Apresentação do PowerPoint

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Universidade Federal de Pelotas
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
Departamento de Fitotecnia - Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Quantitative Trait Loci
(LOCOS DE CARACTERES QUANTITATIVOS)
Alunos de doutorado:
Carlos Busanello, Eng. Agr., Me.
Professor orientador: Antonio Costa de Oliveira, Eng. Agr., PhD.
Análise de QTLs
Definições
Os caracteres quantitativos ou de variação contínua são aqueles que não
permitem a classificação dos indivíduos em classes distintas, ou seja, não há
uma diferenciação marcante entre os tipos segregantes.
QTL foi a denominação sugerida para qualquer loco que tem contribuição
para a variância do caractere.
 Aquele que exibe variação fenotípica contínua. Indivíduos diferem um do
outro através de pequenos incrementos no fenótipo.
 Normalmente são controlados por muitos genes
(herança poligênica);
Cada gene contribuiu para uma pequena mudança
no fenótipo;
frequência
40
30
 Cada gene individual apresenta padrão de
herança mendeliana;
20
10
 Forte efeito do ambiente sobre fenótipo;
0
1
3
5
7
9
11 13 15 17 19 21
Valor do caráter
 Herdabilidade tende a ser média a baixa;
 Caracteres agronômicos importantes apresentam
herança quantitativa:
Ex: Rendimento, estatura de planta, diâmetro de
planta, número de frutos, tamanho de frutos...
QTL (Quantitative Trait Locus )
1. Região do genoma que afeta uma característica quantitativa
2. Pode corresponder a:
1. Um gene;
2. Um grupo de genes próximos que atuam em conjunto;
3. Uma região promotora;
4. Uma região reguladora;
5. Outros elementos genômicos.
QTL (Quantitative Trait Locus )
1. “Região do genoma”:
1. Loco que possa ser acessado sem ambiguidade;
2. Menor região que afeta a característica;
2. “Característica quantitativa”:
1. Passível de medição objetiva;
2. Procedimento padrão para medir;
3. “Afeta”:
1. Loco contém elemento genômico (gene, promotor, inibidor, etc.);
2. Este elemento genômico participa de algum processo celular que contribui para a
característica;
3. Diferentes variantes (alelos) do loco produzem modificação mensurável na
característica.
QTL (Quantitative Trait Locus)
Interesse para melhoramento
1. Permitem previsões sobre o fenótipo baseadas no genótipo;
2. Fenótipo só é disponível após certo tempo, ou até mesmo não disponível;
3. Custo das técnicas laboratoriais para genotipagem pode ser uma barreira.
QTL (Quantitative Trait Locus)
Fatores adicionais a considerar
1. Herdabilidade
1. Porcentagem da variância da característica numa população devida à genética;
2. Restante da variação é devida ao ambiente;
3. Quanto mais baixa a herdabilidade, mais difícil de melhorar por via genética;
2. Epistasia
1. Interação genética pela qual o efeito combinado de dois ou mais QTLs é superior
à soma dos efeitos individuais.
QTL (Quantitative Trait Locus)
Vários tipos de populações podem ser utilizadas no
mapeamento genético dependendo do hábito reprodutivo
da espécie, do objetivo do trabalho e do tempo disponível
para sua realização.
QTL (Quantitative Trait Locus)
Desenhos experimentais
Para que um programa de análise de QTLs tenha sucesso é preciso
que os marcadores moleculares estejam em desequilíbrio de
ligação com os alelos segregantes nos locos que influenciam as
características fenotípicas.
Exemplo. Um organismo hipotético que tem apenas três pares de
cromossomos e que não apresenta recombinação, para facilitar a
visualização.
Uma geração de indivíduos a partir de
duas linhagens homozigotas. Em F2 os
alelos segregarão.
Os indivíduos F1 são cruzados com
indivíduos de uma das linhagens
parentais.
A diferença básica é
que, dentre os
indivíduos
que
serão analisados, há
apenas
homozigotos para
alelos que estavam
na linhagem com a
qual os indivíduos
F1 foram cruzados
ou heterozigotos.
Exemplo prático
Cruzamento inicial: B73 x Gaspé Flint
B73 -> é uma linha de referencia de
milho (genoma é sequenciado);
Gaspé Flint -> linha extremamente
precoce da América do Norte;
Coleção de linhas de introgressão
bem caracterizadas para tempo de
floração e raízes seminais.
Mapeamento genético
• Mapa genético é uma maneira de se observar a segregação de genes e, ao
mesmo tempo, é um instrumento que mostra a relação física entre eles.
• Para identificação de ligação entre dois locos, é necessário a existência de
desequilíbrio de ligação. Assim, é importante a realização de um
cruzamento entre genótipos contrastantes e a análise da progênie oriunda
desse cruzamento. Os desvios da segregação independente revelam a
ligação entre os locos analisados.
• Pode-se dizer então que um mapa genético constitui-se no ordenamento
e no estabelecimento de distancia entre marcadores genéticos.
• Dois tipos de mapas: mapa genético ou mapa de ligação e mapa físico.
