Revisao cana - Esalq

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Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Departamento de Produção Vegetal
Manejo de Plantas Daninhas na Cultura da Cana-de-açúcar (Saccharum L.)
Diogo Bighetti
Guilherme Zazeri Leite
Gustavo Jose Soares
Revisão apresentada como exigência da disciplina
LPV0672 – Biologia e Manejo de Plantas Daninhas
Setembro
2016
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 1
2.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................................. 2
2.1 PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS ................................................................................................... 2
2.2 INTERFERÊNCIA DAS ESPÉCIES INFESTANTES SOBRE A CULTURA ..................................... 3
2.3 MANEJO DAS PLANTAS DANINHAS ............................................................................................... 5
2.3.1 MEDIDAS PREVENTIVAS ............................................................................................................ 6
2.3.2 MEDIDAS CULTURAIS................................................................................................................. 6
2.3.3 MÉTODOS MECÂNICOS .............................................................................................................. 7
2.3.4 MÉTODOS FÍSICOS ....................................................................................................................... 8
2.3.5 CONTROLE QUÍMICO .................................................................................................................. 8
2.4 MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS (MIPD) .......................................................... 14
2.4.1 MANEJO EM CANA PLANTA .................................................................................................... 14
2.4.2 MANEJO EM CANA SOCA ......................................................................................................... 15
3.
CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 15
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 16
1
1. INTRODUÇÃO
A cultura da cana-de-açúcar é de grande importância nacional, seja na produção de álcool,
açúcar, cera ou aguardante (PINTO, 2002). Na safra 2015/16 a área plantada foi de 8,654 milhões
de hectares, atrás apenas da soja e do milho safrinha, que apresentaram área plantada de 33,176 e
10,28 milhões de hectares, respectivamente (CONAB, 2016). Porém, apesar da grande área
cultivada, a produtividade agrícola permanece em patamares insatisfatórios, próximo a 80 t/ha.
Entre os fatores que mais interferem na produção de modo a mantê-la nesses patamares abaixo do
desejado podemos citar: controle de pragas, doenças e plantas daninhas; fertilidade do solo;
disponibilidade hídrica; compactação do solo; escolha de cultivar não adaptado etc.
O controle de plantas daninhas é, assim como os demais fatores, necessário para a boa
produtividade do canavial. Segundo Victória e Christoffoleti (2004) quando as mesmas não são
controladas, podem apresentar perdas de produtividade de até 85%. Além das perdas na
produtividade, uma possível infestação de plantas daninhas no campo de produção pode ocasionar
danos indiretos para a cultura, como a transmissão de doenças (PROCÓPIO, 2003). Segundo
Toledo (2002), o manejo de plantas daninhas deve ser realizado com base em medidas preventivas,
culturais, biológicas, físicas, mecânicas e químicas.
Devido principalmente a pressões ambientais, na ultima década houve a proibição da despalha a
fogo (TEIXEIRA, 2013). Esta proibição afetou a dinâmica do banco de sementes do solo, fazendo
com que o manejo das plantas daninhas também se alterasse. A palhada sobre o solo afeta de forma
física e alelopática a emergência das plantas daninhas na cultura da cana-de-açúcar (AZÂNIA et.
al., 2002). Desta forma, o microclima gerado abaixo da cobertura morta favorece a emergência de
alguns grupos de plantas daninhas em detrimento de outras. Além desta alteração no manejo devido
a presença de cobertura morta inexistente anteriormente no sistema de produção agrícola, o manejo
de plantas daninhas é dificultado uma vez que a aplicação do herbicida é realizada durante todo o
ano, envolvendo períodos de elevada e baixa umidade relativa do ar e do solo.
