1 Universidade Federal do Pampa Camila Lara Ibarra Helena Piegas Rodrigues Neriete da Silveira Pires AS PERCEPÇÕES E A PRÁTICA PREVENTIVA DE UNIVERSITÁRIAS DOS CURSOS DE ENFERMAGEM, FARMÁCIA E FISIOTERAPIA DA UNIPAMPA/CAMPUS URUGUAIANA ACERCA DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Trabalho de Conclusão de Curso URUGUAIANA 2010 2 CAMILA LARA IBARRA HELENA PIEGAS RODRIGUES NERIETE DA SILVEIRA PIRES AS PERCEPÇÕES E A PRÁTICA PREVENTIVA DE UNIVERSITÁRIAS DOS CURSOS DE ENFERMAGEM, FARMÁCIA E FISIOTERAPIA DA UNIPAMPA/CAMPUS URUGUAIANA ACERCA DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO Trabalho de conclusão de curso da Universidade Federal do Pampa, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Betina Loitzenbauer Rocha Moreira da Co-orientadora: Marta Aurora Santiago Abad Uruguaiana 2010 3 4 RESUMO Câncer é uma doença que tem como característica o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. No Brasil, o câncer do colo do útero é a segunda neoplasia mais incidente nas mulheres, com variações entre diferentes regiões do Brasil. Para 2010, são esperados 18.430 novos casos, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres, já para o Rio Grande do Sul existe uma estimativa de 21,53 casos para cada 100 mil mulheres. A partir dos estágios da disciplina de Saúde da Mulher e conversas informais com universitárias de vários cursos da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana, consideramos importante investigar a percepção e a prática preventiva das universitárias em relação ao câncer do colo do útero. Sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, acometendo não somente na faixa etária dos 35 aos 45 anos, como também mulheres jovens mais jovens (20 anos). Ficamos preocupadas com a frequência com que observamos, tanto nas unidades básicas de saúde como no campus de Uruguaiana, o desconhecimento e a importância da prevenção do câncer do colo do útero. O presente estudo tem como objetivo conhecer as percepções e a prática preventiva das universitárias do oitavo semestre dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana acerca do câncer do colo do útero. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário e a análise dos dados feita através da técnica de análise de conteúdo. Podemos observar que a maioria das universitárias sabe o que é e como prevenir o câncer e realizam o exame preventivo contra o câncer do colo do útero anualmente, revelando um dado importante na detecção precoce do mesmo, diminuindo o risco de desenvolver a doença. A pesquisa também mostrou que uma pequena porcentagem das universitárias manifestou fatores de risco para o desenvolvimento do câncer, tais como: tabagismo, elevada troca de parceiros e filhos, o contribuiria para uma predisposição ao câncer. A enfermagem vem se destacando nesta tarefa do cuidado preventivo, visando a promoção da saúde e a prevenção de doenças, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população. Palavras-chave: Câncer do Colo do Útero; Universitárias; Percepções. 5 ABSTRACT Cancer is a disease that is characterized by uncontrolled growth of cells that invade surrounding tissues and organs and can spread to other body regions. In Brazil, cervical cancer is the second most frequent cancer in women, with variations between different regions of Brazil. For 2010, 18,430 new cases are expected, with an estimated risk of 18 cases per 100 000 women, while for New South Wales there is an estimate of 21.53 cases per 100 000 women. From the stages of the discipline of Women's Health and informal conversations with several university courses UNIPAMPA / Campus Uruguaiana, we consider it important to investigate the perception and practice of preventive university in relation to cancer of the cervix. Being the second most common cancer among women, affecting not only the ages of 35 to 45 years, but also young women younger (20 years). We were concerned about the frequency with which we observe, both in basic health units and in the campus of Uruguaiana, ignorance and the importance of preventing cancer of the cervix. This study aims to understand the perceptions and practice of preventive university's eighth semester of Nursing, Pharmacy and Physiotherapy UNIPAMPA / Campus Uruguaiana about cancer of the cervix. Data collection was performed by applying a questionnaire and data analysis done by the technique of content analysis. We can observe that most of the university knows what it is and how to prevent cancer and perform a Pap smear for cancer of the cervix each year, showing an important early detection of the same, reducing the risk of developing the disease. The survey also showed that a small percentage of female university students showed risk factors for cancer development, such as smoking, high exchange partners and children, contribute to a predisposition to cancer. The nursing staff has been outstanding in this task of preventive care, aimed at health promotion and disease prevention, contributing to a better quality of life. Keywords: Cervical Cancer; University; Perceptions. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 1.1 Definição do Tema .............................................................................................. 10 1.2 Justificativa .......................................................................................................... 10 1.3 Objetivos ............................................................................................................. 10 1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 10 1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 11 2 MÉTODO................................................................................................................ 