Resoluções de Exercícios FÍSICA II BLOCO 03 Capítulo 06 O Calor e os Fenômenos Térmicos Termodinâmica 01 D Uma máquina térmica recebe calor de uma fonte quente, converte uma parte desse calor em trabalho e rejeita outra parte para uma fonte fria. O calor nunca é convertido completamente em trabalho. 02 D BLOCO 01 01 D Dados: Q = 2 000 J; DU = 1 200 J; p = 50 N/m2 Usando a Primeira Lei da Termodinâmica: DU = Q - W & 1200 = 2 000 - W & W = 800 & pDV = 800 & 50 DV = 800 & DV = 16 m3 02 C Processo ab: Qab = 250 J Processo isométrico " Wab = 0 DU = Q - W " DUab = 250 - 0 = 250 J Processo bd: Qbd = 600 J Processo isobárico " Wbd = p $ DV = 8 # 104 # 3 # 10-3 = 240 J DU = Q - W " DUbd = 600 - 240 = 360 J Processo abd: DUabd = DUab + DUbd = 250 + 360 = 610 J Processo acd: A variação da energia interna entre dois estados não depende da evolução. Portanto, DUacd = DUabd = 610 J BLOCO 02 01 D Se com a queima de 1,0 g de biodiesel é liberado x joules de energia, dado que o rendimento é de 15%, pode-se escrever que: x x h = g 0,15 = Q x x = 0,15 $ x Para a queima de 1,0 g de biodiesel, tem-se que Q = 10 ⋅ x, logo: x 0,15 = 10 $ x x = 1,5 $ x 15 $ x x= 10 02 A Justificando as alternativas INCORRETAS: [B] Se isto acontecesse, não haveria energia sendo convertida em trabalho e, consequentemente, não haveria movimentação do pistão. [C] Vai contra a Segunda Lei da Termodinâmica, que diz que nenhuma máquina operando em ciclos irá converter todo o calor recebido em trabalho. Deve haver uma perda de energia que não é utilizada como trabalho no processo. [D] Vai contra a Segunda Lei da Termodinâmica. FísiCa ii Calculando o calor da fonte quente: Q2 T = 2 Q1 T1 2 000 500 = 300 Q1 2 000 = 1,67 Q1 2 000 Q1 = 1,7 Q1 = 1198 J Por aproximação, podemos considerar a resposta como 1 200 J. Calculando o trabalho: Q2 ⋅ Q1 = T 2 000 ⋅ 1 200 = T T = 800 J 03 C Tquente = 37 + 273 = 310 K Tfria = –13 + 273 = 260 K Tfria 260 = eCarnot = Tquente - Tfria 310 - 260 252 = 5, 2 60 Como ele opera com 50% de eCarnot teremos: erefrigerador = 0,5 ⋅ 5,2 = 2,6; Q sendo e = fria e tendo sido dado na questão Qfria = 200 cal, teremos W 260 ou W = 100 cal e sabendo-se que W = Qquente – Qfria ⇒ 100 2,6 = W = Qquente – 260 ou Qquente = 360 cal eCarnot = 04 B A eficiência de uma máquina térmica é dada pela seguinte equação: | Q2 | e= |x | Onde Q2 é o calor retirado da fronteira e t é o trabalho externo. Sendo assim, temos: | 12 . 104 | ⇒e=3 e= | 4 . 104 | BLOCO 01 01 E É princípio da conservação da energia. No caso da Primeira Lei da Termodinâmica: Q = DU + W. O calor trocado (Q) pelo sistema é igual à variação da energia interna desse sistema (DU) somada ao trabalho realizado (W) pelas forças por ele aplicadas. 02 C Analisando as afirmativas, temos: [I] (Falsa) Em um processo isotérmico, a energia interna é constante, e, portanto, sua variação é nula DU = 0. Ciências da Natureza e suas Tecnologias FísiCa – Volume 02 11 [II](Verdadeira) Não há troca de calor em um processo adiabático (Q = 0) e como temos uma expansão o trabalho que o gás realiza se dá à custa da energia interna causando um resfriamento do sistema. Da Primeira Lei da Termodinâmica, para uma expansão adiabática (Q = 0): DU = Q – W ⇒ DU = 0 – W ⇒ DU = –W ⇒ W = –DU ⇒ W = – (Ufinal – Uinicial) ⇒ W = Uinicial – Ufinal; Logo, não significa que o trabalho é negativo, pois se trata de uma expansão, mas este trabalho é devido à variação negativa da energia interna. [III](Verdadeira) Neste caso temos um processo de compressão adiabática (Q = 0), em que haverá um aquecimento do gás graças ao trabalho realizado sobre o gás. A diferença de energia interna é positiva e o trabalho entregue ao sistema é negativo (trabalho feito sobre o gás – compressão). Sendo assim, de acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica, temos: DU = W – Q Para um processo adiabático (Q = 0), então: DU = –W Mas como temos uma compressão, o trabalho é realizado sobre o gás e, portanto, negativo. DU = –(–W) Como poderíamos esperar temos um aumento de temperatura, pois DU > 0. E, finalmente, temos a expressão DU = +W, que do jeito que foi colocada na questão pode dar margens a dúvidas, pelo trabalho ser, de fato, negativo. [IV](Verdadeira) O trabalho útil do ciclo t corresponde à área sob as curvas A ou ainda pela diferença de calor entre a fonte quente e a fonte fria: t = QQ – QF; tendo apenas a ressalva de que o calor da fonte fria seja diferente de zero (QF ≠ 0) pois do contrário violaria a Segunda Lei da Termodinâmica onde não podemos ter um rendimento de 100% utilizando máquinas térmicas, considerando o calor da fonte fria nulo, ou seja, é impossível transformar todo o calor em trabalho. [V](Falsa) A Segunda Lei da Termodinâmica diz que é impossível construir uma máquina que obedeça ao ciclo de Carnot com um rendimento de 100%, visto que é impossível converter o calor de forma integral em trabalho. BLOCO 02 03 D A Primeira Lei da Termodinâmica é a aplicação do princípio de conservação de energia em um sistema gasoso. Se um sistema recebe/cede calor ao meio externo, essa energia pode ser utilizada aumentando/ diminuindo sua temperatura (aumento/diminuição da energia interna) e/ou utilizado para realização de trabalho. Desta forma, Q = t ⋅ DU 04 D Da Primeira Lei da Termodinâmica: Z ] Isobárica: QP = Q = DU + W & ] 3 ] Q = n RDT + n RDT & 2 ]] Q = DU + W [ 5 ] Q = 2 n RDT ] 3 ] ] Isométrica: QV = DU & QV = 2 n RDT \ 3 n RDT QV 3 3 = 2 = & QV = Q Q 5 5 5 n RDT 2 05 C Ao ser aquecido, o sistema gasoso dilata-se, empurrando a água para cima, realizando trabalho sobre ela. 06 E [I] Incorreta. Como o ciclo é anti-horário, o trabalho é negativo e seu módulo é numericamente igual a área do ciclo. [II] Correta. A energia interna (U) é diretamente proporcional ao produto pressão × volume. Assim: pCVC > pAVA ⇒ UC > UA. [III]Correta. Na transformação A → B ocorre expansão, indicando que o gás realiza trabalho (W > 0). Como há também aumento da energia interna (DU > 0). Pela Primeira Lei da Termodinâmica: Q = DU + W ⇒ Q > 0 ⇒ o gás recebe calor. 07 C Para haver resfriamento e liquefação do nitrogênio (ocorre redução de volume), o sistema de refrigeração deve realizar trabalho sobre o gás. 01 E O calor produzido pelo núcleo tem um longo caminho até que o vapor gerado acione as turbinas. Neste caminho, há perdas expressivas de energia. 08 E WAB + WBCD = Wtotal & 30 _4 - 2 i + WBCD =1050 & WBCD =1050 - 60 & WBCD = 990 J BLOCO 03 01 C 09 E Como mostrado no gráfico, para uma mesma elevação Dh a quantidade de calor absorvido pelo gás M é menor do que a absorvida pelo gás V (QM < QV). Com o radiador de calor ventilado, a transferência de calor para o ambiente se dá mais facilmente. M ∆h BLOCO 01 V calor fornecido 01 C QM Dados: Q = 0 (adiabática); p = 5 # 106 Pa; V0 = 2 # 10-5 m3; V = 2V0. Da Primeira Lei da Termodinâmica: DU = Q - x & DU = 0 - pDV & DU = - p ^V - V0h & W = p DV = n RDT * WM = n RDtM ⇒ n R DTM ⇒ n R DTV ⇒ WV = n RDTV ⇒ DTM = DTV = DT [ Assim:QMQM1<QQ ⇒QMY ⇒1 < n1 CCMM[ Q TDV1 TY & n<CVY n[ TCCM& TD 1 TCMY n CC TC .& CVCM 1 CV. V V& V[ V MV DU = - 100 J 02 C 12 Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 QV Mas, para uma mesma variação Dh, temos também uma mesma variação de volume (DV). Como se trata de transformações isobáricas, os trabalhos realizados (W) também são iguais. Supondo gases ideais: DU = - p ^2V0 - V0h & DU = - pV0 = - 5 # 106 # 2 # 10-5 & A Primeira Lei da Termodinâmica diz p que a variação da energia interna de um gás é a diferença entre o p0 calor que ele troca com o meio e o trabalho que realiza (DU = Q - W). Quando a temperatura se mantém constante, a variação da energia interna é nula e o calor trocado é igual W=Q ao trabalho realizado. No diagrama p × V, o trabalho é numericamente V0 V igual à área compreendida entre a curva representativa do gráfico e o eixo V. Como DU = 0, então Q = W. & 10 A) O trabalho do ciclo ABCDA representado na figura corresponde à área da figura, considerando o sentido horário teremos um trabalho positivo. Os segmentos AB e CD em que temos uma transformação isocórica (volume constante) terão trabalho nulo. No seguimento BC teremos uma expansão volumétrica isobárica conduzindo a um trabalho positivo (gás realizando trabalho sobre o meio externo) e no seguimento DA teremos o gás recebendo trabalho do meio externo, ou seja, um trabalho negativo referente a uma contração FÍSICA II de volume à pressão constante. A expressão do trabalho isobárico fica t = p ⋅ DV Onde, t = Trabalho realizado (+) ou recebido pelo gás (–) em joules (J) p = Pressão do gás em Pascal (Pa = N/m2) DV = Variação de volume do gás (m3) tBC = 15 Pa ⋅ (6 – 2)m3 = 60 J e tDA = 5 Pa ⋅ (2 – 6)m3 = –20 J O trabalho do ciclo é: tciclo = 60 – 20 = 40 J Ou ainda pela área do retângulo: tciclo = (15 – 5)Pa ⋅ (6 – 2)m3 = 40 J B) Para calcularmos a maior e a menor temperatura do sistema devemos lembrar os gráficos de isotermas, através da Lei de Boyle-Mariotti: p T1 T2 T3 T cresce Observando o gráfico dado notamos que os pontos de maior e menor temperaturas absolutas são, respectivamente, C e A. Para calcularmos estes valores de temperatura, lançamos mão da equação de estados dos Gases Ideais: pV = nRT Onde, p = pressão do gás em Pascal (Pa = N/m2) V = volume do gás (m3) n = número de mols do gás (mol) R = constante universal dos gases ideais (fornecida no problema) T = temperatura absoluta (K) Isolando T e calculando as temperaturas para os pontos C e A temos: A maior temperatura 15 Pa $ 6 m3 TC = = 11,25 K (Maior) J 1mol $ 8 molK E a menor temperatura 5 Pa $ 2 m3 = 1,25 K (Menor) TA = J 1mol $ 8 mol K Questão Desafio Resposta: C Usando a Primeira Lei da Termodinâmica: DU = Q – W (I) Para um gás monoatômico: 3 DU = $ n $ R $ DT (II) 2 O calor é adicionado ao gás pela passagem da corrente elétrica no circuito: Q = P $ Dt & Q = r $ i2 $ Dt 60 s 2 Q = 1 X $ _400 $ 10-3A i $ 12,5 min$ ` Q = 120 J 1 min O trabalho realizado pelo gás é: W = m$g$h W = 6 kg $ 10 m/s2 $ 0,8 m ` W = 48 J Substituindo a equação (II) na equação (I) e usando os valores obtidos para o calor e o trabalho: 2 _Q - W i 3 $ n $ R $ DT = Q - W & D T = 2 3$n$R 2 _120 J - 48 J i ` D T = 3 K = 3 cC DT = 3 $ 2 mols $ 8 J/mol $ K FÍSICA II BLOCO 02 01 B O rendimento máximo (ηmáx) de uma máquina