Relação entre densidade populacional e padrões de degradação florestal em uma frente consolidada de desmatamento na Amazônia Taise Farias Pinheiro 1. Contexto Nos últimos anos, grande atenção tenha sido dada à estimativa do carbono que potencialmente é liberado para atmosfera devido às atividades antrópicas, mas ainda existe grande incerteza sobre o balanço do carbono terrestre (Houghton, 2005). Acredita-se que parte dos erros associados ao balanço de carbono origina-se de incertezas sobre os componentes potencialmente emissores de carbono que não estão sendo considerados no balanço, especialmente a degradação florestal, que tem aumentado em freqüência e extensão na Amazônia (Asner et al. 2002; Asner et al. 2005; INPE 2008). A representatividade desta atividade no balanço do carbono terrestre é ainda pouco compreendida e complexa de ser estabelecida, pois a partir do momento em que inicia-se a exploração seletiva de madeira, a degradação florestal progressiva pode seguir diversas e desconhecidas trajetórias, com diferentes impactos sobre a biomassa florestal. Está descrito na literatura que umas das possíveis trajetórias do desmatamento inicia-se com a retirada sistemática de madeira para diferentes usos (construção civil, compensados) podendo culminar na supressão total da floresta. Quando a remoção completa da cobertura florestal ocorre em um curto intervalo de tempo, em geral, menos de um ano, esse processo é denominado corte raso (INPE, 2008). No corte raso, a cobertura florestal é totalmente removida e substituída por outras coberturas e usos (agrícola, pastagem, núcleos urbanos, etc.). Quando o processo de remoção da cobertura florestal é mais lento, e dura mais de 3 a 4 anos, apresentando eventos de incêndios florestas, o processo é denominado degradação florestal progressiva (INPE, 2008). Nesse processo, a primeira etapa consiste quase sempre na retirada das espécies de maior valor comercial (extração seletiva de madeira), seguido pela retirada de espécies que fornecem madeira para a construção civil. Por fim, são colhidas as árvores de madeiras leves, para a produção de compensados e placas. Dessa forma, diferentemente do desmatamento por corte raso, o processo de degradação florestal pode levar vários anos (Barlow e Peres, 2008), sendo que cada estágio, pode apresentar diferentes padrões e arranjos espaciais associados aos diferentes contextos sócio-econômicos e formas de ocupação humana que variam enormemente na Amazônia. No entanto, ainda há poucos trabalhos na literatura especializada que tratam de definir tipologias de padrões de degradação florestal, e critérios que permitam estabelecer as relações entre esses padrões e os diferentes processos de ocupação. Além disso, relacionar aspectos demográficos com as alterações no uso e cobertura da terra tem se mostrado um desafio, pois a maioria trabalhos existentes se dividem entre trabalhos em escalas micro (no nível de estabelecimentos e de assentamentos rurais), ou escalas macro, com dados agregados, tendo como unidade espacial de análise o município ou o estado (Gavlak, 2011). O sensoriamento remoto e as geotecnogias são consagradas como as principais ferramentas para a avaliação da extensão, intensidade e trajetória do desmatamento, em diferentes escalas (Escada, 2003; Silva et al, 2008; Oliveira e Metzger, 2008; Saito, 2010), e mais recentemente como ferramentas de análise das relações entre padrões de mudança de cobertura da terra e dinâmica populacional. Segundo Mccraken et al. (2002), estudos sobre mudanças de uso e cobertura da terra devem possibilitar a integração entre dados provenientes de imagens de sensoriamento remoto e dados sócio-demográficos, combinando técnicas de processamento de imagem com métodos analíticos das ciências sociais. 2. Objetivo O objetivo deste trabalho é identificar associações entre a densidade populacional e padrões de degradação florestal em uma fronteira agrícola consolidada da Amazônia, analisando o período de 2000. 