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Braz J Periodontol - Março 2015 - volume 25 - issue 01
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE TERAPIA
FULL MOUTH DISINFECTION POR PERIODONTISTAS DA
CIDADE DE JOÃO PESSOA- PB
Evaluation of knowledge about therapy full mouth disinfection by periodontists of the city João
Pessoa-PB
Isis Morais Bezerra¹, Verônica Cabral dos Santos², Fábio Luiz Cunha D’Assunção³
¹ Cirurgiã-dentista – Unipê - João Pessoa, PB, Brasil.
² Mestre em Periodontia - Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic - Campinas, SP, Brasil; Professora Assistente do Unipê - João Pessoa, PB, Brasil.
³ Doutor em Endodontia – Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraíba – UFPB – João Pessoa, PB, Brasil.
Recebimento: 30/09/14 - Correção: 13/01/15 - Aceite: 27/02/15
RESUMO
A terapia Full Mouth Disinfection consiste em um protocolo de tratamento periodontal em que a raspagem e
o alisamento radicular são realizados dentro de um período de 24 horas com o auxílio de substâncias químicas. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento sobre a terapia Full Mouth Disinfection por periodontistas da cidade
de João Pessoa, Paraíba. O universo foi composto por todos os 57 periodontistas registrados no Conselho Regional
de Odontologia da Paraíba que atuassem na cidade de João Pessoa. Houve uma perda amostral de 16 profissionais
e a pesquisa foi realizada por meio de um questionário semiestruturado aplicado aos 41 periodontistas contatados.
De acordo com os resultados obtidos, apenas 50% dos profissionais entrevistados conhecem a terapia Full Mouth
Disinfection. E, destes que conhecem, a maioria já fez uso da terapia e acredita em vantagens desta técnica em relação
ao tratamento convencional por quadrantes. As curetas manuais foram os instrumentais de escolha relatados pelos
profissionais que já haviam utilizado a Full Mouth Disinfection, assim como a clorexidina foi a substância química mais
citada para execução deste protocolo. Dessa forma, concluiu-se que a Full Mouth Disinfection é uma técnica conhecida
pela metade dos periodontistas entrevistados, mas ainda é pouco utilizada na Paraíba.
UNITERMOS: Periodontite, Terapia, Clorexidina. R Periodontia 2015; 25: 14-20.
INTRODUÇÃO
A doença periodontal é uma doença infecciosa
deflagrada pelo biofilme dentário resultando em uma
inflamação dos tecidos periodontais com progressiva perda
de inserção e perda óssea e pode ser classificada de acordo
com o grau e a extensão do tecido envolvido (Domingues
et al. 2010). Na gengivite, a resposta inflamatória é restrita
aos tecidos gengivais, tendo como características flacidez,
vermelhidão e sangramento da gengiva marginal. Já a
periodontite, um estágio mais grave da doença periodontal,
as alterações envolvem os tecidos de sustentação, com
aumento de bactérias Gram-negativas para 70% do total
da microbiota (Bruschi et al. 2006).
O tratamento periodontal consiste na desorganização
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e remoção das bactérias periodontopatogênicas, por meio
de raspagem e alisamento corono-radicular, cujos resultados
são bastante satisfatórios (Kolbe et al. 2011). Após o término
deste processo é possível observar redução da inflamação
clínica, microbiota menos periodontopatogênica, redução
da profundidade de sondagem e ganho de inserção clínica.
Contudo, o tratamento convencional realizando essa
raspagem por quadrantes além de ser longo, pode permitir
a translocação bacteriana de uma região ainda não tratada
para outra já tratada, recolonizando dessa forma as bolsas
periodontais (Zannata, 2005).
