PERDIDOS NA GALÁXIA Perdidos na Galáxia é um excelente ponto de partida para uma viagem ao infinito através da Ciência e da Astronomia. A viagem de Egon pela galáxia é, além de uma maravilhosa animação, uma formidável oportunidade para que nossos alunos satisfaçam sua curiosidade a respeito do cosmos e de tudo o que existe no universo. Conhecer o que existe além dos limites de nosso planeta, é um interesse comum a todos nós, principalmente na infância. As enormes distâncias e dimensões, o desconhecido mundo dos outros mundos nos surpreende e fascina. Por isso, a enorme quantidade de jogos e filmes a respeito do tema parece nunca satisfazer nosso desejo de saber mais. Mas neste caso, a realidade é muito mais interessante que a fantasia. Além disso, poucos filmes oferecem tantas oportunidades de aproveitamento pedagógico quanto Perdidos na Galáxia. O tema equilibrio ambiental permeia toda a história, trazendo inúmeras chances de reflexão e realização de projetos interdisciplinares. Mas é como obra cinematográfica que o filme fica ainda mais interessante. Ele é capaz de estimular, intrigar, desafiar e solicitar uma explicação racional para o que é mostrado na tela. Afinal, os personagens são de outro planeta? A viagem realmente aconteceu? Só vendo para saber ou discutindo muito para ter certeza. A N T ES DE AS TIR S I S CURIOSIDADES 1 2 Este filme agrada muito aos fãs de astronomia porque traz imagens lindas do universo sideral, da via láctea e dos planetas do sistema solar. Perdidos na Galáxia é um dos primeiros filmes que vem da Hungria, país conhecido por ter excelentes trabalhos em animação. No entanto, poucas pessoas têm a oportunidade de ver um filme húngaro, porque pouquíssimas produções chegam de lá. 3 O filme é uma animação em 3 D e levou 6 anos para ser concluído. 4 É o primeiro filme da Hungria feito inteiramente no computador. 5 6 A trilha sonora é muito bonita e a música tocada no violão se parece bastante com algumas composições que ouvimos aqui no Brasil. O filme é inteiramente sem diálogos, mas conseguimos perceber claramente o que está acontecendo pelas cenas mostradas e pelos sons que os personagens emitem. A HISTÓRIA O QUE DEVE SER OBSERVADO O astronauta amador Egon e seu parceiro Dönci, um gato gordo e xereta, vivem juntos num planeta distante do Sistema Solar. Certo dia, um objeto não identificado cai perto de sua casa e, dentro dele, um luminoso disco traz imagens da Terra. Curiosos sobre a nova civilização, os dois partem para uma longa viagem em um foguetinho de sucata. Entre o calor do sol e o gelo de Plutão, vários imprevistos acontecem durante a travessia da Via Láctea. Quando eles finalmente pousam na Terra, deparam-se com um planeta diferente do esperado – Mas esta grande jornada está longe de terminar. Quem aparece no filme. Como são os personagens. Onde ele é passado. Por que tudo aconteceu. Se isso poderia acontecer na vida real. Como o filme foi feito. ENSINO FUNDAMENTAL 2º CICLO ( 4º E 5º ANO) tipos (jornais, revistas, enciclopédias, etc.), com ajuda; • Planejar o texto, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação, com orientação; • Escuta ativa de diferentes textos produzidos na comunicação direta ou mediada por telefone, rádio ou televisão, atribuindo significado e identificando (com ajuda) a intencionalidade explícita do produtor; • Compor textos coerentes com bases em trechos oriundos de fontes diversas, que podem ser uma combinação de produções escritas ou criadas oralmente; • Fazer resumos; • Manter um ponto de vista coerente ao longo de um debate ou uma apresentação. OBJETIVOS RELACIONADOS: As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação. No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos relevantes e pertinentes: Língua Portuguesa • Utilizar a linguagem oral com eficácia, sabendo adequála a intenções e situações comunicativas que requeiram conversar num grupo, expressar sentimentos e opiniões, defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor sobre temas estudados; • Ser capaz de ouvir com atenção os professores e colegas e intervir sem fugir do assunto tratado, formular e responder a perguntas e manifestar-se, além de acolher opiniões dos demais; • Fazer uma exposição oral com ajuda de um texto escrito, adequar o discurso ao conhecimento prévio de quem o ouve e a situações formais de comunicação; • Narrar fatos respeitando a temporalidade e registrando as relações de causa e efeito; • Descrever cenários, objetos e personagens ; • Relatar experiências, sentimentos, ideias e opiniões de forma clara e ordenada; • Participação em situações de intercâmbio oral que requeiram: ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto tratado, formular e responder perguntas, explicar e ouvir explicações, manifestar e acolher opiniões, adequar as colocações às intervenções precedentes, propor temas; • Exposição oral com ajuda do professor, usando suporte escrito, quando for o caso; • Busca de informações e consulta a fontes de diferentes Geografia • Saber observar como a sua comunidade lida com as diversas manifestações da natureza e compreender que elas, muitas vezes, determinam a maneira pela qual o espaço em que a criança vive é ocupado; • Conhecer e comparar a natureza da paisagem local com a de outros lugares; • Adquirir uma atitude responsável em relação à preservação de natureza; • Saber o papel das tecnologias, da comunicação e dos transportes nas paisagens urbanas e rurais e na vida em sociedade; • Entender algumas consequências das transformações da natureza causadas pelo homem, no local e em paisagens urbanas e rurais; • Saber empregar a observação, a descrição, o registro, a comparação, a análise e a síntese no uso das informações de fontes escritas e de imagens; • Valorizar o uso da tecnologia para preservar o ambiente e melhorar a qualidade de vida.; • • Ter uma atitude responsável com relação ao meio ambiente, reivindicando o direito de todos à vida em um espaço preservado e saudável; • Caracterizar causas e consequências da poluição da água, do ar e do solo; • Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem ocupados pelo homem, considerando as condições de qualidade de vida; • Identificar diferentes manifestações de energia — luz, calor, eletricidade e som — e conhecer alguns processos de transformação de energia ]na natureza e por meio de recursos tecnológicos; • Caracterizar materiais recicláveis e processos de tratamento de alguns materiais do lixo — matéria orgânica, papel, plástico, etc. Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas consequências em diferentes espaços e épocas; História • Comparar acontecimentos no tempo, tendo como referência anterioridade, posterioridade e simultaneidade; • Reconhecer algumas permanências e transformações sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no mesmo espaço de convivência; • Estabelecer relações entre o presente e o passado; • Utilizar diferentes fontes de informação para leituras críticas; • Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria das condições de vida das localidades. Arte • Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais; • Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando arte de modo sensível; • Buscar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações, diapositivos, vídeos, discos, cartazes) e acervos públicos (museus, galerias, centros de cultura, bibliotecas, fonotecas, videotecas, cinematecas), reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias.; Ciências Naturais • Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças e diferenças entre diversos ambientes, identificando a presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo e características específicas dos ambientes diferentes; • Formular perguntas e suposições sobre o assunto em estudo; • Organizar e registrar informações por meio de desenhos, quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob orientação do professor; • Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos, perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas para justificar suas ideias; • Identificar e compreender as relações entre solo, água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes urbano e rural; Meio Ambiente • Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente; • Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida; • • • Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa-efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio; Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia a dia; Identificar-se como parte integrante da natureza, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente. ATIVIDADES 1 Faça perguntas para medir a compreensão: – O que acharam do filme? – O que mais gostaram? – E o que não gostaram? – Quem aparece no filme? – Qual o personagem favorito? Por quê? – Como acha que o filme foi feito? 2 Este é um filme de difícil interpretação. Algumas coisas dependem da forma como o espectador percebe e do que conclui, outras são mesmo difíceis de perceber. Assim, discuta alguns pontos: • • • • • • • • • Egon e Dönci eram extraterrestres? O local onde eles viviam era mais avançado ou mais atrasado que o nosso? O que nós temos, que eles não tem? Como era a paisagem do planeta deles? E a qualidade de vida? Como eram os alimentos? Como eles obtinham energia? Porque o relógio deles rodava para trás e só tinha dia e noite? Nossa maneira de viver é melhor do que a deles? O filme é passado no presente ou no futuro? 3 Toda vez que Egon tenta tirar uma foto, o gato o atrapalha. Alguém conhece uma pessoa assim, ou já passou por isso, estragando uma foto importante? Proponha que os alunos usem seus celulares ou câmeras para tirar fotos uns dos outros. No final monte uma exposição das fotos que “deram errado” e peça que alunos escrevam legendas explicando o que atrapalhou o resultado final. 4 Egon compara o que viu no disco com o mapa e quando olha no telescópio vê a Via Láctea e o Sistema Solar. Procure imagens na internet ou programe uma visita ao Planetário, Museu de Astronomia para que seus alunos possam comparar com as imagens do filme. VIA LÁCTEA Em noites límpidas e sem lua, longe das luzes artificiais das áreas urbanas, pode-se ver claramente no céu uma faixa nebulosa atravessando o hemisfério celeste de um horizonte a outro. Chamamos a essa faixa Via Láctea, devido à sua aparência, que lembrava aos povos antigos um caminho esbranquiçado como leite. Sua parte mais brilhante fica na direção da constelação de Sagitário, sendo melhor observável no Hemisfério Sul durante as noites de inverno. Em 1609, Galileo Galilei (1564-1642), ao apontar seu telescópio para a Via Láctea, descobriu que ela consistia de uma multitude de estrelas. No final do século XVIII, o astrônomo alemão William Herschel (1738-1822), que já era famoso por ter descoberto o planeta Urano, mapeou a Via Láctea usando seu telescópio de 1,2 m de diâmetro. Assumindo que todas as estrelas tinham a mesma luminosidade, de forma que as suas diferenças de brilho refletiam suas diferentes distâncias, Herschel contou o número de estrelas que conseguia observar em diferentes direções e concluiu que a Galáxia era um sistema achatado, sendo aproximadamente 5 vezes maior na direção do plano galáctico do que na direção perpendicular a ele. Como ele aparentemente enxergava o mesmo número de estrelas em qualquer linha de visada ao longo do plano, conclui que o Sol deveria estar aproximadamente no centro da Galáxia. Alguma hipóteses estavam erradas, como veremos a seguir. http://astro.if.ufrgs.br/vialac/vialac.htm Video sobre via lactea, estrelas e outras galáxias http://www.youtube.com/watch?v=SVjbBjS-SKc 5 Dönci encontra uma nave espacial caída perto da casa. Pergunte o que sabem a respeito das viagens espaciais e deste tipo de nave. VIAGENS ESPACIAIS Viagem espacial é o método de transporte de veículos tripulados e não-tripulados no (e através do) espaço sideral. A viagem espacial está associada às tecnologias de propulsão de espaçonaves, direção (astrodinâmica), construção e lançamento de veículos com este objetivo. A viagem espacial é um componente necessário da exploração espacial, mas também suporta atividades tais como lançamento de satélites de telecomunicações e turismo espacial. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Viagem_espacial 6 Quando chega perto da nave, Dönci acha um disco dourado. Comente com seus alunos, que este detalhe é baseado em fatos reais. As naves costumam levar cenas e mensagens do nosso planeta. Isso aconteceu no projeto das Voyagers também. Apresente o texto abaixo e peça que façam um trabalho em grupo recolhendo dados e fotos daquilo que gostariam que seres de outros planetas soubessem sobre nós e qual a mensagem deixariam para eles. Mas ainda que silenciosas, as Voyager realizarão a sua última missão: levar um disco contendo mensagens da Terra para os confins da Via Láctea. Este disco, de cobre folheado a ouro, possui gravadas 115 imagens, saudações em 55 idiomas, sons de trovões, pássaros, músicas, etc. No disco há instruções de como tocar o disco, bem como a localização da Terra em ralação à 14 pulsares. Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm 7 Egon prepara a nave para a viagem. O que será que os astronautas de verdade levam na bagagem. Como é o seu traje espacial e como vivem no interior das naves? Proponha uma pesquisa e ofereça alguns dados. saborosos”, afirma. A principal diferença em relação ao que se come na Terra, explica, é a maneira de preparo deles --uma porção de ovo mexido desidratado, por exemplo, precisa de água para se tornar comestível. Todos os alimentos são colocados em embalagens individuais e armazenados na caixa de mantimentos de cada astronauta http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14409.shtml 8 A nave de Egon tem componentes muito antigos e às vezes parece muito com um carro. Perguntem se acham possível construir uma nave assim. Proponha um projeto para a construção de um foguete. Como eles fariam? http://ciencia.hsw.uol.com.br/trajes-espaciais.htm Bagagem de astronauta tem bandeira e camisa da seleção Publicidade da Folha Online A bagagem que o astronauta Marcos Pontes, 43, levará em sua primeira missão espacial tem diversos itens relacionados ao Brasil. Entre eles, uma pequena bandeira, uma camisa de treino da seleção, uma bola de plástico verde e amarela “em homenagem ao ano do hexa” e uma réplica do chapéu panamá do aviador Alberto Santos-Dumont. Já na categoria “estrangeiros” entra uma camiseta com o rosto do russo Yuri Gagarin, primeiro homem a deixar a Terra, em 1961. A seleção de objetos pessoais --que só pode ter 1,5 kg-- também inclui fotos da família, CDs, bloco de desenho, lapiseira, borracha e um barbeador. O brasileiro também levará à ISS (sigla em inglês para Estação Espacial Internacional) outros 13,5 kg referentes a uma carga institucional --oito experimentos científicos de instituições de pesquisa selecionados pela AEB (Agência Espacial Brasileira). 9 De repente os instrumentos enlouquecem e Egon e Dönci flutuam no interior da nave. O que acham que aconteceu? Fale sobre a força da gravidade e proponha algumas experiências a respeito. A FORÇA DE ATRAÇÃO DA GRAVIDADE Comida Os alimentos que serão consumidos pelos três astronautas na ISS não serão transportados na Soyuz, pois já estão na estação espacial. Eles foram levados até a ISS antes do início da “Missão Centenário” pelo cargueiro russo Progress. Ao falar sobre comida em seu site, Pontes derruba alguns mitos sobre missões espaciais. “Os comprimidos e pastas são coisas do passado. Os pratos atuais são bastante comuns e também A terra atrai todos os corpos para sua superfície. Quando deixamos um objeto cair, ele segue a orientação de todos os outros, o chão. Mas por que isso acontece? Isso ocorre em razão de uma força de atração existente no planeta Terra, chamado de força da gravidade. Ela é responsável por todas as coisas estarem na superfície, inclusive nós. Se a força da gravidade não existisse, seria impossível viver na Terra, pois todos os objetos e seres vivos estariam soltos no espaço. A imagem a seguir representa pessoas que estão em um local que reproduz acontecimentos sem a presença da força da gravidade. Note que as duas mulheres estão flutuando em virtude da falta de atração da gravidade. Essa força invisível que atrai todos os corpos para sua superfície foi descoberta por volta de 1660, pelo cientista inglês Isaac Newton. Diz a história que Newton estava repousando à sombra de uma macieira e, ao ser acertado por uma maçã, resolveu estudar a razão de os corpos serem atraídos para a superfície da Terra. Em todos os planetas do sistema solar existem diferentes forças da gravidade. Em alguns locais a força é menor que na Terra, como na Lua. Nesses lugares, se você pular levará um tempo maior de retorno à superfície em comparação ao planeta em que vivemos. Você já deve ter observado a Lua encantando nossas noites. Ela é atraída pela força de gravidade do nosso planeta, mas não atinge a superfície terrestre, pois de alguma forma ela também atrai nosso planeta. Portanto, a Terra atrai a Lua e a Lua atrai a Terra, por isso ela realiza seu movimento em torno da Terra. Podemos dizer, de forma imaginária, que a Lua está presa no planeta Terra. Da mesma forma dizemos que o nosso planeta atrai o sol e o sol atrai nosso planeta, por isso realizamos um movimento em torno do sol, chamado de translação, que demora 365 dias e 6 horas, o que equivale a 1 ano. Por Marcos Noe - Matemático - Equipe Brasil Escola http://escolakids.uol.com.br/a-forca-de-atracao-da-gravidade.htm 10 Uma mangueira da nave se solta e Egon sai para consertála. Este tipo de problema acontece não só em filmes, mas na realidade também. Mostre filmagens ou fotos e comente como deve ter sido difícil este procedimento. Numa audaciosa incursão fora da nave, astronautas consertam o defeito que poderia impedir a volta do Discovery à Terra A tripulação da nave Discovery realizou na semana passada um feito inédito na exploração do espaço pelo homem. Pela primeira vez, um astronauta deixou uma nave para realizar consertos na parte externa de sua fuselagem. Na quarta-feira, preso pelos pés ao braço robótico da Estação Espacial Internacional, na qual o Discovery se encontrava acoplado, o americano Stephen Robinson retirou dois pedaços de 3 centímetros de comprimento do tecido isolante que fica entre as placas de revestimento térmico da nave. Os pedaços de tecido se soltaram durante o lançamento do ônibus espacial, há duas semanas, e ficaram pendurados na fuselagem. http://veja.abril.com.br/100805/p_098.html Vídeo do reparo da nave: http://www.nasa.gov/124300main_GAP.asx 11 Mostre a imagem de um dos monitores da nave de Egon. Ela se refere às características e condições dos planetas, mostrando o que está presente. Pergunte se as crianças conseguem identificar o que cada desenho representa. Em seguida proponha que tentem avaliar o local em que se encontram a partir dos itens ali representados. PERGUNTAS QUE NÃO SE CALAM 12 Ao chegarem à Terra, Egon e Dönci caem num deserto, com uma temperatura altíssima, animais mortos e não encontram água facilmente. O que pode ter acontecido? Fale sobre Equilíbrio ambiental. Depois, distribua o texto abaixo para que seus alunos leiam e escrevam um texto a