térmica é dado pela razão da diferença de temperatura entre as fontes quente e fria e a fonte quente. T 300 K 1 4 4 1 4 e h = hmáx = $ = = hmáx = 1 - 1 & h = 1 T2 600 K 2 5 5 2 10 Como: Pu = hPr & Pu = 4 $ 1 200 W & Pu = 480 W 10 02 C Do texto da questão: “ao aquecer uma parte de um corpo macroscópico e o isolarmos termicamente, a temperatura deste se torna gradualmente uniforme, jamais se observando o contrário, o que indica a direcionalidade do tempo”. O texto se refere à entropia de um sistema, ou melhor, ao aumento da entropia dos sistemas termodinâmicos, o que é demonstrado pela Segunda Lei da Termodinâmica que nos diz: nunca será observado, com o passar do tempo, um acúmulo de energia térmica em apenas um ponto do corpo. Dessa forma, distribuir uniformemente a temperatura de um sistema isolado é um processo irreversível, pois ocorre espontaneamente, ao contrário do acúmulo de energia, que precisa ser um processo “forçado”, ou seja, requer a atuação de uma fonte de energia externa ao sistema para ocorrer. 03 C Os conceitos básicos da Termodinâmica foram alavancados a partir de 1698 com a invenção da primeira térmica, uma bomba d'água que funcionava com vapor, criada por Thomas Savery para retirar água das minas de carvão, na Inglaterra. A partir daí essa máquina foi sendo cada vez mais aprimorada com a contribuição de vários engenheiros, inventores e construtores de instrumentos, como James Watt. Por volta de 1760, a máquina térmica já era um sucesso, tendo importante contribuição na Revolução Industrial. 04 A Os motores utilizados em veículos queimando combustíveis são máquinas térmicas que aproveitam o calor gerado na combustão para produzir trabalho. 05 D [I] INCORRETA. De acordo com a Segunda lei da Termodinâmica, é impossível uma máquina térmica, operando em ciclos, transformar integralmente calor em trabalho. [II] CORRETA. [III]CORRETA. 06 E O trecho BC representa uma transformação adiabática onde não ocorrem trocas de calor. Assim a expansão do gás (W > 0) se dá à custa de uma diminuição da sua energia interna (∆U < 0). 07 C O rendimento ideal é aquele dado pelo ciclo de Carnot: T 400 hi = 1 - fria = 1 & ni = 0, 5 800 Tquente hr = 0, 8 hi i = 0, 8 ^0, 5h & hr = 0, 4 hr = W W & 0, 4 = & W = 40 kJ Q 100 08 B I. Verdadeira: este é o ciclo de Carnot; II. Verdadeira: o ciclo descrito tem sentido horário. Portanto, o trabalho é positivo; TQ - TF 110 = = 0,44 = 44% III. Falsa: h = TQ 70 + 180 IV. Falsa. QQ - QF Q QF QF = 0,56 " QF =560 J =1- F " 0,44 =1h= " QQ QQ 1000 1000 09 D I. Falsa. Máquinas térmicas são dispositivos usados para converter energia térmica em energia mecânica com consequente realização de trabalho. Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 13 II. Verdadeira. Idem enunciado. III. Falsa. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica, nenhuma máquina térmica, operando em ciclos, pode retirar calor de uma fonte e transformá-lo integralmente em trabalho. IV. Verdadeira. Idem enunciado. 10 D Analisando as alternativas, [A]CORRETA. Toda máquina deve satisfazer as duas leis da Termodinâmica. A primeira que é uma aplicação do princípio da conservação de energia e a segunda que trata diretamente de máquinas térmicas e seu rendimento. [B]CORRETA. A eficiência máxima de uma máquina térmica é quando esta opera em um ciclo de Carnot. Desta forma, T 300 hCarnot = 1 - f = 1 TQ 1200 1 hCarnot = 1 4 hCarnot = 75% [C]CORRETA. O rendimento do ciclo de Carnot depende da razão entre as duas temperaturas de operação da máquina. Se as duas forem reduzidas pela metade, logo o rendimento será o mesmo. T 150 hCarnot = 1 - f = 1 TQ 600 1 hCarnot = 1 4 hCarnot = 75% [D]INCORRETA. O rendimento da máquina térmica operando no ciclo de Carnot é o máximo rendimento que esta pode ter. [E]CORRETA. A afirmação desta alternativa é a própria Segunda Lei da Termodinâmica, que diz que “Nenhum motor térmico consegue transformar integralmente calor em trabalho”. Questão Desafio Resposta: C Dados: f = 20 Hz; DEtotal = 1 200 J; DEdissipada = 800 J A cada ciclo (período), a energia útil é dada pela diferença entre a energia total e a dissipada. DEútil = DEtotal - DEdissipada = 1200 - 800 = 400 J O rendimento (η) é dado pela razão entre a energia útil e a total, para um mesmo intervalo de tempo. Assim, a cada período: DEútil 400 1 = = h= & h , 33,3% 1200 3 DEtotal BLOCO 03 01 D O rendimento de uma máquina térmica é dado pela seguinte função: |x | h= | Q1 | E a eficiência da máquina térmica é dada por: | Q2 | e= |x | Com os dados do exercício podemos calcular o que se pede: Q2 = 3 200 cal = (3 200 ⋅ 4,2) = 13 440 J t = 3 000 J Q1 = t + Q2 ⇒ Q1 = 3 000 + 13 440 ⇒ Q1 = 16 440 J η= 3 000 ⇒ η = 0,182 ⋅ 100% ⇒ η = 18% 16 440 13 440 ⇒ e = 4,48 ⇒ e ≅ 4,5 e= 3 000 02 C Q1 = 40 000 J t = área interna = 0,1 × 1 × 105 = 104 J |x | η= | Q1 | 4 η= 10 ⇒ η = 0,25 × 100% ⇒ η = 25% 4 . 104 03 E [I] Verdadeira. Se um sistema perde energia, como no caso da condensação, passamos de um sistema gasoso para líquido, ou seja, de um sistema mais energético para um menos energético. Esta mudança de fase deixa o sistema mais organizado e, portanto, sua entropia é negativa. 