12 2.1 Desenho do estudo ............................................................................................. 12 2.2 Amostra / População alvo.................................................................................... 12 2.3 Critérios de inclusão e exclusão .......................................................................... 12 2.4 Análise dos dados ............................................................................................... 12 2.5 Aspectos éticos ................................................................................................... 13 3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 14 3.1 Vacina contra o Papiloma Vírus Humano ............................................................ 17 3.1 A importância da Enfermagem no Exame Preventivo do Câncer do Colo do Útero .................................................................................................................................. 18 4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............................. 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 APÊNDICE 1 ............................................................................................................. 27 APÊNDICE 2 ............................................................................................................. 29 7 APÊNDICE 3 ............................................................................................................. 31 APÊNDICE 4 ............................................................................................................. 32 APÊNDICE 5..............................................................................................................33 8 1 INTRODUÇÃO Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser incontroláveis e inteiramente agressivas formando tumores malignos (INCA, 2010). As neoplasias malignas no Brasil, desde 2003, são uma importante causa de doença e morte e constituem-se na segunda causa de morte na população, representando quase 17% dos óbitos de causa conhecida, notificados em 2007 no Sistema de Informações sobre Mortalidade (INCA, 2009). O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, causando a morte, aproximadamente, de mais de 200 mil mulheres ao ano. Na faixa etária de 20 a 29 anos o câncer do colo do útero evidencia-se, e o risco aumenta ligeiramente até alcançar seu pico, na maioria das vezes na faixa etária dos 45 aos 49 anos. É o câncer que apresenta maior potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente (INCA, 2009). Segundo Fernandes e Narchi (2007), o câncer do colo do útero há décadas vem sendo alvo de atenção da comunidade científica, por ter uma das maiores incidências de morbidade e mortalidade na população feminina. Em países desenvolvidos, a sobrevida média estimada em cinco anos varia de 51% a 66%. Nos países em desenvolvimento, os casos são encontrados em estádios relativamente avançados e, consequentemente, a sobrevida média é menor, cerca de 41% após cinco anos. A média mundial estimada é de 49% (INCA, 2009). Conforme o INCA (2009), o HPV (Papilomavírus Humano) é condição necessária para o desenvolvimento de uma lesão intraepitelial de alto grau e do câncer invasivo do colo do útero, porém, para seu desenvolvimento, manutenção e progressão das lesões intraepiteliais, faz-se necessária, além da persistência do HPV, a sua associação com outros fatores de risco. 9 Os HPV são vírus da família Papilomaviridae que podem provocar lesões de pele ou mucosa, que na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente (INCA, 2010). De acordo com o INCA (2010), é fundamental para a prevenção primária da doença o uso de preservativo durante as relações sexuais, visto que a infecção pelo HPV está presente em 90% dos casos. A prevenção secundária é realizada por meio do exame preventivo (Papanicolaou) para detectar precocemente a doença. Por meio da promoção da saúde (promoção primária) e detecção precoce das lesões precursoras (exame de Papanicolaou) é possível reduzir a mortalidade e incidência a cerca do câncer do colo do útero (INCA, 2010). Existem fatores como baixas condições socioeconômicas, início precoce das atividades sexuais, multiplicidade de parceiros sexuais, higiene íntima inadequada, hábitos de fumar (diretamente relacionado à quantidade de cigarros fumados) e uso prolongado de contraceptivos orais que aumentam o potencial de desenvolvimento do câncer do colo do útero (INCA, 2010). O presente trabalho focaliza o câncer do colo do útero e sua prevenção por ser o segundo tipo de câncer mais frequente na população feminina com elevada taxa de mortalidade que está frequentemente relacionado a falta de informações. A partir do que foi relatado surgiu a seguinte questão de pesquisa: qual a percepção e a prática preventiva das universitárias do oitavo semestre dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana acerca do câncer do colo do útero? 10 1.1 Definição do Tema O câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, com aproximadamente 500 mil casos novos por ano no mundo, sendo responsável pelo óbito de, aproximadamente, 230 mil mulheres por ano. Sua incidência é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos quando comparada aos países mais desenvolvidos. É estimado que reduza cerca de 80% da mortalidade por esse câncer podendo ser alcançada através do rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos com o teste de Papanicolaou e tratamento das lesões precursoras com alto potencial de malignidade (INCA, 2010). 