Com a finalidade de prevenir a recolonização bacteriana
e reinfecção dos sítios já raspados, Quirynen et al. (1995)
desenvolveram a Full Mouth Disinfection (FMD) que consistia
na raspagem e alisamento radicular (RAR) dentro de um
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período de 24 horas, associado ao uso de clorexidina em
todos os nichos intrabucais, ajudando a prevenir a reinfecção
dos sítios já tratados. O protocolo consistia em duas sessões
de raspagem e alisamento radicular dentro de 24 horas
combinado com: escovação do dorso da língua com gel de
clorexidina 1% por 1 minuto e bochechos com solução de
clorexidina a 0,2% por 2 minutos, bochechos 2 vezes ao dia
com 0,2% clorexidina por 1 minuto (durante os últimos 10
segundos, o paciente deve gargarejar para atingir as tonsilas),
três irrigações subgengivais com gel de clorexidina 1% por 10
minutos, repetidas no oitavo dia, bochecho de clorexidina
0,2%, durante 1 minuto, 2 vezes por dia, por 14 dias. Os
pacientes recebiam instruções de higiene oral incluindo escova
dental, limpeza interdental com escovas ou outros métodos
e escovação da língua.
A FMD tem sido avaliada por diversos estudos. Ao
compará-la com a terapia convencional por quadrantes,
algumas pesquisas mostraram melhores resultados clínicos
para FMD (Quirynen et al. 2000; Quirynen et al. 2006;
Aimetti et al. 2011). Outros estudos, além de resultados
clínicos positivos encontraram melhoras em indicadores
microbiológicos (Fonseca & Costa, 2011; Roman-Torres
et al. 2012). No entanto, outros autores discordam dessa
afirmação e enfatizam que os benefícios da FMD são
parcialmente devido ao uso de antissépticos e parcialmente
devido à realização em curto tempo, e somente por isso
trazem benefícios no tratamento da periodontite moderada
a grave (Quirynen et al. 2006). Além disso, várias pesquisas
demonstram que a utilização de antissépticos pode alterar as
comparações da terapia por quadrantes e da FMD (Cortelli et
al. 2009; COSTA et al. 2009). Outros exemplos são o estudo de
Swierkot et al. (2009) que concluiu que não há vantagens do
protocolo full-mouth em relação ao tratamento convencional
por quadrantes, o estudo de Cortelli et al.2013 que concluiu
que ambos os protocolos de raspagem por quadrantes e
raspagem em um estágio apresentam resultados clinica e
microbiologicamente similares e o estudo de Fonseca et
al.2014 que concluiu que o uso da clorexidina tanto na técnica
de raspagem por quadrantes como na técnica de um estágio
mostraram melhores resultados quando comparadas a essas
técnicas sem o uso da clorexidina.
Mesmo havendo conflitos na literatura, na sua maioria
motivados por diferenças metodológicas, não há dúvidas
de que a FMD constitui-se uma das alternativas da terapia
periodontal, principalmente no que diz espeito às preferências
do paciente e/ou do profissional (Santana et al. 2014).
Dessa forma ressalta-se a importância de pesquisas e
estudos aprofundados sobre o conhecimento e uso desta
técnica, conhecendo suas vantagens e benefícios, com o
enfoque em melhorias no atendimento e nas condições
periodontais dos pacientes.
O presente trabalho teve como finalidade avaliar, através
de um questionário, o conhecimento da terapia Full Mouth
Disinfection pelos periodontistas da cidade de João PessoaPB inscritos no Conselho Regional de Odontologia da Paraíba
(CRO-PB).
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MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Unipê sob o protocolo 181.796 de 27/12/2012,
atendendo a exigência proposta pelo Conselho Nacional de
Saúde, através da Resolução nº 196/96.
Este trabalho foi um estudo do tipo transversal, descritivo
e quantitativo.
O universo da pesquisa foi constituído por todos os
periodontistas registrados no CRO-PB e que atuavam na
cidade de João Pessoa, totalizando 57 periodontistas. Como
o universo apresenta um número viável para a realização
da pesquisa, todos os 57 periodontistas foram incluídos no
estudo.
Dos 57 periodontistas, 16 foram perdas devido à ausência
de telefone para contato, endereço ou telefones incorretos,
óbito, mudança de endereço, afastamento por motivos de
saúde entre outros motivos. Portanto, a amostra da pesquisa
foi composta por 41 periodontistas, de ambos os sexos.
