61o. Congresso Nacional de Enfermagem

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Trabalho 2068 - 1/5
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE COM SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR
Ferreira, José Hernevides Pontes1
Silva, Ana Paula Dias da 2
Fialho, Ana Virginia de Melo 3
Muniz Filha, Maria José Matias4
Farias, Denise Arnaud de5
Cavalcanti, Amanda Feitosa 6
INTRODUÇÃO: Síndrome da veia cava superior (SVCS) é definida como um
conjunto de sinais (dilatação das veias do pescoço, pletora facial, edema de
membros superiores, cianose) e sintomas (cefaléia, dispnéia, tosse, edema de
membro superior, ortopnéia e disfagia, entre outros) causados pela diminuição ou
obstrução do fluxo sangüíneo pela veia cava superior (VCS) em direção ao átrio
direito. Um grande número de vasos colaterais é recrutado quando a veia cava e
as suas principais tributárias venosas sofrem obstrução. Nesta circunstância, a
colateralização se dá através de redes venosas extracavitárias, principalmente na
pele e na musculatura da parede torácica. A alta pressão venosa acima da
obstrução determina também o aparecimento de shunts nas veias e plexos
adjacentes de baixa pressão. A obstrução da veia cava superior é uma condição
relativamente rara pode ser causada por compressão extrínseca do vaso, invasão
tumoral, trombose ou por dificuldade do retorno venoso ao coração secundária a
doenças intra-atriais ou intraluminais. Aproximadamente 73% a 97% dos casos de
SVCS ocorrem durante a evolução de processos malignos intratorácicos por
extensão ou compressão da veia cava superior pelo próprio tumor ou por
linfonodos mediastinais acometidos; a leucemia é uma causa rara desta
síndrome. Atualmente, o carcinoma de pulmão é responsável por 70% dos casos,
as doenças malignas do mediastino e fibroses mediastinais não malignas assim
como tromboses relacionadas a cateteres são a maioria das causas restantes.
Hoje se sabe que não apenas 5% das causas são de natureza benigna, há
incidência maior, ainda não bem estabelecida em percentuais. As causas também
incluem
condições
inflamatórias
tais
como
tuberculose,
histoplasmose,
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tromboflebite (particularmente extensão de tromboflebite das veias superficiais ou
da veia subclávia), aneurisma aórtico e pericardite constritiva. Entre outras
possíveis causas, mas com uma pequena incidência, citam-se: trombose
idiopática, deficiência de anti-trombina III e hiper-homocisteinemia, infecção do
mediastino, metástase de tumores - células germinativas e de colo, sarcoma de
Kaposi, câncer de esôfago, mesotelioma fibroso, síndrome de Bechet - doença do
sistema imune, tumor de timo, tumor de tireóide, doença de Hodgkin, sarcoidose,
fibrose mediastino. OBJETIVO: Descrever o caso clínico de um paciente com
SVCS, visando à aplicação da sistematização da assistência de enfermagem,
provendo um cuidado humanizado ao paciente portador dessa doença.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória, qualitativa e descritiva,
tipo estudo de caso. Foi realizado em um hospital de atenção terciário de
referência cardiopulmonar, conveniado com a rede pública de saúde, localizado
em Fortaleza-CE, que atende as especialidades de clínica e cirurgia
cardiopulmonares. Como sujeito do estudo, escolheu-se um paciente do sexo
masculino, internado na enfermaria de clínica cirúrgica da instituição hospitalar,
com diagnóstico médico de SVCS. A coleta de dados ocorreu no mês de março
de 2009, através da aplicação do histórico de enfermagem do paciente, incluindo
exame físico e entrevista enriquecida com a colaboração do acompanhante, além
de consulta ao prontuário para ampliar as informações sobre a história clínica,
terapêuticos e resultados de exames complementares. A Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) foi planejada a partir da fundamentação na
literatura científica que evidencia os traços clínicos e elaborado seu plano de
cuidados. Foram identificados os diagnósticos de enfermagem, de acordo com a
taxonomia II da NANDA, e as intervenções pertinentes a cada diagnóstico.O
participante foi esclarecido acerca de sua participação voluntária do estudo, de
seu objetivo, fato que o tornou ciente do sigilo conferido às suas informações e
identidade e respeitados todos os aspectos contidos na Resolução 196/96 do
Código de Ética do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo
seres humanos (BRASIL, 1996)A teoria selecionada para guiar o Processo de
Enfermagem que fundamenta este estudo foi a de NHB de Horta (HORTA, 1979).
O instrumento de coleta de dados foi elaborado de forma a contemplar as
necessidades psicobiológicas, psicoespirituais e psicossociais. Vendo o paciente
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de uma forma individualizada e holística. RESULTADOS: J. E. F, masculino, 68
anos. Natural de Fortaleza, procedente de Pacajús, casado, pardo, católico e
marceneiro. No 64º DIH, com diagnostico de SVCS, grave, consciente, orientado,
cooperativo, Foram encontrados os seguintes diagnósticos: Integridade da
pele/tissular prejudicada relacionada a formação de edema e circulação
alterada,Troca
gasosa
prejudicada
relacionada
a
desequilíbrio
entre
perfusão/ventilação. Comunicação verbal prejudicada relacionada à dispnéia
intensa, insônia relacionada a desconforto físico (dor e dispnéia) bem como suas
respectivas intervenções. CONCLUSÃO: A SVCS é uma doença de pouca
incidência, que requer do profissional de enfermagem empenho nas práticas que
amenizem a angústia dos pacientes acometidos por esta patologia. As
providências englobam um universo de ações que podem e devem ser colocadas
em prática seguindo o modelo da sistematização da enfermagem, prestando
cuidados com humanização e dedicação a esses pacientes, sendo isso,
prioridade essencial no atendimento e honra a vida do ser humano. Entende-se
que a teoria das NHB de WANDA HORTA, embasa o enfermeiro na elaboração de
uma assistência holística e efetiva ao paciente portador de SVCS, Baseado em
um cuidado sistematizado de forma humanizada e individualizada, tornando-se
assim um fator primordial na evolução, melhora e reabilitação do mesmo. A
efetivação da assistência de enfermagem de qualidade aumenta as expectativas
do paciente, tanto quão a qualidade de vida do mesmo. A capacitação da equipe
de enfermagem trabalhando em conjunto com outros profissionais da área de
saúde, contribuirá, indiscutivelmente, de forma mais segura, no reconhecimento
dos sintomas, diagnóstico e no tratamento da SVCS. REFERÊNCIAS: FISCHBAC
Francês, Manual de Enfermagem, 7ª Edição: Rio de Janeiro, editora Guanabara,
2005. NANDA, Diagnóstico de Enfermagem definições e classificação Porto
Alegre: Artmed, 2008. CAROLYN, Jarvis. Exame físico e avaliação de saúde
Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 2002. SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Tratado
de enfermagem médico cirúrgica, Brunner e Suddart. 7 ed., Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 1993. HORTA, W. A. Processo de enfermagem. São Paulo:
EPU, 1979. NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION.
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Descritores: Enfermagem; Humanização; Sistematização da Assistência de
Enfermagem.
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Acadêmico do 7º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR). [email protected]
11
Mestre em cuidados clínicos pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Docente da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR).
2
Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Docente do Mestrado em Cuidados
Clínicos.
3
Mestre em cuidados clínicos pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Docente da Universidade de
Fortaleza (UNIFOR).
4
Acadêmica do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR).
5
Acadêmica do 6º semestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza
(UNIFOR).
6
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