Agravos Epidemiológicos - Instituto Consciência GO

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16/4/2010
Agravos Epidemiológicos
Parte - 01
PROFa.. MSc.
PROFa
MSc. MARISE RAMOS
CONCEITOS
DOENÇA
Desajustamento ou uma falha nos
mecanismos de adaptação do organismo ou
uma ausência de reação aos estímulos a
cuja ação está exposto
exposto.. O processo conduz
a uma perturbação da estrutura ou da
função de um órgão, ou de um sistema ou
de todo o organismo ou de suas funções
vitais..
vitais
Jenicek e Cléroux, 1982
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Agente etiológico: é o agente causador ou responsável
pela origem da doença transmissível.
PROTOZOÁRIOS
VÍRUS
METAZOÁRIOS
BACTÉRIAS
FUNGOS
HOSPEDEIRO
Pessoa ou animal vivo, incluindo aves e os
artrópodes,
que,
em
circunstâncias
naturais, permitem a subsistência ou
alojamento de um agente infeccioso
infeccioso..
INFECÇÃO
É a entrada e desenvolvimento ou
multiplicação de um agente infeccioso no
organismo de uma pessoa ou animal
animal..
INAPARENTE =
SUBCLÍNICA
INFECÇÃO
MANIFESTO =
SINAIS E
SINTOMAS
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INFECTIVIDADE
É a capacidade que têm certos organismos
de penetrar e de se desenvolver ou de se
multiplicar no hospedeiro ocasionando a
infecção..
infecção
PATOGENICIDADE
É a qualidade que tem o agente
infeccioso de, uma vez instalado
no organismo do homem e de
outros
animais,
produzindo
sintomas em maior ou menos
proporção
dentre
os
hospedeiros infectados.
infectados.
VIRULÊNCIA
É a capacidade do agente de produzir
casos graves ou fatais.
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DOSE INFECTANTE
É a quantidade
de agente
etiológico
necessária para
iniciar uma
infecção.
PODER INVASIVO
É a capacidade que
tem o agente de se
difundir através de
tecidos, órgãos e
sistemas
anatomofisiológicos
do hospedeiro
hospedeiro..
IMUNOGENICIDADE OU ANTIGENICIDADE
É a capacidade que tem o agente para
induzir
imunidade
específica
no
hospedeiro..
hospedeiro
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DOENÇA TRANSMISSÍVEL
É qualquer doença causada por um agente infeccioso
específico ou seus produtos tóxicos, que se manifestam
pela transmissão deste agente ou de seus produtos de um
reservatório a um hospedeiro susceptível, seja diretamente
de uma pessoa ou animal infectado, ou indiretamente, por
meio de um hospedeiro intermediário de natureza vegetal
ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
inanimado.
RESERVATÓRIO
Qualquer ser humano,
animal, artrópode,
planta, solo ou matéria
inanimada, onde
normalmente vive se
HANSENIASE reservatório
humano
multiplica um agente
Reservatório
raiva
infeccioso e do qual
extra- humano
tétano
depende,
reproduzindo-se de
maneira que possa ser
transmitido a um
hospedeiro suscetível.
É uma pessoa (ou animal) infectado, que alberga
um agente infeccioso específico de uma doença,
sem apresentar sintomas clínicos e constituindo-se
fonte potencial de infecção para o homem.
PORTADOR
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TRANSMISSIBILIDADE
INCUBAÇÃO
É o intervalo de
tempo
que
decorre entre a
exposição a um
agente infeccioso
e o aparecimento
de
sinais
sintomas
e
da
doença
P
E
R
Í
O
D
O
Tempo durante o qual
o agente pode ser
transferido, direta ou
indiretamente,
uma
de
pessoa
infectada
a
pessoa,
de
outra
um
animal infectado ao
homem ou de um
homem a um animal.
respectiva.
• DIRETA
M
O
D
O
S
D
E
-secreções, relações sexuais, lesões
(doenças transmissíveis, sarampo,
tuberculose)
HORIZONTAL
- Mediante veículos de transmissão
como:
objetos
ou
materiais
contaminados (gastrenterites).
