1 Coríntios 1.1-­‐18 A ausência da frase-­‐chave, “agora, sobre...”, é o indício de que este capítulo não se tratar de um assunto novo. É uma continuação da discussão de comer em templos idólatras que Paulo começou em 8.1. Sujeitando nossa liberdade para o bem-­‐estar de outras pessoas não é algo que qualquer um de nós faz naturalmente. Paulo sabia que seus leitores lucrariam com mais instrução sobre este assunto. Então, ele coloca a si mesmo como ilustração da atitude apropriada da verdadeira liberdade e responsabilidade em Cristo. Evidentemente, os cristãos de Corinto tinham entendido mal a política de Paulo de limitar o exercício de suas atividades para ajudar os outros (8.13) . Algumas pessoas na igreja, aparentemente, concluíram que, porque ele não exigia os seus direitos, então eles não precisavam se preocupar com o direito de Paulo a apoio material (cf. 2 Coríntios 12.13). Seu comportamento aparentemente vacilante também levantou dúvidas em suas mentes sobre a sua plena autoridade apostólica. Por exemplo, ele comeu comida do mercado com os gentios, mas não com os judeus. Paul respondeu a esse ponto de vista neste capítulo. Há fortes evidências da má vontade dos Coríntios a ceder a autoridade de Paulo ao longo desta carta (4.1-­‐5 e 5-­‐6, 14.36-­‐37 ). Οὐκ Οὐκ εἰµὶ ἐλεύθερος; εἰµὶ ἀπόστολος; ouj ouj 1 a a Part. Int. 1 S Pres. Ind. At. Adj. Nom. MS Part. Int. 1 S Pres. Ind. At. Nom. MS Não? (eu) sou livre Não? (eu) sou apóstolo οὐχὶ Ἰησοῦν jIhsou`" τὸν κύριον kuvrio" ἡµῶν hJmei`" ἑόρακα; oJravw Part. Int. Ac. MS Ac. MS Pron. 1 Gen. P a 1 S Perf. Ind. At. Não? Jesus o Senhor nosso (eu) tenho visto a οὐ τὸ ἔργον e[rgon µου ejgwv Part. Int. Nom. NS Pron. 1 Gen. S a Não? o trabalho do meu ἐστε eijmiv ἐν κυρίῳ; kuvrio" Pron. 2 Nom. P 2 P Pres. Ind. At. Prep. Dat. Dat. MS vós (vós) sois em o Senhor ὑµεῖς a a Paulo começa com quatro perguntas retóricas, todas esperando uma resposta positiva: “é claro que sim”. Então as perguntas vão numa crescente se tornam cada vez mais específicas. Certamente Paulo gostava da liberdade que qualquer outro crente tinha. Além disso, possuía os direitos e privilégios de um apóstolo. A prova de seu apostolado era duplo. Ele tinha visto a Cristo ressuscitado (Atos 1.21-­‐22) na estrada de Damasco (Atos 22.14-­‐15, 26.15-­‐18), e fundou a igreja em Corinto, que era o trabalho apostólico (cf. Romanos 15.15-­‐21). Claramente o apostolado de Paulo estava em jogo em Corinto (cf. 1.1, 12, 4.1-­‐5, 8-­‐ 13 e 14-­‐21, 5.1-­‐2). εἰ 2 ἄλλοις a[llo" οὐκ ouj εἰµὶ ἀπόστολος, a Co. Sub. Cond. Pron. Dem. Dat. MP Part. Neg. 1 S Pres. Ind. At. Nom. MS se para outros não (eu) sou apóstolo ἀλλά γε ὑµῖν uJmei`" Co. Co. Adv. Part. Enfat. Pron. 2 Dat. P a 1 S Pres. Ind. At. contudo de fato para vós (eu) sou εἰµι· a ἡ oJ γὰρ σφραγίς µου ejgwv τῆς ἀποστολῆς ajpostolhv Artg. Nom. FS Co. Co. Exp. Nom. FS Pron. 1 Gen. S a Gen. FS (o) pois selo do meu apostolado 1 ἐστε eijmiv ἐν κυρίῳ; kuvrio" Pron. 2 Nom. P 2 P Pres. Ind. At. Prep. Dat. Dat. MS