14 Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 [II]Verdadeira. Num processo adiabático não há trocas de calor (Q = 0), e com isso a sua variação de entropia é nula. [III]Falsa. A entropia de um sistema pode diminuir, bastando partir de um sistema mais desorganizado para um mais organizado, como por exemplo, o congelamento de água. A entropia do Universo (sistema mais ambiente externo) é que não pode diminuir nunca. Neste caso, esta entropia sempre aumenta. [IV]Verdadeira. A entropia do Universo sempre aumenta, sendo a tendência natural de tudo ocorrer passando de um sistema organizado para o mais desorganizado. 04 C Pode-se definir o Segundo Princípio da Termodinâmica da seguinte maneira: “É impossível obter uma máquina térmica que, operando em ciclos, seja capaz de transformar totalmente o calor por ela recebido em trabalho” – sempre haverá energia dissipada pelo motor. 05 D D) expansão isotérmica entre os estados a e b (a → b). Correta, pois a temperatura mantém-se constante. 06 E A Segunda Lei da Termodinâmica afirma que nenhuma máquina térmica, operando em ciclos entre uma fonte quente, à temperatura T1, e uma fonte fria, à temperatura T2, consegue transformar integralmente calor em trabalho. Portanto, o rendimento nunca pode chegar a 100%, sendo, no máximo, igual ao da máquina de Carnot. De fato, analisando o gráfico, vemos que o rendimento seria igual a 100% T T quando a razão 2 fosse nula, ou seja: 2 = 0 & T2 = 0 . A fonte fria T1 T1 teria que estar a 0 K, o que é um absurdo. Portanto, o rendimento r é sempre menor que 100%. 07 D O refrigerador transfere o calor dos alimentos para o ambiente, o que torna a afirmação I verdadeira. O gás refrigerante sofre os processos de evaporação e condensação para que sua temperatura varie e desta forma exista a troca de calor. A afirmação II é verdadeira. O gás refrigerante deve ser eficiente no processo e desta forma retirar grandes quantidades de calor. Isto pressupõe que o calor latente de vaporização é alto. Pela Primeira Lei da Termodinâmica o calor só pode ser transferido de uma fonte mais fria para outra mais quente de forma não espontânea, ou seja, com realização de trabalho. 08 C Como a entropia refere-se à desordem do sistema, a entropia aumentou. 09 A I. Verdadeira II. Falsa – como no decorrer do ciclo a temperatura varia, a energia interna também variará. III. Falsa – é impossível transformar todo calor recebido em trabalho. 10 D Como a entropia refere-se à desordem do sistema, a entropia diminuiu. BLOCO 04 01 D I. Incorreta. A energia interna é diretamente proporcional à temperatura absoluta do gás. Como T2 é maior que T1, a energia interna em 2 é maior que em 1. II. Correta. A transformação é isométrica, não havendo realização de trabalho. III. Correta. De acordo com a Primeira Lei da Termodinâmica: DU = Q – W. Como houve expansão com variação de temperatura (variação da energia interna → DU), o gás recebeu calor (energia → Q) do meio e realizou trabalho (W). FÍSICA II 02 A A frequência de operação é 40 ciclos/s, ou seja, 40 Hz. Notemos ainda que, no eixo das abscissas o volume está em litro (1 L = 10–3 m3). Calculando o trabalho (Wciclo) em cada ciclo. Como se trata de um ciclo no sentido horário, o trabalho realizado é positivo, sendo numericamente igual à “área” interna do ciclo. = “Área” W Wciclo = "Área" = ^0, 6 - 0, 2h^2 - 1h # 105 # 10-3 & Wciclo = 40 J. O trabalho total (W) em 40 ciclos é: W = 40^40h = 1600 J. 1600 J W Calculando a potência do sistema: P = = & P = 1600 W. Dt 1s 06 A Se a expansão é isotérmica a energia interna não varia. Sendo o sistema não termicamente isolado, todo calor recebido pelo gás é transformado em trabalho. 07 E A variação de energia interna entre dois estados, para um sistema gasoso é diretamente proporcional à variação de sua temperatura absoluta entre esses dois estados. No caso das transformações cíclicas, a temperatura final é sempre igual à inicial, portanto, a variação de energia interna é nula. 08 A 03 B Estes processos são isotérmicos, portanto, não há variação de temperatura. 04 B Dados: Qac = –63 J; Wac= –35 J; Wabc = –48 J I. CORRETA. As variações de energia interna pelos caminhos acabc são iguais, pois são os mesmos estados inicial e final. Usando a Primeira Lei da Termodinâmica: DUac = DUabc & Qac - Wac = Qabc - Wabc & - 63 + 35 = Qabc + 48 & Qabc = - 76 J II. INCORRETA. Nas transformações bc e da o trabalho é nulo, pois elas são isométricas. As transformações ab e cd são isobáricas com as variações de volume iguais em módulo (DVcd = –DVab). p Para as pressões temos pc = b 2 Como o trabalho numa transformação isobárica é dado pelo produto da pressão pela variação de volume, vem: Wabc = pb DVab e Wcda = pc DVcd Dividindo membro a membro: Wabc p DV pb DVab - 48 & Wcda = 24 J = b ab & = pc DVcd Wcda pb Wcda ^- DVabh 2 III.INCORRETA. As variações de energia interna pelos caminhos cda e adc são iguais em módulo, porém de sinais opostos (DUadc = –DUcda). Aplicando novamente a Primeira Lei da Termodinâmica: DUac = DUcd + DUda & - ^DUdah = DUcd + DUda & A) CORRETA – sempre que o volume varia, trabalho é realizado. B) FALSA – uma transformação adiabática é aquela em que o sistema não troca calor com o ambiente externo (vizinhança). C) FALSA – transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica – ocorre a volume constante → V0 = V → ∆V = 0 → W = p ⋅ ∆V → W = p ⋅ 0 → W = 0 → ∆U = Q – W → ∆U = Q – 0 → ∆U = Q D) FALSA – numa expansão o volume aumenta, o trabalho é positivo o que significa que o gás realiza trabalho. E) FALSA – se o volume não varia o trabalho realizado é nulo. 09 A A reversibilidade de um processo termodinâmico é uma consequência do aumento da entropia. Num processo reversível a variação da entropia é nula, ou seja, a entropia é constante, pois o processo ocorre em equilíbrio termodinâmico. 