Sistema de Operações Logísticas Automatizadas Entenda os pilares para uma efetiva gestão logística e seus benefícios 1 Três Pilares Para que haja efetividade (eficiência e eficácia) nas áreas de estoques, compras e logística com redução de custos, devem ser implementados os seguintes pilares: I. Identificação padrão (fornecedor, produto e caixa corrugada/unidade logística): a. GLN – Número global de localização (Global Location Number): identificador chave do sistema que possibilita a identificação única e inequívoca de entidades legais, funcionais e físicas, pré-requisito para a eficiência no comércio eletrônico e na sincronização global de dados, possibilitando aplicações como entrega direta na fábrica ou loja e crossdocking; Entenda: você poderia pensar que resolve isso com o CNPJ. Mas, e se for entregar em um local/centro de custo dentro do mesmo CNPJ? É então que se aplica o GLN, pois pode ter um GLN comprador e vários GLNs de entrega, por exemplo, por pavilhão ou linha de montagem no caso da fábrica consumindo insumos diretamente na linha de montagem, por doca do Centro de Distribuição (CD) no caso do varejo Vale lembrar, também, que a aplicação do GLN é internacional, cada país possui um identificar legal (no Brasil usamos o CNPJ). E então, como resolveria identificar as partes em um cenário com compras, industrialização e vendas em vários países? Simples, harmona-se isso com o uso do GLN; b. GTIN – Número global do item comercial (Global Trade Item Number) (antigo UCC/EAN): chave global atribuída para a identificação de item comercial que precisa ser precificado, encomendado, movimentado, consumido e ou faturado em qualquer ponto da cadeia. Entenda: quem atribui o código GTIN é o fabricante, nunca o comprador. Por exemplo, o código de barras da lata do achocolatado que passa no checkout do caixa foi atribuído e impresso na embalagem do produto pelo fabricante e não pelo supermercado, não há nova etiqueta, a cadeia toda, desde a fábrica até o consumidor final, passando pelo distribuidor, utiliza o mesmo código. Importante: no caso da cadeia de insumos (materiais/componentes), normalmente, o GTIN não é impresso diretamente no item, ele é utilizando na composição do SSCC (volume). Por exemplo, uma caixa contendo 36 pares de solado possui eletronicamente o GTIN deste solado amarrado ao SSCC do volume; c. SSCC – Código de série da unidade logística (Serial Shipping Container Code) (GS1-128): identificador chave de uma unidade logística para combinar elementos comerciais embalados juntos para armazenamento e ou efeitos de transporte, como caixas e pallet. Entenda: diferentemente do GTIN, que www.sola.org.br | [email protected] | Página 1 de 4 é um identificador, o SSCC é um número serial único por volume que está em movimentação ou consumo, garante precisão na expedição e recebimento. II. Processo (produzir, expedir, receber, consumir ou vender), no caso da movimentação de saída: separação prévia com leitura dos GTIN para montar os SSCC para somente então fazer a nota fiscal de saída. Nota fiscal não deve ser gerada a partir da ordem de compra, deve bater com a separação da mercadoria, com o físico, que deve estar de acordo com a ordem de compra. No caso do recebimento, permitir conferência do físico e redistribuição (se assim for necessário) ou armazenamento sem a necessidade de abrir os volumes recebidos. Ambos, saída e entrada, alcançam aceleração e precisão através da leitura dos códigos de barras (ou RFID) e do cruzamento desta leitura com os documentos eletrônicos previamente trocados; III. EDI – Troca eletrônica de informação (Eletronic Data Interchange): as transações comerciais estão embasadas em um padrão global de comunicação eletrônica. Todos os documentos, desde o catálogo de produtos até a nota fiscal de entrega estão normatizados e são entendíveis pelos sistemas de computação das empresas envolvidas. Zero digitação, é o elemento chave que sustenta a ponte entre o mundo físico e o virtual. Veja mais em EDIFACT e ISO 9735. Por quê GS1? A GS1 é uma organização global com atuação em mais de 150 países e escritórios em 111 deles. Conta com cerca de um milhão de membros e, no Brasil, em torno de 60 mil associados. Nesse contexto estão micro, pequenas, médias e grandes empresas de diversos setores da economia. O Sistema GS1 desenvolve padrões globais de identificação que possibilitam uma gestão eficiente da cadeia de suprimentos, além de promover a cooperação entre parceiros comerciais para aumentar a competitividade. É o padrão utilizado, por exemplo, no setor de alimentos. Veja o vídeo institucional. Você passa a contar com um sistema global de identificação e troca de arquivos onde existe garantia de unicidade da informação, não importando o país ou empresa. A