BOLEn/1) HJGE-CDDI/DEDBC DGC ·se moderniza para o CENSO 2000 Um investimento de quase R$ 3 milhões em equipamentos, software e treinamento, feito através do Projeto Geoprocessamento e Modernização da Cartografia- Geocart, vai permitir o desenvolvimento de várias aplicações ligadas ao Censo. Até hoje, o número e o porte dos equipamentos de informática da DGC- Diretoria de Geociências -não permitiam o seu uso intensivo numa operação como o censo. Os equipamentos (micros e estações de tabalho) precisavam de monitores maiores, com mais memória, mais espaço em disco, mais velocidade no processador- condições que serão obtidas com os novos micros, plotters, scanners e programas em processo de aquisição. A maior utilização dos novos equipamentos será na criação dos mapas mutticipais e de localidades, que constituem a base operacional. Esse trabalho se estende até o início do ano 2000 com a preparação, impressão e distribuição dos mapas para cada um dos 5.507 municípios brasileiros. Sobre os mapas municipais e de localidades ainda são delineados os setores, que somam 170 mil no Brasil todo. São esses mapas, com a indicação dos limites de cada setor, que orientam os recenseadores no trabalho de Coleta de Dados. ATÉ HOJE, TUDO ISSO ERA COPIADO! Antes desta nova tecnologia, os mapas eram desenhados, copiados e depois ,, recortados, setor por setor, e colados na · caderneta do recenseador. Um verdadeiro galpão de indústria era montado no Rio de Janeiro, com centenas de pessoas contratadas para o trabalho. A grande vantagem das ferramentas de geoprocessamento será, além da rapidez e eficiência, a possibilidade de atualização dos mapas, incluindo novas estradas, vilas e municípios recém-criados. Nas grandes cidades, onde já existem mapas em meio digital, o IBGE está negociando com as ~,=========================================================~ prefeituras o fornecimento desses Processamento descentralizado arquivos. Um dos principais ganhos com estes investimentos na atualização da base em suas componentes urbana e rural está associado à decisão de descentralizar o processo de produção para as Unidades Regionais, promovendo, desta forma, o seu reaparelhamento e o incremento da qualificação das equipes técnicas daquelas unidades. Depois do Censo 2000, todo esse equipamento será utilizado no trabalho de atualização sistemática da base operacional e para incrementar a produção do mapeamento básico. 2 IBGE UM RETRATO DO PAÍS NA PNAD-96 Acaba de ser divulgada a Pesquisa N acionai por Amostra de Domicílios - PNAD - 1996, mostrando importantes aspectos demográficos, de educação, migração, trabalho, rendimento, família e habitação. Para chegar a esse perfil social e econômico do país foram visitados cerca de 105 mil domicílios, em 793 municípios. A PNAD abrange todo o Brasil, exceto a área rural da Região Norte. Estes resultados estão disponíveis via Internet, na publicação PNAD-Síntese de Indicadores e no CD-ROM, que já estão à venda nas livrarias do IBGE. Na publicação são apresentadas tabelas para Brasil e Grandes Regiões. Já o CDROM traz os dados de Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas. ~ S::i·"Jm o<o: •esu!to:dos da P~Jt:o.C./96 (1'2111197) :~ Õ C.or~·,ercio volta z, Z ~?.~_;f:.!Jlb_~Q_i_Q_!111 iBZl. .§"' "'o :r; a> .f: .::1presentor resul:.:.drs Pesaursa Mensar dt! Comersro (07fl11!lfl ncg~,tivos err· Seternbrw97 Est,:natrvas dJ prDducão AwícolaSetembro/9?(30.1'1C:87l Até o final do ano deverá ser divulgado o suplemento da PNAD com o tema Mobilidade Social. Para acessar a PNAD-96 na internet: http://www.ibge.gov.br IBGE pesquisa economia informal no país Saem os primeiros resultados do Censo Agropecuário A Pesquisa Economia Informal Urbana, até agora disponível apenas para o município do Rio de Janeiro, está sendo implantada, este mês, nas 27 unidades da Federação. O principal objetivo da pesquisa é identificar as atividades desenvolvidas no setor informal, avaliar sua contribuição em termos de geração de oportunidades de trabalho e rendimento e estimar sua importância na geração do PIB. A pesquisa é feita por amostra de domicílios em duas etapas. Na primeira, realizada em setembro, o IBGE visitou 2 340 setores em todo o Brasil, para identificar os proprietários das unidades produtivas do setor informal, trabalhadores por conta própria e empregadores com cinco empregados, no máximo. Para a segunda etapa, iniciada dia 3 deste mês, foram selecionados 50 mil domicílios, onde moravam os proprietários das pequenas unidades de produção. São estes proprietários que vão fornecer as informações sobre a organização