10 A O rendimento de uma máquina térmica é máximo quando a menor parte da energia térmica retirada da fonte quente for rejeitada para a fonte fria. Capítulo 07 O Calor e os Fenômenos Térmicos Energia Elétrica Via Calor - ^Qac - Wach = 15 + Qda + Wda & - ^- 63 + 35h = 15 + Qda + 0 & Qda = 13 J IV. CORRETA. DUac = DUcd + DUda & - ^DUdah = DUcd + DUda & - ^Qac - Wach = 5 + Qda + Wda & - ^- 63 + 35h = 5 + Qda + 0 & Qda = 23 J BLOCO 04 05 C Os processos AB e CD não são isotérmicos, pois, caso o fossem, o produto p × V seria constante em cada um deles. Constatando: pA VA = 2 atm.L e pB VB = 3 atm.L ⇒ pA VA ≠ pB VB; pC VC = 9,5 atm.L e pD VD = 6 atm.L ⇒ pC VC ≠ pD VD Analisando as opções, considerando que uma delas é correta, por exclusão, temos que admitir que os processos são adiabáticos. Então, não há troca de calor com o meio ambiente, chegando-se facilmente à opção correta. Daí a questão ter sido classificada como de baixa dificuldade. Porém, não basta não ser isotérmico para ser adiabático. Para a confirmação, temos que verificar se é válida a expressão do processo adiabático ;p V cp cV = k E, sendo k uma constante, para cada um deles. Essa verificação torna-se difícil, muito trabalhosa, sem usar uma calculadora (científica). cp 5 = , temos (usando calculadora): Sendo cV 3 – para o processo AB: ;p V cV = 1 # 2 3 = 3, 175 E e ;p V cV = 3 # 1 3 = 3 E A B cp cp 5 A 5 B – para o processo CD: ;pCV cV = 9, 5 # 1 3 = 9, 5 E e ;pDV cV = 3 # 2 3 = 9, 52 E cp C 5 cp 5 D Esses cálculos mostram que os processos AB e CD são, com boa aproximação, adiabáticos. FísiCa ii 01 B Uma possibilidade para um resfriamento natural da água antes de sua reinserção no mar ou rio, seria um resfriador em forma de cascata, de tal forma que a água seria resfriada ao mesmo tempo em que ocorreria a sua reoxigenação em contato com o ar atmosférico. BLOCO 05 01 E No próprio problema ele oferece a forma de solução do problema: “assuma que o processo é 100% eficiente” significa que toda ENERGIA POTENCIAL se transforma em ENERGIA ELÉTRICA. E diz ainda “a variação de energia potencial gravitacional da água converte-se integralmente na energia elétrica consumida pelo ferro de passar.”, ou seja, você deve igualar a energia potencial com a energia elétrica. Visto isso, bastaria você lembrar como é o cálculo da energia potencial e como é o cálculo da energia elétrica. E = mgh (energia potencial) E = P.T (energia elétrica) mgh = PT Assim, m = PT/gh Substituindo os dados chegamos à seguinte conclusão m = 5 000 kg Mas como cada 1 kg equivale a 1 litro então → 5 000 litros Ciências da Natureza e suas Tecnologias FísiCa – Volume 02 15 02 D Se 1 080 kg são queimados por minuto, teremos 18 kg por segundo. Usando a proporcionalidade entre massa de bagaço e calor produzido, temos: 1 kg .......... 2 . 103 kcal 18 kg ........ Q Q = 36 . 103 kcal – 144 . 103 kJ Como a eficiência é de 50%, a energia elétrica é dada por: 144 . 103 kJ = 72 . 103 kJ = 72 . 106 J Eel = 2 Porém: 1 kWh = 103 . 3 600 J = 3,6 . 106 J 72 . 106 Portanto: Eel = kWh 3, 6 . 106 EeL= 20 kWh (energia elétrica gerada por segundo) III. CorretA. IV. Falsa. Na usina nuclear, o calor é produzido pela fissão do átomo do urânio-235 por um nêutron no núcleo do reator. 03 D O rendimento das máquinas térmicas é bastante baixa. 04 D Ao contrário de energias poluentes (de origem fóssil) como o carvão (de origem vegetal) e o petróleo (de origem mista), que são energias não renováveis e liberam para a atmosfera poluentes como monóxido de carbono, podendo intensificar o efeito estufa pelo aumento do percentual de gás carbônico, as energias citadas no enunciado não causam agravamento das questões ambientais e apresentam a vantagem de, sendo energias renováveis, não ter fixado o seu período de esgotamento. 05 A BLOCO 04 01 B A hidreletrecidade não é poluidora, mas a construção de uma usina causa muitas transformações no espaço onde é instalada, como alagamento de áreas florestais e férteis, transferências de populações ribeirinhas e, muitas vezes, abandono de cidades inteiras ou parte delas. A corrente marítima irá girar as hélices que por sua vez irão acionar as turbinas, que irão, através de indução eletromagnética, converter a energia cinética da turbina em elétrica. 