1.2 Justificativa A partir dos estágios da disciplina de Saúde da Mulher e conversas informais com universitárias de vários cursos da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana, consideramos importante investigar a percepção e a prática preventiva das universitárias da UNIPAMPA em relação ao câncer do colo do útero. Sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, que acomete não somente na faixa etária dos 35 aos 45 anos, como também mulheres jovens (20 anos), ficamos preocupadas com a frequência com que observamos tanto nas unidades básicas de saúde como no Campus de Uruguaiana, o desconhecimento quanto a importância da prevenção do câncer do colo do útero. 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivo Geral Conhecer as percepções e a prática preventiva das universitárias dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana acerca do câncer do colo do útero. 11 1.3.2 Objetivos específicos • Conhecer as percepções das universitárias em relação ao câncer do colo do útero (o que é, como se desenvolve, maneira de prevenir); • Verificar se as universitárias já realizaram e/ou realizam o citopatológico; • Constatar a existência de fatores de risco relacionados ao câncer do colo do útero. 12 2 MÉTODO 2.1 Desenho do estudo Este é um estudo qualitativo, no qual busca investigar as percepções e a prática preventiva das universitárias do oitavo semestre dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana acerca do câncer do colo do útero, através da aplicação de questionários às acadêmicas. 2.2 Amostra / População alvo A amostra foi composta por 58 universitárias no total, sendo 26 do curso de enfermagem, 13 do curso de farmácia e 19 do curso de fisioterapia que estão cursando o oitavo semestre na UNIPAMPA/Campus Uruguaiana. 2.3 Critérios de inclusão e exclusão Optou-se em escolher as universitárias do oitavo semestre dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia porque foram os primeiros cursos oferecidos na UNIPAMPA/Campus Uruguaiana, cujas alunas já realizaram várias disciplinas curriculares e estão convivendo há oito semestres num ambiente universitário Após a apresentação do projeto às universitárias dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia foi feito o convite as mesmas para participarem voluntariamente da pesquisa. 2.4 Análise dos dados Os dados foram analisados através da técnica de análise do conteúdo (Bardin, 2004). Tendo sido desenvolvidas as três etapas: pré-análise, exploração de material, tratamento dos resultados e interpretação. 13 2.5 Aspectos éticos A coleta de dados foi realizada através da aplicação de um questionário com perguntas fechadas e abertas (Anexo 1), com duração aproximadamente de 20 minutos, em período de aula, com autorização prévia dos professores. O preenchimento do questionário foi de caráter anônimo e voluntário cuja total confidencialidade foi garantida, pois os dados ficaram sob a responsabilidade das pesquisadoras, e foram utilizados apenas para a pesquisa sendo destruídos após seu uso. Os princípios éticos foram respeitados, procurando proteger os direitos dos indivíduos envolvidos levando-se em consideração as determinações apontadas pelas normas de pesquisa em saúde referidas pela resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde, (BRASIL, 1996). As universitárias que aceitaram participar desta pesquisa receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE (Anexo 2) e foram esclarecidas previamente quanto aos objetivos e as implicações de sua participação, recebendo garantia de sigilo, anonimato e possibilidade de abandonar a pesquisa a qualquer momento. 14 3 REVISÃO DE LITERATURA “Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo” (INCA, 2010). “Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas” (INCA, 2010). Conforme INCA (2002), o útero é um órgão do aparelho reprodutor feminino que está situado no abdome inferior, por trás da bexiga e na frente do reto e é dividido em corpo e colo. Esta última parte é a porção inferior do útero e se localiza dentro da cavidade vaginal. O colo do útero apresenta uma parte interna, que constitui o chamado canal cervical ou endocérvice, que é revestida por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco (epitélio colunar simples). De acordo com INCA (2002), a parte externa, que mantém contato com a vagina, é chamada de ectocérvice e é revestida por um tecido de várias camadas de células planas (epitélio escamoso e estratificado). Entre esses dois epitélios encontra-se a junção escamocolunar (JEC), que é uma linha que pode estar tanto na ecto como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. O câncer do colo do útero há décadas vem sendo alvo de atenção da comunidade científica, por ter uma das maiores incidências de morbidade e mortalidade na população feminina, sendo este mais nos países em desenvolvimento, onde relaciona-se no perfil epidemiológico das mulheres. Este inicia com uma lesão intra-epitelial progressiva que pode evoluir para um câncer evasivo entre 10 e 20 anos estando sem tratamento. Neste período de evolução, a doença passa por fases detectáveis e curáveis, que pode-se ter altos potenciais de prevenção e cura (FERNANDES ; NARCHI, 2007). O exame Papanicolaou foi descoberto na década de 1930, pelo Dr. George Papanicolaou, é de grande aceitabilidade pela população e pelos profissionais de saúde. É realizado em nível ambulatorial, sem provocar dor alguma. No entanto, pela própria natureza do exame, que envolve a exposição de órgãos relacionados à 15 sexualidade, o Papanicolaou é motivo de desconforto emocional para muitas mulheres (GREENWOOD et al., 2006), Segundo o mesmo autor, entre todos os tipos de câncer, o do colo do útero tem um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100% quando diagnosticado precocemente. Isso acontece porque a patologia tem uma fase pré-clínica longa, e o exame Papanicolaou, é muito eficiente, de baixo custo e fácil de fazer. Quando no início o câncer raramente produz sintomas. Na fase mais avançada da doença ocorre secreção, sangramento após relação sexual ou sangramento