PROJETO GIOS - CCA (1)

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Bruno Iglesias Maia
Daniela Rezende dos Santos
Giovana Silva
Maria Júlia Fernandes de Almeida
Rodrigo Moura dos Santos
Brasília
2015
Mapeamento dos processos críticos ambulatoriais no CCA do
HUB/UnB/EBSERH
Resumo
Assim como a cirurgia, o processo de marcação delas é considerado crítico para o
sucesso na administração de um Centro Cirúrgico. Para que uma pessoa seja operada no
centro cirúrgico ambulatorial do Hospital Universitário de Brasília, ela deve passar por
uma série de procedimentos que se iniciam com uma consulta com o cirurgião,
perpassando por algumas áreas do Hospital até a conclusão que é de fato a cirurgia.
Aperfeiçoar esses processos é um desafio já que o paciente deve preencher diversos
requisitos.
Introdução
Assim como a cirurgia, o processo de marcação delas é considerado crítico para o
sucesso na administração de um Centro Cirúrgico. Para que uma pessoa seja operada no
centro cirúrgico ambulatorial do Hospital Universitário de Brasília, ela deve passar por
uma série de procedimentos que se iniciam com uma consulta com o cirurgião,
perpassando por algumas áreas do Hospital até a conclusão que é de fato a cirurgia.
Aperfeiçoar esses processos é um desafio já que o paciente deve preencher diversos
requisitos. Portanto atraso na marcação pode resultar em uma consequência que
prejudicaria o bem estar do paciente. Segundo Miller (2005), Marcação correta no Centro
Cirúrgico é possivelmente a parte mais importante de um serviço cirúrgico eficiente.
Segundo Cavalcante, Pagliuca e Almeida apud Paschoal e Gatto(2006), a intervenção
cirúrgica requer preparo prévio do paciente e da família, pois envolve aceitação da
cirurgia, preparo físico e psicológico, interferência no estilo de vida, alterações
sócioeconômicas pelo afastamento no trabalho, além da situação de estresse gerada pelo
medo do desconhecido.
Considerando tais aspectos, esse trabalho foi iniciado na disciplina Gestão e Inovação de
Processos Críticos em Organização de Serviço, a qual sempre nos motivou estar por
dentro de inovações e perceber o processo que leva até que elas aconteçam, nos
proporcionando a criação de um grupo o qual por meio desse trabalho de tem como
objetivo geral mapear o processo de marcação de Cirurgia no Centro Cirurgico
Ambulatorial (CCA), no HUB, e tem como seus objetivos específicos: a) Identificar as
possíveis demoras no processo de marcação de cirurgias; b) Analisar a situação do CCA
e c)Aperfeiçoar os processos.
A relevância desse trabalho é essencial, pois já é um desafio já que o paciente deve
preencher diversos requisitos até a marcação da sua cirurgia, porém através de alguma
falha ele pode acabar atrasando todo o processo e tendo que recomeça-lo desde o ínicio,
prejudicando assim seu bem estar e dinheiro público envolvido.
Em decorrência disso elaboramos a seguinte questão: Como elaborar um processo que os
sujeitos envolvidos consigam se adaptar e que tenha retorno positivos tanto para o
governo, médico e paciente?
Para tentarmos responder essa pergunta, elaboramos uma pesquisa de campo, a qual
envolveu uma entrevista aberta em 2 momentos no HUB e depois disso foi realizado o
mapeamento através da ferramenta Bizagi.
Objetivo
Será realizada a modelagem dos processos que envolvem desde avaliação de um
paciente que pretenda realizar uma cirurgia de córnea, que necessita de internação previa,
até cirurgias consideras simples, na qual o paciente tem alta no mesmo dia. O inicio do
processo é a consulta do paciente com o cirurgião. O evento final é o momento em que o
paciente é operado e recebe alta.
Identificar possíveis falhas nos processos que onere os cofres públicos bem como
identificar possíveis gargalos que dificultam o atingimento dos objetos e propor melhoras
que atinjam de fato a percepção do paciente.
Metodologia
No presente projeto utilizou-se a ferramenta Bizagi, apresentada na disciplina,
para desenvolver a modelagem e posteriormente analisar os processos e a entrevista
aberta que segundo Minayo (1993) é utilizada quando o pesquisador deseja obter o maior
número possível de informações sobre determinado tema. Entrevista é a técnica de coleta
de dados na qual as perguntas são formuladas e respondidas oralmente. Como técnica de
pesquisa, a entrevista é utilizada para a obtenção de informações a respeito do que as
pessoas sabem, crêem, esperam, sentem ou desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram
e também acerca das suas explicações ou razões a respeito de coisas anteriores.