respeito do tema. O homem agride o seu meio em dimensões maiores do que qualquer outro organismo Provoca perturbações Completa destruição de ecossistemas atingindo a biosfera como um todo Modificações climáticas Desaparecimento de espécies Uma gama de outros problemas 13 Uma nave aparece e Dönci é levado para o seu interior e examinado. Pergunte se acham que isso é possível. Discuta o assunto dos objetos espaciais não identificados e das teorias e grupos que acreditam na existência de discos voadores pilotados por seres extraterrestres provenientes de outras galáxias. O que pensar sobre os discos voadores? Eles existem? Se existem, o que são? De onde vêm? Por que vêm à Terra? E por que não se mostram abertamente a todos nós? Essas são apenas algumas das indagações mais comuns que vemos em nossas vidas de ufólogos, pessoas obstinadas que, pelas mais variadas razões, não descansam enquanto não esclarecerem o mistério do Fenômeno UFO. Tais perguntas nos são feitas pela sociedade, pela população, que quer respostas e esclarecimentos. Mas onde estão tais respostas? Elas existem? São conclusivas? Hoje, 58 anos após a observação de Kenneth Arnold, nos EUA, que deflagrou a chamada Era Moderna da Ufologia, ainda não temos todas as respostas que gostaríamos, mas temos várias que podemos, certamente, apresentar à população de maneira inequívoca De fato, algumas certezas já temos até de sobra, que nos permitem fazer afirmações ousadas e impactantes. Uma delas, claro, é a de que os discos voadores de fato existem. Quanto a isso não há mais dúvidas, e os que duvidam apenas não conhecem as informações existentes. Há literalmente milhões de registros dessas naves nos arquivos das forças armadas de quase duas centenas de países, até mesmo no Brasil. Nossa Aeronáutica, de maneira absolutamente inédita e surpreendente, admitiu aos ufólogos da Revista UFO, em seu histórico encontro de 20 de maio passado, que desde 1954 registra sistematicamente objetos voadores não identificados em nosso espaço aéreo, mantendo tais casos em arquivos específicos e confidenciais, que os ufólogos agora tentam abrir para a população através de sua campanha Ufos: Liberdade de Informação Já. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/junho/dia-mundial-dodisco-voador.php 14 Ao caminhar a procura de água eles veem oásis, coisas irreais. O nome deste fenômeno é miragem. Como será que ocorre? Explique aos seus alunos e peça que se imaginem em uma situação semelhante e a descrevam em um texto. MIRAGENS NO DESERTO Por: Maria Ramos Bom, mas para entender porque o desvio da luz forma as miragens, é preciso que você entenda, antes de tudo, como é a nossa visão. Nós só podemos ver porque os objetos refletem ou emitem luz. É justamente essa luz, que chega aos nossos olhos, que é enviada por meio de sinais elétricos ao cérebro. Interpretando os sinais, o cérebro dá forma aos objetos e assim nós enxergamos as coisas. O problema (se é que podemos considerar isso um problema) é que o nosso cérebro entende que os raios de luz se propagam sempre em linha reta. Isso até seria verdade, se os raios nunca sofressem nenhum desvio pelo caminho. O desvio da luz pode ocorrer quando os raios atravessam meios com diferentes densidades, como da água para o ar, ou ainda de um ar mais frio para um ar mais quente, ou passam através de lentes. Você pode observar facilmente o fenômeno da refração colocando um lápis dentro de um copo com água. Deixando-o parcialmente mergulhado, você vai notar que o lápis parece que está quebrado, o que obviamente não é verdade. Um outro caso de refração é de um pescador que avista um peixe no mar e o vê mais próximo da superfície do que ele está. Nesses dois exemplos, nós vemos os objetos em posição diferente da que eles realmente se encontram. Isso ocorre porque não vemos a luz dobrar-se; vemos apenas os efeitos dessa dobra. Um lago rodeado de palmeiras no meio do deserto. Isso é o que se chama de oásis. Ou melhor, seria um oásis, se não fosse apenas uma miragem. É sempre assim que acontece nos desenhos animados: o viajante cansado e com sede corre em direção àquele oásis tropical e somente quando está prestes a mergulhar é que o lago, junto com todas as palmeiras, desaparece. É verdade que esse tipo de miragem é apenas ficção, mas as miragens realmente existem e podem fazer parecer que há água onde não tem. Ao contrário do que acreditam muitas pessoas, as miragens não são uma alucinação provocada pelo forte calor. Elas são um fenômeno óptico real que ocorre na atmosfera e que pode inclusive ser fotografado. Você também não precisa estar num deserto para ver uma miragem. Elas acontecem com uma certa frequência, por exemplo, em grandes rodovias em dias de calor intenso. De longe, você vê a imagem de um veículo que parece refletido no asfalto da estrada, dando a nítida impressão de que o asfalto está molhado e que o veículo foi refletido por uma poça d’água. Mas, conforme você se aproxima, percebe que a rodovia está completamente seca. Mas agora voltemos às miragens! Você já reparou que na praia, em dias muito ensolarados, você vê as coisas que estão a uma certa distância meio “trêmulas”? O fenômeno físico que leva essas imagens parecerem trêmulas é o mesmo que leva à formação das miragens no deserto ou nas estradas. Devido ao calor intenso, forma-se uma camada de ar quente junto ao solo. E esse ar é menos denso do que o ar da camada situada imediatamente acima, mais frio. Como os raios de luz se propagam mais rápido no ar quente, eles encurvam-se para cima. Mas, como o nosso cérebro interpreta que a luz percorreu um caminho retilíneo, o que nós vemos é a imagem do objeto, que pode ser uma palmeira, por exemplo, invertida, como se estivesse refletida em poças de água sobre a estrada, ou um lago no deserto. A água é ilusória, mas a palmeira e sua imagem são reais (veja a figura abaixo). Esse tipo de miragem é chamado de miragem inferior. Desvio da luz O termo miragem tem origem na expressão francesa se mirer que significa mirar-se, ver-se no espelho. As miragens se formam a partir de um fenômeno chamado pelos físicos de refração – que nada mais é do que o desvio dos raios de luz. Ilustração: Barbara Mello - http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=756&sid=9 15 Observando o sobrevivente percebemos que algumas coisas que consideramos importantes, não tem o mesmo valor em outro contexto. Peça que reflitam e comentem os seguintes fatos do filme: • • • • Homem assoa o nariz com notas de dinheiro. Homem oferece bebida alcoólica ao em vez de água. Gato não consegue comer comida porque não tem como abrir as embalagens. Homem anda em um veículo sem pneus e movido por ventoinha. 