irregular. Conforme o INCA (2010), o câncer do colo do útero começa com uma lesão pré-invasiva (anormalidades epiteliais conhecidas como displasia e carcinoma in situ ou diferentes graus de neoplasia intra-epitelial cervical - NIC) sendo curável em até 100% dos casos, na maioria das vezes avança lentamente, por anos, até atingir o estágio invasor da doença, neste caso a cura se torna mais difícil. No Brasil, o câncer do colo do útero é a segunda neoplasia mais incidente nas mulheres, com variações entre diferentes regiões do Brasil. Ele representa uma das neoplasias malignas mais atendidas no INCA, para 2010 são esperados 18.430 novos casos, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil mulheres, já para o Rio Grande do Sul existe uma estimativa de 21,53 casos para cada 100 mil mulheres (INCA, 2010). ”A faixa etária de maior prevalência do carcinoma cervical invasivo estende-se dos 35 aos 45 anos, deve-se assinalar, contudo, que tem havido significativo aumento de sua ocorrência em mulheres jovens” (PIATO, 2008). Atualmente, estudos tem relacionado o desenvolvimento do câncer do colo do útero ao comportamento sexual como a transmissão do papiloma vírus humano (HPV), considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o principal fator de risco para a doença. Outros fatores de risco incluem também o tabagismo, multipariedade, multiplicidade de parceiros, início precoce da atividade sexual, más condições de higiene, alimentação e o uso de contraceptivos orais (FERNANDES ; NARCHI, 2007). Segundo Murta et al, (1999), estudos epidemiológicos indicam a ligação entre coito e neoplasia escamosa. A idade precoce no primeiro coito, multiplicidade de parceiros sexuais, frequência de coito e multiparidade aumentariam o risco para 16 neoplasia. Entre os fatores de risco citados na literatura encontra-se o comportamento sexual da mulher e de seu parceiro. As mulheres com múltiplos parceiros sexuais e as que iniciam precocemente a vida sexual, as fumantes e os companheiros fumantes também apresentam risco. A multiparidade também é relacionada como fator de risco. Os dados da literatura demonstram que o início precoce da atividade sexual está relacionado com a maior incidência de neoplasia maligna do colo do útero. Levando-se também em consideração que a maior prevalência das DSTs está entre 20 e 24 anos de idade, observam-se ainda como fatores de risco o uso de anticoncepcional oral, abrindo mão do uso da camisinha e a mudança de parceiros sexuais como fator principal para aquisição da infecção por Papilomavírus (HPV) (MURTA et al, 1999). Para Lopes et al (2007), em um determinado grupo de jovens o sexo protegido, a escolha de parceiros, atitudes higiênicas, melhora de estado nutricional, evitar tabagismo e qualquer outra quimiodependência são algumas das ações possíveis para evitar o câncer do colo do útero. Conforme Robbins e Cotran (2005) para o câncer do colo do útero, dados epidemiológicos apontaram o papilomavírus humano (HPV) como o agente mais importante da oncogênese cervical, transmitido pelo contato sexual. Não somente o HPV implica como um único fator para a oncogênese cervical, pois um alto percentual de mulheres jovens é infectada pelo HPV e apenas algumas acabam desenvolvendo o câncer. Outros carcinógenos, o sistema imune, a alimentação, e outros fatores é que determinam se a infecção pelo HPV permanecerá, se irá transformar-se em um pré-câncer ou evoluirá para um câncer. Os HPVs induzem lesões em seres humanos os quais evoluem para o carcinoma de células escamosas. Os HPVs manifestam-se nos tecidos epiteliais, e seu ciclo de vida reprodutivo completo ocorre apenas nas células escamosas (RUBIN, 2006). Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados em de baixo risco de câncer e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos (INCA, 2010). O contágio do papilomavírus humano ocorre durante a relação sexual com pessoas infectadas, o vírus penetra no novo hospedeiro através de 17 microtraumatismos. As células basais tornam-se infectadas, o DNA do HPV se estabelece no núcleo da célula infectada, mas não se integra ao genoma do hospedeiro. Como as células epiteliais não são boas apresentadoras de antígeno, o HPV continua no interior destas células sem causar maiores danos. Sendo assim o HPV passa despercebido pelo sistema imune, pois fica longe dos monócitos, células dendríticas e macrófagos que iniciam seu reconhecimento imune. O ciclo de infecção do HPV engana o sistema imune (VERONESI, 2005) Estima-se que cerca de 75% da população sexualmente ativa entre em contato com um ou mais tipos de HPV durante sua vida. No entanto, a grande maioria dessas infecções é eliminada pelo sistema imune e não desenvolve sintomas no hospedeiro (VERONESI, 2005). Segundo Lopes et al (2007), independente da idade, toda mulher com vida sexual ativa, deve realizar o exame citopatológico, e o faça pelo menos uma vez ao longo da vida. Apenas esse fato permitiria reduzir a incidência do câncer do colo do útero em aproximadamente 50% dos casos. 3.1 Vacina contra o Papiloma Vírus Humano No Brasil existem duas vacinas comercializadas que foram criadas com o objetivo de prevenir a infecção causada pelo HPV, a quadrivalente contra HPV 6, 11, nas verrugas genitais e HPV 16 e 18 no câncer do colo do útero, sendo indicada para mulheres com idades entre 9 e 26 anos, e a vacina bivalente contra HPV 16 e 18 associados ao câncer do colo do útero, sendo indicada para mulheres com idades entre 10 e 19 anos, a fim de reduzir o número de pacientes que possam desenvolver o câncer do útero, porém ainda não existem evidências suficientes que comprovem a eficácia da vacina, apesar de grandes expectativas (INCA, 2010). A vacina age estimulando a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV. A proteção contra a infecção vai depender da quantidade de anticorpos produzidos pelo indivíduo vacinado, a presença destes anticorpos no local da infecção e a sua persistência durante um longo período de tempo (INCA, 2010). 