T
R
A
N
S
M
I
S
S
Ã
O
• INDIRETA
- Intermédio de um vetor (dengue)
- Ocorre pelo ar (gripe)
VERTICAL
Ocorre durante o processo de
reprodução, desenvolvimento fetal ou
parto (mãe para filho) (AIDS, Sífilis)
Sífilis).
VETOR
são seres vivos que veiculam o agente, do
reservatório até o hospedeiro potencial.
BIOLÓGICA: Quando é
necessária
a
propagação,
desenvolvimento cíclico
ou uma combinação da
forma
infectante
do
agente para o homem.
MECÂNICA: simples transporte
mecânico do agente infeccioso
por insetos que caminham ou
voam, por contaminação de
suas patas ou pela passagem
através do trato gastrointestinal.
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CADEIA EPIDEMIOLÓGICA
• Respiratórias
• Geniturinárias
• Digestivas
• Pele
• Transplacentária
RAIVA
A raiva é uma zoonose viral, que se
caracteriza
como
uma
encefalite
progressiva aguda e letal.
Todos os mamíferos são suscetíveis ao
vírus da raiva e, portanto, podem
transmiti-la.
RESERVATÓRIO
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MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão da raiva se dá pela
penetração do vírus contido na saliva do
animal
infectado,
mordedura
e,
principalmente
mais
raramente,
pela
pela
arranhadura e lambedura de mucosas.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
É extremamente variável, desde dias até anos.
No homem média de 45 dias, Em crianças, existe tendência para um
período de incubação menor que no indivíduo adulto.
No cão de 10 dias a 2 meses.
O período de incubação está diretamente relacionado à:
• localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura,
lambedura ou contato com a saliva de animais infectados;
• distância entre o local do ferimento, o cérebro e troncos nervosos;
• concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
Período de transmissibilidade
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela
saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do
aparecimento dos sinais clínicos, persistindo
durante toda a evolução da doença.
A morte do animal acontece, em média, entre 5
a 7 dias após a apresentação dos sintomas.
Em relação aos animais silvestres, há poucos
estudos sobre o período de transmissibilidade,
que pode variar de acordo com a espécie.
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NOTIFICAÇÃO
Todo caso humano suspeito de raiva é de
notificação individual, compulsória e imediata
aos níveis municipal, estadual e federal.
Todo atendimento antirrábico deve ser
notificado, independente do paciente ter
indicação de receber vacina ou soro antirrábico.
MEDIDAS DE CONTROLE
Profilaxia pré-exposição.
Esquema para profilaxia pós-exposição da raiva
humana com vacina de cultivo celular.
Esquemas de reexposição com uso de vacina
de cultivo celular.
Captura e extermínio de animais vadios.
Vacinação dos animais domésticos.
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INFLUENZA
A influenza ou gripe é uma infecção viral
aguda do sistema respiratório, de
elevada transmissibilidade e distribuição
global.
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Vírus
Modo de
transmissão
Período de
incubação
Período de
transmissibi
lidade
Influenza sazonal
humana
transmissão
direta
(pessoa a
pessoa), por
meio de
pequenas
gotículas de
aerossol
expelidas
pelo indivíduo
infectado.
Influenza pandêmica
aviária
A(H5N1)
Influenza pandêmica
suínos
A(H1N1)2009
presentes nas fezes, sangue e
secreções respiratórias das
aves infectadas.
Contaminação humana, ainda que
rara, pode ocorrer por meio da
inalação dessas secreções
(inclusive durante a limpeza e
a manutenção nos aviários ou
criadouros,
sem os cuidados necessários de
proteção) ou durante o abate
ou manuseio de aves
infectadas.
transmitida de pessoa a
pessoa, por intermédio
da tosse, espirros
ou fala.
A transmissão indireta
também pode
ocorrer ao
tocar olhos, nariz e
boca, após contato
com superfícies
contaminadas com o
vírus.
1 a 4 dias.
2 a 8 dias.