Para que o manejo de plantas daninhas na área tenha sucesso, é necessário um elevado
conhecimento técnico a respeito da biologia e ecologia das plantas daninhas presentes na área, além
de conhecimentos sobre tecnologia de aplicação e descarte de embalagens, para que a aplicação seja
eficiente, tenha o menor impacto ambiental possível e diminua os riscos de contaminação por parte
do operador. Visto que o controle químico de plantas daninhas é algo relativamente novo na
agricultura, tornando-se popular a menos de meio século atrás, há muitas pesquisas a serem
desenvolvidas na área.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 PRINCIPAIS PLANTAS DANINHAS
São várias as plantas daninhas interferentes na cultura da cana-de-açúcar, sendo que as mesmas
podem apresentar ciclo de vida anual ou perene (VICTORIA FILHO E CHRISTOFFOLETI, 2004).
É importante considerar o ciclo de vida destas espécies de modo a adotar o melhor manejo de
modo eficiente e rentável, maximizando os recursos da propriedade e garantindo uma boa
produtividade do canavial.
A tiririca (Cyperus spp.) é considerada a mais importante planta infestante no mundo devido à
sua ampla ocorrência, grande capacidade de competição e agressividade, além de ser de difícil
controle (KAISSMANN, 1997). Sua agressividade pode ser atribuída ao ciclo fotossintético C4
(ELMORE e PAUL, 1983; WILLS, 1987) e a sua capacidade de formação de cadeia de tubérculos,
que podem atingir uma densidade de 3000 tubérculos por m2, com até 2000 manifestações epígenas
na mesma área (LORENZI, 1983). Os tubérculos são o principal mecanismo de disseminação da
tiririca, porem esta espécie também apresenta as estruturas bulbo e rizoma o que torna seu controle
difícil, evidenciando a agressividade desta.
Outra daninha de difícil controle e alta capacidade de infestação é a grama-seda (Cynodon
dactylon). PROCÓPIO et al. (2003) destacaram que esta espécie possui alta capacidade de se
desenvolver, mesmo em condições adversas, suportando solos ácidos e alcalinos, tolerando alta
salinidade e condições de extremas secas; sendo o crescimento da espécie rápido e rasteiro, o que
favorece a ocupação rápida de toda área do canavial, favorecendo a competição por recursos do
meio com a cultura e perdas de produtividade. As perdas de produtividade devido a infestação desta
planta infestante podem atingir até 80%, além de afetar a longevidade do canavial (KISSMANN,
1997).
Capim-braquiária (Brachiaria decumbens) é uma das plantas daninhas de maior importância,
principalmente no sistema de produção sem despalha a fogo, ou seja, com a utilização de
colhedoras. As condições ideias para a germinação e desenvolvimento desta planta infestante são
temperatura e umidade elevadas, sendo que apresenta boa tolerância a baixa luminosidade e pronta
resposta a fertilização do solo com adubos fosfatados (KISSMANN, 1997). Devido a estas
condições, a ocorrência desta infestante nos canaviais intensifica-se durante o verão. Dentre os
malefícios que esta planta daninha pode causar, podemos citar a redução da longevidade do
canavial em 2 ou 3 cortes, mesmo em ambientes de produção favoráveis (LORENZI, 1983).
O capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) também é uma planta daninhas de grande
importância para a canavicultura. Esta infestante possui elevada capacidade de multiplicação, de
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modo que se 98% da população original tenha sido erradicada, ainda sim haveria problemas
relacionados a essa erva (KISSMANN, 1997).
Outra daninha de importância é o capim-colonião (Panicum maximum), o qual é bastante
agressiva a cultura e apresenta elevada resistência ao controle químico, sendo necessário o controle
manual da mesma. KISSMANN (1997) relatou que as plântulas de capim-colonião assemelham-se
muito com a cana-de-açúcar, de modo que a diferenciação poderá ser realizada apenas após o
florescimento (formação da panícula) da planta daninha. Além do efeito competitivo, diminuindo a
produtividade do canavial, o capim-colonião também causa perdas indiretas para a cultura, de modo
que dificulta a colheita aumentando o teor de impurezas vegetais que são levadas para a indústria.
