3. a ética na sociedade brasileira atual

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DA ÉTICA ARISTOTÉLICA PARA A ÉTICA NA
SOCIEDADE BRASILEIRA ATUAL*
* Adriano Rodrigues Ferreira[1]
RESUMO
Da Ética Aristotélica para a Ética na Sociedade Brasileira Atual diz respeito a
um estudo reflexivo das transformações na conduta humana no campo ético, seja no
âmbito empresarial, profissional ou do senso comum. Traz referências aos conceitos e
aos pensamentos de Aristóteles sobre o tema relacionando-os com o cenário brasileiro
atual. Objetiva transparecer as mudanças vistas na ética e na moral em dois momentos
da história. Chegando a considerar por fim que o conceito de ética no pensamento
filosófico de Aristóteles leva a contextualização descritiva do que é ética, na sociedade
contemporânea, neste cenário se justifica a criação de códigos éticos para a conduta
social, profissional e empresarial em prol de uma convivência mais harmônica, justa e
livre. Porém, se faz necessário que os valores éticos e morais sejam impregnados na
essência humana do cidadão brasileiro, e que as decisões, em qualquer instância,
sejam de bom-censo sem ferir o outro ou a coletividade.
Palavras-chaves: Ética; Aristóteles; Sociedade brasileira atual; Meio social
comum; Ética profissional; Ética empresarial.
INTRODUÇÃO
Os primeiros estudos sobre ética partiram dos filósofos da cultura ocidental, mais
especificamente na Grécia antiga[2], refletindo sobre os problemas fundamentais da
moral, então o homem se consolida em objeto de pesquisa para o discurso moral e
político como forma de enquadramento social, no âmbito de teorizar a finalidade e o
sentido do viver humano, as bases da obrigação e do dever, a essência do bem e do mal,
o valor da consciência moral, e razões para a justiça e a harmonia das condutas.
Contudo, o entendimento ético discorre filosoficamente em épocas diferentes e por
vários pensadores, dando assim, diferentes conceitos e formas de alusão ao termo. Neste
quadro, investigaremos a obra Ética a Nicômaco, de Aristóteles, e seus pensamentos
sobre a ética, a conduta, a moral e a virtude compondo uma relação com o cotidiano
humano contemporâneo no Brasil, versando sobre a presença do fundamento ético e
seus valores no meio social comum, empresarial e profissional.
1. CONCEITOS DE ÉTICA
1
A palavra ética vem do grego Ethikós, que significa "modo de ser". Trata o
comportamento humano pelo seu valor moral, a natureza do bem e do justo. É também
chamada de filosofia moral, por tratar dos valores em sociedade, isto é, do
comportamento humano pelo seu valor moral.
"Ética (gr. ethike, de ethikós: que diz respeito aos costumes). Parte
da filosofia prática que tem por objetivo elaborar uma reflexão
sobre os problemas fundamentais da moral (...), mas fundada num
estudo metafísico do conjunto das regras de conduta consideradas
como universalmente válidas. Diferentemente da moral, a ética
está mais preocupada em detectar os princípios de uma vida
conforme a sabedoria filosófica, em elaborar uma reflexão sobre as
razões de se desejar a justiça e a harmonia e sobre os meios de
alcançá-las. A moral está mais preocupada na construção de um
conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em
comum justa e harmoniosa".(JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p.
93)
A ética filosófica reflete sobre os valores essencialmente impregnados na
sociedade para a busca da moralidade e consciência, e o meio de como alcançar esses
valores morais. Porém inicialmente, quando dos primeiros pensadores gregos, não se
estabeleceu regras de conduta nas relações humanas, como atualmente se revela em
códigos de ética profissionais, políticos ou empresariais intuídos em harmonizar
moralmente as interações sociais.
Desse modo, a moral consiste num conjunto de comportamentos e normas
aceitos como válidos nas relações humanas, e a ética, diferentemente da moral, trata de
estudar sobre a aceitação de alguns comportamentos como legítimos, válidos,
considerando sempre outras morais pertinentes a aspectos pessoais e culturais. No
entanto, é atribuído à moral dizer o que deve ser feito em determinada situação comum
ao interagir do homem com o ambiente e a sociedade, e à ética expor reflexões sobre o
comportamento moral e a conduta de cada indivíduo em seu meio. A ética configura a
união de um sujeito e seus valores, ou seja, um conjunto do agente moral e suas virtudes
éticas, intrinsecamente ligadas.