06 B Veja o esquema a seguir: Caldeira 02 D I. Correta. No mundo, a geração eólio-elétrica expandiu-se de forma acelerada ao longo da última década, atingindo a escala de gigawatts. Um dos fatores limitantes para empreendimentos eólicos tem sido a falta de dados consistentes e confiáveis. Uma parte significativa dos registros anemométricos disponíveis pode ser mascarada por influências aerodinâmicas de obstáculos, relevo e rugosidade. A disponibilidade de dados representativos é importante no caso brasileiro, que ainda não explorou esse recurso abundante e renovável de forma expressiva. II. CorretA. A Região Nordeste apresenta uma boa relação intensidade/regularidade dos ventos. III. Falsa. A instalação de parques eólicos demanda menos tempo que outras usinas como, por exemplo, as hidrelétricas. IV. Falsa. Energia renovável é aquela que vem de recursos naturais como sol, vento, chuva, marés e energia geotérmica, que são recursos renováveis (naturalmente reabastecidos). BLOCO 05 01 D Nas condições do enunciado, a melhor opção seria o uso das células fotovoltaicas, pois a incidência solar é alta o ano todo. Vapor Tubulação Válvula Turbina Vapor Água em ebulição Forno Eletroímãs Gerador Bagaço 07 D Dá para simplificar o sistema assim: o coração dessas usinas, o reator nuclear, usa a energia contida no interior do átomo para, simplesmente, ferver água. Daí para a frente, tudo funciona como em uma usina a vapor qualquer, movida a carvão ou petróleo: o vapor d'água gira uma turbina, que movimenta um gerador, produzindo energia elétrica. 08 C Classificados como horizontais ou verticais (ascendentes ou descendentes), os ventos se formam pelas diferenças de pressão e temperatura entre as camadas do ar. 09 A BLOCO 05 01 A O desnível da água faz com que a energia potencial gravitacional seja convertida em energia cinética que por sua vez é convertida em energia elétrica. 02 A I. Correta. II. Falsa. Fissão nuclear é a reação que se inicia com o choque de um nêutron com um núcleo instável que proporciona a quebra deste último e, por este motivo, é chamado de fissão nuclear (divisão do núcleo). Exemplo de fissão nuclear: o núcleo do elemento Urânio pode sofrer uma fissão e gerar grande quantidade de energia, por isso o urânio é considerado radioativo. O bombardeamento de partículas que leva a ruptura do núcleo é um processo em cadeia, ou seja, quando a fissão se inicia produz novos nêutrons que irão se chocar com mais núcleos instáveis e levar a outras fissões. Já a fusão nuclear consiste na união de núcleos para dar origem a novos elementos químicos. 16 Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 A Terra é formada por grandes placas, que nos mantêm isolados do seu interior, no qual encontramos o magma, que consiste basicamente em rochas derretidas. Com o aumento da profundidade a temperatura dessas rochas aumenta cada vez mais, no entanto, há zonas de intrusões magmáticas, onde a temperatura é muito maior. Essas são as zonas onde há elevado potencial geotérmico. Energia geotérmica é a energia adquirida a partir do calor que provêm do interior da Terra. Devido à necessidade de adquirir energia elétrica de uma forma mais limpa e em quantidades cada vez maiores, foi desenvolvido um modo de usufruir esse calor para a geração de eletricidade. Hoje a grande parte da energia elétrica provém da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, métodos esses muito poluentes. 10 B A Termodinâmica estabelece que quando dois sistemas gasosos são colocados em contato térmico e isolados termicamente do ambiente que os cerca, eles trocam calor até que atinjam o equilíbrio térmico (mesma temperatura). Mas temperatura é uma medida do grau de agitação das partículas, sendo a temperatura absoluta (T) diretamente proporcional à energia cinética média das moléculas (eC), de acordo com a expressão: 3 eC = kT , sendo k a constante de Boltazmann. 2 FÍSICA II A energia (interna) do sistema gasoso (U) é o somatório das energias cinéticas de suas moléculas, sendo igual ao produto da quantidade de partículas (N) pela energia cinética média das moléculas, ou seja, N U= /E 1 C = NeC BLOCO 06 1. Transforma a energia potencial gravitacional da água na superfície da barragem de altura h em energia cinética (do movimento) na turbina. 2. A turbina aciona o gerador que, por sua vez, transforma energia cinética em elétrica. 07 D 01 D A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius –, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica. O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina – a uma velocidade de 1 800 rpm – que, por sua vez, aciona o gerador elétrico. Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as demais. 02 E O programa nuclear brasileiro, iniciado na década de 1960 com a compra de um sistema energético americano da Westinghouse (Angra I), teve continuidade com a assinatura de um tratado entre Brasil e Alemanha, que resultou na construção da usina de Angra II e no projeto de Angra III. O país não tem demonstrado interesse em desenvolver armas nucleares e tem se concentrado na produção de energia e construção do submarino nuclear para a Marinha. A energia nuclear pode contribuir para o aumento da oferta de energia elétrica, por ser rentável e possuir mobilidade geográfica – uma usina nuclear pode ser instalada junto a um centro consumidor, sem a necessidade de construção de extensas linhas de transmissão. Além disso, a pesquisa para seu desenvolvimento colabora com o crescimento do nível tecnológico do país, como por exemplo no processo de enriquecimento do urânio, desenvolvido com tecnologia nacional, que proporciona o beneficiamento de matéria-prima, não havendo a necessidade de importá-lo. O próximo passo será o tratamento de rejeitos, atualmente levados para os EUA, para depois ser armazenado aqui no Brasil. 