O capim-colchão (Digitaria horizontalis) também ocorre com grande frequência nos canaviais,
apresentando grande agressividade e levando vantagem em relação a cultura da cana mesmo em
períodos de déficit hídrico. Também podem ser fontes potenciais de transmissão, por exemplo, do
vírus do mosaico (Sugarcane mosaic vírus – SCMV) que ataca a cana-de-açúcar, além de abrigar
nematoides (KISSMANN,1997).
Dentre as folhas largas destaca-se a corda-de-viola, a qual também apresenta grande
agressividade, devido ao fato de ser uma planta volúvel (trepadeira) causando danos a
produtividade, de modo a diminuir a área fotossinteticamente ativa (KISSMANN e GROTH, 1999).
Além da competição, os prejuízos também podem se estender a colheita devido a redução da
eficiência operacional da colheita (ELMORE et al, 1990).
O caruru (Amaranthus spp.) também uma daninha dicotiledônia de grande importância, pois é
uma espécie de rápido crescimento, grande capacidade de extração de nutrientes e propagação por
sementes, além de servir como hospedeira de diversas pragas e nematóides.
2.2 INTERFERÊNCIA DAS ESPÉCIES INFESTANTES SOBRE A CULTURA
A interferência é tida como uma das principais ações sofridas pela cultura da cana-de-açúcar
devido a presença de plantas daninhas no canavial, levando a perda de produtividade, diminuição no
número de cortes e dificuldades na colheita mecanizada. As principais formas de interação das
daninhas com a cultura no ambiente são parasitismo, alelopatia e competição.
A intensidade de interferência da daninha no canavial depende de vários fatores, como por
exemplo: densidade da população da daninha, fenologia e ciclo de vida. Além disso, características
relativas a própria cultura como espaçamento, capacidade de desenvolvimento e fechamento e ciclo
de vida da planta cultivada, também são importantes.
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Segundo AZZI e FERNANDES (1968), a comunidade infestante disputa com a cultura por
água, nutrientes, luz e espaço, podendo vir e se tornar realmente daninhas, dependendo da redução
de produtividade e de qualidade da matéria-prima, que podem provocar no canavial. O tipo de
planta daninha infestante geralmente é um fator relacionado diretamente à queda de produtividade,
sendo que no caso da cana-de-açúcar a presença de gramíneas geralmente acarreta em maiores
prejuízos à cultura, uma vez que elas apresentam grande capacidade de captação de agua e
nutrientes do meio e competirem de forma acentuada por luz com a cultura.
É importante saber o período o qual a cana pode conviver com a planta infestante, sem que
haja prejuízos ao crescimento da cultura, produtividade desta e qualidade da matéria-prima. Este
período é conhecido como Período Anterior a Interferência (PAI), também há um período no qual a
cana-de-açúcar é sensível a presença da daninha e tem seu desenvolvimento comprometido, seguido
de queda de produtividade, conhecido como Período Crítico de Prevenção a Interferência (PCPI), o
somatório de PAI e PCPI é igual ao PTPI (Período Total de Prevenção a Interferência), o qual é o
período entre a brotação da cultura no campo até o seu fechamento. O esquema a seguir mostra os
valores de PAI, PCPI e PTPI encontrados para as duas modalidades de plantio de cana-de-açúcar
(plantio de ano e plantio de ano e meio).
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Figura 1. Período de controle de plantas daninhas em cana-de-açúcar para as condições de plantio de cana
de ano e meio, cana de ano e cana soca (Fonte: Azânia e Azânia, 2005).
Em campo, o controle das plantas daninhas deve ser feito no período anterior à competição
(PAI), estendendo-se até o período crítico de prevenção à interferência (PCPI), como salientam
PITELLI e DURIGAN (1984) (figura 1).
2.3 MANEJO DAS PLANTAS DANINHAS
Entende-se por manejo das plantas daninhas a manutenção de um ambiente desfavorável às
plantas infestantes, pelo emprego integrado de métodos manuais, mecânicos, culturais, físicos,
químicos e biológicos (DEUBER, 1997). Sendo recomendado a conciliação entre os diversos
métodos e não apenas um único método, realizando o chamado manejo integrado de plantas
daninhas (MIPD).