16 Fale sobre o gato de louça que o homem oferece para Dönci. Conte as lendas a respeito da estátua do gatinho e peça que as crianças reescrevam e ilustrem. MANEKI- NEKO - As origens de Maneki-Neko região central do Japão. Atualmente conhecido em todo o mundo como talismã da sorte e, particularmente, como talismã que atrai fregueses para casas comerciais, o Maneki-neko, o gatinho sentado que tem a patinha levantada, tem diferentes lendas a respeito de sua origem, conforme região do Japão. Esta é uma das versões do lado leste do Lago Biwa, na Conta a lenda que quando o lorde guerreiro Ii Naotaka (1590~1659) voltava do cerco e tomada do Castelo de Osaka, após ter comandado 3,2 mil homens e se destacado na Batalha de Tennoji, em março de 1615, surpreendido por uma chuva repentina, abrigou-se em baixo de uma árvore próximo do Templo Gotokuji, em Setagaya. Gotokuji, na época, era um templo decadente, com pouca frequência de fiéis e, portanto, muito pobre. No templo, vivia um monge budista e uma gata de nome Tama. Solitário, o monge conversava com a gatinha lamentando quase sempre a situação de penúria do templo. Salvo pelo gato: raio atingiu a árvore no local em que Naotaka estava encostado – A situação está cada vez pior. Hoje, nem temos arroz para comer. Bem que você podia dar uma ajuda para melhorar nossa situação, em vez de ficar dormindo o dia inteiro. Esperando a chuva passar sob a árvore, Ii Naotaka olhou para o velho templo e viu um gato sentado sobre suas patas traseiras e acenando com a pata dianteira levantada. O samurai ficou encantado pela habilidade do bichinho e foi em direção do templo para ver de perto a façanha. Quando Naotaka chegou junto ao templo, um raio fulminante atingiu a árvore exatamente no local em que ele estava encostado. O guerreiro imediatamente percebeu que aquele gesto do gato havia salvado sua vida. Então, entrou no templo para rezar em agradecimento à graça recebida. Salvo pelo gato: raio atingiu a árvore no local em que Naotaka estava encostado No salão principal, havia várias goteiras, e todo o templo estava em condição lamentável. Naotaka fez oferenda de todo o dinheiro que carregava ao altar, comentando com o monge que a sabedoria de Buda iria usar aquele dinheiro para reformar o templo. Após esse episódio, Naotaka passou a frequentar o Gotokuji, e o local tornou-se, então, o templo oficial da família de Ii Naotaka. Consequentemente, tornou-se um local próspero e visitado por todas as pessoas do feudo. Para homenagear o gesto de Tama, que tanta sorte trouxe ao templo e salvou a vida de Naotaka, foi esculpido e colocado no local uma estátua da gata com a mão levantada. As réplicas em miniaturas da estátua, que eram distribuídas no Templo Gotokuji como lembrança, tornaram-se, mais tarde, amuleto da sorte, com o nome de Maneki-Neko. Outra versão História também bastante conhecida, surgida nos meados da Era Edo (1615~1868), conta que existiu, no bairro de Imado, em Edo (hoje Tóquio), uma velha senhora que tinha um gato de estimação. A velhinha estava em péssimas condições financeiras, porque, devido à idade avançada, não conseguia arranjar um trabalho para garantir seu sustento. Numa determinada ocasião, a situação ficou tão crítica, que ela não tinha mais como alimentar seu gatinho. Então, conversando com o bichinho, disse: – É com o coração partido que terei de abandonar você. Devido à minha condição de extrema pobreza, não tenho como continuar lhe alimentando. Depois, com lágrimas nos olhos e barriga roncando, a velhinha foi dormir. Em seu sonho, o gato apareceu e disse: – Molde minha imagem em barro, que trará muita sorte a você. No dia seguinte, ela resolveu fazer uma estatueta do gato, conforme o sonho havia sugerido. Enquanto ela moldava o barro, o gato estava “lavando a cara” com gestos exagerados e, achando engraçado, a velhinha resolveu moldar o bichinho com a pata levantada. Nisso, passou uma pessoa em frente de sua casa e, achando interessante, quis comprar a estatueta. Como estava dias sem comer, a velhinha vendeu a estatueta e comprou comida para ela e o gato. Assim, de barriga cheia, resolveu fazer outra estatueta para deixar como talismã da sorte. Porém, apareceu outra pessoa e comprou a segunda estatueta Quanto mais a velhinha fazia estatuetas, mais aparecia gente para comprá-las. Com isso, ela mudou de vida e nunca mais passou necessidades. E a estatueta da sorte passou a ser conhecida como Maneki-Neko. 17 Comente a respeito do final. Egon acorda em sua cama e o desenho da nave ainda está na prancheta da oficina. Os objetos que foram usados na construção ainda estão espalhados pelos cantos e Dönci brinca alegremente com as borboletas, enquanto aparece o nome da nave Voyage 3. Lembre que quando o Projeto Voyager foi pesquisado ficamos sabendo que existem apenas duas naves, a 1 e a 2. O que isso quer dizer? Peça que escrevam a respeito. ENSINO FUNDAMENTAL 3º CICLO ( 6º E 7º ANO) • Considere possíveis efeitos de sentido produzidos pela utilização de elementos não-verbais (processo de produção de textos orais). • As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação. No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos relevantes e pertinentes: Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles. • Coordenar estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articulando informações textuais com conhecimentos prévios; Língua Portuguesa • Redigir textos na modalidade escrita nos gêneros previstos para o ciclo, considerando as especificidades das condições de produção; • Escrever textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero; OBJETIVOS RELACIONADOS: • • • Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento: Sabendo como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes; Sendo capaz de operar sobre o conteúdo representacional dos textos, identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros, resumos, índices, esquemas etc.; • Aumentando e aprofundando seus esquemas cognitivos pela ampliação do léxico e de suas respectivas redes semânticas. • Seja capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça nos textos que lê. (processo de leitura de textos escritos); • Troque impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos, posicionando-se diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua prática enquanto leitor. (processo de leitura de textos escritos); • No processo de produção de textos orais, espera-se que o aluno: • Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em função das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos. Geografia • Explicar que a natureza do espaço, como território e lugar, é dotada de uma historicidade em que o trabalho social tem uma grande importância para a compreensão da dinâmica de suas interações e transformações; • Desenvolver no aluno o espírito de pesquisa, fundamentado na ideia de que, para compreender a natureza do território, paisagens e lugares, é importante valer-se do recurso das imagens e de vários documentos que possam oferecer informações, ajudando-os a fazer sua leitura para desvendar essa natureza; • Fortalecer o significado da cartografia como uma forma de linguagem que dá identidade à Geografia, mostrando que ela se apresenta como uma forma de leitura e de registro da espacialidade dos fatos, do seu cotidiano e do mundo. • Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e do cotidiano do lugar, a construir sua ideia do mundo, valorizando inclusive o imaginário que tem dele; História • Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo diferentes modos de convivência nelas existentes. • • Refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações que elas geram no modo de vida das populações e nas relações de trabalho. Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões de medida e noções para distingui-los por critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade. Arte • Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística; • Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas; • Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente; • Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando, indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível; Ciências Naturais • Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o conhecimento da natureza e que a Ciência, uma forma de desenvolver este conhecimento, relaciona-se com outras atividades humanas; • Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos ambientes; • Elaborar, individualmente e em grupo, relatos orais e outras formas de registros acerca do tema em estudo, considerando informações obtidas por meio de observação, experimentação, textos ou outras fontes; • Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e organizando dados e ideias para resolver problemas; • Meio Ambiente • Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade; Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico, as noções básicas relacionadas ao meio ambiente; • • Caracterizar as condições e a diversidade de vida no planetaTerra em diferentes espaços, particularmente nos ecossistemas brasileiros; Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis; • • Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares; Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida; • Identificar diferentes tecnologias que permitem as transformações de materiais e de energia necessárias a atividades humanas essenciais hoje e no passado; • • Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos alimentos, sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde. Perceber, em diversos fenômenos naturais, encadeamentos e relações de causa-efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se criticamente diante das condições ambientais de seu meio; • Compreender a necessidade e dominar alguns procedimentos de conservação e manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia a dia; • • Identificar-se como parte integrante da natureza, percebendo os processos pessoais como elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e respeitosa em relação ao meio ambiente; Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto globalmente. ATIVIDADES 1 Língua Portuguesa - Arte Faça perguntas para medir a compreensão: – O que acharam do filme? – O que mais gostaram? – E o que não gostaram? – Quem aparece no filme? – Qual o personagem favorito? Por quê? – Como acha que o filme foi feito? 2 Língua Portuguesa – História - Arte - Meio Ambiente Este é um filme de difícil interpretação. Algumas coisas dependem da forma como o espectador percebe e do que conclui, outras são mesmo difíceis de perceber. Assim, discuta alguns pontos: • • • • • • • • • Egon e Dönci eram extraterrestres? O local onde eles viviam era mais avançado ou mais atrasado que o nosso? O que nós temos, que eles não tem? Como era a paisagem do planeta deles? E a qualidade de vida? Como eram os alimentos? Como eles obtinham energia? Porque o relógio deles rodava para trás e só tinha dia e noite? Nossa maneira de viver é melhor do que a deles? O filme é passado no presente ou no futuro? 3 Língua Portuguesa - Ciências Naturais – Arte O filme é uma ficção científica. Fale a respeito deste tipo de filme e pergunte quem já viu um e como foi. FICÇÃO E CIÊNCIA Filmes de ficção científica não pretendem ensinar ciência, mas têm influenciado muitas gerações a optarem pela carreira científica. Isto é confirmado, agora, através de pesquisas realizadas em várias universidades, que apontam a influência da série “Jornada nas Estrelas” (“StarTrek” - há mais de 30 anos na televisão e nove filmes no cinema), na carreira dos estudantes. Navegando nessa onda, muitas escolas passaram a usar vídeos de ficção científica como ferramenta no ensino da ciência. A revista “Scientific American”, edição de janeiro último, mostra o resultado de uma pesquisa da “Pardue University”, indicando que os estudantes da universidade consideraram que os filmes de “Star Trek” foram decisivos para promover o interesse deles pela ciência; traz também Terence W. Cavanaugh, um pesquisador de métodos de ensino da Flórida, mostrando como os vídeos da série “Jornada nas Estrelas” provaram ser superiores aos filmes tradicionais de educação como meio de ensinar ciência. Na busca de formas alternativas de ensino, alguns setores da UFMG estão incluindo essa proposta em suas aulas. No Departamento de Física, por exemplo, o grupo de Astronomia do Observatório Astronômico da UFMG, na Serra da Piedade (OAP), pretende incrementar o trabalho de ensino e extensão que se faz ali todos os primeiros sábados do mês e o atendimento a escolas de ensino fundamental e médio com filmes de