03 D Veja o esquema a seguir: Caldeira Vapor Tubulação Válvula Turbina Vapor I. Correta – a função do vapor obtido pela fissão nuclear é girar a turbina. II. Correta – conforme o enunciado, a energia cinética adquirida pela turbina, ao girar devido ao vapor, é transferida para o gerador, onde é transformada de cinética em elétrica. III. Falsa – a função da câmara de condensação é liquefazer o vapor esfriando-o e transformando-o em água, que é, a seguir, bombeada de volta ao reator. 08 D I. Correta – o aumento na temperatura de um líquido diminui a solubilidade dos gases (inclusive oxigênio) nele contidos. II. Correta – sendo os peixes animais pecilotermos (temperatura varia de acordo com o ambiente em que estão inseridos), a mudança na temperatura da água afeta seu metabolismo, podendo provocar, dependendo da intensidade da modificação, sua mortalidade. III. Falsa – o aumento da temperatura da água favorece o aumento de micro-organismos (bactérias e algas), prejudicando o desenvolvimento da vegetação. 09 A Durante a caminhada, os movimentos de vai e vem dos quadris subindo e descendo provoca transformação de energia potencial elástica armazenada nas molas em energia cinética — esta energia cinética, por sua vez, durante o sobe e desce, comprime e estica as molas ainda mais, restituindo a energia potencial elástica e assim por diante — assim, durante a caminhada há transformação de energia potencial em energia cinética e vice-versa — esse movimento de sobe e desce (energia cinética) faz girar o motor, que por sua vez gira o gerador, transformando essa energia cinética em energia elétrica. 10 C O trabalho (W) realizado numa transformação cíclica é numericamente igual à área interna do ciclo. A área interna dos ciclos I, J e L corresponde à de 4 quadrículos. A área do ciclo K é menor que a de 4 quadrículos. Podemos também efetuar os cálculos: WI= 1 × 4 = 4 J WJ= 2 × 2 = 4 J WK= 3,14 × 12 = 3,14 J WL= 2 × 2 = 4 J BLOCO 07 01 C Água em ebulição Forno 06 D Eletroímãs Gerador Bagaço Z ] a) DE = 10 # 25 # 8 = 2k Wh ] b) DE = 10 # 100 # 2 = 2 kWh ] E = n # P # Dt [ c) DE = 2 000 # 2 = 4 kWh ] d) DE = 10 # 100 # 1 + 2 000 # 1 = 3 kWh ] ] # # # # \ e) DE = 2 100 8 + 8 100 2 = 3, 2 kWh 02 E 04 A As usinas hidroelétricas necessitam de grandes reservatórios de água de modo que possa haver transformação de energia potencial em cinética. As usinas termelétricas transformam energia química da combustão em energia térmica para acionar a turbina que irá produzir a energia elétrica. As usinas nucleares utilizam o processo de fissão nuclear para a geração da energia térmica necessária para acionar as turbinas. 05 B As usinas hidrelétricas necessitam de grandes reservatórios de água de modo que possa haver transformação de energia potencial em cinética. FÍSICA II A locomotiva a vapor é uma locomotiva propulsionada por um motor a vapor que compõe-se de três partes principais: a caldeira, produzindo o vapor usando a energia do combustível, a máquina térmica, transformando a energia do vapor em trabalho mecânico e a carroçaria, carregando a construção. O vagão-reboque (também chamado “tender”) de uma locomotiva a vapor transporta o combustível e a água necessários para a alimentação da máquina. 03 C A alternativa C descreve de maneira concreta o objetivo dos coletores solares, que é utilizar a energia solar para aquecer a água. Essa prática representa uma boa economia, pois dispensa o uso de chuveiros elétricos que consomem bastante energia. 04 D Se E = P ⋅ t, então a unidade de energia é MWh e não MW/h. Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 17 05 A Os combustíveis armazenam energia potencial química. Na combustão, a energia química é liberada e os gases formados aplicam forças nos pistões do motor, as quais realizam trabalho, usado para movimentar o veículo (produção de energia mecânica). 06 B Um dos fatores que contribuem para que a energia eólica tenha menor participação na matriz energética brasileira é o fato da construção de parques eólicos ser da ordem de US$ 2 000,00, o que corresponde a 20 vezes o valor necessário para se construir uma hidrelétrica. 07 A No processo secundário temos uma turbina que funciona a partir do vapor que é produzido com a energia recuperada do processo primário. Então temos energia térmica na produção do vapor se transformando em energia mecânica no movimento da turbina. 