ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS

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ESQUIZOFRENIA E OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma desorganização ampla dos
processos mentais. É um quadro complexo apresentando sinais e sintomas na área do
pensamento, percepção e emoções, causando marcados prejuízos ocupacionais, na vida de
relações interpessoais e familiares.
Nesse quadro a pessoa perde o sentido de realidade ficando incapaz de distinguir a
experiência real da imaginária. Essa doença se manifesta em crises agudas com
sintomatologia intensa, intercaladas com períodos de remissão, quando há um abrandamento
de sintomas, restando alguns deles em menor intensidade.
É uma doença do cérebro com manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência
ou início da idade adulta antes dos 40 anos. O curso desta doença é sempre crônico com
marcada tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.
Como se desenvolve?
Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador da Esquizofrenia. Há, no entanto,
evidências de que seria decorrente de uma combinação de fatores biológicos, genéticos e
ambientais que contribuiriam em diferentes graus para o aparecimento e desenvolvimento da
doença. Sabe-se que filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de
aproximadamente 10% de desenvolver a doença, enquanto na população geral o risco de
desenvolver a doença é de aproximadamente 1%.
Os quadros de esquizofrenia podem variar de paciente para paciente, sendo uma combinação
em
diferentes
graus
dos
sintomas
abaixo:
Delírios:
o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de
perseguição, grandeza ou místicos
Alucinações:
O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou
pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o
paciente
Discurso e pensamento desorganizado:
O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma
incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
Expressão das emoções:
O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma
dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está
alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o
contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
Alterações de comportamento:
Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando
risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho
em voz alta ou andar sem roupa em público.
Como o médico faz o diagnóstico?
Para fazer o diagnóstico , o médico realiza uma entrevista com o paciente e sua família
visando obter uma história de sua vida e de seus sintomas o mais detalhada possível. Até o
presente momento não existem marcadores biológicos próprios dessa doença nem exames
complementares específicos, embora existam evidências de alterações da anatomia cerebral
demonstráveis em exames de neuro-imagem e de metabolismo cerebral sofisticados como a
tomografia computadorizada, a ressonância magnética, entre outros.
Além de fazer o diagnóstico, o médico deve tentar identificar qual é o subtipo clínico que o
paciente apresenta. Essa diferenciação se baseia nos sintomas que predominam em cada
pessoa e na evolução da doença que é variada conforme o subtipo específico. Os principais
subtipos
são:
paranóide (predomínio de delírios e alucinações)
desorganizada ou hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização
do pensamento)
catatônico (alterações da motricidade)
simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento,
isolamento social)
residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia
produtiva).
As medicações antipsicóticas ou neurolépticos são o tratamento de escolha para a
esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando
restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não restabelecem
completamente o paciente. As medicações antipsicóticas controlam as crises e ajudam a
evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as drogas antipsicóticas
apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados.
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às medicações, pode-se
fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado de eletro-choque. Esse
método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, sendo realizado com
anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais modernos chamados de atípicos
ou de última geração. As abordagens psico-sociais, como acompanhamento psicoterápico,
terapia ocupacional e familiar são também muito importantes para diminuir as recaídas e
promover o ajustamento social dos portadores da doença.
OUTROS TRANSTORNOS PSICÓTICOS
Transtorno Esquizofreniforme
Os pacientes com Transtorno Esquizofreniforme apresentam um quadro clínico muito parecido
com a Esquizofrenia. A diferença deve-se ao tempo limitado em que os sintomas persistem.
Ou seja, os sintomas devem estar presentes por mais de um mês, porém os pacientes não
devem ultrapassar seis meses com o quadro.
A remissão (melhora) deve ocorrer durante esse período, sendo que quanto mais curto for o
episódio, melhor é o prognóstico. Prejuízo social ou ocupacional em função de seus sintomas
podem estar presentes ou não. Pacientes que persistirem com os sintomas psicóticos por um
período superior a seis meses podem receber o diagnóstico de Esquizofrenia.
O tratamento é similar ao da Esquizofrenia, geralmente necessitando de hospitalização para a
realização de diagnóstico e tratamento mais adequados.
Transtorno Esquizoafetivo
Essa doença tem características tanto da Esquizofrenia quanto dos Transtornos de Humor.
Em outras palavras, os pacientes que apresentam essa doença têm sintomas de
esquizofrenia, "misturados" com sintomas de doença afetiva bipolar (antigamente conhecida
como psicose maníaco-depressiva) ou de depressão. Esses sintomas podem apresentar-se
juntos ou de maneira alternada.