18 É importante deixar claro que o uso da vacina não substitui a realização regular do exame preventivo do câncer do colo do útero, tratando-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema (INCA, 2010). 3.1 A importância da Enfermagem no Exame Preventivo do Câncer do Colo do Útero A realização da coleta do citopatológico é também de competência da enfermeira, na oportunidade da consulta de enfermagem, onde devem ser realizadas orientações sobre a importância do exame, uma vez que muitas mulheres não sabem como é realizado e qual sua finalidade. Nesse contexto, tratando-se de mulheres com alterações na citopatologia, os profissionais de saúde devem sempre adotar condutas eficazes, nesse caso ressalta-se a importância da participação da enfermeira na notificação, na orientação e no seguimento de todas as mulheres cujos resultados dos exames requeiram outras intervenções clínicas (FERNANDES ; NARCHI, 2007). É importante que a enfermeira invista em atividades educativas, que destaquem os aspectos preventivos do câncer do colo do útero, especialmente com relação a transmissão sexual do HPV. A enfermeira deve promover o acolhimento, respeitando e valorizando as mulheres para que estas retornem para retirar o resultado do exame (FERNANDES ; NARCHI, 2007). O desenvolvimento de práticas de educação em saúde devem visar a conscientização da importância da citopatologia na prevenção secundária do câncer, pois quanto mais precocemente a lesão for detectada, maiores são as chances de cura. Assim, ressalta-se a importância do papel da enfermagem na assistência a mulher, com o intuito de prevenir o câncer (FERNANDES ; NARCHI, 2007). 19 4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os dados apresentados são referentes à pesquisa realizada com as universitárias do oitavo semestre dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana, realizada no mês de setembro de 2010. Os dados foram coletados através da aplicação de um questionário, sendo agendado previamente com os professores das disciplinas a hora e o dia da aplicação dos mesmos. A amostra foi composta por 26 (44,82%) alunas do curso de enfermagem, 13 (22,41%) do curso de farmácia e 19 (32,75%) do curso de fisioterapia perfazendo um total de 58 (100%) alunas, sendo excluídas da pesquisa as alunas que não estavam presentes na aula no dia da aplicação do questionário. Os dados referentes às questões de identificação (estado civil e faixa etária) foram organizados na forma de frequência e porcentagem, sendo o total de alunas solteiras 51 (89,48%) e alunas casadas 6 (10,52 %), compreendendo a faixa etária dos 20 aos 29 anos 51 ( 87,93%) alunas, dos 30 aos 39 anos 5 ( 8,62%) alunas e dos 40 aos 49 anos 2 ( 3,44%) alunas. A seguir serão apresentadas as questões 1, 2, 3, 4, 8, 11 e 13 do questionário e as categorias mais frequentes que surgiram a partir das respostas mencionadas pelas alunas dos três cursos (enfermagem, farmácia e fisioterapia), bem como, a respectiva discussão. As respostas das questões 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 12 foram organizadas na forma de frequência e porcentagem, sendo apresentadas na sequência das demais questões, assim como, a respectiva discussão. Questões Categorias 1. Você já leu e/ou ouviu falar sobre o O que é: “Que é adquirido por meio do câncer do colo do útero? vírus papiloma “. a) O que você leu ou ouviu falar? Prevenção: “(...) prevenção do mesmo”; “Sobre o exame preventivo “ b) Onde e/ou de quem você obteve esta Televisão: “Televisão” informação? Faculdade: “Na faculdade (...)” 2. Você sabe qual o principal fator de risco HPV: “Através do papilomavírus.”; para desenvolver o câncer do colo do útero? “presença de HPV”. Qual? Sexo sem prevenção: “Relação sexual sem preservativo”. 3. Você sabe como prevenir o câncer do Exame preventivo: “Realização do 20 colo do útero? Como? 4. Você já ouviu falar sobre a vacina contra o Papilomavírus Humano? O que você ouviu falar? 8. Você usa preservativo masculino/feminino para ter relações sexuais? ( )SIM ( ) NÃO JUSTIFIQUE 11. Você sabe como evitar as DSTs? Como? Como? exame citopatológico (coleta de CP) anualmente ou a cada 3 anos, se o exame não apresentou alterações nas duas primeiras coletas”.; Uso de preservativos: “Usar Preservativo”. Que existe: “Que existe somente”. Contra o HPV: “Que protege contra os principais tipos de HPV”. Parceiro fixo: “Não uso em todas as relações porque tenho companheiro fixo”. Outro método contraceptivo: “Usava outros métodos contraceptivos”. Preservativos: “Uso de camisinha”. 13. Você gostaria que no campus fosse Para conhecimento: “Para melhor desenvolvido algum trabalho (encontros, conhecimento sobre o assunto”. palestras, seminários) para os universitários Saúde da Mulher: “(...) assuntos referente ao câncer do colo do útero ou relacionados a saúde da mulher”. outros temas relacionados à saúde? Qual (is)? ( )SIM ( )NÃO JUSTFIQUE Podemos observar que a maioria das universitárias respondeu que sabem o que é, e como prevenir o câncer de colo do útero, que conforme Fernandes e Narchi (2007), inicia com uma lesão intra-epitelial progressiva que pode evoluir para um câncer evasivo, se permanecer sem tratamento. Sendo que o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer é o HPV, que segundo Silva et al (2010), a causa principal para o surgimento do câncer do colo do útero é a presença de infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). O câncer do colo do útero é ocasionado por um dos 15 tipos oncogênicos do HPV, sendo que os mais comuns são o HPV 16 e o HPV 18. Além do HPV existem outros fatores que contribuem para a causa deste tumor: tabagismo, baixa ingestão de vitaminas, multiplicidade de parceiros sexuais, iniciação sexual precoce e uso de contraceptivos orais. A prevenção primária se da através do uso de preservativos nas relações sexuais e a prevenção secundária pela realização do exame preventivo contra o câncer do colo do útero (INCA, 2010). Observamos que as universitárias justificaram não usar o preservativo em todas as relações sexuais, por terem parceiro fixo ou usarem outro método contraceptivo, desconsiderando que o uso do preservativo não é somente para evitar gravidez, mas também para evitar doenças sexualmente transmissíveis. 