Membros de quadrilha são condenados em El Salvador por incendiarem um micro-ônibus com passageiros Um tribunal de El Salvador condenou a 66 anos de detenção dois membros de quadrilhas considerados culpados pela morte de 20 pessoas que viajavam em um veículo de passageiros ao qual atearam fogo em junho de 2010, informou a assessoria de imprensa da corte. WRITER-ID | 14 novembro 2011 Um tribunal de El Salvador condenou a 66 anos de detenção dois membros de quadrilhas considerados culpados pela morte de 20 pessoas que viajavam em um veículo de passageiros ao qual atearam fogo em junho de 2010, informou a assessoria de imprensa da corte. “O Juizado Especializado de Sentenças ‘B’ condenou a 66 anos e seis meses de detenção Juan Antonio Borja Alvarado e Ever Alexis Martínez Méndez” pelo crime de homicídio qualificado contra indivíduos, explicou em um comunicado o Centro Judicial da capital. Pelo mesmo caso, que comoveu o país, o tribunal condenou a três anos de prisão Rafael Antonio García pelo crime de “acobertamento”, porque foi ele quem “ocultou as armas com as quais foram cometidos os delitos”, segundo o informativo. O atentado seguido de morte contra o micro-ônibus coletivo ocorreu em 20 de junho de 2010 na colônia Roma do município de Mejicanos, na periferia norte de São Salvador. No local morreram carbonizadas 17 das vítimas, e outras três faleceram mais tarde, em centros de atendimento hospitalar, devido à gravidade das lesões sofridas. O Centro Judicial disse que a “prova testemunhal” que incluiu relatos de policiais que resgataram algumas das vítimas foi a base para a sentença imputada aos acusados. Além disto, o tribunal deu credibilidade à declaração de uma testemunha protegida, identificada como “Andrea”, que assegurou que foi o acusado Ever Alexis Martínez, da Mara 18, quem planejou e executou o incêndio do micro-ônibus com os passageiros em seu interior, como resposta à morte de um de seus companheiros pelas mãos de uma quadrilha rival. “Os acusados planejaram a ação no dia anterior, durante o velório do companheiro assassinado, pois tinham conhecimento de que um cobrador da linha 47 era membro da Mara Salvatrucha”, informa o comunicado dos tribunais. Com base nos testemunhos e em diversas provas, o tribunal determinou que as vítimas haviam morrido “carbonizadas”. Copyright 2017 Diálogo Americas. All Rights Reserved.