vós (vós) sois em o Senhor ὑµεῖς a a Outros poderiam ter dúvidas sobre o apostolado de Paulo, mas os Coríntios certamente não deveriam, em vista de seu ministério entre eles. Eles próprios eram a prova de que ele era um apóstolo. Os filósofos e missionários errantes no mundo greco-­‐romano eram apoiados por quatro meios: ! Cobrando; ! Patrocínio; ! Mendicância; ! Trabalho paralelo. Paulo não começou por justificar a sua renúncia de seus direitos apostólicos, mas pela constatação de que ele tinha esses direitos. Ele, evidentemente, tinha que começar assim porque os coríntios estavam questionando esses direitos. Eles estavam assumindo que Paulo havia trabalhado fazendo tendas, porque ele não tinha direitos apostólicos, e não porque havia escolhido a renunciar a eles. Ἡ ἐµὴ τοῖς ἐµὲ ἀνακρίνουσιν ἐστιν αὕτη. ἀπολογία ejmov" oJ ejgwv ajnakrivnw eijmiv ou{to" 3 a a Pron. Poss. 1 Nom. FS Nom. FS Artg. Dat. MP Pron. 1 Ac. S Ptc. Pres. At. Dat. MP 3 S Pres. Ind. At. Pron. Dem. Nom. FS a minha defesa (para os) a mim aquele que questionam (ela) é esta a Novamente aqui, Paulo usou uma série de perguntas retóricas para forçar o Coríntios a reconhecer, se ainda não haviam conhecido, que ele possuía os direitos apostólicos completos. Tendo em conta os outros direitos que se seguem. 4 µὴ οὐκ ouj ἔχοµεν e[cw ἐξουσίαν ejxousiva φαγεῖν ejsqivw καὶ πεῖν; pivnw Part. Inter. Part. Neg. 1 P Pres. Ind. At. Ac. FS 2 Aor. Inf. At. Co. Co. Ad. 2 Aor. Inf. At. Não? não (nós) temos o direito de comer e beber a o o A referência de Paulo a comer e beber aqui provavelmente significa, comer e beber à custa dos outros. Significa aceitar apoio financeiro em seu ministério. 5 µὴ οὐκ ouj ἔχοµεν e[cw ἐξουσίαν ejxousiva ἀδελφὴν ajdelfhv γυναῖκα gunhv περιάγειν periavgw Part. Inter. Part. Neg. 1 P Pres. Ind. At. Ac. FS Ac. FS Ac. FS Pres. Inf. At. Não? não (nós) temos o direito de uma irmã como esposa levar a ὡς καὶ οἱ λοιποὶ loipov" ἀπόστολοι ajpovstolo" καὶ Part. Comp. Adver. Adj. Nom. MP Nom. MP Co. Co. Ad. como também o restante dos apóstolos e οἱ ἀδελφοὶ τοῦ κυρίου ajdelfov" kuvrio" Nom. MP Gen. MS os irmãos do Senhor καὶ Κηφᾶς; Co. Co. Ad. Nom. MS e Cefas Evidentemente que era habitual para os outros apóstolos e para os irmãos de Jesus levarem suas esposas com eles quando viajavam por motivos ministeriais. As igrejas que eles serviam pagavam suas despesas e as de suas esposas e filhos. Paulo pode ter mencionado Pedro, em particular, porque ele tinha uma forte influência em Corinto (1.12). Suas referências aos irmãos do Senhor neste versículo e Barnabé no próximo, não significa, necessariamente, que estes homens tinham visitado Corinto. Talvez os Coríntios soubessem sobre seus hábitos ministeriais por outros meios. 