2 dias antes do
início dos
sintomas, até
5 dias após o
início dos
sintomas.
Até o presente momento não foi
identificada transmissão interhumana do vírus da influenza
aviária H5N1, fundamentada
cientificamente.
variar de 1 a 7 dias,
sendo mais comum
entre 1 a 4 dias.
Para o adulto, o período
pode variar de 1 dia
antes até o 7° dia
após o início dos sintomas.
Menores de 12 anos, 1 dia
antes até o 14° dia
após o início dos
sintomas.
NOTIFICAÇÃO
As autoridades locais de saúde deverão ser imediatamente
notificadas, diante de qualquer suspeita, preferencialmente
por telefone:
caso suspeito de influenza por novo subtipo viral;
surto ou agregado de casos ou óbitos de influenza
humana;
epizootias e/ou mortes de animais cuja suspeita seja
influenza aviária de alta patogenicidade;
resultados laboratoriais de casos individuais de influenza
por novo subtipo viral e de amostras procedentes de
investigação de surtos de influenza humana.
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MEDIDAS DE CONTROLE
VACINAÇÃO
Higiene das mãos com água e sabão, depois de tossir ou espirrar, após usar o
banheiro, antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz;
nariz;
evitar tocar os olhos, nariz ou boca, após contato com superfícies;
superfícies;
proteger com lenços (preferencialmente descartáveis a cada uso) a boca e
nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
aerossóis;
orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de
transmissão da doença (até 5 dias após o início dos sintomas);
sintomas);
evitar entrar em contato com outras pessoas suscetíveis.
suscetíveis. Caso não seja
possível, usar máscaras cirúrgicas;
cirúrgicas;
evitar aglomerações e ambientes fechados (deve
(deve--se manter os ambientes
ventilados);
ventilados);
repouso, alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
líquidos.
doença infecciosa aguda,
de natureza viral, grave, transmissível e
extremamente contagiosa, muito comum na
infância.
SARAMPO E RUBÉOLA:
RUBÉOLA:
SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA
CONGÊNITA:: complicação
da
infecção pelo vírus da rubéola durante a
gestação,
principalmente
no
primeiro
trimestre,
podendo
comprometer
o
desenvolvimento do feto e causar aborto,
morte fetal e anomalias congênitas.
Vírus
RUBÉOLA
SARAMPO
Modo de
transmissão
Através de contato
com as secreções
nasofaríngeas de
pessoas infectadas.
A transmissão
indireta, mesmo sendo
pouco frequente,
ocorre mediante
contato com objetos
contaminados com
secreções
nasofaringeanas,
sangue e urina.
É transmitido diretamente de
pessoa a pessoa, através das
secreções nasofaríngeas,
expelidas ao tossir, espirrar, falar
ou respirar. contágio por dispersão
de gotículas com partículas virais
no ar, em ambientes fechados
como, por exemplo: escolas,
creches e clínicas.
Período de
incubação
Em geral, este período
varia de 14 a 21 dias,
durando em média 17
dias. A variação
máxima observada é
de 12 a 23 dias.
Geralmente de 10 dias (variando
de 7 a 18 dias), desde a data da
exposição até o aparecimento
da febre, e cerca de 14 dias até o
início do exantema.
Período de
transmissibili
dade
Aproximadamente, de
5 a 7 dias antes do
início do exantema e
de 5 a 7 dias após.
É de 4 a 6 dias antes do
aparecimento do exantema, até 4
dias após. O período de maior
transmissibilidade ocorre 2 dias
antes e 2 dias após o início do
exantema.
SÍNDROME DA RUBÉOLA
CONGÊNITA
A SRC é transmitida pela via
transplacentária, após a viremia
materna.
RN com SRC podem excretar o
vírus da rubéola nas secreções
nasofaríngeas, sangue, urina e
fezes por longos períodos. O
vírus pode ser encontrado em
80% das crianças no 1 mês de
vida, 62% do primeiro ao 4 mês,
33% do 5 ao 8 mês, 11% entre 9
e 12 meses, e apenas 3% no 2
ano de vida.
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