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2.3.1 MEDIDAS PREVENTIVAS
A prevenção consiste em evitar que haja a introdução de qualquer estrutura reprodutiva em
áreas não infestadas, pelo controle rígido da qualidade do material utilizado como mudas ou
sementes (PEREIRA, 2001).
Para evitar a entrada de plantas daninhas de rápida reprodução e difícil controle, o controle
preventivo é fundamental. Entre as ações que podem ser tomadas podemos citar: limpeza de
implementos e máquinas e cuidado com a torta de filtro e com as mudas. Estas medidas são
importantes e devem ser tomadas, porém muitas vezes elas são ignoradas pelos produtores.
Os cuidados com as mudas iniciam-se nos viveiros, sendo que após a colheita destas para o
plantio, deve-se proceder a limpeza e corte das mudas com cautela, evitando danos as gemas
(redução de brotação), além de prevenir a mistura de sementes e propágulos vegetativos de plantas
daninhas nos toletes de cana. A torta de filtro, muito utilizada no plantio de cana, também pode
servir como fonte de entrada de novas sementes na área, sendo importante utilizar áreas como
deposito de torta as quais estejam isentas de plantas daninhas e o solo esteja bem compactado.
A limpeza de equipamentos e máquinas também é de suma importância, uma vez que estes
podem estar contaminados com sementes e propágulos de diversas plantas daninhas, sendo uma
possível fonte de entrada para novas espécies infestantes no canavial.
2.3.2 MEDIDAS CULTURAIS
São medidas utilizadas na lavoura buscando aumentar a capacidade competitiva da cultura
(dianteira competitiva). Tais medidas compreendem o plantio na época adequada, espaçamento e
densidade de mudas adequada, manejo da fertilidade do solo, profundidade de plantio, tratos
culturais de soqueiras na época correta, escolha de variedades, controle de pragas, doenças, entre
outras técnicas que favorecem o rápido estabelecimento da cultura para que esta apresente
vantagem competitiva com as plantas daninhas.
Dentre as técnicas de manejo citadas, vale ressaltar a escolha de variedades, buscando
adequar ao ambiente aquelas que apresentam maior capacidade de brotação e perfilhamento no
ambiente de produção local, além de arquitetura foliar que proporcione o fechamento da cultura de
maneira mais rápida, diminuindo a incidência de luz e dificultando assim a germinação de sementes
fotoblásticas positivas de algumas espécies de plantas daninhas.
O espaçamento de plantio e densidade de mudas também deve ser considerado no controle
de plantas daninhas, uma vez que espaçamentos mais adensados proporcionam fechamento da
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cultura e sombreamento desta sobre o solo de forma mais rápida, o que também dificultará o
desenvolvimento das plantas daninhas.
O manejo correto da adubação, sem que haja presença de plantas infestantes no momento da
aplicação, auxilia no crescimento mais acelerado da cana-de-açúcar, facilitando o seu
desenvolvimento e perfilhamento, diminuindo a incidência de luz e proporcionando menor
incidência de plantas daninhas.
Outra importante técnica de manejo cultura é a rotação de culturas, através do plantio de
leguminosas (soja, amendoim etc.) ou de adubos verdes (Crotalária, por exemplo) no período de
reforma do canavial. Esta técnica também proporciona o controle das plantas daninhas. Esta técnica
permite a rotação de mecanismos de ação dos herbicidas, os quais não podem ser utilizados na
cultura da cana-de-açúcar devido a pouca seletividade ou outros aspectos relacionados. No caso das
culturas de soja e amendoim, esta rotação de herbicidas permite a redução da pressão de seleção
sobre as daninhas na área. Já no caso da adubação verde, embora não traga retorne econômico
direto ao produtor proporciona fixação de nitrogênio no solo e incorporação de matéria orgânica,
melhorando os atributos físicos e químicos do solo, podendo levar a maior produtividade da
lavoura.