2 6 ἢ µόνος ἐγὼ καὶ Βαρναβᾶς Co. Co. Alt. Adj. Nom. MS Pron. 1 Nom. S a Co. Co. Ad. Nom. MS Ou? somente eu e Barnabé οὐκ ouj ἔχοµεν e[cw ἐξουσίαν ejxousiva µὴ ἐργάζεσθαι; ejrgavzomai Part. Neg. 1 P Pres. Ind. At. Ac. FS Part. Neg. Pres. Inf. Med. não (nós) temos o direito de não trabalhar a Os Coríntios haviam reconhecido o direito dos outros apóstolos de não necessitarem de um trabalho secular para se sustentar. Paulo e Barnabé várias vezes escolheram trabalhar fazendo tendas para que seu sustento financeiro não onerasse os novos convertidos (4.12; 1 Tessalonicenses 2,9; 2 Tessalonicenses 3.7-­‐ 9; Atos 20.34). Evidentemente, a prática de Barnabé era bem conhecida. Paulo tinha se inclinado ao trabalho degradante (aos olhos dos Coríntios) de fazer tendas, enquanto ministrou entre eles (Atos 18.3). Aparentemente, alguns dos cristãos de Corinto agiram para com Paulo dessa maneira, por pensar que porque ele trabalhava, não se achava merecedor de apoio, e por isso achavam que ele não era igual aos outros apóstolos que não trabalhavam secularmente. 7 Τίς στρατεύεται strateuvw ἰδίοις i[dio" ὀψωνίοις ojywvnion ποτέ; Pron. Inter. Nom. MS 3 S Pres. Ind. Med. Adj. Dat. NP Dat. NP Adver. Quem? (ele) serve (como Soldado) com seu próprios salário jamais a τίς φυτεύει futeuvw ἀµπελῶνα ajmpelwvn Pron. Inter. Nom. MS 3 S Pres. Ind. At. Ac. MS Quem? (ele) planta uma vinha a καὶ τὸν καρπὸν karpov" αὐτοῦ aujtov" οὐκ ouj ἐσθίει; ejsqivw Co. Co. Ad. Ac. MS Pron. 3 Gen. MS Part. Neg. 3 S Pres. Ind. At. e o fruto dela não (ele) come a a ἢ τίς ποιµαίνει poimaivnw ποίµνην poivmnh Co. Co. Alt. Pron. Inter. Nom. MS 3 S Pres. Ind. At. Ac. FS Ou quem? (ele) apascenta um rebanho a καὶ ἐκ τοῦ γάλακτος gavla τῆς ποίµνης poivmnh οὐκ ouj ἐσθίει; ejsqivw Co. Co. Ad. Prep. Gen. Gen. NS Gen. FS Part. Neg. 3 S Pres. Ind. At. e desde do leite de ovelha não (ele) come a Paulo usa seis argumentos nos versículos seguintes para apoiar seu ponto de vista, de que aqueles que trabalham têm o direito de receber salário. Em primeiro lugar, é costume. Três ilustrações apoiar o fato de que Paulo como um servo do Senhor, tinha o direito de receber apoio financeiro daqueles a quem ele ministrava. Pois, os servos do Senhor não são, certamente, inferior aos soldados, agricultores e pastores. 3 8 9 Μὴ κατὰ ἄνθρωπον a[nqrwpov" ταῦτα ou{to" λαλῶ lalevw Part. Inter. Prep. Ac. Ac. MS Pron. Dem. Ac. NP 1 S Pres. Ind. At. Não? de acordo com o humano isto (eu) falo ἢ καὶ ὁ νόµος novmo" ταῦτα ou{to" οὐ λέγει; levgw Co. Co. Alt. Adver. Nom. MS Pron. Dem. Ac. NP Pat. Inter. 3 S Pres. Ind. At. ou também a Lei isto não (ela) diz ἐν γὰρ τῷ Μωϋσέως Mwu>sh`" νόµῳ nomov" γέγραπται· gravfw Prep. Dat. Co. Co. Exp. Artg. Dat. MS Gen. MS Dat. MS 3 S Perf. Ind. Pass. em porque (a) de Moisés Lei (ele) foi escrito a a a οὐ κηµώσεις khmovw βοῦν bou`" ἀλοῶντα. ajloavw Part. Neg. 2 S Fut. Ind. At. Ac. MS Ptc. Pres. At. Ac. MS Não (tu) amordaçarás o boi enquanto estiver debulhando a TM Deuteronômio 25.4 wOvydiB] vwOD rwOv µμsoj]t' µμs'j; AaOl Prep. + Inf. Qal. Cons. + Suf. 3 MS MS 2 MS Impf. Qal Part. Neg. em debulhar ele um boi (tu) amordaçarás não a a µὴ τῶν βοῶν bou`" µέλει mevlw τῷ θεῷ Qeov" Part. Inter. Gen. MP 3 S Pres. Ind. At. Dat. MS Não? a cerca de bois (ele) preocupa-­‐se