CBS09. Avaliação do conhecimento sobre dengue da população participante da 16ª Semana de Assistência Farmacêutica Estudantil (SAFE) Rodrigues B, Castro CF, Benzi JRL, Alves GC, Pinto MC, Almeida AE Introdução: A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus da família Flaviviridae, e transmitida ao homem pela picada da fêmea infectada do Aedes aegypti. Além disso, para que aconteça o desenvolvimento do mosquito é fundamental a oviposição em locais que acumulem água limpa e parada. No Brasil, os casos de dengue apresentam tendência de aumento em determinados municípios. No município de Araraquara o número de casos autóctones até o mês de abril de 2014 foi de 420 casos, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE). Para tentar diminuir o número de casos o governo investe em algumas medidas de controle como a determinação e/ou acompanhamento dos níveis de infestação vetorial e a intensificação do combate ao vetor. Objetivo: Avaliar o conhecimento da população sobre a dengue devido aos elevados números de casos no município de Araraquara. Metodologia: A coleta de dados foi feita pela aplicação de questionários abertos e validados, durante a 16ª SAFE (Semana de Atenção Farmacêutica Estudantil), de 05 a 09 de maio de 2014, no período da 09:00 às 17:00h. Resultados e discussão: No estande de Doenças Parasitárias, durante a semana, passaram no total 112 pessoas (67% mulheres e 33% homens), sendo que 12 pessoas afirmaram que tiveram dengue e as formas de diagnósticos citadas foram 46,7% clínico, 20% exame, 20% exame de sangue e 13,3% exame do laço. Dentre estas, 58,3% conheciam alguém que já teve dengue e dentre as 100 pessoas que não tiveram dengue, 68,4% conhecem alguém que teve dengue. Quando questionadas sobre a forma de transmissão da doença, as respostas foram: 89,3% pela picada do mosquito, 3,6% água parada, 0,9% depende do lugar, 3,6% não sabem e 2,6% não responderam. Em relação ao reconhecimento do vetor, 68,7% reconhecem e 31,3% disseram não saber. Ao serem perguntadas se acham que todos os mosquitos estavam contaminados, 12,5% achavam que sim, 81,2% achavam que não, 5,4% não souberam responder e 0,9% não responderam. Sobre a questão dos agentes de saúde 97,3% permitem a entrada destes em suas residências, 1,8% não permitem e 0,9% não souberam responder. As principais formas de combate citadas pela população foram: não deixar água parada, colocar areia nos vasos, inseticida e repelente. Também foram mencionados métodos não convencionais como querosene, limão com cravo espalhado pela residência, sal na água; e três pessoas não sabiam dizer nenhuma forma de prevenção. Observa-se que, de modo geral, o conhecimento da população sobre a doença é grande e, dentre os entrevistados a maior parte permite o acesso dos agentes de saúde. Esses fatores, entretanto, não impedem o aumento no número de casos. As hipóteses podem ser que o conhecimento, nesse caso, não altera o comportamento diário ou, que os maiores criadouros não sejam residenciais. Palavras-chave: Dengue, Aedes aegypti, SAFE. Apoio financeiro: PROEX, FCFAr/UNESP, Prefeitura Municipal de Araraquara.