Sinteticamente, a ética é o estudo dos juízos da conduta humana, que é passível
do bem e do mal, presente em um único ser ou em grupo. Está presente em todas as
ordens vigentes no mundo, na escola, na política, no esporte, nas empresas e é de vital
importância nas profissões, principalmente nos dias atuais.
2
2. A ÉTICA ARISTOTÉLICA
O discurso exposto pelo realismo aristotélico[3], considerava o universo como ordenado
por leis constantes e imutáveis. Essa ordem rege não só fenômenos naturais, mas
também os de ordem política, moral ou estética. Alegando existir uma ciência
"primeira", a metafísica, que estuda o ser e procura enunciar que essa ordem torna
inteligíveis todos os fenômenos.
Neste cenário, a teoria ética filosófica objetiva estabelecer o bem tanto ao individuo
quanto à sociedade num todo. Então, o comportamento ético é o que se considera
prudente. Porém, uma questão central que a moral e a ética tratam, e que é muito difícil
de responder, é "como devo agir para com os outros?". A visão sob a ética na filosofia
grega clássica se faz mais empírica, claramente exposta nas obras de Aristóteles.
"(&) os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo seus
instrumentos. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos".
(ARISTÓTELES, II)
A ética, segundo Aristóteles, serve como condução do ser humano à felicidade, no
sentido mais amplo da palavra. E é em toda interação, na dinâmica do convívio social,
que se possibilita transparecer os valores éticos e morais humanos, assim como o
desenvolvimento destes.
Aristóteles acreditava que o exagero é motivador para a criação de conflitos com outros
indivíduos ou com a sociedade, e enquanto tal pode afetar o nosso caráter, com isso os
excessos prejudicam a imagem do homem social. E é na observação e reflexão de tais
fatos que irá surgir, originar-se a doutrina do justo meio, onde a virtude intermedia
pontos extremos, os vícios ou defeitos de caráter. O comedimento, a moderação, o
afastamento do excedente vem para amparar a conduta virtuosa.
"Virtude (lat. Virtus). (...). Em um sentido ético, a virtude é uma
qualidade positiva do indivíduo que faz com que este aja de forma a
fazer o bem para si e para os outros. (...). Na filosofia moderna, a
palavra "virtude" passou a designar a força da alma ou do caráter.
Neste sentido moral, designa uma disposição moral para o bem. (...) a
coragem, a justiça, a lealdade".(JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p.
271)
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Em, A Ética a Nicômaco, principal obra de Aristóteles sobre ética, o pensador esclarece
que a finalidade suprema que governa e justifica a maneira do ser humano conduzir seus
atos e sua vida é a felicidade, que não está correlatada com os prazeres, nem implicita
nas honrarias recebidas pelo ente agraciado, mas numa vida repleta de posturas e
comportamentos virtuosos. E o homem dotado de prudência e habituado ao exercício de
tal, encontra no justo meio entre os extremos de seus atos e decisões a virtude.
Então, seguindo a concepção do realismo aristotélico de que uma ordem subjacente rege
as coisas, a virtude aparece como a medida determinada por esta ordem e pelos fins que
a sobredeterminam visando o desenvolvimento pleno do ser humano.
"Costuma-se dizer que nada há que acrescentar nem tirar nas coisas
bem-feitas, considerando-se que o excesso ou a falta destrói a
perfeição e a justa medida a conserva (...). E a virtude que é mais
perfeita e melhor que toda a arte, do mesmo modo que a natureza,
tenderá para o meio. (...) Chamo meio da coisa o igualmente distante
dos extremos, que é um e idêntico para todos, meio a respeito de nós,
o que não é excesso nem falta. E este não é único nem idêntico para
todos". (ARISTÓTELES, III)
"A virtude é uma disposição adquirida voluntariamente, consistindo,
em relação a nós, em uma medida, definida pela razão conforme a
conduta de um homem que age refletidamente. Ela consiste na medida
justa entre dois extremos, um pelo excesso, outro pela falta".