21 Com relação a vacina contra o HPV, observamos que as universitárias responderam que sabem que existe a vacina, mas demonstram um desconhecimento sobre maiores detalhes. Conforme o INCA (2010), a vacina foi criada com a finalidade de prevenir a infecção causada pelo HPV, no Brasil existem duas vacinas comercializadas, uma contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, a contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. Deve-se deixar claro que a vacina não substitui a realização regular do exame preventivo, ainda existem várias questões a serem esclarecidas para que a vacina seja recomendada como política de atenção oncológica. Apresentaremos a seguir os dados referentes às questões 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 12 e a discussão. Quanto a questão: 5. Você já realizou o exame citopatológico? Quando você realizou o primeiro exame? Com que frequência você o realiza? Das universitárias que responderam o questionário 48 (82,75%) mencionaram que realizam e 10 (17,25%) que não realizam o exame. Quanto a faixa etária do início da realização do exame, 28 (48,27%) universitárias fizeram dos 10 aos 19 anos e 17 (29,31%) universitárias dos 20 aos 29 anos. Cabe ressaltar que 35 (60,34%) universitárias mencionaram que realizam o exame anualmente. Quanto a questão: 6. Você fuma? Quantos cigarros por dia? Desde quando (ano)/há quanto tempo? Das universitárias que responderam o questionário 8 (13,8%) mencionaram que fumam e 50 (86,2%) das universitárias que não fumam. Das universitárias que fumam, 3 ( 37,5%) responderam que fumam de 1 a 5 cigarros por dia, 3 ( 37,5%) que fumam de 6 a 10 cigarros por dia e 2 ( 25%) universitárias fumam acima de 11 cigarros por dia, sendo que destas universitárias 5 fumam há menos de 10 anos e 3 universitárias a mais de 10 anos. A questão: 7. Você já teve a sua primeira relação sexual? Com que idade? Das universitárias que responderam o questionário, 56 (96,55%) já tiveram sua primeira relação sexual e 2 (3,45%) não tiveram, sendo que 31 (53,44%) universitárias iniciaram sua vida sexual entre os 14 e 18 anos e 6 (10,34%) universitárias entre os 19 e 23 anos. 22 Na questão: 8. Você usa preservativo masculino/feminino para ter relações sexuais? Em todas as relações sexuais? Das universitárias que responderam, 40 (68,96%) mencionaram que utilizam preservativo para ter relações sexuais e 14 (24,13%) responderam que não utilizam preservativo, porém das alunas que utilizam o preservativo 16 (27,58%) mencionaram que usam em todas as relações sexuais. Na questão: 9. Quantos parceiros sexuais você já teve? Das universitárias que responderam o questionário, 45 (77,58%) tiveram entre 1 e 5 parceiros sexuais, 4 (6,89%) universitárias tiveram de 6 a 10 parceiros sexuais e 1 (1,72%) de 11 a 15 parceiros sexuais. A questão: 10. Você já teve alguma doença sexualmente transmissível? Das universitárias que responderam 3 (5,17%) mencionaram que já tiveram e 52 (89,65%) que nunca tiveram alguma doença sexualmente transmissível. A questão: 12. Você tem filhos? Quantos? Quais as idades? Das 58 universitárias que responderam o questionário, 4 (6,9%) mencionaram que tem filhos, sendo que 2 (3,45%) tem filhos com idade entre 1 e 4 anos e 2 (3,45%) com filhos entre 12 e 23 anos. Podemos observar que a maioria das universitárias já realizou o exame preventivo do câncer do colo do útero, e mais da metade o realiza anualmente. Conforme o Ministério da Saúde (2010), o exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada 3 anos. Observamos que o número de universitárias fumantes é menor em relação as que não fumam, talvez isso ocorra em virtude das campanhas antitabaco, segundo o INCA (2010), tem como perspectiva comum a sensibilização e informação da comunidade em geral sobre o assunto, bem como a divulgação através da mídia, eventos, seminários e outros para chamar a atenção de profissionais de saúde sobre o tema. Verificamos que mais da metade das universitárias não usam preservativo em todas as relações sexuais. Cabe ressaltar que a camisinha é o único método eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS, alguns tipos de hepatites, sífilis, entre outras e, além disso, evitar uma gravidez não planejada (BRASIL, 2010). 23 Das universitárias que responderam o questionário, a maioria mencionou que nunca teve alguma doença sexualmente transmissível. Apenas 4 universitárias mencionaram ter filhos. 