Relacionar a Intensidade, Duração e a Frequência de Chuvas em Rio Grande, RS. Bellini, Ademar Henrique Jr.* - [email protected] Gomes, Ana Paula - [email protected] Palavras chaves: Chuvas Intensas, Modelos Probabilísticos. Introdução Transbordamento de rios, problemas de drenagem, alagamento de ruas, inundações de residências, entre outros é um processo decorrente de uma chuva intensa. Assim para projetos de obras hidráulicas, tais como vertedores de barragens, sistemas de drenagem, galerias pluviais, dimensionamento de bueiros, entre outros, é necessário analisar o comportamento das chuvas intensas em uma determinada região, de forma a dimensionar estruturas que tragam segurança à população. Metodologia O estudo foi desenvolvido através da análise dos dados pluviométricos coletados junto à estação meteorológica da Universidade Federal do Rio Grande, localizada no Campus Carreiros, Rio Grande – RS. A série de dados hidrológicos corresponde ao período de 1990 à 2009 , feitas através de um pluviômetro o qual permite a obtenção das informações necessárias para o fim proposto. Primeiramente foram obtidas as séries de máximas alturas médias diárias de chuva. Após a obtenção dos dados foram feitas verificações aos ajustes de distribuições teóricas de probabilidade aplicando os seguintes métodos: Exponencial, Gama, Gumbel, Log-Normal, Normal e Pearson 3. A verificação do melhor ajuste da série histórica foi realizada utilizando o teste de aderência de Kolmogorov – Smirnov. Através do Método das Relações das Durações foi obtida a desagregação da chuva máxima diária para diversas durações e para cada período de retorno. Foi utilizando o método dos mínimos quadrados através dos valores de intensidade de precipitação máxima, para obtenção dos parâmetros da equação de intensidade – duração – frequência juntamente o grau de correlação entre os valores calculados e observados através do coeficiente de determinação, R², com a finalidade de encontrar o melhor ajuste da equação IDF. Resultados e Discussão Todas as distribuições teóricas de probabilidade se ajustaram bem aos dados observados com exceção a distribuição Exponencial que não obteve um bom ajuste. A distribuição Log – Normal é uma distribuição bastante utilizada para variáveis aleatórias de extremos, como é o caso da precipitação, sendo por esse motivo a distribuição escolhida para se fazer a desagregação dos dados para diferentes tempos de retorno e durações. A chuva máxima diária foi obtida para diferentes períodos de retorno utilizando a função inversa da distribuição Log – Normal. Para cada valor de chuva média máxima diária obtida foi aplicado o Método da Relação das Durações sendo obtido os valores de intensidade de chuva para diferentes durações e períodos de retorno. Para a obtenção da equação de intensidade – duração – frequência, foi avaliado o ajuste do método de mínimos quadrados juntamente com o grau de correlação entre os valores calculados e observados através do coeficiente de determinação R². O melhor ajuste obtido resultou na seguinte equação IDF: 𝐼𝐷𝐹 = 895,602. 𝑇𝑅0,149 (𝑡 + 9,66)0,718 Onde: IDF = intensidade máxima média da chuva (mm/h); TR = período de retorno(anos) e t = duração da chuva (min). Considerações Finais A equação obtida para a estação meteorologia da FURG poderá ser utilizada para obtenção de vazão de projeto no dimensionamento de sistemas de microdrenagem para o município de Rio Grande, tais como: sarjetas, bocas de lobo e galerias pluviais ou mesmo obras de macrodrenagem. Referências Bibliográficas SILVIA, D. D.; PEREIRA, S. B. P.; PRUSKI, F. F.; FILHO, R. R. G.; LANA, A. Q.; BAENA, L. G. N. Equações de intensidade-duração-frequência da precipitação pluvial para o estado de Tocantins. Engenharia na Agricultura, Viçosa, v.11, n.1-4, Jan/Dez.,2003. MURUZZI, R. B.; OLIVEIRA, S. C. Relação entre intensidade, duração e freqüência de chuvas em Rio Claro, SP: métodos e aplicação. Teoria e Prática na Engenharia Civil, n.13, p.59-68, Maio, 2009.