2.3.3 MÉTODOS MECÂNICOS
Nestes métodos empregam-se equipamentos específicos para controle das plantas daninhas,
destacando-se as capinas manual e mecânica (aragem, gradagem ou cultivo). Na capina manual
utiliza-se enxada para a retirada do sistema radicular das daninhas e exposição destes, antes da
frutificação (formação de sementes pela daninha), sendo muito utilizada para limpeza de
carreadores e entradas dos talhões, muitas vezes para arranquio de capim-colonião, marmelada,
braquiária entre outras daninhas as quais por ventura, o controle químico não tenha surtido o efeito
esperado.
Esta técnica e muito utilizada em pequenas propriedades, em regiões montanhosas de difícil
mecanização e com disponibilidade de mão-de-obra barata, sendo pouco eficiente, de baixo
rendimento e alto custo.
Já a técnica de controle mecânico consiste no revolvimento do solo com implementos como
arados e grades de discos nos período de preparo de solo, o qual antecede o plantio.
O revolvimento do solo por meio destes implementos acaba por expor o banco de sementes
dormentes no solo, proporcionando uma certa uniformidade de germinação destas e facilitando o
controle químico com herbicida aplicado subsequente a esta operação, contribuindo para deduzir o
banco de sementes e o nível de infestação de plantas daninhas na área.
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Também pode-se realizar o cultivo propriamente dito, feito após a germinação das daninhas,
sendo esta técnica de grande eficiência. São utilizados cultivadores contendo enxadinhas, grades,
discos e lâminas de corte, sendo a eficiência desta técnica diretamente ligada a intensidade de
infestação, ciclo de vida da planta daninha e distribuição do sistema radicular, levando em conta
também o tipo de solo e condições climáticas após o cultivo.
O cultivo deve ser realizado preferencialmente após a emergência das daninhas, quando estas
apresentarem 10 a 20 centímetros de altura, sendo essencial que as plantas daninhas não na sua fase
reprodutiva (evitando a propagação de sementes). Nas soqueiras o manejo mecânico e feito
juntamente com a adubação (escarificação + adubação) em uma pratica denominada tríplice
operação. O controle mecânico e na maioria das vezes realizado em conjunto com outros métodos
de controle, principalmente o controle químico.
2.3.4 MÉTODOS FÍSICOS
Neste método utiliza-se materiais inertes, como palha e serragem, sobre a superfície do solo
de modo a impedir incidência direta de luz solar sobre o mesmo, dificultando a germinação de
plantas daninhas.
A colheita de cana crua deposita sobre o solo os restos culturais, como palha e folhas verdes,
os quais modificam de maneira intensa a flora de plantas daninhas presentes no local. A camada de
palha que fica sobre o solo (ente 10 e 20 t ha-1) impede a incidência de luz sobre o mesmo, inibindo
a germinação de plantas daninhas fotoblásticas positivas, além de servir como barreira para a
germinação de todas as plantas daninhas. MARTINS et al (1999) determinaram que B. decumbens e
B. plantaginea não tiveram condições de germinação quando submetidas a densidade de 15 t ha-1 de
palha de cana crua.
2.3.5 CONTROLE QUÍMICO
Segundo KISSMANN (2000), o controle químico das plantas infestantes com herbicidas é
utilizado em 90% das áreas cultivadas com cana-de-açúcar no Brasil e os gastos com esses
produtos, na safra 1998/1999, foram próximos a US$ 175.210.000,000.
Existem 4 modalidades de aplicação de herbicidas na cultura da cana-de-açúcar, sendo estas
a aplicação em pré-emergência, pré plantio incorporado (PPI), pós-emergência inicial e pósemergência tardia, sendo que a eficiência dos produtos e dinâmica no solo estão relacionadas as
características físico-químicas destes, bem como as condições climáticas.
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Em condições de umidade do solo e temperatura ideais, o metabolismo das plantas e
intensificado, favorecendo a absorção de água e nutrientes, o que favorece também a absorção dos
herbicidas e sua metabolização pela planta, intensificando sua ação. Devido ao extenso período de
colheita, as soqueiras e plantios de cana-de-açúcar encontram-se sobre diferentes condições de
temperatura, umidade do solo e umidade relativa do ar, o que pode favorecer ou prejudicar a
eficiência e persistência do herbicida no ambiente.