24 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos analisar que a maioria das universitárias sabe o que é e como prevenir o câncer do colo do útero assim como sabem qual é o principal fator de risco para o seu desenvolvimento, contudo desconsideram alguns fatores da prática preventiva, mesmo convivendo a oito semestres no ambiente universitário afirmam não utilizar preservativo em todas as relações sexuais, correndo o risco de desenvolver também outras doenças sexualmente transmissíveis. A maioria das universitárias realiza o exame preventivo do câncer do colo do útero anualmente, revelando um dado importante na detecção precoce do mesmo, diminuindo o risco de evoluir para o câncer. Uma pequena porcentagem das universitárias manifestou fatores de risco para o desenvolvimento do câncer, tais como: tabagismo, elevada troca de parceiros e filhos, o contribuiria para uma predisposição ao câncer. Conforme os dados apresentados pela pesquisa, podemos constatar a necessidade de desenvolvimento de um trabalho preventivo, que poderia ser realizado pelo curso de enfermagem em parceria com os demais cursos da área da saúde. A enfermagem vem se destacando nesta tarefa do cuidado preventivo, buscando desenvolver estratégias que motivem e mobilizem a comunidade para a realização deste cuidado. Uma dessas formas, trabalhar enfocando a importância da realização de exames preventivos, por meio de informações e orientações, visando a promoção da saúde e a prevenção de doenças, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população. 25 REFERÊNCIAS BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 3ª edição. Edições 70. Lisboa Portugal, 2009. FERNANDES, R., NARCHI, N. Enfermagem e saúde da mulher. Barueri-SP, Manole, 2007, p. 127-128. GREENWOOD, S., MACHADO, M.F., SAMPAIO, N.M., Motivos que levam mulheres a não retornarem para receber o resultado de Exame Papanicolau. Revista LatinoAmericana de Enfermagem. v. 14, n. 4. p. 503-509. 2006. INCA (Instituto Nacional do Câncer), Ministério da Saúde. Falando sobre Câncer do colo do útero. Coordenação de prevenção e vigilância- Conprev. Rio de Janeiro, 2002. INCA (Instituto Nacional do Câncer). Ministério da Saúde. Estimativa 2010: Incidência de Câncer no Brasil. Rio de Janeiro, 2009. INCA (Instituto Nacional do Câncer). Ministério da Saúde. 2010. Câncer do colo do útero/ HPV. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=327 >. Acesso em: 06 jun. 2010. INCA (Instituto Nacional do Câncer). Ministério da Saúde. 2010. O que é o Câncer. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322 >. Acesso em: 06 jun. 2010. INCA (Instituto Nacional do Câncer). Ministério da Saúde. 2010. Câncer do Colo do Útero. Disponível em: < http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=326 >. Acesso em: 25 mai. 2010. INCA (Instituto Nacional do Câncer) Ministério da Saúde. 2010. Câncer do colo do útero. Disponível em <http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=326>. Acesso em: 26 nov.2010. INCA (Instituto Nacional do Câncer) Ministério da Saúde. 2010. Programa Nacional de Controle do Tabagismo Disponível em 26 <http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=programa&link=introducao.ht m>. Acesso em: 26 Nov.2010. LOPES, A., JOSÉ, F., LOPES, R., Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar UNIFESP- Escola Paulista de Medicina/ Clínica Médica. 1ª edição. Barueri-SP, Manole, 2007, p. 977-978. Ministério da Saúde, 1996. Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996. Disponível em: < http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/legislacao_det.php?co_legislacao=10 7 >. Acesso em: 15 mai. 2010 Ministério da Saúde. DST/AIDS Hepatites Virais. Disponível em < http://www.aids.gov.br/pagina/por-que-usar >. Acesso em 26 Nov.2010 MURTA, E. F., FRANCA, H., CARNEIRO, M., CAETANO, M. S., ADAD, S. SOUZA, M. Câncer do Colo Uterino: Correlação com o Início da atividade Sexual e Paridade. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Uberaba-MG, v. 21, n. 9, p. 555559. 1999. PIATO, S. Ginecologia- Diagnóstico e Tratamento. 1ª edição. Barueri-SP, Manole, 2008, p. 283. ROBBINS E COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 7ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Elsevier LTDA, 2005, p. 1121-1124. RUBIN. Patologia: Bases Clinicopatológicas da Medicina. 4ª edição. Rio de janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2006. SILVA, Sílvio Dias; VASCONCELOS, Esleane Vilela; SANTANA, Mary Elizabeth; RODRIGUES, Ivaneide Leal Ataide, MARS Dayse Farias; CARVALHO, Francilene da Luz. Esse tal Nicolau: representações sociais de mulheres sobre o exame preventivo do câncer cérvico-uterino. Revista da Escola de Enfermagem-USP. São Paulo, v. 44, n. 3, p. 554-560, 2010. VERONESI. Tratado de Infectologia. 3ª edição. São Paulo: Ed. Atheneu, 2005. 27 APÊNDICE 1 QUESTIONÁRIO ESTADO CIVIL: CURSO: IDADE: DATA: 1. Você já leu e/ou ouviu falar sobre o câncer do colo do útero? ( ) SIM ( ) NÃO a) O que você leu ou ouviu falar? b) Onde e/ou de quem você obteve esta informação? 2. Você sabe qual o principal fator de risco para desenvolver o câncer do colo do útero? ( ) SIM. Qual? ___________________________________________________ ( ) NÃO 3. Você sabe como prevenir o câncer do colo do útero? ( ) SIM Como?________________________________________________ ( ) NÃO 4. Você já ouviu falar sobre a vacina contra o Papilomavírus Humano? ( )SIM O que você ouviu falar?_______________________________________ ( ) NÃO 5. Você já realizou o exame citopatológico? ( ) SIM Quando (ano) você realizou o primeiro exame?___________________ Com Que frequência você o realiza?___________________________ ( ) NÃO 6. Você Fuma ? ( ) SIM Quantos cigarros por dia? _______ Desde quando (ano)/há quanto tempo?_____________________________________________________________ ( ) NÃO 7. Você já teve a sua primeira relação sexual? ( ) SIM com que idade?_________________________ ( ) NÃO 8. Você usa preservativo masculino/feminino para ter relações sexuais? 28 ( )SIM Em todas as relações sexuais? ( )SIM ( ) NÃO ( ) NÃO JUSTIFIQUE_________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 9. Quantos parceiros sexuais você já teve? ___________________________________________________________________ 10. Você já teve alguma doença sexualmente transmissível? Qual (is)? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 11. Você sabe como evitar as DSTs? ( )SIM Como?__________________________________________________ ( )NÃO 12. Você tem filhos? ( )SIM Quantos? Quais as idades?