ficção científica e comentários da parte científica. Isso, após constatarem que boa parte dos frequentadores do OAP teve seu interesse pelos assuntos científicos despertado pelos filmes de ficção científica. DRIBLANDO A CIÊNCIA Alguns filmes de ficção científica criam mecanismos fantasiosos, cuja aplicabilidade a ciência dificilmente admitiria. Pode-se dizer que não chegam a comprometer a sua utilidade como ferramenta de ensino, desde que a sua apresentação seja acompanhada por profissionais capazes de indicar o que a ciência admite como possível e o que é apenas ficção. É o que pensa o professor de Astronomia do Departamento de Física/ICEx-UFMG, Renato Las Casas. No curso de Astronomia Geral dado este semestre para estudantes de licenciatura em Física, ele orientou o estudante Bruno Moreira de Aguiar, 21 anos, no trabalho “A Física de Jornada nas Estrelas”, a ser apresentado sábado próximo, na programação aberta ao público no OAP da Serra da Piedade. “Sabemos que viagens interestelares como aquelas realizadas pela nave Enterprise em “Jornada nas Estrelas” não podem ser realizadas só com o conhecimento físico de hoje, devido às grandes distâncias entre as estrelas e à impossibilidade de uma nave atingir velocidades iguais ou maiores que a velocidade da luz”, explica o professor, salientando que, para contornar essa situação, criaram-se, entre outras, as ideias de “buraco de minhoca ou túneis no espaço” e “dobra espacial”. A FICÇÃO VAI ALÉM Supondo-se dois pontos nas extremidades de uma folha de papel de 20 centímetros de comprimento, uma formiga, para ir de um ponto a outro, obrigatoriamente teria que percorrer esses 20 centímetros. Se você dobra essa folha e coloca esses pontos próximos um do outro, essa formiga,ainda assim, porque só pode se movimentar no espaço bidimensional que é a folha de papel, teria que andar os 20 centímetros. Mas um mosquitinho, que é capaz de se mover no espaço tridimensional (voando), poderia ir do ponto A ao ponto B, movimentando-se apenas alguns milímetros. “A isso é dado o nome de buraco de minhoca na ficção científica”, diz o professor Renato Las Casas, lembrando que, para termos o equivalente para o espaço tridimensional precisaríamos de uma quarta dimensão espacial, o que é conjecturado quando se discute a possibilidade de túneis no espaço, até hoje não comprovado. Outra solução que permitiria à Enterprise de “Jornada nas Estrelas” viajar a velocidades maiores que a da luz é inspirada na relatividade espacial e temporal, prevista na Teoria da Relatividade de Einstein. “De uma forma mágica, a Enterprise comprimiria o espaço à sua frente e dilataria o espaço atrás dela, criando uma onda espacial que impulsionaria a nave junto com a luz de tal forma que nesse intervalo do espaço (dentro da onda) a nave não estaria a velocidades maiores que a da luz, ao contrário do que seria percebido por alguém fora dessa onda”. Outro assunto que mexe muito com a imaginação e é apresentado na série de ficção, é o tele transporte, que seria tirar um objeto de uma determinada posição e levá-lo a outra sem passar pelas posições intermediárias. “Atualmente, vários grupos de cientistas têm trabalhado com essa possibilidade”, lembra o professor Las Casas, citando o grupo da Universidade de Innsbruck (Áustria) que, cerca de seis meses atrás, conseguiu fazer com que uma condição física de um fóton (partícula de luz) desvanecesse de um ponto e reaparecesse instantaneamente poucos metros adiante. Curioso é que em “Jornada nas Estrelas”, o tele transporte utilizado para embarque e desembarque de pessoas e cargas nos planetas foi a solução mais barata encontrada para substituir o uso de naves na simulação dessas operações. Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm O Filme da Série Star Trek protagonizado pela personagem V’Ger (de Voyager onde as letras “oya” foram danificadas pelo tempo) faz referência a uma suposta sonda Voyager 6, nunca lançada mas que é uma reprodução das sondas Voyager 1 e Voyager 2. Esse filme narra a história de uma civilização digital formada através da sonda Voyager 6 que busca incansavelmente o conhecimento e seu criador. http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Voyager 4 Geografia – História Ciências Naturais – Meio Ambiente Egon é um inventor que aproveita todos os objetos para criar outros. O que acham disso? Estabeleça uma comparação com nosso hábito de descartar tudo e peça que imaginem todos os objetos que jogamos fora. Em seguida, proponha que imaginem o que pode ser reaproveitado e inventem um objeto. Peça que desenhem e expliquem o projeto. 5 Ciências Naturais O primeiro objeto que aparece no filme é uma luneta. Perguntem se já viram alguma e se sabem para que serve. Como será que a luneta é feita? Proponha uma pesquisa para saber onde podemos encontrar uma luneta e forneça algumas informações a respeito. LUNETA O telescópio refrator, também chamado de Luneta ou luneta astronômica, é um tipo de telescópio. É um aparelho de refração, para a observação de objectos distantes. Possui, como o microscópio, duas lentes convergentes, a objetiva, com grande distância focal e a ocular. Em sumo, a objetiva forma a imagem sobre seu foco e esta imagem vai servir como objeto para a ocular que fornece a imagem final do sistema, que é virtual e invertida. Links que mostram filme de como fazer uma luneta: http://www.youtube.com/watch?v=o5sdB6FF_uM http://www.youtube.com/watch?v=8AH7CA7fnIk 6 Língua Portuguesa – Geografia Ciências Naturais - Meio Ambiente A casa de Egon é toda velha e quebrada, cheia de objetos antigos. Já o exterior é maravilhoso, com a natureza exuberante e totalmente preservada. Pergunte se os alunos sabem o motivo. Peça que façam uma lista dos materiais que usamos para manter nossa casa bem arrumada (tintas, material de limpeza, equipamentos novos etc.) e pesquisem os danos ambientais que podem causar. 