Estado do Ceará Secretaria da Saúde Coordenadoria de Políticas em Saúde Núcleo de Epidemiologia Nota Técnica Caso de peste confirmado Aspectos Epidemiológicos No Ceará até a primeira metade da década de 80 houve um grande número de casos confirmados, principalmente numa 28.março. 2005 Tabela 1. Distribuição das sorologias animais 1987 a 2004. Ano epidemia ocorrida no período 82/83 na Serra de Baturité e Roedores Capturados Examinados no Ceará, entre Carnívoros Capturados Positivos Examinados Cães (+) Gatos (+) 1987 533 0 - - 1988 1505 2 - - - acentuada nos anos subsequentes, tendo sido notificado o último 1989 1453 0 1649 1 0 caso humano no município de Ipú em 1997 (Tabela 1). Entretanto 1990 992 0 8280 31 10 1991 704 0 8315 6 3 1992 680 0 6956 5 3 e a presença de espécimens animais soropositivos (Tabela 2), 1993 508 0 6469 1 4 tivemos outro caso confirmado em 2005 no município de Pedra 1994 684 0 8032 1 1 1995 1148 2 7947 10 15 Ibiapaba. Posteriormente ocorreu uma redução bastante com a grande proximidade dos homens com o ambiente silvestre Branca, conforme a tabela e o mapa 1. - 1996 774 0 9233 73 19 A peste é uma doença bacteriana causada pela Yersinia pestis. 1997 1058 10 14337 417 67 É primordialmente uma doença de roedores sendo transmitida 1998 711 2 16660 45 17 1999 614 1 16623 131 31 2000 816 0 13705 65 6 infectado acidentalmente quando penetra no ecossistema dos 2001 1675 4 14576 377 171 roedores (reservatório da infecção). A doença se manifesta sob 2002 1360 7 10177 313 30 2003 924 2 14255 183 23 2004 922 1 11551 141 9 17061 31 168765 1800 409 principalmente pela picada de pulgas infectadas. O homem é três formas: bubônica, pneumônica e septicêmica. A forma bubônica é a mais comum, seus principais sintomas são: febre alta, calafrios, cefaléia intensa, naúseas, vômitos, bubão (íngua do Total Fonte: FUNASA / SESA/NUEND. Dados sujeitos à revisão. rato), confusão mental, hipotensão arterial, prostação e nas formas graves (pneumônica e septcêmica) pode levar ao óbito. O Mapa 1. Áreas pestígenas no Ceará diagnótico é concluído após análise clínica-epidemiológica e exames específicos: bacteriológicos e sorológicos. Tem tratamento e ele deve ser instituído precocemente, se possível nas primeiras 15 horas do início dos sintomas, com antibióticos adequados, sem aguadar resultados de exames do laboratório. Tabela 1. Distribuição dos casos humanos de peste no Ceará, entre 1982 a 2005*. Ano Casos Humanos de Peste Centro Norte Sul Total 1982 45 83 0 128 1983 10 56 0 66 1984 13 6 0 19 1985 21 12 0 33 1986 0 4 0 4 1994 0 1 0 1 1996 0 1 0 1 1997 0 1 0 1 2005* 1 0 0 1 Total 89 164 0 254 Áreas trabalhadas Casos:de Peste bubônica G. do Norte - (1) 1994 e (1) 1996 Ipu - (1) 1997 Pedra Branca - (1) 2005* Fonte: SESA/CODAS/NUEND Caso suspeito Paciente que apresentar quadro agudo de febre em área pertencente a um foco natural de peste, que evolua com adenite Fonte: FUNASA / SESA/NUEND. Dados sujeitos à revisão. Obs :Os anos de1987 a1993 ,1995 ,1998 a 2004 sem registro de casos. No Brasil os focos naturais estão distribuídos nas áreas rurais (hipertrofia ganglionar), ou proviniente de área com peste pneumônica que apresente febre e outras manifestações clínicas da doença. de vários Estados do Nordeste: (PI, CE, PB, AL e BA) nordeste de Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Ceará distinguem-se três áreas de focos (área de transmissão da doença) localizados nas regiões: Norte (Serra de Ibiapaba), Centro (Serra de Baturité, Serra de Pedra Branca, Serra do Machado, Serra das Matas e Serra de Uruburetama) e Sul (Chapada do Araripe), de acordo com mapa 1. Caso confirmado Todo caso com quadro clínico de peste e diagnóstico laboratorial confirmado, ou todo caso com quadro clínico sugestivo de peste e história epidemiológica confirmada (animal ou humana). Notificação Doença de notificação compulsória, sujeita ao Regulamento Prevenção Sanitário Internacional. Os casos suspeitos devem ser A melhor medida de prevenção é a higiene adequada das IMEDIATAMENTE notificados por telefone, fax ou e-mail ao residências, evitando-se assim a presença de roedores nos Núcleo de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Estado domicílios. A mortalidade de roedores deve ser investigada !!! visando à prevenção de novos casos e/ou óbitos. Núcleo de Epidemiologia - SESA/CE - Av. Almirante Barroso, 600 - Praia de Iracema - Fortaleza CEP: 60.060-440 - Fone: (0xx85) 3101.5214 - Fax: (0xx85) 3101.5197 homepage: www.saude.ce.gov.br - e-mail: [email protected] Alô Saúde: 0800851520