Terça-feira, 13.07.10 Pensamento do dia “A gratidão é a memória do coração.” Antístenes A dúvida é: Se caso ou acaso você viesse à reunião, poderíamos discutir o novo projeto? A resposta é: Se acaso você viesse à reunião, poderíamos discutir o novo projeto. Com a conjunção condicional se, só podemos usar acaso: “Se acaso você chegasse…”; “Se acaso o diretor quiser, podemos antecipar a reunião para as 10h”. As conjunções se e caso são sinônimas. Ou usamos a conjunção se ou a conjunção caso. Ou uma ou outra: “Irei ao jogo se não chover” (=caso não chova); “Se você chegasse mais cedo…” (=Caso você chegasse mais cedo). É possível usar acaso sem a conjunção se: “Acaso te disseram alguma coisa?”; “Isto aconteceu ao acaso”; “Ele veio por acaso”. Fonte: Dicas do prof. Sérgio Nogueira, no site: g1.globo.com CLIPPING Veja os destaques de hoje: 1. Pesquisa aponta aprovação de Alcides por 37,7% dos entrevistados 2. Gravidez na adolescência ____________________________ 1 Jornal O Popular, Editoria de Política - 13.07.10 Aprovação a Alcides é de 37,7% Pesquisa Serpes mostra ligeira queda em índice de bom e ótimo do governo estadual na comparação com maio Fabiana Pulcineli A avaliação positiva do governo Alcides Rodrigues (PP) se manteve estável entre maio e julho, com leve queda, aponta pesquisa Serpes/O POPULAR realizada de 5 a 9 deste mês (veja quadro acima). O levantamento mostra que 37,7% dos eleitores consideram a gestão pepista boa ou ótima - queda de 1,8 ponto porcentual em relação à pesquisa realizada entre 22 e 27 de maio, quando a administração era aprovada por 39,5% dos eleitores. Houve leve queda também na avaliação negativa (índices de ruim e péssimo), de 18,8% no levantamento anterior para 17,3% neste último. O porcentual de entrevistados que não opinaram foi o mesmo: 3,6%. Total de 41,5% dos entrevistados considera o governo regular, o maior índice registrado desde outubro do ano passado. Na pesquisa anterior, publicada dia 1º de junho, o porcentual que considera o governo regular foi de 38,2% - 3,3 pontos porcentuais a menos. A indicação de regular mostra posição dos eleitores que não têm opinião formada sobre a performance da administração. A margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos porcentuais, para mais ou para menos. A maior queda foi entre os eleitores que avaliam o governo como bom (32%). No levantamento de maio, o porcentual apontado foi de 33,3%, ou seja, queda de 1,3 ponto porcentual. Na avaliação da gestão como ótima, a redução foi de 0,5 ponto porcentual - era de 6,2% e caiu para 5,7%. O porcentual de eleitores que consideram o governo péssimo é de 10,8%. Na pesquisa de maio, 11,2% entrevistados escolheram a opção para avaliar a gestão. O índice de ruim caiu de 7,6% na anterior para 6,5%. Regiões Na capital, a quantidade de entrevistados que avaliou o governo como regular é bem maior que a média: 49,3%. O índice só é superado na Região Norte, em que 51% dos eleitores considerou a gestão regular. O menor porcentual foi registrado na Região Sul, de de 29,1%. Ainda na divisão por regiões, a aprovação do governo (bom e ótimo) supera a média no Sul (49%), no Noroeste (46,2%), no Centro (41,4%) e no Sudoeste (39,1%). As menores aprovações foram registradas nas regiões Norte (30%) e em Goiânia (31,6%). A avaliação negativa (ruim e péssimo) tem os maiores índices nas regiões Sul e Sudoeste, 19,1% cada. Em Goiânia, a desaprovação somou 15,9%. O Entorno do Distrito Federal tem o maior porcentual de eleitores que não opiniram 8,2%. Lá, 40% consideram o governo regular, 30% avalia positivamente e 19% negativamente. Na divisão por sexo, a aprovação de Alcides fica equilibrada entre homens e mulheres, 37,7% e 37,6%, mas a avaliação negativa é maior entre as mulheres - 19,5% contra 14,9%. 