Conjuntura econômica internacional

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Dados: Fechamento em 18/11/2016.
= Tendência de alta/baixa/estabilidade em relação ao fechamento em 11/11/2016.
 SITUAÇÃO GLOBAL
UE prevê crescimento modesto até 2018
O PIB na ZE-19 e na UE-28 deverá crescer, respectivamente, 1,7% e 1,8% neste ano; 1,5% e 1,6% em 2017; e 1,7% e 1,8% em
2018.
A Comissão Europeia divulgou previsões para os principais indicadores da zona do euro (ZE-19) e da União
Europeia (UE-28) Em 2016, o PIB real deverá expandir-se 1,7% na ZE-19 e 1,8% na UE-28 (em 2015, as taxas
foram, respectivamente, 2,0% e 2,2%). Em 2017, o crescimento seria de 1,5% para a ZE e 1,6% para a UE (ambas
as previsões rebaixadas em 0,3 ponto percentual, em comparação com o relatório anterior). Para 2018, prevê-se
leve aceleração, quando as taxas respectivas de crescimento se elevariam para 1,7% e 1,8% (as mesmas projetadas
para 2016). A inflação ao consumidor na ZE-19 saltará de 0,3%, em 2016, para 1,4%, em 2017, mesmo nível
previsto para 2018. Na UE-28, a previsão é de aumento de 0,3% para 1,6%, no próximo ano, e para 1,7%, em
2018. O índice médio de desemprego cairá na zona do euro, de 10,1%, em 2016, para 9,2%, em 2018, e na UE, de
8,6% para 7,9%. O consumo privado impulsionará a retomada, mas fatores que beneficiavam a economia europeia
tendem a desaparecer: os preços de energia subirão e não haverá ganhos da desvalorização cambial. Entre os
obstáculos, são citados o fraco crescimento mundial, débil comércio internacional, incertezas políticas, alto
endividamento público e privado, elevada exposição dos bancos à inadimplência e desemprego em alguns países.
http://ec.europa.eu/economy_finance/publications/eeip/pdf/ip038_en.pdf
FMI aprova medidas do Governo Macri
O Fundo referendou os esforços da Argentina para superar a crise econômica e as medidas adotadas pelo PR Macri para reformular
as políticas fiscal, tarifária e cambial. Apontou a necessidade de aprofundar o ajuste das contas públicas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, em 10/11, o relatório da Consulta do Artigo IV com a
Argentina, encerrando período de dez anos sem a avaliação. O FMI reconhece os avanços realizados para sanar os
desequilíbrios herdados pelo Governo Macri, entre eles a introdução de regime cambial flutuante; a correção de
tarifas; o acordo com os credores; o estabelecimento de metas de inflação e de déficit fiscal; e a reconstrução da
agência nacional de estatísticas (INDEC). Ressalta, contudo, que as medidas de correção, embora necessárias,
geraram impactos adversos de curto prazo para a economia argentina, que, prevê, cairá -1,8% este ano, retomando
trajetória de crescimento a partir de 2017 (+2,7%), com taxas em torno de 3% ao ano até 2021. A retomada do
consumo, a melhoria no cenário externo e o retorno dos investimentos privados sustentariam o crescimento.
Presidente do Fed sinaliza aumento de juros nos EUA
Janet Yellen indicou, em debate no Congresso norte-americano, que o Fed seguirá atuando com independência e que o aumento das
taxas de juros poderão, em breve, mostrar-se adequados.
Em sessão realizada em 17/11 no Comitê Econômico Conjunto do Congresso, a Presidente do Federal
Reserve (Fed), Janet Yellen, sinalizou como "relativamente próxima" a possibilidade de aumento na taxa básica de
juros da economia dos Estados Unidos ("such an increase could well become appropriate relatively soon"). Se a
vitória de Donald Trump causou volatilidade nos mercados, principalmente com remanejamento de ativos para
áreas da "economia real", a eleição serviu para aumentar de cerca de 60% para mais de 90% as chances de elevação
da taxa básica na próxima reunião do Fed (13-14/12/2016). A Presidente do Fed utilizou a ida ao Congresso para
novamente ressaltar a independência estatutária do órgão na busca de seus dois objetivos (estabilidade de preços e
mínimo desemprego). Afirmou, ainda, que pretende completar o seu mandato até o final de janeiro de 2018 ("I
was confirmed by the Senate to a four-year term, which ends at the end of January of 2018, and it is fully my
intention to serve out that term").
Nova rodada de negociações da Parceria Econômica Regional Abrangente
Governo filipino espera que o acordo seja assinado em 2017, com cobertura de bens, serviços, investimentos, cooperação econômica e
técnica, propriedade intelectual, concorrência e mecanismo para a resolução de disputas.
As Filipinas sediaram, em 03-04/11, rodada de negociações da Parceria Econômica Regional Abrangente
(RCEP), envolvendo os dez membros da ASEAN e os seis países com os quais ela tem acordos de livre comércio:
Austrália, China, Coreia do Sul, Índia, Japão e Nova Zelândia (metade da população mundial, quase 30% do PIB e
mais de um quarto das exportações globais). Entre as dificuldades na negociação, destaca-se a reticência da Índia
em relação à China: a Índia indicou poder fazer concessões em 80% das linhas tarifárias para os parceiros da
RCEP, à exceção da China, para quem faria cortes tarifários em 65% delas, em período de 20 a 30 anos.
 PUBLICAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Efeitos do reequilíbrio econômico chinês para o comércio mundial
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O modelo utilizado pelos autores do Fundo Monetário
Internacional engloba 41 economias e 34 setores e aponta os
efeitos do novo reequilíbrio econômico chinês sobre os
parceiros comerciais. Entre os desenvolvimentos mais
significativos, o estudo indica os impactos da movimentação
para estágios superiores das cadeias de valor junto às
economias mais avançadas na Ásia, como a coreana e a
japonesa. Economias de renda média e baixa podem vir a se
beneficiar da nova configuração socioeconômica na China. O
reequilíbrio na produtividade do setor de serviços tem impacto
mais limitado nos parceiros quando comparado a seu efeito na
economia chinesa.
http://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2016/wp16219.pdf
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