Foram realizadas visitas aos consultórios dos profissionais
e a pesquisa foi explicada verbalmente. Após explicação, o
participante expressava a sua concordância na participação
da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE). Em seguida, era entregue o questionário
com perguntas objetivas e subjetivas, elaborado pelas
pesquisadoras.
Após coleta e tabulação dos dados, os mesmos
foram tratados com base no programa SPSS versão 17.0 e
posteriormente analisados por estatística descritiva.
RESULTADOS
Foram entrevistados 41 periodontistas, sendo 26 (63,4%)
do gênero feminino e 15 (36,6%) do gênero masculino.
A média de idade dos participantes foi de 46,51 anos.
58,5% (n=24) dos entrevistados possuíam mais de 20 anos
de formados, assim como a maioria, com 51,2% (n=21)
apresentavam outra especialização, além da Periodontia.
Com relação ao local de trabalho 48,8% (n=20) trabalhavam
apenas no serviço privado. Essas informações inerentes à
caracterização da amostra podem ser observadas na tabela 1.
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TABELA 1 – CARACTERIZAÇÃO DOS INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DO ESTUDO
Variável
Média (±dp)
n
%
Idade
46,51 (±10,59)
41
100
masculino
15
36,6
feminino
26
63,4
- de 5
0
0
5 a 10
7
17,1
11 a 20
10
24,4
+ de 20
24
58,5
total
41
100,0
sim
21
51,2
não
20
48,8
total
41
100,0
sim
20
48,8
não
21
51,2
total
41
100,0
Gênero
total
Tempo de formação (anos)
Outra especialidade
Trabalha apenas no serviço
privado
longo prazo, sendo citada por 7 participantes e a perspectiva
positiva do paciente que foi relatada por 6 participantes, o
que pode ser observado na tabela 3.
Ao analisar as informações sobre a FMD na tabela 2, pode
ser observado que o conhecimento acerca da terapia FMD foi
relatado por 48,8% (n=20) e 51,2% (n=21) não conheciam.
É verificado também que 34,1% (n=14) declararam já ter
utilizado a FMD, enquanto que 65,9% (n=27) nunca fizeram
uso da mesma. Dos profissionais que afirmaram já ter utilizado
a FMD, 64,3% (n=9) utilizaram esta técnica diante de
pacientes que apresentavam gengivite, 71,4% (n=10) diante
de periodontite crônica e 21,4% (n=3) diante de periodontite
agressiva. Do instrumental utilizado, 57,1% (n=8) utilizavam
o aparelho ultrassônico e 92,9% (n=13) utilizavam curetas
manuais como instrumental para raspagem e alisamento
radicular na FMD. O uso da clorexidina como substância
química foi unânime para os que já utilizaram a FMD. Sobre
a quantidade de vezes que os periodontistas utilizaram a
FMD durante sua vida profissional até a data da coleta, a
maioria dos participantes que utilizaram a FMD representada
por 85,7% (n=12), já utilizaram a FMD mais de seis vezes,
enquanto que 7,1% (n=1) utilizaram de 1 a 3 vezes e 7,1%
(n=1) utilizaram entre 4 e 6 vezes.
As vantagens, mais citadas pelos profissionais, da FMD
em relação ao tratamento convencional por quadrantes foram
a manutenção dos benefícios clínicos e microbiológicos em
Os procedimentos terapêuticos periodontais devolvem o
estado de saúde ao periodonto, de forma que trazem melhorias
aos parâmetros clínicos, através da raspagem e alisamento
corono-radicular (Ueda, 2011), porém esse tratamento
realizado de maneira convencional, por quadrantes, consome
muito tempo, além de ter alta probabilidade de contaminação
cruzada (Zannata, 2005; Duarte, 2009).