___________________________________ ( )NÃO 13. Você gostaria que no campus fosse desenvolvido algum trabalho ( encontros, palestras, seminários) para os universitários referente ao câncer do colo do útero ou outros temas relacionados a saúde? Qual (is)? ( )SIM ( )NÃO JUSTFIQUE_________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 29 APÊNDICE 2 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) Título do estudo: Percepções e pratica preventiva de universitárias dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/ Campus Uruguaiana a cerca do câncer do colo do útero. Pesquisadores responsáveis: Camila Lara Ibarra, Helena Piegas Rodrigues, Neriete da Silveira Pires, Betina Loitzenbauer da Rocha Moreira (orientadora) e Marta Aurora Santiago Abad (co-orientadora). Instituição/curso: UNIPAMPA/ Curso de enfermagem. Telefone para contato: (55) 3413-4321 Local da coleta de dados: UNIPAMPA/Campus Uruguaiana. 1- Desenho do estudo e objetivos: Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntaria nesta pesquisa que tem como objetivo conhecer as percepções e a prática preventiva das universitárias dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia do oitavo semestre da UNIPAMPA/ Campus Uruguaiana acerca do câncer do colo do útero Os objetivos específicos desta pesquisa são: 2- Descrição dos procedimentos que serão realizados: Critérios de inclusão e exclusão mais aspectos éticos 3- Descrição dos desconfortos e riscos esperados nos procedimentos: Essa pesquisa pode apresentar desconfortos e riscos, relacionados ao constrangimento e arrependimento com algo que tenha relatado. 4- Benefícios para o participante: Ter contribuído para uma pesquisa sobre o conhecimento das universitárias em relação ao câncer do colo do útero. 5- É garantida a liberdade de a qualquer momento deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo na instituição. 6- Direito de confidencialidade: As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros participantes não sendo divulgado o nome de nenhum participante. 7- Você terá o direito de ser mantido informado sobre os resultados da pesquisa, sendo do conhecimento dos pesquisadores. 30 8- Despesas e compensações: Não há despesas para o participante em qualquer fase do estudo. Também não há pagamento em dinheiro relacionado a sua participação. OBS.: Se existir qualquer despesa, ela será paga pela pesquisa. 9- As pesquisadoras terão o compromisso de utilizar os dados e o material coletado somente para esta pesquisa. Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li, a que foram lidas para mim, descrevendo a pesquisa “Percepções e pratica preventiva de universitárias dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia da UNIPAMPA/ Campus Uruguaiana a cerca do câncer do colo do útero.” Eu discuti com as pesquisadoras Camila Lara Ibarra, Helena Piegas Rodrigues e Neriete da Silveira Pires sobre a minha decisão em participar dessa pesquisa. Ficaram claros para mim quais são os objetivos da pesquisa, as atividades a serem realizadas, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de explicações permanentes. Ficou claro também que em minha participação não há despesas. Concordo voluntariamente em participar desta pesquisa e poderei retirarme a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer beneficio que eu possa ter adquirido. Uruguaiana, outubro de 2010. _______________________ Sujeito de pesquisa 31 APÊNDICE 3 32 APÊNDICE 4 TERMO DE CONFIDENCIALIDADE Título do estudo: “As percepções e a prática preventiva das universitárias dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia da UNIPAMPA/Campus Uruguaiana acerca do Câncer do Colo do Útero” Pesquisadoras responsáveis: Camila Lara Ibarra, Helena Piegas Rodrigues, Neriete da Silveira Pires, Betina Loitzenbauer da Rocha Moreira (orientadora) e Marta Aurora Santiago Abad (co-orientadora). Instituição/Departamento: UNIPAMPA/Campus Uruguaiana/Curso de Enfermagem Telefone para contato: (55) 3413-4321 Local da coleta de dados: UNIPAMPA/Campus Uruguaiana Os pesquisadores do presente projeto se comprometem a preservar a privacidade dos participantes cujos dados serão coletados através de uma entrevista semi-estruturada na UNIPAMPA/Campus Uruguaiana. Concordam, igualmente, que estas informações serão utilizadas única e exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente poderão ser divulgadas de forma anônima e serão mantidas na sala 27 do Prédio Administrativo (térreo), por um período de 1 ano, sob a responsabilidade da Profª. Betina Loitzenbauer da Rocha Moreira. Após este período, os dados serão destruídos. Este projeto de pesquisa foi revisado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIPAMPA em ____/____/____, com o número _______________. Uruguaiana, __________ de _______________ de 2010 33 APÊNDICE 5 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA Comitê de Ética em Pesquisa Unipampa/CEP – Portaria nº 728/09/GR/Unipampa Registrado na CONEP – Ofício nº 3210/CNS/GM/MS Endereço Eltrônico: [email protected] Uruguaiana, 04 de outubro de 2010. CARTA DE APROVAÇÃO Nº 015 2010 Prezada Pesquisadora Responsável Betina Loitzenbauer da Rocha Moreira Comunicamos que o protocolo de pesquisa intitulado AS PERCEPÇÕES E A PRÁTICA PREVENTIVA DE UNIVERSITÁRIAS DOS CURSOS DE ENFERMAGEM, FARMÁCIA, E FISIOTERAPIA DA UNIPAMPA/CAMPUS URUGUAIANA ACERCA DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO, registro ProPesq 10.071.10, registro Unipampa/CEP 016 2010, foi avaliado por este CEP e está aprovado para execução a partir da presente data. Lembramos que qualquer alteração no protocolo de pesquisa submetido a avaliação deverá ser comunicada ao Unipampa/CEP imediatamente, bem como eventos adversos, e que o relatório final deverá ser entregue em dezembro de 2010. Atenciosamente, Rosana Soibelmann Glock Coordenadora CEP