2 Na separação por escolaridade, o governo tem a maior aprovação entre o eleitorado com nível fundamental, 40,5%. O menor porcentual foi entre os eleitores com curso superior, 34,3%. Na divisão da pesquisa por idade, a avaliação positiva da administração é maior na faixa entre 25 e 34 anos - 42,5%. Na relação de entrevistados de 60 anos ou mais, a aprovação foi de 40,5%. A maior reprovação (ruim ou péssima) foi entre eleitores de 35 a 44 anos (20,5%). 3 Gestão de Lula é boa ou ótima para 79,6% A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem aprovação de 79,6% dos eleitores goianos, segundo pesquisa Serpes/O POPULAR realizada entre os dias 5 e 9 de julho. De acordo com o levantamento, 37,7% dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo e 41,9% afirmam ser bom. A avaliação negativa da administração federal soma 4,4%. Para 1,1% dos consultados, o governo é ruim. Outros 3,3% consideram a gestão péssima. Total de 15,4% dos entrevistados considerou o governo regular e 0,7% não opinou. Na divisão por regiões do Estado, Lula tem avaliação positiva mais alta no Noroeste, 91,3%, seguido pelo Norte, 91%. O menor índice foi registrado na capital, de 70,1%. No Sudoeste, o porcentual alcança 80%. No Norte Goiano, apenas 1% considera o governo péssimo e não há registro de ruim. Outros 8% avaliaram o governo federal como regular. Todos os eleitores responderam a pesquisa. O maior porcentual de avaliação negativa foi registrado na Região Sul, 7,3%. Em Goiânia, os índices ruim e péssimo somaram 5,9%. Na separação por sexo, Lula é mais bem avaliado por homens (83,2% de ótimo e bom) que pelas mulheres (76% de aprovação). Entre as mulheres, 3,9% consideraram a gestão péssima. O presidente tem maior avaliação positiva entre eleitores da faixa de 35 a 44 anos 85,7%. O grupo que soma o menor porcentual de ótimo e bom é o eleitorado de 60 anos ou mais, 74,8%. Na faixa de 25 a 34 anos, o governo Lula é bem avaliado por 80,8%. Já no grupo de 16 a 24 anos, o porcentual é de 79%. 4 Os maiores índices de reprovação da gestão petista estão entre eleitores de 45 a 59 anos - 5,9%. Nesta faixa, 4,1% afirmaram que o governo é péssimo, enquanto 1,8% apontaram a administração como ruim.(F.P.) _______________________________ Jornal O Popular, Editoria de Cidades - 13.07.10 20% de partos são em adolescentes Desde a criação de estatuto, ocorrência de adolescentes grávidas caiu, mas índice ainda continua alto Carla Borges Os casos de gravidez na adolescência caíram 30% nos últimos dez anos, segundo o Ministério da Saúde, mas ainda são motivo para preocupação: 20% dos partos realizados no País são de adolescentes (até 19 anos). Goiás segue a tendência nacional, com ligeiras oscilações (veja quadro). A redução da gestação nessa faixa etária é apontada como um dos principais indicadores de avanços no aniversário de 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completados hoje. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aponta ainda a redução de mais de 50% na mortalidade infantil e igual índice de queda na exploração do trabalho infantil desde a vigência do ECA. Reduzir ainda mais a gravidez na adolescência é um dos principais desafios para os próximos anos, apontam especialistas ouvidos pelo POPULAR. "Houve redução, isso é incontestável, mas o porcentual de adolescentes grávidas ainda é altíssimo", diz o diretor-geral do Hospital Materno-Infantil (HMI), Cézar Gonçalves. 