TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE EXTRACORPÓREA NO TRATAMENTO DA BURSITE TROCANTERIANA Paulo Santos São Paulo Ana Cláudia Souza Paulo Rockett Rio de Janeiro Porto Alegre ¾ Estudo Restrospectivo ¾ Aparelho Eletrohidráulico ¾ REFLECTRON – HMT 3 Centros Ortopédicos Brasileiros Cortrel – Rio de Janeiro Orthomaster – São Paulo Ortosom – Porto Alegre ANATOMIA ANATOMIA CAUSAS DA BURSITE TROCANTERIANA Estresse repetitivo ( over use ) Trauma Alterações da coluna vertebral - escoliose Discrepância dos membros inferiores Artrite reumatóide Pós – operatório do quadril Excesso de pressão sobre o quadril SINTOMATOLOGIA ¾ Dor aguda focalizada no lado externo do quadril ¾ Dor que aparece no início da marcha ¾ Dor que se irradia no lado externo da coxa extendendo-se para o joelho ¾ Dor que piora quando se deita sobre o quadril acometido ¾ Dor que dificulta o paciente dormir ¾ Dor que piora ao subir escadas, permanecer em pé ou andar por períodos prolongados Alguns tipos de bursites trocanterianas estão comumente associadas a tendinite com calcificações na inserção dos tendões dos músculos glúteos médio e mínimo ou na origem do vasto lateral Achados Histológicos ¾Degeneração colágena perdendo o arranjamento longitudinal das fibras do tendões , áreas de ruptura do colágeno, presença de fibroblastos e elementos vasculares anormais, com hiperplasia angiofibroblástica e células inflamatórias. ¾ Metaplasia pseudocondroide ¾ Calcificações Qual o mecanismo de funcionamento das ondas de choque no tratamento da bursite trocanteriana ?? O que é uma Onda de Choque? Encyclopædia Britannica: …uma forte onda de pressão através de um meio elástico como água,… …produzida por um avião supersônico, por explosões, por raios atmosféricos ou outros fenômenos… A Onda de Choque desintegra cáculos renais ( Urologia ) estimula o crescimento ósseo ( Ortopedia ) aumenta a revascularização da área a ser tratada deve ser usada com prudência e segurança possui penetração e profundidade é FOCALIZADA Geração de uma Onda de Choque Eletrohidráulico SPARK GAP: HM3, LithoTron, LirthoDiamond, OssaTron, ReflecTron, VersaTron, EvoTron Propriedades de uma Onda de Choque p Características de uma real Onda de Choque P+ pulse width (-6dB)) - Tempo curto de subida em nanosegundos - Pequena largura de pulso a -6 dB - Alta amplitude de pressão positiva - Baixa onda tensil (negativa) P- time rise time Parâmetros de uma Onda de Choque Pressão Pressão MPa ou Bar Energia Energia (mJ) Densidade do Fluxo de Energia 2 (mJ/mm ) Membrana celular se torna permeável Desintegração de componentes celulares Alt.Mitocondrial Lesão do núcleo Potencial de regeneração da célula mJ/mm 0,08 0,15 0,22 ² Baixa energia 0,25 0,35 0,4 0,5 Alta energia Litotripsia Tecidos moles Tecido ósseo Baixa energia 0,08 – 0,23 mJ/mm² Média e alta energia > 0,24mJ/mm² 0,6 TEORIA MICROBIOLÓGICA “As Ondas de Choque estimulam a produção de NO e fatores especiais de crescimento, determinando um crescimento de vasos sanguíneos na área tratada , melhorando o metabolismo do tecido inflamatório crônico o que possibilita a cura.” (Wang 2002) Teoria Microbiológica PHISYCAL ENERGY Biological Response Neo eNOS Bone repair VEGF PCNA vascular Improved blood supply tendon repair Tissue regeneration ?? Exato mecanismo de Ação ?? Terapia por Ondas de Choque nos tecidos moles Analgesia por hiperestimulação “Um estímulo forte pode reduzir dor preexistente…estes estímulos devem ser aplicados no ponto da dor…estes estímulos curtos e duradouros podem reduzir a dor crônica definitivamente.”