Estudos demonstraram que o protocolo FMD apresentou
resultados clínicos superiores, quando comparado à terapia
convencional (Quirynen et al. 2000; Quirynen et al. 2006;
Aimetti et al. 2011). Já outros autores demonstram que não
há diferenças significativas entre o grupo tratado em único
estágio e o grupo tratado de forma convencional, tendo
os dois grupos resultados similares, e desta forma estes
autores acreditam que o FMD não apresenta vantagens em
relação a raspagem por quadrantes, se contrapondo com os
autores citados anteriormente (Tomasi et al. 2006; Ribeiro et
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DISCUSSÃO
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TABELA 2 – CONHECIMENTO DOS ENTREVISTADOS EM RELAÇÃO A TERAPIA FMD
Variáveis
Conhecimento da terapia FMD
Uso da terapia
Gengivite
Indicação de uso da terapia
FMD
Periodontite
crônica
Periodontite
agressiva
Aparelho ultrassônico
Instrumental
utilizado para FMD
Curetas manuais
Agente
antimicrobiano
Clorexidina
Quantidade de vezes de uso da FMD na vida profissional
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n
%
sim
20
48,8
não
21
51,2
total
41
100,0
sim
14
34,1
não
27
65,9
total
41
100,0
sim
9
64,3
não
5
35,7
total
14
100,0
sim
10
71,4
não
4
28,6
total
14
100,0
sim
3
21,4
não
11
78,6
total
14
100,0
sim
8
57,1
não
6
42,9
total
14
100,0
sim
13
92,9
não
1
7,1
total
14
100,0
sim
14
100,0
não
0
0,0
total
14
100,0
1–3
1
7,1
3–6
1
7,1
mais de 6
12
85,7
total
14
100,0
17
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TABELA 3 – VANTAGENS DA TERAPIA FMD CITADAS PELOS ENTREVISTADOS
Variáveis
Manutenção dos benefícios clínicos
microbiológicos em longo prazo
Perspectiva positiva do paciente
n
%
sim
7
50,0
não
7
50,0
total
14
100,0
sim
6
42,9
não
8
57,1
total
14
100,0
al. 2008; Swierkot et al. 2009; Cortelli et al. 2013). Dentre os
profissionais entrevistados nesta pesquisa, a maioria está de
acordo com os estudos de Quirynen et al. (2000 e 2006), os
quais acreditam que o FMD apresenta vantagens em relação
ao tratamento convencional.
O uso da clorexidina na FMD é algo bastante questionado,
o que levou autores a realizarem estudos, para esclarecer a
importância, ou não, desta técnica. Quirynen et al. (2000)
em seu estudo sugeriu que os benefícios da FMD ocorrem
devido sua realização ocorrer em um curto período de
tempo e não pelo uso da clorexidina, logo seu uso não é
imprescindível. As pesquisas de Quirynen et al. (2006) e Santos
et al. (2013) concordam que o uso ou não da clorexidina é
algo insignificante e portanto dispensável. Diferentemente,
em um estudo similar de Quirynen et al. (2005) porém que
compara a clorexidina com álcool à clorexidina combinada a
CCP (cloreto de cetilpiridínio) e a um placebo, nos grupos em
que foi utilizado clorexidina houve melhores resultados em
relação àquele em que utilizou-se um placebo. No estudo de
Quirynen et al. (2006) avaliando o uso da clorexidina adjunto
ao fluoreto estanhoso resultou também que o uso de tais
substâncias não é realmente necessário, assim como Kruck
et al. (2012) que também utilizaram diferentes soluções de
irrigação e observaram que o uso de tais substâncias não
levou a melhores resultados, concluindo que o debridamento
é o que realmente importa. A maioria dos estudos (Quirynen
et al. 2000, 2005, 2006; Santos et al. 2013) utiliza a clorexidina
como agente antimicrobiano, condizendo com os resultados
deste estudo, em que todos os profissionais que já utilizaram
a técnica FMD, optam também pela clorexidina ao invés de
outras substâncias.
Neste presente estudo foi avaliado em quais situações
clínicas os entrevistados utilizam a FMD, e diante dos
resultados observou-se que a gengivite e a periodontite
crônica são as situações relatadas mais frequentes. No
entanto, a maioria dos estudos citados neste trabalho, como
Quirynen et al. (2000, 2005, 2006), Tomasi et al. (2006), Ribeiro
et al. (2008), Swierkot et al. (2009), Cortelli et al. (2009), Kruck
et al. (2012) e Santos et al. (2013) utilizam este protocolo
apenas diante de pacientes com periodontite crônica. Os
estudos de Aimetti et al. (2011) e Aimetti et al (2012) utilizam
a FMD diante de periodontite agressiva, entretanto há outros
estudos na literatura que se dedicaram a avaliar o uso da
FMD no tratamento da periodontite agressiva, encontrando
resultados positivos na melhora dos parâmetros clínicos e
microbiológicos durante o período avaliado.