Deus a Em segundo lugar, o Antigo Testamento apoia-­‐o neste ponto. Deus fez provisão especial na Lei mosaica para os bois que serviam as pessoas debulhando o grão (Deuteronômio 25.4). Ao fazer menção a Lei, Paulo diz que Deus estava demosntrando Sua preocupação com a manutenção de todos os que servem os outros, e não apenas os bois. Aqui, temos que ter em mente que, na maioria das vezes, os gregos desprezavam qualquer tipo de trabalho manual. Eles tinham escravos para fazer o trabalho braçal para que os cidadãos pudessem desfrutar de esportes, filosofia e lazer. Os judeus, ao contrário, apoiavam todo trabalho honesto. δἰ ἡµᾶς λέγει; ἢ πάντως diav hJmei`" levgw 10 a a Co. Co. Alt. Prep. Ac. Pron. 1 Ac. P Adver. 3 S Pres. Ind. At. ou por cauda de nós certamente (ele) diz: δἰ diav ἡµᾶς hJmei`" γὰρ ἐγράφη gravfw Prep. Ac. Pron. 1 Ac. P Co. Co. Exp. 3 S 1 Aor. Ind. Pass. por cauda de nós pois (ele) foi escrito a a o ὅτι ὀφείλει ojfeivlw ἐπ̓ ejpiv ἐλπίδι ejlpiv" ὁ ἀροτριῶν ajrotriavw ἀροτριᾶν ajrotriavw Co. Sub. Causal 3 S Pres. Ind. At. Prep. Dat. Dat. FS Ptc. Pres. At. Nom. MS Pres. Inf. At. porque (ele) deve com base em esperança aquele que planta plantar a 4 καὶ ὁ ἀλοῶν ajloavw ἐπ̓ ejpiv ἐλπίδι ejlpiv" τοῦ µετέχειν. metevcw Co. Co. Ad. Ptc. Pres. At. Nom. MS Prep. Dat. Dat. FS Artg. Gen. NS + Pres. Inf. At. e aquele que debulha com base em esperança de tornar-­‐se participante (compartilhar) Deus incentiva que os trabalhadores humanos recebam sua provisão assim como os animais que trabalhavam. Ele queria que os trabalhadores humanos trabalhassem com a esperança de remuneração, e as pessoas que lucravam seus serviços deveriam considerá-­‐los dignos de apoio. «Não amordaçe o boi...» provavelmente era uma expressão proverbial sobre a justa remuneração, devidamente entendida e interpretada como tal por Paulo. ὑµῖν τὰ πνευµατικὰ ἐσπείραµεν, εἰ ἡµεῖς uJ m ei` " pneumatikov " speivrw 11 Co. Co. Ad. Pron. 1 Nom. P a Pron. 2 Dat. P a Adj. Ac. NP 1 P 2 Aor. Ind. At. se nós à vós as coisas espirituais (nós) semeamos ὑµῶν uJmei`" τὰ σαρκικὰ sarkikov" θερίσοµεν; qerivzw a Adj. Ac. NP 1 P Fut. Ind. At. µέγα εἰ ἡµεῖς Adj. Nom. NS Co. Co. Ad. Pron. 1 Nom. P a Pron. 2 Gen. P a o a muito se nós de vós as coisas carnais (nós) colhêssemos Em terceiro lugar, o princípio básico da reciprocidade comunitária apoia o ponto de vista de Paulo. As coisas espirituais são intrinsecamente mais importante do que as coisas físicas. As coisas espirituais durarão para sempre, enquanto as coisas físicas são temporária. Se o valor das coisas espirituais que os Corintios receberam era infinitamente maior do que a remuneração financeira que eles deveriam dar a Paulo, então, eles praticamente tinham uma dívida impagável para com ele, e assim de alguma forma deveriam demonstrar gratidão: «O que está sendo instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com aquele que o instrui» (Gálatas 6.6) ἄλλοι ὑµῶν ἐξουσίας µετέχουσιν, Εἰ τῆς a[ l lo" uJ m ei` " ej x ousiv a metevcw 12 