skeezos música Texto: Marta Almeida Carvalho Fotos: Skeezos / Virgínia Ferreira Show de música Skeezos é uma banda formada por um grupo de amigos que se reuniu para se dedicar àquilo que gosta: a música. Esquisita no nome mas não nos sons que produz, a banda da Maia tem tido uma boa aceitação no panorama musical. Este ano teve o privilégio de abrir o palco da Queima das Fitas e actuar para milhares de estudantes. 12 Skeezos! Eis um nome que entra no ouvido. A ideia soou a original e, inicialmente, foi pensada de forma diferente. Skizos rapidamente passou a Skeezos. “É um nome pouco ortodoxo, não é?”, questionam com humor. Skeezos mas nada «esquisos», e sem se aproximarem de estereótipos, caracterizam-se como uma banda rock-pop. “Temos músicas que se inserem no verdadeiro espírito rock, mais agressivas, e outras completamente pop, as mais românticas por natureza”. A formação é composta por cinco elementos – João Rosas (voz), Hélder Matos (guitarra), André Vilares (guitarra), Nelson Sousa (baixo) e Raul Ralha (bateria). Corria o ano de 2000 quando João e Hélder, na época ainda adolescentes, começaram a delinear o sonho que os movia. “Começamos a tocar umas musiquinhas, a maioria «covers», embora uma ou duas do nosso actual repertório tenham resultado dessa altura”, contam. André e Nelson chegaram à banda em 2004, juntamente com o antigo baterista, mas a formação só se reorganizou em 2007. É este o ano que marca o início oficial dos Skeezos. “Apesar da ideia ser antiga, o projecto é relativamente recente”, sustentam. As influências são diversas e passam por U2, Coldplay, Guns`n`Roses, Metallica, Aerosmith, The Doors e um rock progressivo e experimental. “Os nossos gostos musicais são muito variados”, frisam. O processo de criação é feito em conjunto, as ideias são trazidas para a sala de ensaio e trabalhadas por todos até à estruturação final 13 the jills skeezos música do tema. “As letras, essas são quase sempre lançadas pelo João e pelo Hélder, embora por vezes, também dê o meu bitaite”, explica André Vilares. O repertório conta já com cerca de duas dezenas de músicas, todas em inglês por uma questão de purismo. “A língua inglesa é a base do rock, por isso decidimos que iríamos cantar em inglês”, asseguram, admitindo que actualmente existe um estigma relativamente às bandas que cantam noutra língua que não o português. “É uma questão de modas. Está na moda fazer letras em português, até porque muito do produto musical é consumido em telenovelas”, salientam. Aquele “ora aqui está a salada de frango” proferido pelo empregado a meio da conversa com os Skeeezos numa esplanada no Porto, até que poderia vir a servir de mote a um tema da banda. “Coming up a chicken salad”, quem sabe? Palco da Queima e novo EP O percurso musical ainda é escasso mas, para o histórico, fica o primeiro lugar no Festival de Bandas da Federação Académica do Porto (FAP) o que lhes 14 permitiu abrir em “grande” o palco da Queima das Fitas da Invicta. “A sensação é indescritível. Foi a primeira vez que tocamos para tanta gente e havia um «friozinho» no estômago”, contam. A inexperiência de tocar ao vivo depressa foi esquecida e os estudantes «aqueceram os motores» para uma semana de folia ao som de Skeezos. “Para além do nervosismo inicial, imperou a vontade de dar um bom espectáculo a quem assistia”, afirmam, salientando que o concerto “correu muito bem” tendo passado a postura descontraída da banda. Para além deste prémio, a banda já havia vencido, em 2008, a 8ª edição do “Guitarmaggedon”, um festival de bandas organizado pela Faculdade de Engenharia do Porto. Os Skeezos encontram-se a gravar o seu primeiro trabalho. O lançamento do EP – “Skeezos” – aguardado para o final do ano marca, assim, uma etapa que se espera de sucesso para a formação. “Demorou um pouco mais do que o previsto, mas é normal. Foi surpreendente, para nós, já que foi a primeira vez que gravamos um disco”. Também recentemente a banda foi contemplada com o primeiro lugar na categoria de “Música” no “Step Into Europe Art Contest”. Q 15