Ocorre também na adolescência ou início da idade adulta e costuma ter uma evolução mais
benigna que a Esquizofrenia e pior que o Transtorno de Humor.
O tratamento consiste em internação hospitalar, medicação e intervenções psico-sociais. As
principais medicações escolhidas para o tratamento do Transtorno Esquizoafetivo são as
mesmas utilizadas no tratamento da Depressão e da Doença Bipolar, assim como
antipsicóticos.
Transtorno Delirante
Delírio é um tipo de pensamento no qual o indivíduo tem uma crença inabalável em idéias
falsas, irracionais ou sem lógica. E esse é o principal sintoma apresentado pelos pacientes
com Transtorno Delirante.
Para que o paciente receba esse diagnóstico, os delírios devem estar presentes por um
período maior que um mês. Diferem da Esquizofrenia por esses pacientes não serem tão
gravemente comprometidos em seu comportamento e linguagem. Os pacientes podem
apresentar alucinações, mais comumente relacionadas ao tato e ao olfato (cheiros). O
Transtorno Delirante antigamente recebia o nome de Paranóia, associando o nome da doença
aos delírios persecutórios. Porém, hoje sabe-se que esses pacientes podem apresentar outros
tipos de conteúdo delirante, dividindo o diagnóstico em diferentes subtipos:
Tipo erotomaníaco:
Delírio cujo tema central é que uma pessoa está apaixonada pelo paciente. Esse delírio
geralmente refere-se mais a um amor romântico idealizado ou uma união espiritual do que
propriamente uma atração sexual.
Tipo grandioso:
Delírios de possuir uma grande talento, conhecimento ou ter feito uma importante
descoberta ainda que isso não seja reconhecido pelas demais pessoas. Pode tomar a forma
também da convicção de ser amigo de um presidente ou ser portador de uma mensagem
divina.
Tipo ciumento:
Delírios de que está sendo traído pelo cônjuge.
Tipo persecutório:
Delírios de que está sendo alvo de algum prejuízo.
Tipo somático:
Delírios de que possui alguma doença ou deficiência física.
Tipo misto:
Delírios acima citados misturados.
Tipo inespecífico:
Delírios diferentes dos descritos acima.
De maneira geral o tratamento é realizado em consultório. Internação hospitalar pode ser
necessária em situações em que há presença de riscos (agressão, suicídio, exposição moral).
O tratamento é feito com medicação antipsicótica e psicoterapia.
Transtorno Psicótico Breve
O Transtorno Psicótico Breve pode ter um quadro clínico muito parecido com a Esquizofrenia
ou com o Transtorno Esquizofreniforme, apresentando delírios, alucinações, linguagem ou
comportamento desorganizado ou com o Transtorno Delirante. Entretanto esses sintomas
deverão estar presentes por um curto espaço de tempo e persistir no mínimo por um dia, e
no máximo por 1 mês, melhorando completamente dentro desse período sem deixar
sintomas residuais.
Geralmente encontramos situações estressantes que precipitam o quadro. O tratamento deve
ser com medicações antipsicóticas, eventualmente necessitando internação hospitalar. A
evolução desses quadros costuma ser benigna com total remissão dos sintomas.
Transtorno Psicótico Compartilhado (Folie à Deux, Codependência)
Trata-se de uma situação rara na qual uma pessoa começa a apresentar sintomas psicóticos
(delírios), a partir da convivência próxima com um doente psicótico. Geralmente ocorre
dentro de uma mesma família, entre cônjuges, pais e filhos ou entre irmãos. O tratamento
consiste em separar as duas pessoas. Se houver persistência dos sintomas, pode ser
necessário usar medicação antipsicótica. Psicoterapia e terapia familiar também ajudam no
tratamento e prevenção.
TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
Personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um
indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o "jeitão" de ser da pessoa, o modo de sentir as
emoções ou o "jeitão" de agir.
Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e malajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando
a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação.
Geralmente esses indivíduos são pouco motivados para tratamento, uma vez que os traços
de caráter pouco geram sofrimento para si mesmos, mas perturbam suas relações com
outras pessoas, fazendo com que amigos e familiares aconselhem o tratamento. Geralmente
aparecem no início da idade adulta e são cronificantes (permanecem pela vida toda) se não
tratados.
As causas destes transtornos geralmente são múltiplas, mas relacionadas com as vivências
infantis e as da adolescência do indivíduo.
O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se
tratando de mudanças de caráter, o indivíduo terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para
que o tratamento seja efetivo. Existem muitos tipos desses transtornos, como se vê a seguir:
Transtorno de Personalidade Paranóide:
Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito
da lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como
ameaçadoras. São rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas
vezes ciumentos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e
amigos.