08 E A alternativa correta é a letra E, as perdas de energia ocorrem durante todos os processos através do atrito e do efeito joule, que é a transformação de energia elétrica em calor, devido à resistência do fio. A energia elétrica que não é perdida aciona a bomba que a transforma em energia cinética, movimentando a água para cima, onde passa a ter energia na forma de potencial gravitacional. 09 C Estamos falando de uma usina termelétrica, que utiliza como fonte primária o carvão. A queima do carvão representa a obtenção de energia potencial química, que é transformada em energia térmica, utilizada para transformar água em vapor, a alta pressão. Esse vapor de água é direcionado para as pás da turbina, fazendo acionar o gerador, que transforma essa energia cinética em energia elétrica. 10 A Um mol de U-235 tem massa 235 g (M = 235 g/mol). Calculemos então quantos mols há em 1 kg (1 000 g). m 1 000 = = 4, 23 mols M 235 Para calcular a quantidade de átomos (N), basta multiplicar pelo número de Avogadro. N = 4,23 × 6 × 1023 ⇒ N = 2,55 × 1024 Como cada átomo libera 208 MeV, e 1 eV = 4,45 × 10–20 kWh, a energia liberada por essa quantidade de átomos, em kWh, é: E = 2,55 × 1024 × 208 × 4,45 × 10–20 ⇒ E = 2,36 × 107 kWh. Como em 1 mês são consumidos 230 kWh, o tempo pedido é: 2, 36 # 107 102 620 = 102 620 meses = t= anos & 230 12 = 8 551 anos Ou seja, mais de 8 000 anos. n= 03 C [I] Num processo termodinâmico adiabático, o calor trocado é nulo (Q = 0). Aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica: Q = DU + W & 0 = DU + W & DU = - W . Assim: • se o gás expande, ele resfria, ou seja, ele consome da própria energia interna (DU < 0) para realizar trabalho (W > 0); • se o gás sofre compressão, ele aquece, ou seja, se recebe trabalho (W < 0) ele absorve essa energia, aumentando sua energia interna (DU > 0); • se a energia interna cai pela metade, temos: - Ui U DU = - W & Uf - Ui = - W & i - Ui = - W & W = . 2 2 [II] Num processo termodinâmico isotérmico, a variação da energia interna é nula (DU = 0). Aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica: Q = DU + W & Q = 0 + W & Q = W. Assim: • se o gás recebe calor, ele expande, ou seja, ele utiliza o calor recebido (Q > 0) para realizar trabalho (W > 0); • se o gás perde calor, ele é comprimido, ou seja, se recebe trabalho (W < 0), ele perde essa energia. 04 C [I] CORRETA. Do enunciado, o calor é fornecido ao sistema (Q > 0) e o trabalho é realizado sobre o sistema (W < 0). Assim, pela Primeira Lei da Termodinâmica, tem-se que: Q = W + DU DU = Q – W Como, )Q > 0 W<0 Logo, DU = Q – (–W) DU = Q + W [II]INCORRETA. Quando um sistema é fechado, não existe troca de calor com o meio externo nem é realizado trabalho, seja sobre ou pelo sistema. Logo, Z ]] Q = 0 [W = 0 ] DU < 0 \ [III] CORRETA. De acordo com a Segunda Lei da Termodinâmica. 05 D I. (V) Os espaços entre os alimentos depositados nas grades permitem a livre convecção das massas de ar existentes dentro da geladeira. II. (F) Na situação descrita, o interior do congelador apenas permaneceria em 0 oC. III.(V) Com a grade limpa a transferência de calor se torna grande, efetivando o funcionamento da geladeira. 06 E 01 C Analisando as assertivas, pode-se notar que a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. Na primeira é dito que trata-se de uma “expansão volumétrica muito rápida, característica de uma transformação adiabática”. Pela Primeira Lei da Termodinâmica, tem-se que: Q = t + DU Uma transformação adiabática trata-se de uma transformação sem que haja troca de calor com a vizinhança, ou seja, Q = 0. Logo, 0 = t + DU DU = –t Como o trabalho na Termodinâmica é t = p ⋅ DV, pode-se concluir que haverá uma variação de volume muito rápida em uma expansão adiabática. A segunda assertiva está incorreta pois é dito que na transformação adiabática existe uma transmissão de calor muito grande entre o gás e a vizinhança, o que não é uma característica deste tipo de transformação. 02 A Em qualquer ciclo, o gás sempre volta ao estado inicial, à mesma temperatura (DT = 0). Como a variação da energia interna (DU) é diretamente proporcional à variação de temperatura (DT) pela expressão 3 n R DT, a variação da energia interna também é nula. DU = 2 18 Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 Primeiramente devemos retirar as informações dadas pelo exercício: η = 0,2 e Q1 = 104 J Agora podemos determinar o trabalho através da equação do rendimento da máquina térmica. Portanto, temos: |x | → t = 0,2 ⋅ 10 000 → t = 2 000 J 0,2 = 104 Q1 = t + Q2 10 000 = 2 000 + Q2 Q2 = 10 000 – 2 000 = 8 000 J 07 A O trabalho pode ser calculado pelas áreas sob as curvas: (5 $ 102 + 2 $ 102) $ 2 = 700 J tAC = 2 tABC = 2 ⋅ 2 ⋅ 102 = 400 J 08 A η = 1 – TF/TQ = 1 – 283/603 = 0,53 ou 53% 09 C o rendimento da máquina é: η = 1 – TF/TQ= 1 – 300/450 = 1/3 ou 33% e, sendo η = t;QQ, fica 1/3 = 100/QQ ∴ QQ = 300 J. FÍSICA II 10 B A análise do diagrama dado permite concluir que a energia total (E) liberada na queima do combustível é E = 4 000 + 8 000 → 12 000 → E = 12 ⋅ 104 J. Como a queima de 1 kg de querosene libera 6 ⋅ 104 J, temos que a massa m desse combustível consumido em cada ciclo é: 6 # 104 J " 1 kg 1,2 # 104 J " m kg * FÍSICA II m= 1,2 # 104 & m = 0,2 kg 6 # 104 Ciências da Natureza e suas Tecnologias FÍSICA – Volume 02 19