Co. Co. Ad. Pron. Dem. Nom. MP Artg. Gen. FS Pron. 2 Gen. P a Gen. FS 3 P Pres. Ind. At. se outros (do) de vós direito (eles) compartilham οὐ µᾶλλον ἡµεῖς; Part. Inter. Adver. Comp. Pron. 1 Nom. P não? muito mais nós ἀλλ̓ ajllav οὐκ ouj ἐχρησάµεθα cravomai Co. Co. Adv. Part. Neg. mas não τῇ ἐξουσίᾳ ejxousiva ταύτῃ, ou|to" 1 P 1 Aor. Ind. Med. Gen. FS Pron. Dem. Dat. FS (nós) fizemos uso do direito este a o πάντα pa`" στέγοµεν, stevgo Co. Co. Adv. Adj. Ac. NP 1 P Pres. Ind. At. ao contrário tudo (nós) suportamos Co. Sub. Final µή τινα ti;" Part. Neg. Pron. Indef. Ac. FS não qualquer a ἐγκοπὴν ejgkophv δῶµεν divdwmi Ac. FS 1 P 2 Aor. Subj. At. a o τῷ εὐαγγελίῳ τοῦ Χριστοῦ. eujaggelivon Cristov" Dat. MS impedimento (nós) causarmos ao evangelho a ἀλλὰ ἵνα para a 5 Gen. MS de Cristo E quarto lugar, o precedente da prática dos outros líderes cristãos apoia Paulo. Como o plantador da igreja de Corinto, Paulo tinha o direito de receber sustendo dos Coríntios mais do que qualquer um de seus outros ministros. No entanto, ele não insistiu em seu direito. Ele escolheu se abster de receber sustento por seu trabalho de estabelecer a igreja para não pode sofrer com as críticas de que ele estava servindo com o objetivo de obter benefícios materiais. Οὐκ οἴδατε τὰ ἱερὰ ἐργαζόµενοι ὅτι οἱ ouj oi\ d a iJ e rov " ejrgavzomai 13 a Part. Inter. 2 P Perf. Ind. At. não? (vós) tendes sabido que (os) Ac. NP Ptc. Pres. Med. Nom. MP os sagrados aqueles que fazem os trabalhos [τὰ] ἐκ τοῦ ἱεροῦ iJerovn ἐσθίουσιν, ejsqivw Ac. NP Prep. Gen. Gen. NP 3 P Pres. Ind. At. (aos) desde do templo (eles) comem τῷ θυσιαστηρίῳ qusiasthvrion οἱ 14 Co. Sub. Int. Artg. Nom. MP a παρεδρεύοντες paredreuvw Artg. Nom. MP Dat. NS Ptc. Pres. At. Nom. MP (os) ao altar aqueles que sentam-­‐se constantemente ao lado τῷ θυσιαστηρίῳ qusiasthvrion συµµερίζονται; summerivzw Dat. NS 3 P Pres. Ind. Med. ao altar (eles) têm participação a Em quinto lugar, a prática do sacerdócio apoiva Paulo. Paulo apelou para a prática judaica comum, que também era predominante nas religiões pagãs, de permitir que aqueles que ministram em assuntos espirituais recebem suporte financeiro daqueles a quem servem. ὁ κύριος διέταξεν οὕτως καὶ kuvrio" diatavssw a o Adver. Adver. Nom. MS 3 S 1 Aor. Ind. At. Da mesma forma também o Senhor (ele) deu ordem τοῖς τὸ εὐαγγέλιον eujaggevlion καταγγέλλουσιν kataggevllw ἐκ τοῦ εὐαγγελίου eujaggevlion ζῆν. zavw Dat. MP Ac. NS Ptc. Pres. At. Dat. MP Prep. Gen. Gen. NS Pres. Inf. At. (aos) o evangelho aqueles que proclamam desde do evangelho viver E para por um ponto final a discussão, Paulo apela para o ensinamento de Jesus. O Senhor Jesus ensinou o mesmo direito: «... não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento» (Mateus 10.10) «Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa» (Lucas 10:7) Muitas vezes, o objetivo deste texto é perdido em preocupações sobre "direitos" que refletem profissionalismo ao invés de uma preocupação com o próprio evangelho. 