Transtorno de Personalidade Esquizóide:
Indivíduos distanciados das relações sociais, que não desejam ou não gostam de
relacionamentos íntimos, realizando atividades solitárias, de preferência. Pouco ou nenhum
interesse em relações sexuais com outra pessoa, e pouco ou nenhum prazer em suas
atividades. Não têm amigos íntimos ou confidentes, não se importam com elogios ou
críticas, sendo frios emocionalmente e distantes.
Transtorno de Personalidade Esquizotípica:
Indivíduos excêntricos e estranhos, que têm crenças bizarras, com experiências de ilusões
e pensamento e discurso extravagante. Falta de amigos e ansiedade no convívio social.
Transtorno de Personalidade Borderline:
Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para
evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As
pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas
rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam
apresentar uma hiper reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou
excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são péssimas ou catastróficas.
Transtorno de Personalidade Narcisista:
Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os
outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais,
tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas
qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o
sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar
os outros para que se sintam melhor.
Transtorno de Personalidade Anti-social:
Indivíduos que desrespeitam e violam os direitos dos outros, não se conformando com
normas. Mentirosos, enganadores e impulsivos, sempre procurando obter vantagens sobre
os outros. São irritados, irresponsáveis e com total ausência de remorsos, mesmo que
digam que têm, mais uma vez tentando levar vantagens. Podem estabelecer
relacionamentos afetivos superficiais, mas não são capazes de manter vínculos mais
profundos e duradouros.
Transtorno de Personalidade Histriônica:
Indivíduos facilmente emocionáveis, sempre em busca de atenção, sentindo-se mal
quando não são o centro das atenções. São sedutores, com mudanças rápidas das
emoções. Tentam impressionar aos outros, fazendo uso de dramatizações, e tendem a
interpretar os relacionamentos como mais íntimos do que realmente são.
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva:
Indivíduos preocupados com organização, perfeccionismo e controle, sempre atento a
detalhes, listas, regras, ordem e horários. Dedicação excessiva ao trabalho, dão pouca
importância ao lazer. Teimosos, não jogam nada fora ("pão-duro") e não conseguem
deixar tarefas para outras pessoas.
Transtorno de Personalidade Esquiva:
Indivíduos tímidos (exageradamente), muito sensíveis a críticas, evitando atividades
sociais ou relacionamentos com outros, reservados e preocupados com críticas e rejeição.
Geralmente não se envolvem em novas atividades, vendo a si mesmos como inadequados
ou sem atrativos e capacidades.
Transtorno de Personalidade Dependente:
Indivíduos que têm necessidade de serem cuidados, submissos, sempre com medo de
separações. Têm dificuldades para tomar decisões, necessitam que os outros assumam a
responsabilidade de seus atos, não discordam, não iniciam projetos. Sentem-se muito mal
quando sozinhos, evitando isso a todo custo.
O tratamento desses transtornos baseia-se na Psicoterapia (de orientação analítica ou
comportamental na maioria dos casos) e Psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar
outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por
causa desses. Aparece comumente depressão e ansiedade associados a esses transtornos. A
procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito
mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Não se pode esquecer que muitas
dessas características fazem parte dos traços normais de muitos indivíduos, e somente
quando esses traços são muito rígidos e não adaptativos é que constituem um transtorno.
Transtornos de Ansiedade
A Ansiedade no DSM.IV é subdividida em:
Agorafobia, Ataque de Pânico,Transtorno de Pânico Sem Agorafobia,Transtorno de
Pânico Com Agorafobia, Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico, Fobia
Específica, Fobia Social, Transtorno Obsessivo-Compulsivo,Transtorno de Estresse
Pós-Traumático, Transtorno de Estresse Agudo, Transtorno de Ansiedade
Generalizada, Transtorno de Ansiedade Devido a uma Condição Médica Geral
Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância
Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação.
Uma vez que Ataques de Pânico e Agorafobia ocorrem no contexto de diversos outros
transtornos, os conjuntos de critérios para Ataque de Pânico e para Agorafobia são listados
separadamente no início desta seção.
Um Ataque de Pânico é representado por um período distinto no qual há o início súbito de
intensa apreensão, temor ou terror, freqüentemente associados com sentimentos de
catástrofe iminente. Durante esses ataques, estão presentes sintomas tais como falta de ar,
palpitações, dor ou desconforto torácico, sensação de sufocamento e medo de "ficar louco" ou
de perder o controle.