e funcionamento de seus empreendimentos. Os resultados desta pesquisa devem ser divulgados em agosto do próximo ano. Os resultados do Censo Agropecuário, que levantou a situação de mais de seis milhões de estabelecimentos na área rural, estão sendo divulgados, começando pelo estado de Tocantins. No próximo mês será a vez do Rio de Janeiro, Goiás, f; 1 Santa Catarina e Rio Grande do Norte. ic Ir Realizado pela primeira vez em 1920, o Censo> Agropecuário levanta dados sobre a estrutura e a forma de r#i aproveitamento das terras, armazéns, silos, depósitos, máquinas ,] e equipamentos, mão-de-obra, efetivo dos rebanhos e de:: culturas permanentes, além de tecnologia, financiamentos,··· . receitas e despesas referentes às atividades agrícola, pecuária::. e à indústria rural. O Censo Agropecuário é realizado de cinco em cinco anos . e tem importância fundamental para a formulação de políticas nacionais para a agricultura, alimentação, estrutura fundiária e desenvolvimento regional. Estes primeiros resultados estão à disposição nas bibliotecas do CDDI e SDDis nos estados e na página do IBGE na Internet (http://www.ibge.gov.br). PMC chega à Bahia Começa este mês o trabalho de coleta da Pesquisa Mensal do Comércio - PMC - na Região Metropolitana de Salvador. Serão visitadas 802 empresas do comércio varejista, que fornecerão dados sobre faturamento e empregados. A pesquisa, feita em parceria com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - SEI, tem divulgação prevista para dezembro. e A ROCI~A NÃO É MAIS AQUEJ_,,t\. 3 Internacionalmente conhecida como a favela carioca por excelência, visitada e reverenciada como exemplar típico do que ~ convencionou chamar favela, a Rocinha de .Qoje pouco corresponde à denominação de "aglomerado subnormal", exceto por sua geografia e história de ocupação. Seu dinamismo econômico, a infra-estrutura de que dispõe e a variedade desérviços que oferece conferem à área um aspecto de bairro popular em rápida expansão. Essas são as conclusões a que chegou a socióloga Lícia Valadares, do IUPERJ (Instituto Univershário de Pesquisas do Rio de Janeiro) ao analisar a Rocinha na década de 60 e hoje, 30 anos depois. Em 1967, quando da sua primeira pesquisa, ainda se conceituava a favela como uma "ocupação ilegal de espaço .., um tipo de "invasão autorizada", ou "uma alternativa habitacional para os migrantes recém-chegados à cidade grande". Nessa ocasião, realmente, foi constatada uma unidade espacial geograficamente diferente do restante da cidade, no traçado irregular, na falta de infra-estrutura e de serviços básicos, funcionando mais como uma estratégia de sobrevivência, a reboque da economia de fora. As mulheres, como empregadas domésticas e os homens, operários da construção civil, na sua maioria. Foram essas idéias, correntes na época, que o IBGE adotou e assumiu nos censos de 50 e 60, classificando as favelas como aglomerados subnormais. O termo favela sequer é usado pelos moradores, que preferem as palavras comunidade ou bairro. Se nos anos 60 luz, que traz consigo a conotação de atestado de residência. Com a luz, tudo o que ela propicia em equipamentos . eletrônicos, de telecomunicações e eletrodomésticos. Dois jornais da Rocinha têm endereço na Internet; as 20 locadoras de vídeo indic~tn qy~,·~ um número substancial di;,,· : · . . . residências tem video-cassete; canal a,cabo, a TV ROC,.:dPeradà. por um grupo argentino atwn preço ·i·:!~ de R$ 32,00 /mês. · ,c,/cV algumas construções da Rocinha estavam no segundo andar, o bairro agora está praticamente vertícalizado e já no quinto andar. Do ponto de vista comercia(ã birosca, principal símbolo há 30 anos, éstá em extinção e em seu apareceram os corredores comerciais, com agências do panep,. dos Correios, casasde.material de construção com computad controle de estoqué; viagens, cinco ijuobiliárias e produtos importados. A · .· . . • . . 51& conta ainda com três~staeionamento§iD. pagos; uma from·de t~xi local e•.umHfh empresa de ônibus com que fazem quatro linhas e Q•.restante da cidade. Entretanto, o que mais impressionou a socióloga foi a quantidade e a Do ponto de O QUE ÉA variedade dos serviços oferecidos aos segundo grau j . • ROCINHA;HOJE moradores. Toda a populaÇão possui grande aspiração Embora reconhecendo que, no t:aculdad e. luz elétrica direta e os mor~res conjunto de mais de 500Javelas do exibem, hoje, com orgulho; a conta de CIEPs, uma Rio, a Rocinha seja um,caso especial, a ' ~··•· · . .. t~ r .... , . . ' autora acre d 1 a . . . I Pesquisas precisam medir essas mudanças .d d que sua rea l1 a e I Falando aos técnicos