Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Protocolo IPv6 ORIENTADOR: Prof.. Kleber Trevisani Wesley Fioreze Presidente Epitácio Março 2014 1- Quais as diferenças em relação ao endereço IPv6 em relação ao IPv4? Explique e exemplifique. Existe alguma notação alternativa para abreviar a escrita do endereço IPv6? A principal diferença do IPv6 em relação à versão anterior é a maior capacidade de espaço para endereçamento, aumentando de 32 para 128 bits. O endereço IPv6, diferente do IPv4, reserva metade dos bits para endereçamento local. Assim, são possíveis 18.446.744.073.709.551.616(264) redes IPv6 na internet. Cada uma com a mesma quantidade de dispositivos. Além dessa quantidade quase ilimitada de IP’s, o novo formato dos endereços permitirá: Definir uma arquitetura hierárquica na Internet, possibilitando um encaminhamento mais eficiente dos pacotes de dados; Fornecer endereços válidos na Internet para todos os dispositivos conectados a ela; Utilizar a arquitetura fim-a-fim; Eliminar os problemas associados ao NAT. Abreviação da escrita de endereço IPv6: Endereço IPv6 representado em bits: A fim de melhorar a escrita é permitida a simplificação da notação da seguinte maneira: onde houver grupos de zeros, apenas um deles é necessário ser escrito e, os zeros à esquerda de grupos com outros valores, não necessitam ser representados. Veja a representação do endereço acima de forma mais curta: FEDC:0:0:0:8:800:200C:417A Uma forma mais simplificada de se escrever uma notação de endereço IPv6, é a utilização de um par de “ : “ para representar grupos de zeros consecutivos, conforme apresentado na sequencia: FEDC::8:800:200C:417A A representação dos prefixos de rede continua sendo escrita do mesmo modo que no IPv4, utilizando a notação CIDR. 2 - Em relação ao formato, quais as principais diferenças entre o datagrama IPv4 e o datagrama IPv6? Modelo do datagrama IPv4 e IPv6: Abaixo segue a função de cada campo: • Version – É praticamente o único campo que não foi modificado, ou seja, tem como função identificar a versão do cabeçalho do datagrama. No caso da versão 6, ele vem setado como 0110. • Traffic Class – A classe de tráfego possui função semelhante ao campo Type of Service (TOS), ou seja, definir a prioridade do datagrama em um mecanismo de roteamento. • Flow Label – Tem como função definir um controle de fluxo relacionado com o tipo de aplicação. Cada host, ao estabelecer uma comunicação com outro em uma rede distinta, informa um valor neste campo. O roteador memoriza-o a fim de criar uma espécie de reserva de banda para essa comunicação. • Tamanho do payload – Informa o tamanho do datagrama sem o cabeçalho. Se este for maior que 64KB (jumbogramas), outro cabeçalho (cabeçalho de opção) entrará no datagrama informando o tamanho real. • Next header – Apresenta o tipo de cabeçalho que virá logo em seguida ao cabeçalho base (no IPv6 um datagrama pode conter vários cabeçalhos anexados). •Hop-Limit – É a duração do datagrama em uma rede definida em “saltos” de um roteador para outro. Ele é equivalente ao campo TTL do IPv4. 3 - Quais a principais mudanças do protocolo IPv6 em relação ao IPv4? Uma das principais mudanças em relação à versão anterior do protocolo IP é o formato do cabeçalho IPv6, a nova versão foi simplificada, tornando-se mais eficiente, reduzindo o processamento dos roteadores. No IPv4 cada roteador pode fragmentar os pacotes de dados durante seu trajeto, sendo que esse processo pode ser realizado varias vezes, dependendo do desenho da rede. No IPv6, a fragmentação é realizada apenas na origem, com o intuito de agilizar o roteamento dos pacotes. Questões relacionadas a segurança também foram revistas.O suporte ao protocolo IPSec (Protocolo de Segurança IP) passa a ser obrigatório, fazendo parte do próprio protocolo IPv6. Isso permite aos administradores de rede ativar o IPSec em todos os dispositivos da rede tornando-a mais segura. O IPSec é capaz de garantir: autenticidade, privacidade, integridade de dados. O protocolo IPv6 também modificou o protocolo ICMP, tornando-o mais eficaz, e isso permitiu a inclusão de novas funcionalidades ao IPv6 e o aprimoramento de outras, como: Mecanismos de autoconfiguração de endereços; Descobertas de vizinha; Gerenciamento de grupos multicast; O suporte a conexões móveis também foi aprimorado e agora passa a fazer parte integrada do protocolo IPv6, esta funcionalidade permite a um usuário se deslocar de uma rede para outra sem a necessidade de alterar seu endereço. Bibligrafia Comitê Gestor da Internet no Brasil.Curso e-learning: IPv6. Disponível em: <http://ipv6.br/curso>. Acesso em: 14 mar. 2014. TANENBAUM, A. S; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda, 2013. 582 p. 5ª edição. KUROSE, J; ROSS, K. Redes de Computadores e a Internet: Uma abordagem Top-Down. São Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda, 2012. 614 p. 5ª edição. Instituto Científico de Ensino Superior e Pesquisa Faculdade de Tecnologia: Curso de Tecnologia em Redes de Computadores. Elisnaldo Santiago. IPv6 versus IPv4: Características, instalação e compatibilidade.Brasília, 05 de julho de 2007