Devido a estas diferentes condições ambientais, as épocas de aplicação dos herbicidas
podem ser classificadas como soca semi-seca (abril-junho), soca seca (julho-agosto), soca semiúmida (setembro-novembro) e soca úmida (dezembro-março), de acordo com época do ano em que
é realizada a aplicação.
Existem diversos herbicidas registrados para a cultura da cana-de-açúcar, cada um com sua
respectiva modalidade de aplicação e mecanismo de ação (Figura 2).
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Figura 2. Principais moléculas herbicidas resgistradas para uso em cana-de-açúcar, de acordo com o
mecanismo de ação (Fonte: Adaptado de Christoffoleti, 2004).
Não é recomendada a aplicação de herbicidas de mesmo modo de ação por mais de dois anos
consecutivos, devido a pressão de seleção que pode ocorrer sobre as plantas daninhas da área, não
sendo também recomendado aumentar a dose caso observe-se a presença de resistência das plantas
daninhas pois a pressão de seleção seria ainda maior. Portanto, uma vez identificada a resistência,
deve-se utilizar herbicidas com mecanismo de ação diferentes do anterior.
As misturas de herbicidas no tanque são proibidas por lei, porém ocorrem com frequência em
todo o país. Estas misturas devem ser realizadas com embasamento técnico de profissionais da área,
uma vez que pode haver interação entre as moléculas dos diferentes herbicidas, causando
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sinergismo (aumento da eficiência dos herbicidas envolvidos na mistura), antagonismo (ineficiência
de controle dos herbicidas envolvidos no controle das plantas infestantes) ou efeito aditivo (não
ocorre prejuízos a eficiência dos herbicidas envolvidos na mistura).Outros fatores como tecnologia
de aplicação, tolerância das cultivares, textura do solo, pH do solo, qualidade da água usada na
calda e horário de aplicação também interferem na eficiência dos herbicidas e das misturas.
2.3.5.1 APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ-PLANTIO INCORPORADO
Esta técnica consiste na aplicação do herbicida, geralmente trifluralina, antes do plantio, antes da
emergência das plantas daninhas e em área total sobre o solo, seguindo de uma incorporação do
produto com grade leve na profundidade de 7 a 5 centímetros, sem prejudicar os toletes no sulco.
A aplicação é geralmente realizada em duas operações, uma de pulverização do herbicida e outra
de incorporação com a grade leve, o motivo da incorporação deve-se a características físicoquímicas da trifluralina, tais como alta pressão de vapor (o que leva a perdas do produto por
volatilização) e fotodegradação.
2.3.5.2 APLICAÇÃO DE HERBICIDAS EM PRÉ-EMERGÊNCIA
Esta aplicação, assim como a anterior, é feita em área total utilizando o pulverizador de barra
acoplado a um trator, antes da germinação das plantas daninhas e em alguns casos antes da
germinação das daninhas e da própria cultura (aplicação em pré-emergência total), logo após o
plantio.
Para este tipo de aplicação é requerido o solo com umidade suficiente para ação do produto e
livre de grandes agregados de solo (“torrões”), proporcionando perfeita cobertura do mesmo, sendo
essencial o conhecimento da flora de daninhas infestantes (matologia) para utilização de produtos
mais específicos, obtendo assim melhores resultados no controle. Esta modalidade de aplicação
requer a escolha de produtos seletivos, os quais não causam injurias para a lavoura, sendo
recomendado que o herbicida apresente poder residual de duração igual ao Período Total de
Prevenção a Interferência (PTPI) da cultura, seja ela cana planta (ano ou ano e meio) ou soqueira,
portanto um intervalo de 3 a 4 meses, promovendo o não surgimento de daninhas nesse intervalo de
tempo. Vale ressaltar que nas soqueiras de cana crua é necessário escolher produtos com boa
solubilidade em água (baixo KOW) e mobilidade, para que estes sejam capazes de transpor a
barreira de palha, atingindo o solo e consequentemente o banco de sementes.