As entrevistas foram feitas com enfermeiras que atuam no setor por cerca de um ano. A
coleta dos dados foi feitas pessoalmente onde estiveram presentes representantes do
grupo, já que as entrevistas foram feitas no ambiente de trabalho (Ambulatório) situado
no Hospital Universitário de Brasília (HUB). As entrevistas foram divididas em duas
partes, pois as enfermeiras entrevistadas estavam em horário de trabalho. Posto isto, foi
feito a modelagem dos processos considerados como critico no ambulatório bem com a
própria marcação da cirurgia.
Situação Atual (AS IS)
O HUB não possui exclusividade nas cirurgias feitas no ambulatório, já que, são
cirurgias consideradas mais simples, a exemplo das cirurgias de transplante de córnea,
catarata, e desvio de septo.
A forma como são feitas as marcações das cirurgias depende do cirurgião. O
processo começa com a indicação de qual cirurgia deve ser feita.
O ambulatório do Hospital Universitário não realiza qualquer tipo de cirurgia por
ser o local onde as consultas com os cirurgiões e a marcação de exames acontece.O centro
Cirurgico Ambulatorial não possui todos os equipamentos necessários para realização de
cirurgias de grande porte, portanto, só são realizadas pequenas cirurgias e procedimentos.
Após a indicação, o médico cirurgião preenche o formulário de marcação e encaminha
em formato de lista os formulários de todos os pacientes a serem operados. Com posse
destes dados é realizado a marcação da cirurgia no sistema do hospital, o AGHU (
Aplicativo de Gestão de Hospitais Universitários). Depois de inserido todos os dados do
paciente, exames são confeccionados e a marcação da cirurgia definitiva é feita no
sistema, e é informada a data que a cirurgia foi agendada no centro cirúrgico para o
cirurgião e paciente.
Quanto às cirurgias no centro cirúrgico ambulatorial do HUB, a modelagem tem
inicio com a avaliação dos pacientes para assim ter um posicionamento do medico
cirurgião se o procedimento poderá ser realizado no CCA. Após o aval do médico, o
paciente deverá reunir exames e documentação para que a marcação seja efetivada. De
posse de todos os documentos e exames solicitado o medico pode confirma a marcação
da cirurgia no CCA que preparará toda a logística para a realização da cirurgia, como,
preparar a sala, marca com anestesista etc. Após realizada a cirurgia o paciente poderá
receber alta ou precisará ficar internado até a recuperação. O processo só acaba quando a
cirurgia é realizada e o paciente é liberado.
Situação Desejada (TO BE)
Atualmente, o processo de marcação de cirurgias no CCA é um processo bastante
burocrático e interdependente, aonde nenhuma das partes consegue realizar nenhuma
ação sem levar em conta as outras partes. Apesar de ser difícil de ser alterado, devido à
sensibilidade dos atendimentos, os processos poderiam ser melhores desenhados. Um
exemplo é a falta de um sistema unificando os médicos e o CCA, pois atualmente, existe
uma série de tarefas que poderiam ser eliminados apenas com a melhoria da comunicação
entre médicos e o CCA
Conclusão
O mapeamento dos processos de marcação de cirurgias no CCA do Hospital
Universitário da UnB mostrou que, apesar de estar funcionando bem no momento,
existem brechas e janelas de oportunidade para melhorias. Hoje, existe uma serie de
tarefas que devem ser feitas para que a marcação ocorra da forma planejada, e usando o
que foi exposto tanto pelos funcionários entrevistados quanto em sala de aula, foi
percebido que pode haver uma melhoria nesses processos, principalmente baseando-se na
comunicação entre os atores.
Referências:
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O desafio do conhecimento cientifico: pesquisa
qualitativa em saúde. 2 ediçao. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec-Abrasco, 1993.
CAVALCANTE, PAGLIUCA e ALMEIDA apud PASCHO e GATTO. TAXA DE
SUSPENSÃO DE CIRURGIA EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E OS
MOTIVOS
DE
ABSENTEÍSMO
DO
PACIENTE
À
CIRURGIA
PROGRAMADA1. Rev Latino-am Enfermagem, v. 14, n. 1, p. 48-53, 2006
Miller (2005), Miller’s Anaesthesia, p 3119
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