Processo de Formação de Palavras

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1.2 Processos de formação de palavras:
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um fenômeno vivo que acompanha o
homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros
mudam de significado com o passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos a seguinte divisão:

palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)

palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)

palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)

palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de composição.

justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);

aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos (pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco tipos de
derivação.

prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);

sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);

parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à palavra primitiva (em + lata +
ado). Esse processo é responsável pela formação de verbos, de base substantiva ou adjetiva;

regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos abstratos por derivação
regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);

imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um
judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de palavras, como:

Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos originários de línguas
diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro,
árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia francês e grego);

Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);

Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu, extra, dr.,
obs.)

Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras (Academia Brasileira de
Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)

Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para palavras que adquirem um novo
significado.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
De que maneira um idioma pode crescer, aumentar o número de palavras que o compõe? Cada língua tem seus
mecanismos próprios de formação de novas palavras. No caso específico do português, existem alguns processos,
sendo que os dois mais importantes são a derivação e a composição.
Para que você possa diferenciar bem esses processos e, com isso, evitar erros na resolução de exercícios, vamos
inicialmente fazer a distinção entre três tipos de palavras:
Palavra primitiva: é toda palavra que não nasce de outra, dentro da língua portuguesa.
EX.: rua, sol, pedra, cidade etc.
A palavra primitiva pode servir de ponto de partida para a formação de outras palavras.
Palavra derivada: é toda palavra que ser forma a partir de uma outra palavra pré-existente.
EX.: novidade (novo); ensolarada (sol).
Palavra composta: é toda palavra que se forma a partir da reunião de duas ou mais palavras (ou radicais).
EX.: pontapé (ponta+pé); azul-claro (azul+claro)
Os dois processo principais
Derivação:
É o processo pelo qual uma palavra nova (derivada) forma-se a partir de uma única outra palavra já existente
(chamada primitiva). Em gera, a derivação se dá pelo acréscimo de prefixo ou sufixo à palavra primitiva.
A derivação pode ocorrer das seguintes maneiras:
Derivação prefixal: quando acrescentamos um prefixo à palavra primitiva.
EX.: RE (prefixo) + fazer (palavra primitiva) = refazer (deriv. prefixal)
Derivação sufixal: quando acrescentamos um sufixo à palavra primitiva.
EX.: ponta (palavra primitiva) + EIRO (sufixo) = ponteiro (deriv. sufixal)
Derivação parassintética (ou parassíntese): ocorre quando a um determinado radical acrescentam-se, ao mesmo
tempo, um prefixo e um sufixo.
EX.: RE (prefixo) + pátria (palavra primitiva) + AR (sufixo) = repatriar (parassíntese)
OBS: A palavra só é formada por parassíntese se, ao tirarmos o prefixo ou sufixo, ela deixar de ter sentido. Não
existe, por exemplo, patriar. Se, tirando o prefixo ou sufixo, a palavra continuar com sentido, dizemos que ela foi
formada por derivação prefixal e sufixal. Ex.: infelizmente
Derivação regressiva: nesse caso, ao contrário dos anteriores, a palavra não aumenta sua forma, e sim diminui,
reduz-se.
Esse processo dá, principalmente, origem a substantivos a partir de verbos e ocorre com a substituição da
terminação do verbo pelas desinências A, E, O.
Convém notar que todo substantivo formado por derivação regressiva termina em A, E ou O e indica uma ação.
Para exemplificar esse processo, vamos considerar as duas palavra grifadas na frase:
O resgate dos passageiros foi feito através da âncora.
resgate: termina em e e indica a ação de resgatar, portanto é formada por derivação regressiva
âncora: termina em a, mas não indica ação, portanto não é formada por derivação regressiva. Trata-se de uma
palavra primitiva.
Derivação imprópria: é a passagem de uma palavra que pertencente a determinada classe gramatical (substantivo,
adjetivo, advérbio etc.) para outra classe.
EX.:
fumar (é verbo) --> o fumar (é substantivo)
claro (é adjetivo) --> ela fala claro (é advérbio)
Note que a palavra muda de classe gramatical sem sofrer modificação em sua forma.
Composição
Uma palavra é formada por composição quando, para constituí-la, juntam-se duas ou mais palavras (ou radicais).
A composição pode ser de dois tipos:
Composição justaposição: quando as duas (ou mais) palavras que se juntam não perdem nenhum fonema,
mantendo, por isso, a pronúncia que apresentam antes da composição.
EX.: passatempo (passa + tempo); couve-flor (couve + flor); girassol (gira + sol); pé-de-moleque (pé + de + moleque)
Composição por aglutinação: quando pelo menos uma das palavra que se unem perde um ou mais fonemas,
sofrendo, assim, uma mudança em sua pronúncia.
EX.: petróleo (petra + óleo); fidalgo (filho + de + algo).
Os processos secundários
Além dos dois processos principais já estudados (derivação e composição), temos ainda dois outros processos que,
embora menos importantes, também contribuem para a formação de novas palavras em português. São eles:
Hibridismo: uma palavra é formada por hibridismo quando na constituição dela entram palavras pertencentes a
idiomas diferentes.
EX.: sócio (latim) + logia (grego) = sociologia
Onomatopéia: quando a palavra nasce de uma tentativa de reproduzir os sons da natureza.
EX.: tique-taque, reco-reco, zunzum.
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