A Agorafobia é a ansiedade ou esquiva a locais ou situações das quais poderia ser difícil (ou
embaraçoso) escapar ou nas quais o auxílio poderia não estar disponível, no caso de ter um
Ataque de Pânico ou sintomas tipo pânico.
O Transtorno de Pânico Sem Agorafobia é caracterizado por Ataques de Pânico
inesperados e recorrentes acerca dos quais o indivíduo se sente persistentemente
preocupado.
O Transtorno de Pânico Com Agorafobia caracteriza-se por Ataques de Pânico recorrentes
e inesperados e Agorafobia.
A Agorafobia Sem História de Transtorno de Pânico caracteriza-se pela presença de
Agorafobia e sintomas tipo pânico sem uma história de Ataques de Pânico inesperados.
A Fobia Específica caracteriza-se por ansiedade clinicamente significativa provocada pela
exposição a um objeto ou situação específicos e temidos, freqüentemente levando ao
comportamento de esquiva.
A Fobia Social caracteriza-se por ansiedade clinicamente significativa provocada pela
exposição a certos tipos de situações sociais ou de desempenho, freqüentemente levando ao
comportamento de esquiva.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo caracteriza-se por obsessões (que causam
acentuada ansiedade ou sofrimento) e/ou compulsões (que servem para neutralizar a
ansiedade).
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático caracteriza-se pela revivência de um evento
extremamente traumático, acompanhada por sintomas de excitação aumentada e esquiva de
estímulos associados com o trauma.
O Transtorno de Estresse Agudo caracteriza-se por sintomas similares àqueles do
Transtorno de Estresse Pós-Traumático, ocorrendo logo após um evento extremamente
traumático.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada caracteriza-se por pelo menos 6 meses de
ansiedade e preocupação excessivas e persistentes.
O Transtorno de Ansiedade Devido a Uma Condição Médica Geral caracteriza-se por
sintomas proeminentes de ansiedade considerados como sendo a conseqüência fisiológica
direta de uma condição médica geral.
O Transtorno de Ansiedade Induzido por Substância caracteriza-se por sintomas
proeminentes de ansiedade, considerados como sendo a conseqüência fisiológica direta de
uma droga de abuso, um medicamento ou exposição a uma toxina.
O Transtorno de Ansiedade Sem Outra Especificação é incluído para a codificação de
transtornos com ansiedade proeminente ou esquiva fóbica que não satisfazem os critérios
para qualquer um dos Transtornos de Ansiedade específicos definidos nesta seção (ou
sintomas de ansiedade acerca dos quais existem informações inadequadas ou contraditórias).
Uma vez que o Transtorno de Ansiedade de Separação (caracterizado por ansiedade
relacionada à separação de figuras parentais) geralmente se desenvolve na infância, ele é
incluído na seção "Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou
Adolescência".
A esquiva fóbica limitada ao contato genital sexual com um parceiro sexual é classificada
como Transtorno de Aversão Sexual e está incluída na seção "Transtornos Sexuais e da
Identidade de Gênero".
TRANSTORNOS
ALIMENTARES
Os Transtornos Alimentares caracterizam-se por severas perturbações no comportamento
alimentar. Esta seção inclui dois diagnósticos específicos, Anorexia Nervosa e Bulimia
Nervosa.
A Anorexia Nervosa caracteriza-se por uma recusa a manter o peso corporal em uma faixa
normal
mínima.
A Bulimia Nervosa é caracterizada por episódios repetidos de compulsões alimentares
seguidas de comportamentos compensatórios inadequados, tais como vômitos autoinduzidos; mau uso de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejuns ou exercícios
excessivos.
Uma perturbação na percepção da forma e do peso corporal é a característica essencial tanto
da Anorexia Nervosa quanto da Bulimia Nervosa. Uma categoria de Transtorno Alimentar Sem
Outra Especificação também é oferecida para a codificação de transtornos que não satisfazem
os
critérios
para
um
Transtorno
Alimentar
específico.
A obesidade simples é incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) como uma
condição médica geral, não aparecendo no DSM-IV porque não foi estabelecida uma
associação consistente com uma síndrome psicológica ou comportamental. Entretanto,
quando existem evidências da participação de fatores psicológicos na etiologia ou curso de
determinado caso de obesidade, isto pode ser indicado anotando-se a presença de Fatores
Psicológicos que Afetam a Condição Médica.
Transtorno de humor
Transtorno de Humor( transtornos depressivos, afetivo, neuroses depressivas) São
agrupados como transtorno de humor, pois são categorizados por desvios brutais de humor.
