DIA 18/11: A VIDA PERDIDA DO CORAÇÃO Qual o estado do seu coração hoje? Que pergunta difícil e incômoda. Uma voz grita no meio da correria e dos anos de serviço que alguma coisa está faltando no meio de tudo isso. Há algo mais. Quando escutamos nosso coração, falta algo em nossa vida frenética, fomos criados para algo além, tem mais que isso! Abafamos essa voz de diversas formas: a rotina, o medo, o racionalismo, os cuidados desta vida. E calando a voz do nosso coração, divorciamos nossa vida interior da exterior. Calamos nosso espírito, e essa separação é um caminho para a tristeza. “Acima de tudo, guarde o seu coração pois, dele depende toda a sua vida” (Pv 4:23). Ausência de sentido e vazio existencial descrevem a maioria das pessoas deste século. Não são apenas os vícios ou a depressão, mas também a correria o ativismo e a compulsão que não nos deixam parar. Desde cedo a vida nos ensina a ignorar nosso coração e assim corremos o risco de começarmos uma vida dupla. Na externa, criamos uma identidade que a maioria das pessoas conhece, sem saber quem nós somos de verdade. Passamos a viver da fonte de responsabilidades e obrigações, respondendo às expectativas das pessoas ao nosso redor. A comunhão com Deus é substituída por atividade para Ele. Precisamos voltar a ouvir Deus no coração, que é o lugar aonde o rema de Deus encontra guarida. É a voz de Deus que nos fala ao coração, mas, infelizmente perdemos a habilidade de ouvir Sua voz quando perdemos o contato com nosso coração que é o nosso espírito, o homem interior. Precisamos refinar nosso discernimento e nossa habilidade de viver na dependência de Deus com integridade. Para isso precisamos realmente crer que Ele está presente e agindo, e essa ação é proposital, para nosso bem, recebendo de Deus não somente os momentos bons, mas também, os maus. Para isso, precisamos ser maleáveis, como o vaso na mão do oleiro. Assim estaremos desenvolvendo a confiança que precisamos para aprender a ouvi-LO. Seguirmos a Jesus implica em sermos guiados segundo Sua vontade. Na maioria das vezes, com nossa boca declaramos que queremos seguir a Jesus, mas não nos propomos nem mesmo a ouvir Sua direção. Não é uma formula ou um método que nos levará a ouvi-LO, mas, um relacionamento de amor. O primeiro passo para andar na direção de Deus não é agir, mas sim parar e ouvir. Deus fará mais em seis meses com um povo consagrado a ele do que nós mesmos poderíamos fazer em sessenta anos sem Ele. O convite é para nos juntarmos a Ele, e que Sua vontade seja revelada, do que está fazendo e o que pretende fazer. Compreender o que Deus quer fazer no local onde estamos é mais importante do que lhe dizer o que estamos querendo fazer para Ele. A coisa mais importante em nossas vidas é a glória da presença de Deus. Aquela unção que nos alimenta, que nos purifica, nos enche de poder e quebra todo jugo. Quando movemos na igreja debaixo da presença manifesta de Deus, é perceptível a Sua glória. O grito do nosso coração é por essa presença. Nosso coração é sedento dessa presença gloriosa. Deus é onipresente. Ele está em todos os lugares, todavia, apesar Dele estar em todos os lugares, Ele não se manifesta em todos os lugares. Quando Se manifesta, a Sua glória é o toque da Sua presença, podemos sentir o fluir dentro do nosso espírito, o ar permeando a Sua doce e maravilhosa vida, enchendo todo nosso ser. É como sentir um rio de águas vivas fluindo dentro do nosso interior, ao mesmo tempo em que nos sentimos incendiados pelo fogo da Sua glória. As sensações não são determinantes, mas é impossível a glória do Senhor nos visitar e ficarmos da mesma maneira. Nossa alma chora em desespero por não encontrar palavras para expressar tanto amor diante do Senhor, e essa incapacidade de expressão diante da gloriosa vida que vem do nosso interior, explode em risos ou choro, em adoração ou canto. Outros ficam como que contemplando o invisível, sem conseguir se mover nem dizer alguma coisa. II Crônicas 5:13,14 • Os que tocavam cornetas e os cantores, em uníssono, louvaram e agradeceram ao Senhor. Ao som de cornetas, címbalos e outros instrumentos, levantaram suas vozes em louvor ao Senhor e cantaram: "Ele é bom; o seu amor dura para sempre". Então uma nuvem encheu o templo do Senhor, de forma que os sacerdotes não podiam desempenhar o seu serviço, pois a glória do Senhor encheu o templo de Deus. Desejamos sentir Seu poder incendiando nosso coração como Seu altar, ouvir os sons celestiais, e Sua glória contemplar, quebrantando nossa alma, nos prostrarmos e lhe prestarmos honra e glória. Jeremias 29:12-14 • Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. • Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. • Eu me deixarei ser encontrado por vocês", declara o Senhor, "e os trarei de volta do cativeiro. • Eu os reunirei de todas as nações e de todos os lugares para onde eu os dispersei, e os trarei de volta para o lugar de onde os deportei", diz o Senhor. Seremos bem aventurados quando tivermos esse desejo em nossos corações, o desejo da presença e da intimidade de Deus acima de todas as coisas. Quando essa sede for sincera e verdadeira, seremos saciados por Sua gloriosa presença. Nosso coração encontrará resposta, alegria, sossego, paz e plenitude!