3. Área de estudo Este estudo será desenvolvido em uma região inserida no município de São Félix do Xingu, localizado no estado do Pará (Figura 1). Em 2000, a população do município era de XX em 2000. De acordo com os dados do PRODES, no ano de 200 o município acumulava cerca de 70 mil Km² de área desflorestada, cerca de 8% da área do município. Figura 1 – Área de estudo 4. Método 4.1 Mapeamento da degradação florestal A classificação dos polígonos de degradação foi é feita na imagem TM/Landsat, apoiada no mapa do PRODES, que integra todo o histórico de desflorestamento (corte raso) mapeado, e as áreas de não-floresta. Esta máscara foi utilizada para evitar que desmatamentos antigos identificados pelo PRODES fossem classificados como degradação florestal, isto porque considerou-se que uma vez indicado como corte raso pelo Prodes, a área não poderia ser reclassificada como degradação florestal. A classificação supervisionada (Spring, Câmara et al. 1992) foi feita a partir das imagens fração solo do modelo linear de mistura espectral (MLME). O MLME visa estimar a proporção das componentes solo, vegetação e sombra, para cada pixel da imagem, a partir da resposta espectral nas diversas bandas, gerando as imagens-fração solo, vegetação e sombra (Shimabukuro et al. 1991). As bandas 3, 4 e 5 do TM/Landsat são utilizadas, formando um sistema de equações lineares que pode ser resolvido utilizando o método dos Mínimos Quadrados Ponderados. O modelo de mistura espectral pode ser escrito como: ri=a*vegei+b*soloi+c*sombrai+ei, onde ri é a resposta do pixel na banda i da imagem AWIFS; a, b e c são proporções de vegetação, solo e sombra/água que compõem o pixel; vegei, soloi e sombrai correspondem as respostas espectrais de cada uma das componentes citadas; ei é o erro de estimação intrínseco para cada banda i. Esta classificação resultou em uma mapa de floresta e degradação florestal, que será utilizado como base para aplicação da técnica de mineração de dados no GeoDMA (Korting et al. 2008). 4.2 Mineração de dados: Degradação Florestal Progressiva O desmatamento por degradação florestal progressiva é definido como um processo gradativo, no qual se observa a perda parcial e contínua da cobertura florestal, com o conseqüente aumento da proporção de solo exposto. Após a análise da imagem referente à área de estudo, foi possível identificar e caracterizar diferentes níveis de intensidade de degradação: Inicial, Moderada e Avançada. O tipo e a descrição de cada padrão podem ser visualizados na Tabela 1. Tabela 1: Padrões de degradação florestal progressiva Tipo Inicial Padrões Descrição - Pequenas manchas - Manchas isoladas - Baixa densidade Moderado - Manchas pequenas a média - Manchas próximas - Média densidade Avançado - Alta densidade - Manchas médias e grandes - Manchas agrupadas As métricas da paisagem CA (Class área) e MSI (Mean Shape IndexI) foram utilizadas para mapear os tipos de degradação florestal. A métrica CA está relacionada à área de todos os fragmentos de cada classe. A métrica MSI está relacionada à média do índice shape para os fragmentos de cada classe. 4.3 Distribuição da população O resumo das técnicas utilizadas para gerar a superfície de população pode ser visualizado na Figura 2. Figura 2 – Técnicas utilizadas para gerar a superfície de população (Amaral, 1995) Para obter um mapa da distribuição populacional, foram recuperados dados que representassem as variáveis indicadoras da ocorrência de população (Tabela 2), para desagregar a população da malha censitária de 2000. Estas variáveis foram escolhidas de acordo com relatos da literatura (Gavlak, 2011; Amaral, 2005). Tabela 2 – Variáveis utilizadas para desagregar os dados de população Dados Ano Fonte Representação Localidades 2000 Trabalho de campo Pontos Estradas 2000 IBGE Linhas Hidrografia 2000 ANA Linhas Cobertura florestal 2000 TM/Landsat 5 Mapa temático A lógica Fuzzy foi utilizada para gerar uma superfície de ocorrência potencial da população, através da adição das informações contidas nas variáveis indicadoras. A lógica Fuzzy