5 Para o médico, mais preocupante do que o índice de gravidez na adolescência é a gravidez de repetição. Uma em cada quatro adolescentes volta a engravidar no prazo de cinco anos. "As ações do Ministério da Saúde são muito tímidas diante do risco social que é a gravidez na adolescência", avalia Cézar Gonçalves. Entre os fatores que agravam o risco social, ele cita a redução das chances de essas garotas chegarem à universidade e a existência de relações matrimoniais frágeis. Diretor técnico da Maternidade Nascer Cidadão, na região Noroeste de Goiânia, o obstetra Jony Rodrigues Barbosa acrescenta que a gravidez durante a adolescência envolve mais riscos, até pelo fato de o corpo não estar completamente formado. Assim, há mais risco de nascimento de prematuros e de infecções. "A jovem muitas vezes não dá a devida importância ao exame pré-natal e ainda há a rebeldia própria da adolescência", enumera. Devido às particularidades da gravidez durante a adolescência, a Maternidade Nascer Cidadão oferece o pré-natal para a adolescentes desde o início da gestação. As demais pacientes fazem o pré-natal na rede básica e só passam a ser atendidas na unidade na 36ª semana gestacional. "Existe um risco maior de pré-eclâmpsia na primeira gravidez, por isso é tão importante esse atendimento diferenciado", justifica. Escola Um dos principais problemas relacionados à gravidez na adolescência é o abandono da escola, mas Camila, aos 14 anos e mãe de um bebê de um mês, garante que com ela será diferente. Ela contou ao POPULAR que engravidou do então namorado por descuido. "Eu não queria ter um filho, mas depois fui me acostumando com a ideia, tantas mulheres querem e não conseguem. Para mim, hoje, ele é uma bênção", relatou. Desde o início da gravidez, Camila fez o pré-natal no Centro Dona Gercina, unidade da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), onde conta que foi muito bem atendida. A menina diz que não descuidou durante o pré-natal, fez todas as consultas e o acompanhamento. Então, o bebê nasceu saudável. Camila não pretende repetir a experiência de ser mãe ainda tão jovem e garante que não descuidará da prevenção a partir de agora. "Quero estudar para dar uma vida boa para meu filho". Mobilização é vista como avanço A mobilização da sociedade- refletida no aumento do número de denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes - e mudanças culturais envolvendo o assunto são os principais avanços apontados por autoridades e especialistas que atuam com crianças e adolescentes ouvidos pelo POPULAR proporcionados pela criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Fazer com que a lei seja integralmente cumprida é igualmente apontado como o maior desafio. "Ele ainda não foi implementado em sua plenitude e já há tantos projetos propondo modificá-lo", diz a psicóloga Maria Luiza Moura de Oliveira, membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Ela defende que para a implementação total do ECA deve haver recursos assegurados no orçamento. O Conanda realiza hoje um seminário nacional para avaliar avanços e desafios nesses 20 anos do ECA. Amanhã, conselheiros vão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve assinar o projeto de lei que proíbe castigo físico de crianças no Brasil. O juiz Maurício Porfírio Rosa, da Vara da Infância e da Juventude de Goiânia, avalia que o principal equívoco da lei, considerada uma das mais avançadas do mundo, é não 6 contemplar as famílias - mais especificamente as mães de crianças em situação vulnerável - com políticas próprias. "Falta implementá-lo, fazendo com que crianças e adolescentes sejam, de fato, prioridade absoluta", afirma. Delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi acredita que a mudança cultural é o principal avanço advindo do ECA. "Hoje as pessoas se revoltam quando veem, por exemplo, uma criança sendo espancada, situação que era tolerada até há pouco tempo", compara. "A própria criação da DPCA é uma vitória do Estatuto", diz. Para ela, as denúncias recebidas são o resultado dessa mudança de consciência. "Ainda há muito por fazer, transformar a realidade é um processo", pondera a delegada. _______________________________ 7