(ARISTÓTELES, VI)
Portanto, a virtude está no meio termo das decisões de comportamento, de como atuar
para uma situação específica, e o vício se dá pela falta ou pelo excesso. Procurando
estabelecer uma aplicação de tal conceito, creio que não seria um equívoco dizermos
que, em um processo de negociação onde as partes têm interesses diferentes, chegar à
satisfação desejável destas (cliente e empresa) é o que podemos chamar de virtude,
enquanto que seus opostos são: a exploração do poder aquisitivo do cliente
aproveitando o seu desconhecimento quanto ao custo-benefício do objeto da venda e o
valor monetário de mercado comum ao mesmo objeto (excessos na margem de
lucratividade sobre o custo do pruduto); e a conseção de decontos maiores que o lucro
obtido na negociação na tentativa de fidelizar este cliente desvalorizando o valor
monetário de mercado do objeto da venda e seu custo-beneficio (ausência de
lucratividade sobre o custo do produto).
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"(...) a virtude está em nosso poder, do mesmo modo que o vício, pois
quando depende de nós o agir, também depende o não agir, e viceversa. de modo que quando temos o poder de agir quando isso é
nobre, também temos o de não agir quando é vil; e se está em nosso
poder o não agir quando isso é nobre, também está o agir quando isso
é vil. logo, depende de nós praticar atos nobres ou vis, e se é isso que
se entende por ser bom ou mau, então depende de nós sermos
virtuosos ou viciosos". (ARISTÓTELES, III)
Em suma, para Aristóteles a ética é tratada como a ciência das condutas humanas,
objetivando enfim comprometer-se em possibilitar ao homem a garantia da felicidade
através de uma vida regida por virtudes morais e éticas. Pois, a razão deve direcionar o
cotidiano, e com isso dominar os vícios e criar bons hábitos, e a mediana entre as
atitudes, as condutas e as decisões, é o mais importante para estabelecer o equilibrio e
proporcionar o bem, assim como o desenvolvimento harmonioso do ser em seu meio.
3. A ÉTICA NA SOCIEDADE BRASILEIRA ATUAL
3.1 O meio social comum
Trazendo a teoria ética aristotélica para a nossa realidade atual, parece-nos a primeira
vista que o cidadão brasileiro, em grande parte, esqueceu ou optou por distanciar-se de
certos "valores formadores".
Ressaltando que, o comportamento ético é o ato de agir, de decidir, de fazer o bem de
fato, por uma conduta virtuosa na comunidade em que estamos inseridos, deste modo
conduzimos uma vida mais harmoniosa em sociedade, na busca da felicidade, da
liberdade e da justiça. E na filosofia moderna, a conduta virtuosa designa uma
disposição moral para o bem individual e comum.
A sociedade brasileira, nas últimas décadas, vem sofrendo grandes alterações,
principalmente se considerarmos o comportamento dos cidadãos, as crenças e os valores
culturais. Modificações estas, que vêem deixando perplexa uma gama cada vez maior de
seus cidadãos; no entanto, seria aceitável, ou melhor, seria consciente esta perplexidade,
uma vez que esta transformação se não foi por ela motivada, não deixou de por ela ser
aceita? Portanto, vive-se hoje em nosso país em uma imensa e profunda crise moral e
ética.
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O que falar dos sucessivos escândalos na política, que alcançam da mais baixa a mais
alta esfera dos cargos públicos? Da utilização de verbas públicas para interesses
particulares e enriquecimentos ilícitos? O que dizer do cidadão que se diz indignado
com a corrupção dos políticos, no entanto, em suas ações particulares age dentro da
mesma lógica, por exemplo, furar fila em bando? Ou pagar propina para receber a
carteira de motorista sem fazer o teste? Comprar o voto de eleitores "inconscientes" ou
"indecentes" por meio de programas assistencialistas? Assim como, vender a sua
cidadania e perder a sua dignidade em prol de quantias irrisórias e ou a obtenção de uma
subsistência pelo menor esforço? Outro exemplo desta inversão: hoje, interpretar a
criminalidade como principal causa da exclusão social e da heterogeneidade na
concentração de renda é entender apenas parte da dimensão desta realidade, devido a
estas não serem causas e sim, conseqüências. O problema da exclusão não é somente
social, é, principalmente, moral. Pois, vemos que, não é a vontade de seguir em
conformidade com normas de conduta ética ou leis estabelecidas para a sociedade que
faz com que os cidadãos brasileiros, sem generalizar!, se comportem como espera o
meio social, e sim, o medo de sansões punitivas originárias de desvios de conduta.