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Para controle de plantas daninhas em pré-emergência no período seco (soqueira semi-seca,
soqueira seca e plantio de inverno) são recomendados algumas moléculas como imazapic,
amircarbazone e isoxaflutole. Sendo a solubilidade destas moléculas maior que a de moléculas
indicadas para épocas de maior umidade.
De modo geral, os herbicidas pré-emergentes usados na cultura da cana-de-açúcar devem
apresentar boa solubilidade, baixa fotodegradação e volatilização, além de serem capazes de
transpor a camada de palha no caso de sistemas sem despalha a fogo. A aplicação em préemergência é uma ótima opção de controle, pois apresenta menor risco de fito-toxidade para a
cultura, sendo que dependendo do grau de infestação da área e do poder residual e eficiência da
molécula, uma única aplicação será suficiente para manter o canavial limpo até o seu fechamento.
2.3.5.3 APLICAÇÃO EM PÓS-EMERGÊNCIA
Esta modalidade é aquela realizada após a emergência das plantas daninhas e da cultura, sendo
feita em área total, podendo ser dividida em dois segmentos, pós-emergência inicial e pósemergência tardia, sendo a primeira a mais recomendada uma vez que acarreta menos fito-toxidade
à cultura da cana-de-açúcar.
Alguns herbicidas pré-emergentes podem ser indicado para controle de daninhas em aplicações
de pós-emergência inicial. Tanto na cana planta quanto na soqueira com despalha a fogo, nas
épocas de maior incidência de chuva, a germinação e crescimento de daninhas será maior e de
maneira quase que uniforme, neste caso o período de controle das plantas daninhas deverá ser feito
até o fechamento do canavial, sendo necessária muitas vezes mais de uma aplicação. Já nas áreas de
soqueira de cana sem despalha a fogo, a presença da palhada serve como barreira física para as
plantas daninhas e impede a incidência de luz (prejudicando a germinação de sementes fotoblásticas
positivas), fazendo com que a germinação de plantas daninhas seja em menor intensidade e de
maneira desuniforme, proporcionando menor número de aplicações em pós-emergència e muitas
vezes podendo ser dispensado a aplicação em área total, sendo feita apenas aplicação de herbicida
localizada (bomba costal).
Deve-se levar em conta o estágio de crescimento da cultura, a comunidade de plantas infestantes,
nível de infestação, além das condições ambientais, sendo recomendado que as aplicações ocorram
nas primeiras horas do dia, onde a umidade relativa do ar é maior e a planta está mais
metabolicamente ativa, absorvendo água, nutrientes e com maior atividade fotossintética,
aumentando a eficiência do produto.
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Várias moléculas herbicidas são utilizadas na cultura da cana-de-açúcar, em diferentes épocas de
aplicação e doses. Este fato deve-se principalmente ao grande numero de plantas infestantes
presentes na cultura (Figura 3).
Figura 3. Principais herbicidas recomendados para o uso em cana-de-açúcar, condições de aplicação, doses,
espectro de ação e persistência no solo (Fonte: Rodrigues e Almeida, 2005).
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2.4 MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS (MIPD)
O manejo integrado visa a eliminação do número de plantas infestantes, redução do banco de
sementes e consequentemente do nível de infestação, além de evitar a entrada de novas espécies de
plantas daninhas na área, buscando manter baixa a interferência das daninhas na produtividade do
canavial. Vale lembrar que o manejo integrado de plantas daninhas é feito através da combinação de
diferentes métodos e não somente um único método, visando maior a maior eficiência de controle.
Dentro do MIPD visa-se a conciliação de controle químico, controle físico, cultural, sendo
necessário manter o canavial limpo até o estabelecimento da cultura e dependendo da daninha
infestante o controle deve ser feito até a colheita, como em áreas infestadas com corda-de-viola
(Ipomoea ssp.).
É importante evitar que as plantas daninhas cheguem a seu ciclo reprodutivo, visando diminuir
gradualmente o banco de sementes.