Com relação aos entrevistados utilizarem a FMD com
clorexidina diante de pacientes com gengivite, pode-se
considerar um exagero, de certa forma, visto que a gengivite é
uma situação clínica mais simples no tocante a reversibilidade
e pode ser tratada com procedimentos como uma raspagem
convencional e orientações de higiene bucal. Desta forma é de
suma importância uma avaliação criteriosa destes profissionais
sobre qual a melhor forma de tratamento a ser utilizada para
cada situação clínica.
Quanto aos instrumentais utilizados, a maior parte dos
profissionais entrevistados utiliza tanto as curetas como o
ultrassom, corroborando com os estudos de Swierkot et al.
(2009), Aimetti et al. (2011), Kruck et al. (2012) e Santos et
al. (2013).
É importante destacar que praticamente a metade
dos entrevistados possui conhecimento do que é a FMD,
mas apenas 34,1% faz uso da mesma podendo-se sugerir,
desta forma, que esta é uma técnica ainda pouco utilizada
e que ainda não faz parte da rotina dos consultórios desses
profissionais. Assim, sugere-se o incentivo por uma maior
utilização e conhecimento sobre a FMD, visando ter um
maior número de opções de tratamento para cada paciente.
Durante a execução desse estudo, foi obser vada
certa timidez por conta dos participantes em responder
aos questionários, além da dificuldade em conseguir um
primeiro contato com esses indivíduos, uma vez que
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esse foi estabelecido por telefone, inicialmente, para que
então pudesse ser agendada a visita. No entanto, após o
agendamento, os participantes responderam prontamente
a pesquisa.
CONCLUSÃO
Diante dos resultados encontrados concluiu-se que
praticamente a metade dos profissionais entrevistados
conhece a terapia Full Mouth Disinfection, entretanto menos
da metade deles relatou já ter feito uso desta técnica. A maior
parte dos periodontistas entrevistados utiliza a FMD diante
dos casos de gengivite e periodontite crônica, a maioria
utiliza as curetas manuais como instrumental de raspagem
nessa terapia, todos os profissionais utilizam a clorexidina
como substância química nessa terapia e as vantagens da
FMD em relação à terapia por quadrantes mais citadas foram
manutenção dos benefícios em longo prazo e a perspectiva
positiva do paciente.
chemicals. The aim of this study was to evaluate the
knowledge of periodontists in the city of João Pessoa, Paraíba
about Full Mouth Disinfection therapy. The universe was
composed of all 57 periodontists registered in the Regional
Council of Dentistry of Paraíba who acted in the city of João
Pessoa. As there was a sample loss of 16 professionals, the
survey was conducted using a semi-structured questionnaire
administered to 41 periodontists contacted. According to
results, only 50% of the interviewed professionals know Full
Mouth Disinfection therapy, among those who know, most
have already made use of it and believe in advantages of this
technique compared to quadrants conventional treatment. It
was also observed that hand instruments are the most widely
used in this this procedure and chlorhexidine was the most
often chemical substance cited for implementation of this
protocol. Thus, it was concluded that Full Mouth Disinfection
is a technique known by half of respondents periodontists,
but is still not widely utilized in Paraiba.
UNITERMS: Periodontitis, Therapy, Chlorhexidine.
ABSTRACT
Full Mouth Disinfection therapy consists in a periodontal
treatment’s protocol that scaling and root planning are
performed within a period of 24 hours with the aid of
Declaração: Os autores declaram a inexistência de
conflito de interesse e apoio financeiro relacionados ao
presente artigo.
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An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Revista Perio Março 2015 - 27-04-15 66pags.indd 20
27/04/2015 14:49:24
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