Tem por base o nível de recombinação
entre marcadores (Distancia relativa)
Utiliza distancia real entre marcadores
(Número de base)
Exemplo prático
Dados de SNP de Coleção de linhas de introgressão visualizados com Flapjack
Dados de 50-K SNP array ILLUMINA
QTL (Quantitative Trait Locus)
Genotipagem
Fenotipagem
Boa caracterização
Análises estatísticas dos resultados
Esse é um dos pontos mais delicados do estudo dos QTLs, pois vários fatores
devem ser levados em consideração.
1. Do tamanho da amostra. Em amostra muito pequenas espera-se grandes oscilações ao
acaso. Nesse caso, os QTLs passíveis de identificação são aqueles que possuem efeitos muito
fortes, ou então passarão desapercebidos.
2. Da densidade de marcadores. Quanto mais marcadores, maior será o poder de detecção
dos efeitos combinados.
3. Da distribuição dos marcadores ao longo do cromossomo. Se eles estiverem com uma
distribuição muito agregada, teríamos grande poder de detecção nas regiões com alta
densidade, mas isso, na prática, faria com que eles funcionassem como um único marcador.
4. Do número de características fenotípicas considerado no estudo. Um programa bem
realizado procurará aumentar a chance de se descobrir efeitos de genes em fenótipos e
obviamente quanto mais características métricas forem analisadas, maior a probabilidade de
se encontrar marcadores associados a locos com efeitos significativos.
Praticando...
http://www.isbreeding.net
http://www.isbreeding.net/software/?type=detail&id=15
Configurações de
Região e Idioma:
Inglês
Possíveis Derivações
• BIN-> Região de marcadores redundantes;
• MAP-> Construção de mapas de ligação genética em populações
biparentais;
• CMP-> Construção de mapa consenso que compartilham marcadores
comuns;
• SDL-> Distorção da segregação de mapeamento de locus;
• BIP-> Mapeamento de genes aditivos e epistasia digênica em populações
biparentais;
• MET-> Mapeamento de genes aditivos e epistasia digênicas de ensaios
multiambientais;
• CSL-> Mapeamento de genes aditivos e epistasia digênica com linhas de
substituição de segmento cromossômico (CSS);
• NAM-> Mapeamento intervalo composto para populações NAM.
Exemplo
SMA -> Análise de um único marcador;
RSTEP-LRT-ADD -> Teste da razão de
verossimilhança com base em regressão Stepwise
para QTLs aditivos,
RSTEP-LRT-EPI -> Teste da razão de verossimilhança
com base em regressão Stepwise para epistasia.
Exemplo
COE -> Matriz triangular do coeficiente de correlação entre os marcadores;
MTP -> Frequência do marcador, e teste do qui-quadrado para a segregação;
QIC -> QTL identificado a partir mapeamento por intervalo composto (IC);
RIC -> Resultados de cada varredura unidimensional por intervalo composto(IC);
STA -> Estatísticas básicas dos fenótipos;
STP -> Regressão Stepwise.
E agora???
• Encontrei o marcador que indica a alteração, hipoteticamente
umc2030 em milho....
http://www.maizegdb.org/data_center/map?id=1140202&reflocus=309065#reflocus
QTL para angulo de raíz/número no chr. 9
IL
IL
Efeito parece restrito a
aprox. 2 Mb no telomero
chr. 9
B73
Chr. 9
B73
Perspectivas futuras
• Organismos transgênicos
Uma vez encontrado um QTL, a natureza exata do loco envolvido
pode teoricamente ser determinada. Para isso, é preciso que
primeiramente seja empregado uma densidade de marcadores
muito alta na região candidata, propiciando um mapeamento mais
preciso. A região do genoma pode ser então clonada e
sequenciada. Uma vez feito isso, variações alélicas naturais ou
mesmo artificiais podem ser "implantadas" tanto no organismo
onde se detectou o efeito fenotípico ou até mesmo em outros
organismos.
Perspectivas futuras
• Clones
• A utilidade do emprego dos clones no estudo de QTLs poderia
ser no sentido de verificar o efeito de diferentes condições
ambientais em um único genoma, em organismos onde os
clones não existam naturalmente. Podem servir ainda na
produção maciça de organismos transgênicos quando estes não
forem suficientemente estáveis para se manter com cruzamentos
convencionais. O emprego maciço de clones apresenta o perigo
de, devido à enorme uniformidade genética.
Perspectivas futuras
• Emprego de "biochips“
Biochips ou "chips de DNA" consistem em arranjos bidimensionais
de alta densidade de fragmentos de DNA sintetizados ou clonados.
A aplicação dos biochips em estudos com QTLs apresenta um
potencial enorme em um futuro próximo pois possibilita a
caracterização genotípica com alta densidade de marcadores
naqueles organismos que têm projetos de sequenciamento de
genomas ou mapeamento físico com alta densidade em
andamento. A perspectiva também é que os custos e a mão de
obra dos programas de QTLs, caiam drasticamente.
Universidade Federal de Pelotas
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
Departamento de Fitotecnia - Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Disciplina de Melhoramento Genético de Plantas
Quantitative Trait Loci
(LOCOS DE CARACTERES QUANTITATIVOS)
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