Nesse sentido, quanto maior a integração existente, maiores serão os benefícios advindos no
sentido de se conseguir um adequado controle das plantas daninhas, como também a manutenção da
produtividade em níveis econômicos, sociais e ambientais satisfatórios (MONSANTO, 20020).
2.4.1 MANEJO EM CANA PLANTA
No caso de locais onde a cana-de-açúcar será implantada pela primeira vez, o manejo estará
ligado à cultura que era cultivada anteriormente, como em áreas de pastagens. O manejo a ser
realizado nessa área pode ser controle mecânico via grade e/ou arado, seguido da aplicação de
herbicidas não seletivos como glifosato, sendo que estas operações poderão ser realizadas mais de
uma vez, afim de reduzir o banco de sementes. Em seguida deverá ser feito o plantio, sendo feita
aplicação de herbicidas pré-emergentes, de preferência seletivos para a cultura, e com residual
longo, visando principalmente moléculas com maior eficácia no controle de gramíneas, se possível
nestas áreas é recomendável fazer uma rotação de culturas, principalmente com adubação verde,
melhorando os atributos físicos e químicos do solo e permitindo a aplicação de herbicidas não
possíveis de serem aplicados após o plantio.
É importante frisar que não existe um único método ou sequencia de métodos a serem utilizados
em cana planta, há várias possibilidades de manejo que irão variar de acordo com a área, tipo de
solo, clima e nível de infestação das plantas daninhas.
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2.4.2 MANEJO EM CANA SOCA
No caso da cana-soca, estas geralmente apresentam menores níveis de infestação em relação a
cana planta, sujeitas portanto a menores perdas de produtividade por infestação de plantas daninhas
dependendo da área e do manejo adotado, isso se deve ao fato de a cana soca apresentar uma
melhor brotação e estabelecimento, uma vez que esta apresenta um sistema radicular parcialmente
já desenvolvido o que lhe garante vantagem competitiva com as daninhas.
No caso de cana crua, dependendo do nível de infestação somente o controle físico da palhada
pode ser suficiente para assegurar uma baixa germinação de daninhas, sendo feita apenas aplicação
de herbicida localizada nos locais de maior infestação. Já em casos de maior infestação, ou devido a
retirada de palhada do campo para outros fins (como cogeração de energia elétrica), será necessário
a aplicação de herbicidas pré-emergentes de residual longo, muitas vezes acompanhado de
herbicidas pós-emergentes para controle das daninhas as quais já apresentam maior porte, o número
de aplicações irá variar de acordo com o grau de infestação e poder residual dos produtos utilizados,
dependendo também da incidência de chuvas no local.
3. CONCLUSÃO
O manejo de plantas daninhas é de suma importância para a longevidade e produtividade do
canavial, sendo que a não realização deste manejo pode comprometer todo o desenvolvimento da
cultura e causar altos níveis de dano econômico.
Na cultura da cana-de-açúcar o manejo químico é o mais utilizado, no entanto é importante
conhecer todas as formas de controle, e visar integra-las de modo a garantir melhor eficiência,
mantendo baixa infestação na área, reduzir aos poucos o banco de sementes e diminuir a
probabilidade de seleção de plantas resistentes.Também é de grande importância conhecer a flora de
daninhas infestantes, suas características reprodutivas e ciclo de vida, bem como suas interações
com a cultura e possíveis danos causados, afim de alocar o melhor método de controle para as
várias espécies infestantes. Deve-se conhecer também o ciclo da cultura da cana-de-açúcar, pois a
própria cultura é um excelente método de controle de plantas daninhas.
Por fim deve-se manter a cultura bem nutrida de maneira a proporcionar seu rápido crescimento
e desenvolvimento, e estar sempre atento para as daninhas que possam surgir durante o ciclo da
cultura, sendo muitas vezes o manejo feito não apenas até o estabelecimento do canavial, mas
durante o ciclo todo, do plantio ou rebrotação de cana-soca, até a colheita.
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