta linear na produtividade de grãos. Ao observar o comportamento das doses de nitrogênio para cada fonte, (Figuras 1, 2, 3 e 4) observou-se que não houve linearidade entre as doses aplicadas para cada fonte e nitrogênio, com exceção da fonte de esterco bovino. A dose de 150 kg/ha foi a que obteve menor rendimento de grãos para as fontes de uréia, sulfato de amônio e cama de frango. Figura 1 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de ureia em cobertura do feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas–Goiás.2013 Figura 2 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Sulfato de amônio em cobertura do feijão cultivar Pérola DAE. Inhumas – Goiás. 2013 Figura 3 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Cama de frango em cobertura do feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas – Goiás. 2013 Figura 4 Rendimentos de grãos em função de doses (kg ha-1) de Esterco bovino em cobertura do feijão cultivar Pérola 30 DAE. Inhumas – Goiás. 2013 22 Em trabalhos realizados por alguns autores a aplicação de doses mais elevadas em cobertura é recomendada quando em parcelamento, durante a fase de desenvolvimento da cultura, a exemplo o trabalho de Filho et al, (2005), que observaram que a aplicação do N duas ou três vezes resultou em um rendimento de grãos significativamente maior do que a aplicação apenas uma vez, aos 30 DAE. No entanto, segundo os resultados obtidos corrobora com Chidi et al. (2002) e Bordin et al.(2003), que verificaram resposta da produtividade do feijoeiro com aplicação de 50 a 75 kg ha-1 de N (Figuras 1, 2, 3 e 4). Para a análise financeira, foi considerado custo da adubação em sacas de 60 kg de feijão sendo o preço da saca de feijão carioca cultivar Perola de R$ 200,00. Os preços das fontes de adubação foram estimados em uréia (R$ 1.200,00 t), Sulfato de amônio (R$ 349,00 t), cama de frango (R$ 90,00 t) e o esterco bovino (R$ 150,00 t). Do ponto de vista econômico, a dose de N que corresponde ao maior rendimento de grãos pode não corresponder à dose mais rentável e, portanto, não ser a mais adequada para recomendação ao produtor, conforme ilustrado na (Tabela 3). Tabela 3 Análise financeira do rendimento de grãos (sc 60 Kg ha-1)em função das doses de adubação de cobertura para as fontes uréia, sulfato de amônio, cama de frango e esterco bovino. Dose (Kg ha-1) Rendimento de grãos Custo de adubação Rendimento de grãos líquido Uréia ...................(sc. 60 Kg/ha)................... 60 40,33 0,82 39,18 90 42,16 1,23 40,93 120 41,79 1,64 40,15 150 31,65 2,04 29,61 Sulfato de amônio 60 36,70 0,52 36,19 90 30,75 0,78 29,97 120 37,08 1,04 36,04 150 33,33 1,33 32,00 Cama de frango 60 33,83 0,60 33,23 90 36,70 1,01 35,70 120 34,87 1,35 33,53 150 32,00 1,68 30,32 Esterco bovino 60 30,33 1,45 28,88 90 32,12 2,17 29,96 120 32,91 2,90 30,02 150 38,95 3,63 35,33 23 Assim, verificou-se que a renda líquida não aumenta em sc/ha-1 com o aumento das doses de N, sendo a uréia fertilizante a que apresenta a maior vantagem econômica (Tabela 3). Observou-se que a dose mais econômica foi a de 60 kg ha-1 em que houve uma redução menor no rendimento liquido de grãos e apresentando ainda o maior rendimento em todas as fontes e doses. 24 5 CONCLUSÕES Houve diferença entre as fontes de fertilizante nitrogenado e entre as doses aplicadas para cada fonte. A uréia apresentou os melhores resultados de rendimentos de grãos em todas as doses. A fonte que apresentou melhores rendimentos financeiros foi à uréia com doses de N mais viáveis entre 60 a 120 kg ha-1. A análise financeira comprova que o rendimento financeiro da cultura não aumenta, quando elevamos as doses constantes de nitrogênio. Com os resultados da avaliação do manejo de adubação nitrogenada em cobertura na cultura do feijoeiro, possibilitamos o auxilio aos pequenos, médios e grandes produtores em seu manejo de adubação, mostrando que não precisamos colocar grandes quantidades de fertilizantes para obtermos rendimentos economicamente viáveis. Fontes orgânicas de adubação mostraram ser uma ótima escolha para pequenos produtores, como os agricultores familiares, pelo baixo custo e rendimentos incrementados na cultura e no solo. 25 REFERÊNCIAS ALVES, E. U.; OLIVEIRA, A. P.; BRUNO, R. L. A.; SADER, R.; ALVES, A. U. Rendimento e qualidade fisiológica de sementes de coentro cultivado com adubação orgânica e mineral. Revista Brasileira de Sementes. Jaboticabal: vol. 27, n. 1, p. 132-137, 2005. ANDRE, L. F.; CARMO, C. A. do; PEREIRA, F. C. M.; FARINELLI, R. Parcelamento da adubação nitrogenada em cultivares de Feijoeiro, 2008. disponível em <www.registro.unesp.br/noticias/resumoluizfelipeconafe2008>.pdf, Capturado em 12 de abril de 2013. ANDREOLA, F.; COSTA, L. M.; OLSZEVSKI, N.; JUCKSCH I. A cobertura vegetal de inverno e a adubação orgânica e, ou, mineral influenciando a sucessão feijão/milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 24, p. 867-874, 2000. 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