do IBGE no seminário LEP, em setembro, a pesquisadora hoje é um I alertou para a necessidade de se criar uma nova categoria em substituição a indicativo da I "aglomerados subnormais" para que, no próximo censo, os dados coletados tendência atual, I consigam captar a nova realidade da favela. apontando o caminho que os I Já se sabe que a grande maioria dos domicílios tem rádio, fogão, televisão e I geladeira. Esses itens já não ajudam mais a diferenciar os moradores entre si. A demais I socióloga diz ser necessário ampliar a lista de bens de consumo ou substituir por "aglomerados I outros equipamentos que realmente expressem o atual padrão de consumo da subnormais" I população brasileira neste final de século. devem seguir. < ~. I I I I I ? ··· ~--------------------------~; 4 MAREs E RIOS BRASILEIROS TtM TUBARÕES, RAIAS E QUIMERAS Há atualmente no país grande curiosidade sobre os tubarões devido aos ataques que os banhistas, especialmente os surfistas, têm sofrido. No Brasil existem, no entanto, um número imenso de espécies de peixes e a importância deles vai desde o seu aproveitamento alimentar até o papel que exercem na natureza em conjunto com outros elementos. Um levantamento realizado pelo IBGE, até novembro de 1995, detectou que em nossas águas residiam ou freqüentavam 73 tubarões, 61 raias e duas quimeras (peixes de águas profundas, que quase não são vistos e são também chamados de peixe-bruxa). Estes peixes cartilaginosos, especialmente os tubarões, são capturados em maior número em pescarias de atuns. Eles oferecem produtos variados e muito consumidos pela população, como a cartilagem de tubarão, o filé de viola e de cação, o óleo de figado, rico em vitamina A, entre muitos. Estas informações estão sendo organizadas num banco de dados (ACCESS) e, em breve, estarão disponíveis ao público, que poderá acessar o programa nos micros instalados na biblioteca do IBGE. Outro produto em confecção é o mapa de ocorrências de tubarões, raias e quimeras na costa brasileira, a ser elaborado em meio magnético. • Mapas e pesquisa em disquete Este estudo faz parte do Projeto Fauna !etiológica do Brasil. Trata-se de uma atividade permanente da Gerência de Levantamentos e Sistematização de Dados sobre Recursos Naturais, Fauna, que utiliza uma metodologia estruturada para adquirir dados através de publicações científicas e entrevistas aos especialistas do setor. Esses dados recolhidos são transferidos para formulários exclusivamente desenvolvidos para padronizar as variáveis deste grupo zoológico. O tubarão cabeçachata é uma espécie que freqüenta tanto · os mares quanto os rios e estuários e tem uma distribuição muito ampla no território nacionaL • Ocorrências do tubarão cabeça-chata FORMAÇÃO DÁ DIREITO A VALE EXTRA Todo funcionário do IBGE que fizer curso de aperfeiçoamento na ENCE ou em qualquer outro local, tem direito a ". ressarcimento dos vale-transportes gastos no respectivo trajeto. 2 participou~~ Depois de concluído o cúrso, o chefe imediato deve fazer um documento atestando que o funcionário realmente do treinamento. O documento é encaminhado ao DISOR (Divisão de Saúde na Organização) - Setor de Beneficios, e funcionário imediatamente recebe os vales a que tem direito, de acordo com o tempo de duração do seu curso. o.: Mas, atenção, os vales só podem ser solicitados após a conclusão do curso, nunca antecipadamente. t!l~, j q. CURSO DE AMBIENTAÇÃO PARA NOVOS SERVIDORES O IBGE acaba de oferecer mais um Curso de Ambientação e Integração para 32 novos servidores, entre reclassificados do.:' último concurso e redistribuídos da SUNAB. O curso, planejado pela Coordenação de Treinamento- COT, teve como objetivo principal apresentar a instituição. Durante dois dias, os novos servidores conheceram um pouco da história da Casa e suas atividades. O evento contou com a presença do presidente Simon Schwartzman e incluiu a apresentação dos diretores da DPE, DGC, DieCDDI. BOLETIM C,.IBGE Publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, produzida pela Coordenação Geral de Comunicação Social Av. Franklin Roosevelt, 166 - go andar Rio de Janeiro/RJ TeL:(021 )220-0411 - Fax:(021)262-5429 Endereço na Internet http://www.ibge.gov.br Coordenador do projeto e editor Carlos Vieira (Reg. Prof. n° 18.508 MTb-RJ) Redatores Adilson Ribeiro, Fátima Santos, Léa Aguiar, Regina Mac Cord e Sheila Riera Colaboradores Angelo Pavan (DGC), Francisco Alchome (DPE), M. Angélica de Araújo (ENCE) Programação VIsual e editoração L Gonzaga Impressão e circulação Centro de Documentação e Disseminação de Informações- CDDI Tiragem: 9500 exemplares