6 Tendo argumentado vigorosamente por seu direito de receber apoio dos Coríntios, Paulo agora começa a argumentar fortemente sobre seu direito de desistir desse direito, que é seu objetivo desde o início. Ele explica porque deliberadamente não aceitou o seu patrocínio. Esta perícope dá ao leitor uma janela para a alma do apóstolo. Vemos aqui que o fazia vibrar. κέχρηµαι οὐδενὶ τούτων. Ἐγὼ δὲ οὐ crav o mai ouj d eiv " ou|to" 15 a a Pron. 1 Nom. S Co. Co. Adv. Part. Neg. 1 S Perf. Ind. Pass. Adj. Dat. NS Pron. Dem. Gen. NP eu porém não (eu) tenho usado nenhum destes Οὐκ ouj ἔγραψα gravfw δὲ ταῦτα, ou|to" Part. Neg. 1 S 1 Aor. Ind. At. Não Co. Co. Ad. Pron. Dem. Ac. NP (eu) escrevi e estas coisas a o ἵνα οὕτως γένηται givnomai ἐν ἐµοί· ejgwv Co. Sub. Final Adver. 3 S 2 Aor. Subj. Med. Prep. Dat. Pron. 1 Dat. S para que assim (ela) venha a ser por mim καλὸν kalov" γάρ µοι ejgwv µᾶλλον ἀποθανεῖν ajpoqnh/vskw Adj. Nom. NS Co. Co. Exp. Pron. 1 Dat. S a Adver. Comp. 2 Aor. Inf. At. bom porque para mim melhor morrer ἤ- τὸ καύχηµα kauvchma µου ejgwv οὐδεὶς κενώσει. kenovw Part. Comp. Ac. NS Pron. 1 Gen. S a Adj. Nom. MS 3 S Fut. Ind. Pass. ou o orgulho de mim (por) ninguém (ele) será anulado a o a o a Paulo tinha todo direito de ser sustentado, mas, optou por não usá-­‐lo. Ele não queria que seus leitores interpretasse sua abordagem sobre este assunto como um pedido velado de apoio. Ele já tinha feito sua decisão de se sustentar sozinho enquanto pregava livremente, o Senhor não exigia isso dele. Conseqüentemente, ele podia justificar seu orgulho, como quem faz um sacrifício para o bem-­‐estar dos outros pode. εὐαγγελίζωµαι, οὐκ ἔστιν µοι ἐὰν γὰρ καύχηµα· eujaggelivzw ouj eijmiv ejgwv 16 Co. Sub. Cond. Co. Co. Exp. 1 S Pres. Subj. Med. a Part. Neg. 3 S Pres. Ind. At. a Pron. 1 Dat. S a Ac. NS se pois (eu) evangelizar não (ele) é para mim orgulho ἀνάγκη γάρ µοι ejgwv ἐπίκειται· ejpivkeimai Nom. FS Co. Co. Exp. Pron. 1 Dat. S a 3 S Pres. Ind. Med. obrigação porque para mim (ele) está sobre mim a οὐαὶ γάρ µοι ejgwv ἔστιν eijmiv ἐὰν µὴ εὐαγγελίζωµαι. eujaggelivzw Interj. Co. Co. Exp. Pron. 1 Dat. S a 3 S Pres. Ind. At. Co. Sub. Cond. Part. Neg. 1 S Pres. Subj. Med. Ai! porque para mim (ele) é se não (eu) evangelizar a a Ele não poderia ter justificado seu orgulho no fato de que estava pregando o evangelho. Mesmo que isso envolvesse sacrifícios para o benefício dos outros, pois fazia esse sacrifício em obediência ao Senhor (Atos 26.16-­‐18; cf. Mateus 28.19-­‐20). Paulo não teve escolha sobre a pregação do evangelho como o fez sobre como ele viveria enquanto o fazia. A pregação era o destino divino dele. Na verdade, ele estaria em sérios apuros com o seu Senhor, se não pregasse o evangelho (e nós também). 