Neste quadro, seguem "impregnados" na rotina dos brasileiros, novamente sem
generalismo, atos imorais e antiéticos, o que não concede direitos de julgamento e
crítica a transgressões corruptas em qualquer ordem social, pois o "jeitinho brasileiro"
também se configura inserido numa moral oportunista, onde o individualismo ampara o
interesse do triunfo conveniente em detrimento do interesse do outro ou da coletividade.
Passando o Brasil a carregar consigo a imagem de uma sociedade corruptora e
corruptível, descrente das práticas virtuosas de seu povo e das suas instituições.
Contudo, existem os íntegros em que se pode confiar; àqueles que não pensam
egoisticamente, que se incomodam com o rompimento dos valores éticos e morais na
dinâmica das relações sociais. E, ainda, no íntimo ou explicitamente, ninguém quer ser
flagrado em desvios de conduta, transgredindo a posturas esperadas pela coletividade a
que está inserido, ou a valores culturais preestabelecidos. É a partir desta moral da
integridade que se emoldura o homem virtuoso, honesto, leal, idôneo, amparado por
uma postura ética fundamentada nos princípios aristotélicos para a busca da convivência
harmônica do ser com seu meio em prol do bem individual e comum.
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3.2 O meio profissional e empresarial
Atualmente, a ética se faz essencial para a interação no meio social comum, e assim
também se faz primordial na regulação e regulamentação das relações profissionais e
empresariais, numa contextualização que deixa de ser mais empírica, filosoficamente
como tratava Aristóteles, e passa a ser mais descritiva na conduta ética regida por
códigos normativos. A aplicação da ética é sumariamente importante para a efetividade
profissional e organizacional, principalmente no Brasil, que traz em seu povo valores
deturpados do que é moral e virtuoso, e a descrença no que se afirma responsável
socialmente.
No âmbito profissional, a ética é relevante por estar presente nas menores atitudes e fica
claro que em todas as profissões existe uma maneira certa, prudente e justa, de decidir,
de conduzir e fazer uma específica tarefa em uma determinada atividade profissional.
Assim, a ética auxilia no desenvolvimento do bem estar individual e coletivo por
caminhos regidos pela virtude nos atos funcionais e administrativos dentro de uma
empresa, no segmento liberal ou no segmento autônomo, em prol da harmonia social.
E para tal, existe o código de ética profissional, um instrumento regulador que apresenta
normas de conduta para o cumprimento de determinada profissão. Sendo de interesse
geral dos inseridos naquela classe, na tentativa de levar o profissional ao cumprimento
do exercício de uma virtude obrigatória, com existência de órgãos fiscalizadores[4] e
controladores do respeito ao referido código na execução das atividades pertinentes a
profissão.
"Prometo dignificar minha profissão, consciente de minhas
responsabilidades legais, observar o Código de Ética[5], objetivando o
aperfeiçoamento da Ciência da Administração, o desenvolvimento das
instituições e a grandeza do homem e da pátria". (JURAMENTO DO
ADMINISTRADOR)[6]
No meio empresarial, as instituições públicas ou privadas passaram a perceber como a
ética é necessária para que o mercado tenha uma visão mais positiva da sua missão para
com o público alvo de seus negócios e a sociedade, como exemplo, partindo a tratar
com maior ênfase mecanismo que efetivamente maximize a responsabilidade social e
ambiental das organizações, a fim de afirmar uma imagem de comprometimento com o
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futuro da coletividade e do bem comum para desenvolvimento e sustentabilidade tanto
da instituição quanto de sua relação com o meio inserido.
A ética empresarial condiz com um valor da organização que proporciona sua reputação
e, consequentemente, seus bons resultados. A ética empresarial é "(...) o comportamento
da empresa - entidade lucrativa - quando ela age de conformidade com os princípios
morais e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)".