pode ser utilizada para tratar situações intermediárias, para as quais o analista não possui informação completa. Para atribuir os valores de pertinência fuzzy foi utilizada a função de pertinência quadrática (equação 1), assim como realizado por Amaral (2005) e Gavlak (2011). (1) O valor de beta (β) corresponde ao valor da variável para quando a possibilidade de ocorrência de população é máxima e equivale a um. O valor de alfa (α) é adquirido a partir do valor da variável para a situação em que a ocorrência ou não ocorrência de população teriam a mesma possibilidade de acontecer, ou seja, para quando o valor da função for igual a 0,5. Essa função é representada pela equação 2, onde z é o valor da variável para quando f(z) = 0,5: (2) A contribuição relativa das variáveis foi obtida pela o método AHP (Analytic Hierarchy Process) (Saaty, 1980), que é um método de análise multicriterial baseado em um processo de comparação pareada, no qual os diversos atributos de interesse são representados através de sua importância relativa. Posteriormente, a população foi desagregada do setor censitário (polígonos) nas células a partir da equação 3: Pgrid i PCT I Fgrid i F grid I (3) Onde Pgrid é a população da célula que será calculada, PCTI é a população do setor censitário, Fgridi é o valor fuzzy de possibilidade de ocorrência de população para a célula, e FgridI é a somatória de todos os Fgridi, considerando apenas as células válidas. 4.4 Compatibilização dos dados de uso e cobertura da terra e dados populacionais A superfície de população gerada na etapa anterior e o mapa de degradação florestal progressiva da sessão 4.2 foram integrados em um espaço celular através do plugin de preenchimento de células do TerraView 4.1, com células de tamanho de 2 x 2 km (Figura 3). O plugin de preenchimento de células (Aguiar et al., 2008) possibilita calcular valores para atributos de tabelas associadas a planos de informação do tipo celular. O objetivo é homogeneizar informações provenientes de diferentes fontes, em formatos distintos (dados vetoriais, matriciais, etc), agregando-os em uma mesma base espaço-temporal. Figura 3 – Esquema de integração de dados populacionais e de degradação florestal 5. Análise estatística Utilizou-se a Correlação não paramétrica de Spearman para avaliar o efeito da densidade populacional sobre o padrão de degradação florestal mapeado. Para avaliar a significância do coeficiente da correlação de Spearman utilizou-se a simulação de Monte Carlo, gerando-se 1000 amostras aleatórias contendo 100 observações. 6. Resultado e Discussão 6.1 Análise de padrões de degradação florestal Após o mapeamento da degradação florestal, utilizou-se a técnica de mineração de dados para classificação dos padrões de degradação, através do GeoDma (Korting et al. 2008). A figura 4 mostra a árvore de decisão gerada para a classificação dos padrões de degradação. Entre as duas métricas da paisagem selecionadas no GeoDMA, a CA (Class Area), métrica relacionada à área de todos os fragmentos de cada classe, foi suficiente para discriminar os padrões de degradação florestal determinado a priori. Assim, a classe floresta não apresentou fragmentos característicos da degradação, e as demais classes apresentaram um grau crescente de cobertura de degradação na célula, de acordo com a Figura 4. Figura 4 – Árvore de decisão gerada com a técnica de mineração de dados no GeoDMA A Figura 5 mostra a distribuição espacial das classes de degradação florestal mapeada de acordo com a árvore de decisão gerada. Para o ano de 2000, observou-se que a maior parte da área estava coberta por floresta (51,7%) e corte raso (38,8%) (Figura 6). Entre as classes de degradação florestal, a classe degradação inicial foi predominante (7,2%), seguido pela degradação moderada (2,05%) e, por fim, avançada (0,05%). Figura 5 - Mapeamento do uso e cobertura da terra na área de estudo para o ano de 2001 Figura 6 - Número de células classificadas nas classes de uso e cobertura da terra na área de estudo para o ano de 