7 17 εἰ γὰρ ἑκὼν τοῦτο ou|to" πράσσω, Co. Sub. Cond. Co. Co. Exp. Adj. Nom. MS Pron. Dem. Ac. NS 1 S Pres. Ind. At. se porque voluntariamente (não forçadamente) isto (eu) faço µισθὸν misqov" ἔχω· Ac. MS 1 S Pres. Ind. At. recompensa (eu) tenho a a εἰ δὲ ἄκων, Co. Sub. Cond. Co. Co. Adv. Adj. Nom. MS se mas com relutância (contra a vontade) οἰκονοµίαν oijkonomiva πεπίστευµαι· pisteuvw Ac. FS 1 S Perf. Ind. Pass. (apenas) a administração (que) (eu) tenho sido incumbido a Se Paulo pregou o evangelho de bom grado, iria receber uma recompensa (pagamento) do Senhor. Se ele fez isso a contragosto, não iria receber uma recompensa, mas teria simplesmente cumprindo seu dever como um mordomo (gerente de uma casa – cf. 4.1-­‐2): «Qual de vocês que, tendo um servo que esteja arando ou cuidando das ovelhas, lhe dirá, quando ele chegar do campo: ‘Venha agora e sente-­‐ se para comer’? Ao contrário, não dirá: ‘Prepare o meu jantar, apronte-­‐se e sirva-­‐me enquanto como e bebo; depois disso você pode comer e beber’? Será que ele agradecerá ao servo por ter feito o que lhe foi ordenado? Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: ‘Somos servos inúteis; apenas cumprimos o nosso dever’» (Lucas 17.7-­‐10) 18 τίς οὖν µου ejgwv ἔστιν eijmiv ὁ µισθός; misqov" Pron. Inter. Nom. MS Co. Co. Conc. Pron. 1 Gen. S a 3 S Pres. Ind. At. Nom. MS Qual? portanto de mim (ele) é a recompensa a ἵνα εὐαγγελιζόµενος eujaggelivzw ἀδάπανον ajdavpano" θήσω tivqhmi τὸ εὐαγγέλιον eujaggevlion Co. Sub. Final Ptc. Pres. Med. Nom. MS Adj. Ac. NS 1 S Fut. Ind. At. Ac. NS que evangelizando de graça (sem custo nenhum) (eu) apresente o evangelho εἰς Prep. Ac. para τὸ µὴ Ac. NS Part. Neg. (o) não καταχρήσασθαι katacravomai τῇ ἐξουσίᾳ ejxousiva Inf. Aor. Med. Dat. FS esgotar (abusar do uso) do direito a µου ejgwv ἐν a Pron. 1 Gen. S Prep. Dat. de mim em τῷ εὐαγγελίῳ. eujaggelizw Dat. NS o evangélio A recompensa de Paulo por pregar o evangelho de bom grado era o privilégio de pregar-­‐lo sem custo para seus ouvintes. Seu maior salário era o privilégio da pregação sem remuneração. Essa escolha pode parecer como se fosse decisão de Paulo, em vez de uma recompensa do Senhor, mas ele via-­‐o como um privilégio que lhe veio da parte do Senhor: 8 “Será que cometi algum pecado ao humilhar-­‐me a fim de elevá-­‐los, pregando-­‐lhes gratuitamente o evangelho de Deus? Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, a fim de servi-­‐los. Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não ser pesado a vocês, e continuarei a agir assim. Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, ninguém na região da Acaia poderá privar-­‐me deste orgulho. Por quê? Por que não amo vocês? Deus sabe que os amo! E continuarei fazendo o que faço, a fim de não dar oportunidade àqueles que desejam encontrar ocasião de serem considerados iguais a nós nas coisas de que se orgulham” (2 Coríntios 11.7-­‐12) Paulo tinha todos os direitos de um apóstolo e estava livre para insistir com eles se quisesse fazê-­‐lo. Também tinha a liberdade de não insistir. Abandonando seu direito de apoiando ao direito correspondente a desistir de seu direito de comer em um templo pagão (8.13). Em ambos os casos, era o bem-­‐estar de outras pessoas que o levaram a renunciar a um direito legítimo. 9