(MOREIRA, 1999)
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde a Grécia antiga, o filósofo Aristóteles discursou em seus pensamentos sobre a
ética, principalmente em A Ética a Nicômaco, esta sendo a conduta virtuosa e moral
para a busca da felicidade, como caminho para o bem individual e de toda uma
sociedade, com a ação humana formada pela virtude.
Porém, vemos que, atualmente, todo este pensamento e, principalmente, todos estes
valores estão se desintegrando da essência do povo brasileiro compondo a crise ética
vivida neste momento.
Neste cenário, se faz elementar a existência de códigos éticos balizadores das atividades
humanas, políticas, profissionais e empresariais, no anseio do bem comum, da
sustentabilidade mercadológica e do convívio harmonioso em sociedade.
E também, é necessário que toda a sociedade brasileira se conscientize do benefício da
ética, e do crescimento proporcionado por tal atitude, aplicando esta em todas as ordens
da vida humana. Seguir a virtude pode transformar as pessoas, seus propósitos, e as
relações sociais. Assim, torna-se imperativo transmitir novos pensamentos às gerações,
de agora e do futuro, que conduzam ao integrar e reintegrar de princípios éticos e
morais, como também do dever cívico para conquista de seus direitos. A sociedade e
suas várias ordens têm suas parcelas de importância e seus papéis primordiais como
transformadoras das percepções e do comportamento humano.
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Se conseguirmos educar e até inculcar os nossos cidadãos a partir da concretização de
tais postulados, será possível no futuro, felizmente, a existência de um Brasil e quiçá um
mundo mais harmonioso. Fundamentado no respeito aos valores culturais, morais,
cívicos e humanos, onde não cresça o oportunismo, em detrimento da integridade. Para
isso, não pode o brasileiro acreditar que só os dissimulados vencem, que o sucesso está
vinculado à conquista por meios ilícitos, que ser honesto é reprovável por transparecer
ingenuidade. Cada brasileiro individualmente mudando sua conduta, optando pela
consciência ética para suas decisões e atitudes, pode transformar este povo, esta nação, a
imagem do país e esta realidade para a de um Brasil virtuoso.
Quem sabe o primeiro passo comece com a escolha consciente daqueles que serão os
nossos verdadeiros mestres! A história nos é por ciência, e a tecnologia nos é capaz de
aproximar de tais sabedorias em vida.
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Pietro Nassetti (trad.). Martin Claret, SP, 2007.
JAPIASÚ, H; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Jorge Zahar, RJ,
1996.
MOREIRA, J. M. A Ética Empresarial no Brasil. Pioneira, SP, 1999.
REZENDE, A. Curso de Filosofia. Jorge Zahar / SEAF, RJ, 1997.
SRUOR, R. H. Ética Empresarial: A Gestão da Reputação. Campus / Elsever, SP,
2003.
CHIBLI, F. Questões de Ética. Revista Você S/A. nº 110, p. 52-53, SP, 2007.
A. D. Juramento do Administrador. Disponível em: http://www.cfa.org.br/arquivos/
selecionaitem.php?p=selecionaitem.php&coditem=15, acesso em: 20/04/2008.
NICKELE, S. C. Ética na Sociedade Atual. Disponível em: http://www.crears.org.br/crea/etica/etica_na_sociedade_atual.pdf, acesso em: 20/04/2008.
[1] Discente do 3º semestre, graduando em Administração pela Faculdade Madre Thaís
FMT. E-mail: [email protected]
[2] Sócrates(470 399 a. C) é o fundador da ética ocidental, pois coloca o problema da
moral dentro da filosofia, seu pressuposto básico era sabedoria. "O homem só é feliz
quando é bom, e só é bom quando conhece".
[3] Representa, na Grécia antiga, ao lado das filosofias de Sócrates e Platão, uma reação
ao discurso dos sofistas.
[4] Para os administradores, o órgão incumbido na vigilância do cumprimento do seu
código de ética profissional é o Conselho Regional de Administração de cada unidade
federativa brasileira, e sofre coordenação em âmbito nacional do Conselho Federal de
Administração.
[5] Código de Ética Profissional do Administrador (Aprovado pela Resolução
Normativa CFA nº 353, de 9 de abril de 2008)
[6] Foi oficializado pela RN nº 201, de 19 de dezembro de 1997.
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