arquitetura deste sistema incorpora país e empresa na composição do número, tanto para GTIN quanto para o SSCC, você não terá coincidência na identificação. Entenda: empresa A lhe entrega um volume com o SSCC 178902440545211489, empresa B lhe entrega um volume com o SSCC 178901010545211485, ambos informam a caixa com o número de série 54.521.448, mas uma é da origem/prefixo 7890101 e a outra é da origem prefixo 7890244, cada qual contendo um conjunto de GTINs. Portando, não haverá conflito ao armazenar e manipular estas informações em seu sistema de estoque e frente de caixa (varejo). www.sola.org.br | [email protected] | Página 2 de 4 2 2.1 Benefícios Redução de custos Alguns dos principais pontos de redução de custos são: a. Zero retrabalho, pois, o que um elo da cadeia faz serve para o próximo (suprimentos → indústria calçadista → varejo): ao utilizar um padrão global não há reetiquetagem e uso de procedimentos estanques (proprietários) e repetidos a medida que o insumo ou produto final anda através dos elos da cadeia até a chegada ao consumidor final. Para suprimentos, o fornecedor de matéria prima da indústria etiqueta e confere o embarque na expedição para depois montar a NF-e e entregar na linha de montagem do fabricante. Para o varejista, a indústria garante a expedição precisa e o varejista faz o produto chegar rapidamente ao consumidor. b. Redução do custo logístico, pois a automação com leitura por scanner resulta em menor tempo de espera; tempos menores para carregar, descarregar e movimentar; menor tempo para gerar, comunicar e lançar os documentos envolvidos; e menor quantidade de pessoal envolvido. c. Possibilidade de recebimento direto na linha de montagem (insumos) ou na loja (varejo). Elimina a necessidade de nova conferência, otimiza fretes, armazenagem, seguro, entre outros. 2.2 Eficiência e precisão na expedição de produtos, armazenamento e movimentação Os ganhos também estão ligados à: a. Expedição e entrega correta (evita devoluções e erros de entrega provocados por processos manuais de reetiquetagem), bem como consumo ou venda ágil. b. Possibilidade de crossdocking enquanto a mercadoria está em trânsito (maior giro e menos estocagem). Na prática, o comprador pode definir o destino final do pedido enquanto a mercadoria está em trânsito, não há motivo para manter o produto pronto estocado na fábrica, isso é custo e menos giro com a possibilidade de perda de datas comerciais importantes (essa questão é resolvida com o SSCC). c. Mitigação de lançamentos errados, eliminação de reentrega e garantia de estoque preciso (o operador não conta volume, confere a mercadoria de acordo com a nota fiscal e o pedido/ordem de compra). 2.3 Gestão de estoques Com relação à gestão de estoque, destacam-se: a. Inventário em tempo real, assertividade e precisão no estoque; b. Reposição eficiente; www.sola.org.br | [email protected] | Página 3 de 4 c. Foco na gestão e não nos processos: com fornecedores certificados no padrão passo a focar na gestão da informação e na maximização dos negócios em andamento, e não na operação do dia-a-dia. “O que não pode ser medido, não pode ser gerenciado”, William Edwards Deming. 2.4 Melhor gerenciamento das transações comerciais O ganho logístico também está intimamente ligado à realização e relações de negócios: a. Desburocratização: simplificação e automação no fluxo dos negócios (catálogos, ordens de compra, pedidos, informações de despacho, nota fiscal eletrônica e outros). Os cadastros são agilizados e automatizados. b. Os KPIs (Indicador-chave de desempenho, Key Performance Indicator) das áreas de compras, vendas e estoques são afetados positivamente. A integração e automação através de um padrão logístico global resulta em sucesso efetivo. Toda a empresa identifica, conta, lança, movimenta, paga e vende produtos. Há custos envolvidos em todos estes processos e etapas. Por isso, se a empresa compradora aproveitar a etiqueta, o processo e a informação do fabricante fornecedor, haverá uma aceleração e redução de custos. Se a sua empresa está gastando no desenvolvimento ou alteração de sistemas e processos, envolvendo estoques, compras e logística, fuja de códigos proprietários e da dependência de prestadores de serviços intermediários no processamento destes dados e aplique as melhores práticas de mercado com a adoção de um padrão logístico global. c. A adoção do padrão cria uma base sólida para um modelo de negócio onde a reposição pode ser administrada pelo próprio fornecedor: VMI – Inventário Gerido pelo Fornecedor (Vendor Managed Inventory) aplicado a grupos de produtos que assim o permitam ou tenham sido negociados neste modelo, por exemplo, material de consumo, intermediário, etc. www.sola.org.br | [email protected] | Página 4 de 4