(Melzak 1973). Efeitos Físicos Efeitos Biológicos Térmico: Hematoma (rim - 1%) sem importância, curta duração Lesão endotelial Alt. permeabilidade celular Alt. Mitocondrial Destruição de células Mecânico : Liberação de radicais livres Cavitação Liberação de NO Diminuição , dilatação e implosão da bolha Liberação de fatores de crescimento MATERIAL E MÉTODOS Março 2001 a Maio 2003 Tratados Follow up Tendinite calcárea do ombro 60 59 Tendinose do ombro 26 26 Epicondilite lateral do cotovelo 42 40 Bursite trocanteriana 24 24 39 36 69 68 260 253 Patologia Tenidinite do Tendão Calcâneo com ou sem calcificação Fascite Plantar Total de pacientes Diagnóstico Diferencial ¾ Ciatalgia ¾ Coxartrose ¾ Dor irradiada da coluna vertebral ¾ Bursite infecciosa (tuberculose) ¾ Tumores ósseos ¾ NACF ¾ Fraturas Diagnóstico ¾ Exame Físico ¾ Radiografia simples ¾ Ultra-sonografia ¾ RNM TRATAMENTO ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Medicamentos AINH e crioterapia Infiltração Fisioterapia Repouso e alongamento Emagrecimento Correção com órteses em caso de discrepância dos membros inferiores ¾ ¾ Cirurgia CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ISMST & SBTOC ¾ Ter realizado três das seguintes medidas conservadoras: Medicação ou Infiltração ¾ Dor por um período de 6 meses Cinesioterapia ¾ Insucesso no tratamento conservador mínimo de 3 meses Eletroterapia ¾ Após 6 semanas da última infiltração Termoterapia ¾ Insucesso no tratamento cirúrgico Ultrasom Acupuntura Terapia Neural Medicação ou Infiltração Cinesioterapia Eletroterapia Ultrasom Termoterapia Acupuntura Terapia Neural CONTRA-INDICAÇÕES ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ Coagulopatias Gravidez Infecção aguda Marcapasso Regiões : crânio coluna, tórax, grandes vasos, e nervos Placa fisária Tumores Malignos Neuropatia diabética DOCUMENTAÇÃO TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE EXTRACORPÓREA NO TRATAMENTO DA BURSITE TROCANTERIANA Complicações : Edema Petéquias Hematoma 1200 impulsos R35 0,08 a 0,13 mJ/mm² Bursite trocantérica com calcificação Feminina, 53 anos, 3 anos com dor 2 meses após TOC CG, 73 anos, sexo feminino Bursite trocanteriana bilateral com 2 anos de evolução Tratamentos realizados: Fisioterapia convencional, Infiltração (duas) , RPG e acupuntura 7 meses pós TOC 7 meses pós TOC RESULTADOS Aplicação 1 2 Casos 1 mês 3 meses 6 meses 23 1 84% 80% 74% 50% 89% 75% Roles and Maudsley score Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 sem dor com ADM completo e sem Excelente dor durante atividade Dor ocasional , ADM completo e Bom atividade sem queixas Desconforto eventual após Aceitável atividades prolongadas Pobre Dor limitando as atividades RESULTADOS 60 50 40 30 20 10 0 n pacientes % resultado percentual Excelentes Bons Aceitáveis Pob res 9 13 1 1 37,5 54,2 4,2 4,2 CONCLUSÕES Baseados nos resultados obtidos concluímos que a Terapia por Ondas de Choque deve ser considerada como alternativa no tratamento das bursites trocanterianas crônicas resistentes aos tratamentos convencionais, CONCLUSÕES por considerá-la um método não invasivo, que não apresenta complicações significativas; diminuindo assim os riscos de um procedimento cirúrgico e os custos operacionais envolvidos. OBRIGADO