Pilotos da USAF explicam na TV porque não querem voar o F-22

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Pilotos da USAF explicam na
TV porque não querem voar o
F-22
Dois pilotos de F-22 Raptor da Força Aérea dos Estados Unidos
(USAF) adotaram uma medida sem precedentes: foram a TV
explicar por que se recusam a voar a aeronave, ao vivo, para
uma audiência televisiva nacional. Aparecendo em uniforme e
sem a permissão de seus superiores, o major Jeremy Gordon e o
capitão Joshua Wilson disseram no programa 60 Minutes
(entrevistados por Lesley Stahl) que decidiram evocar a lei de
proteção federal para questionar abertamente uma decisão da
USAF de manter a aeronave voando, mesmo com a maioria dos
pilotos sofrendo problemas de saúde por causa de algo errado
com o sistema de oxigênio dos F-22. Tanto Wilson quanto Gordon
ficaram desorientados durante o voo, algo que vem acontecendo
em um ritmo que excede em muito a norma para aviões militares.
Os oficiais disseram que a USAF equipou os aviões por um breve
período com filtros de carvão no sistema de oxigênio, visando
remover os contaminantes (os filtros fizeram alguns pilotos
tossir expelindo um muco preto e já foram removidos), mas nada
foi feito para resolver o problema real.
O F-22 ficou groundeado por meses enquanto os engenheiros
procuravam descobrir a raiz do problema, e mesmo sem
conseguirem, as aeronaves foram liberadas para voltar ao
serviço. Depois de seus incidentes a bordo, Wilson e Gordon
disseram que não iriam mais voar a aeronave e foram ameaçados
de demissão. Eles também disseram que, embora nem todos os
pilotos tivessem tido os sintomas de hipoxia em vôo, muitos
queixaram-se da “tosse Raptor”, uma tosse crônica que é comum
entre estes pilotos de elite. Segundo os dois oficiais, outros
pilotos compararam-se a animais de laboratório, já que a USAF
estaria usando-os para coletar dados sobre as fontes
potenciais do problema. Funcionários superiores da Força Aérea
entrevistados pelo programa disseram que pretendem manter a
aeronave voando.
“Idealmente, eu quero o risco o mais baixo possível. Eu não
sou capaz de conduzi-lo tão baixo neste avião como consigo em
outros por causa dessa circunstância desconhecida, mas estamos
em um nível que acreditamos ser possível operar com segurança
o avião”, disse o general Michael Hostage, comandante do Air
Combat Command. Ambos os pilotos disseram que gostariam de ver
a aeronave consertada para que possam voar de novo, chamando o
F-22 de “invencível” como plataforma de combate, mas Wilson e
Gordon reafirmaram que não reassumirão aos controles do caça
stealth de 5ª geração até que o defeito seja consertado.
FONTE e FOTO: CBS News
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