Os tipos mais comuns são: Transtorno depressivo e transtorno Bipolar.
episódio depressivo maior: A depressão mais comumente diagnosticada é chamada de
episódio depressivo maior ( os critérios do DSM-IV indicam um estado de humor bastante
deprimido que dura pelo menos duas semanas, sentimento de menos valia, e de indecisão,
padrão do sono alterado, mudanças significativas no apetite e no peso, perde-se muita
energia, capacidade reduzida de pensar e se concentrar, pensamento recorrente de morte).
Humor: Tom afetivo, modo como o afeto se manifesta.
transtorno de humor unipolar: Indivíduos com depressão ou manias, sofrem de transtorno
de humor unipolar, porque o seu humor permanece em um único polo. Alguém que altere
depressão e mania, apresentatranstorno de humor bipolar.
Transtorno bipolar critérios DSM-IV: A- Presença de um ou mais episódios depressivos
maiores –B-presença de pelo meno sum episódio hipomaníaco – nunca houve um episódio
maníaco ou misto – Os sintomas de humor nos critérios A e B não são mais bem explicados
pelo transtorno esquizoafetivo, os sintomascausam sofrimento clinicamente significativo,
prejuízo social, ocupacional e outras.
Possíveis causas para o transtorno de humor: Influenciam genéticas e familiares,
sistemas neurotransmissores, sistema endócrino, sono e ritmos cardíacos, acontecimentos
estressantes da vida, desamparo aprendido, estilos cognitivos negativos, vulnerabilidade
cognitiva à depressão, relações insatisfatóriamatrimonial, falta de apoio social.
Medicamentos e tratamento do transtorno de humor: A maior parte dos casos de
depressão ficam sem tratamento em razão de nem os profissionaisda área da saúde nem os
pacientes reconhecerem e identificaram ou diagnosticarem corretamente a existência de
tratamento eficientes e bem sucedidos. Antidepressivos, três tipos básicos: tricíclicos,
inibidores da monoamina oxidase e os inibidores seletivos de recaptaçãoseratonina.Litio é um
sal comum disponível no ambiente natural. É encontrado na água em que bebemos. Terapia
cognitivo-comportamental, psicoterapia interpessoal.
Episódio misto: Individuo que apresentassintomas de mania mas sem se sentir deprimido
ou ansioso ao mesmo tempo.
Quanto o humor ( tom afetivo) assume um lugar mórbido? A partir da sua fixação –
Distanciamento do vivido . Na depressão existe uma fixação no elemento tristeza.No caso do
Bipolar, passa hora fixada no estado eufórico, e hora fixada no estado triste.
O que é um sintoma para psicopatologia? Rompimento com o que é considerado comum
dentro de uma cultura.
O que diferencia um humor deprimido? Intensidade, frequência e o quanto isto pode
trazer de sofrimento para ele, prejuízo, ruptura com o normal/comum.
O que sintoma? Diferença individual, organização, dinâmica no seu funcionamento. O
sintoma é possível mensurar.
Episódio maníaco Critérios do DSM-IV: um período de humor anormal e persistentemente
elevado, expansivo ou irritável, que dura pelo menos uma semana. Durante o período de
perturbação do humor, três ou mais dos seguintes sintomas se apresentam: auto extima
inflada ou grandiosidade – necessidade de sono diminuída – pressão para falar – fuga de
ideias – distratibilidade – aumento da atividade direcionada a objetos , ou no âmbito social,
trabalho, escola ou sexualidade, ou agitação psicomotora.
Transtorno depressivo maior – episódio único : Transtorno de humor definido pela
ausência de episódios maníacos ou hipomaníacos antes ou durante o transtorno. Tem a
presença de um único episódio depressivo maior – O episódio depressivo maior não é mais
bem explicado por transtorno psicótico não especificado de outra forma – Nunca houve
episódio maníaco, misto ou hipomaníaco.
Transtorno depressivo recorrente: Se ocorrerem doisou mais episódios separados por um
período de pelo menos dois meses durante os quais o individuo não esteve deprimido.
Transtorno distímico: compartilha de muitos sintomas do transtorno depressivo maior, mas
se diferencia no que se refere ao curso. Os sintomas são um tanto menores mas permanecem
relativamente imutáveis por longos períodos, as vezes vinte ou trinta anos ou mais. DSM-IV:
Humor deprimido durante a maior parte do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois
anos; quando deprimido, presença de apetite diminuído, insônia ou hipersonia, baixa energia
ou fadiga, pouca concentração ou dificuldade de tomar decisões, sentimento de
desesperança. Durante o período de dois anos( um ano para crianças e adolescentes) da
perturbação, a pessoa nunca fiocu sem os sintomas dos critérios A e B por mais de dois
meses.
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