2001 6.2 Distribuição da população Para elaborar as superfícies de distribuição espacial da população foi necessário estabelecer valores das variáveis onde a possibilidade de ocorrência de população fosse igual a 1, zero ou 0,5, de acordo com a técnica de inferência função fuzzy utilizada. A distribuição de freqüência das localidades em relação à distância aos rios (Figura 7) indica que 90% das comunidades estão no máximo a 100 km de distância dos rios. A distribuição de freqüência das localidades em relação à distância às estradas (Figura 8) indica que 90% das comunidades estão no máximo a 67 km de distância das estradas. A relação entre a porcentagem de floresta e presença de população foi determinada de forma empírica, considerando que é improvável encontrar núcleos de população em regiões de densa cobertura florestal (Gavlak, 2011; Amaral, 2005). Assim, considerou-se que quando há mais de 99% de cobertura florestal, não há possibilidade de ocorrência da população. Assim, baseando-se em estatística descritiva de cada variável (gráfico de freqüência acumulativa de distância dos rios e estradas a localidades) definiu-se os parâmetros máximos, mínimos e médios das variáveis que foram associados ao intervalo de 0 a 1 da função fuzzy (Tabela 3). Figura 7 – Freqüência acumulada e histograma da distância de estradas à localidades Figura 8 – Freqüência acumulada e histograma da distância de rios a localidades Tabela 3 – Parâmetros das variáveis indicadoras de população para a inferência Fuzzy Variável valor f(z) alfa beta Distância a estradas ≤ 12000 1 5086.00 163008 = 58000 0.5 > 67000 0 Distância a localidades Distância a rios Porcentagem de floresta ≤ = > ≤ = > 18000 27000 45000 100000 48000 12000 1 0.5 0 1 0.5 0 78266.00 ≤ = > 0.25 0.5 0.99 1 0.5 0 1.51 14138 96145.00 245407 0.8314 A contribuição relativa das variáveis indicadoras foi obtida pela técnica AHP (Analytic Hierarchy Process). A ponderação final utilizada na média ponderada das variáveis é apresentada na Tabela 4. A combinação das variáveis indicadoras gerou a superfície de densidade populacional para o ano de 2000 (Figura 9). Tabela 4 – Ponderação da importância relativa das variáveis indicativas de população Variável Ponderação Distância a rios 0.148 Distância a estradas 0.417 Porcentagem de floresta 0.031 Distância a localidades 0.350 Razão de consistência: 0.09 Figura 9 – Distribuição espacial da população da área de estudo para o ano de 2000 6.3 Relação entre distribuição populacional e degradação florestal O coeficiente estimado de correlação de Spearman foi de 0.08, indicando forte correlação entre densidade populacional e ocorrência de degradação florestal. No entanto, de acordo com o método de Monte Carlo este coeficiente não é significativo, uma vez que os n coeficientes estimados com a simulação de 1000 amostradas indicou alta probabilidade de ocorrência de valor nulo (0). Desta forma, concluiu-se que não há relação entre densidade populacional e estágios da degradação florestal. 7. Conclusões Cada vez mais os estudos científicos têm evidenciado uma inexistência da relação direta entre densidade populacional e desmatamento, evidenciando que outros fatores, tais como, a dinâmica populacional tem papel fundamental na mudança de uso e cobertura da terra. Este estudo levanta indícios de que, também para padrões de degradação florestal, não há uma relação direta com densidade populacional. No entanto, estudos futuros deveriam analisar a relação entre dinâmica populacional, evolução dos padrões da degradação florestal progressiva e formação de núcleos urbanos. Há indícios de que, para esta região, a rápida trajetória da degradação florestal em direção à supressão total da floresta (corte raso) possa estar relacionado à formação de novos núcleos urbanos. Para tanto, novas tipologias de degradação florestal, com semânticas relacionadas à ocupação humana, deverá ser formulada. 8. Bibliografia Aguiar, A.P., Andrade, P.R., Ferrari, P.G. 2008. 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