7 Geografia – História - Ciências Naturais - Arte Egon compara o que viu no disco com o mapa e quando olha no telescópio vê a Via Láctea e o Sistema Solar. Procure imagens na internet ou programe uma visita ao Planetário, Museu de Astronomia para que seus alunos possam comparar com as imagens do filme. A NOSSA GALÁXIA VIA LÁCTEA Esta imagem da nossa galáxia, a Via Láctea, foi tirada com auxílio do Diffuse Infrared Background Experiment (DIRBE), do Cosmic Background Explorer (COBE), da NASA. Esta imagem inédita mostra a Via Láctea numa perspectiva lateral com o polo norte galáctico em cima, o polo sul em baixo e o centro galáctico no centro. A figura combina imagens obtidas em vários comprimentos de onda próximo do infravermelho. As estrelas da nossa galáxia são a fonte dominante de luz nestes comprimentos de onda. Mesmo sendo o nosso sistema solar uma parte da Via Láctea, esta vista parece ter sido obtida de longe porque grande parte da luz vem da população de estrelas que estão mais próximas do centro galáctico do que o nosso Sol. (Cortesia NASA) Fonte: http://www.solarviews.com/portug/voyager.htm Video sobre via lactea, estrelas e outras galáxias http://www.youtube.com/watch?v=SVjbBjS-SKc SISTEMA SOLAR Netuno e Plutão. Inclui: os satélites dos planetas; numerosos cometas, asteroides, e meteoroides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte mais rica de energia eletromagnética (principalmente sob a forma de calor e luz) do sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é uma estrela anã vermelha chamada Próxima Centauri, à distância de 4.3 anos-luz. O sistema solar completo, em conjunto com as estrelas locais visíveis numa noite clara, orbitam em volta do centro da nossa galáxia, um disco em espiral com 200 bilhões de estrelas a que chamamos Via Láctea. A Via Láctea tem duas pequenas galáxias orbitando na proximidade, que são visíveis do hemisfério sul. Têm os nomes de Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de Magalhães. A galáxia grande mais próxima é a Galáxia de Andrômeda. É uma galáxia em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a 2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de bilhões de galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico. Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteroides giram em volta do Sol na mesma direção, em órbitas aproximadamente circulares. Se olharmos de cima do pólo norte solar, os planetas orbitam num sentido anti-horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano, ou próximo, chamado a eclíptica. Plutão é um caso especial, porque a sua órbita é a mais inclinada (18 graus) e a mais elíptica de todos os planetas. Por isso, durante uma parte da sua órbita, Plutão está mais perto do Sol do que Netuno. O eixo de rotação da maior parte dos planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As exceções são Urano e Plutão, que estão inclinados para um lado. Composição do Sistema Solar O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas, que se condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se formou o Sol, contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter contém mais do dobro da matéria de todos os outros planetas juntos. Os satélites dos planetas, cometas, asteroides, meteoroides e o meio interplanetário constituem os restantes 0.015. Espaço Interplanetário Quase todo o sistema solar, em volume, parece ser um vazio completo. Longe de ser um nada absoluto, este “espaço” vácuo compõe o meio interplanetário. Inclui diversas formas de energia e pelo menos dois componentes materiais: poeira interplanetária e gás interplanetário. A poeira interplanetária consiste de partículas sólidas microscópicas. O gás interplanetário é um tênue fluxo de gás e de partículas carregadas, principalmente prótons e elétrons -- plasma -- que flui do Sol, chamado o vento solar. Fonte: http://www.solarviews.com O nosso sistema solar consiste de uma estrela média, a que chamamos o Sol, os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, 8 Geografia – História - Ciências Naturais Dönci encontra uma nave espacial caída perto da casa. Pergunte o que sabem a respeito das viagens espaciais e deste tipo de nave. VIAGENS ESPACIAIS Até hoje o homem só saiu da Terra para dar pequenas voltas em seu “quintal”. O objeto mais distante ao qual o homem já chegou foi nosso satélite Lua, embora já consiga enviar, com sucesso, naves não tripuladas a outros planetas do sistema solar. Pela tecnologia atual, mandar uma nave a Próxima Centauro, a vizinha imediata do Sol, nem pensar! Mesmo se conseguíssemos vencer o problema da grande quantidade de combustível necessária, essa nave gastaria centenas de anos para percorrer os 4,2 anos-luz que nos separam dessa estrela. Viagens a velocidades bem mais altas, desde que menores que a velocidade da luz, são, entretanto, permitidas pela Física e, quem sabe, um dia desenvolveremos tecnologia com a qual poderemos mandar naves a outras estrelas. O problema é que a quantidade de combustível necessária para acelerar uma nave cresce vertiginosamente com o aumento da velocidade requerida. À medida que a velocidade da nave cresce, gastamos cada vez mais combustível para acelerá-la cada vez menos. Um combustível do futuro, devido à sua alta eficiência, talvez venha a ser o hidrogênio, que libera energia ao ser transformado em átomos de hélio no processo de fusão nuclear. Uma nave espacial, cujos motores funcionassem a hidrogênio, só para ser acelerada à metade da velocidade da luz, teria que ter mais de 80 vezes a sua massa em combustível. Uma nave viajando à metade da velocidade da luz gastaria 120 mil anos só para ir e voltar ao centro de nossa galáxia. Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm VOYAGER Voyager foi um programa de sondas de espaço profundo que pesquisou os confins do nosso sistema solar. Consistiu de duas missões: Voyager 1 e Voyager 2. A naves foram montadas sobre uma estrutura, cujo interior continha três computadores. O primeiro controla a orientação da nave, ou seja, mantém a antena principal sempre voltada para a Terra. Usase com referência o Sol e estrela Canopus. O segundo computador controla os instrumentos e o terceiro e principal controla os outros dois computadores. Este último tem também a capacidade de detectar falhas, e tentar resolver o problema sem o auxílio dos comandos vindos da Terra. Apenas em último caso, se a falha não for consertada, a sonda envia um sinal para casa. Como as Voyager estão muito longe do Sol, não é possível a utilização de painéis solares para a geração de energia elétrica. Ao invés disto, são utilizados três geradores nucleares (RTG’s), os quais utilizam o decaimento radioativo natural do plutônio para aquecer duas placas de metais diferentes. Com as placas aquecidas, uma corrente elétrica é gerada e começa a fluir de uma placa a outra, alimentando os instrumentos da nave. Cada gerador possui 39 kg e 51 cm de altura. As Voyager são protegidas termicamente com “cobertores”, feitos com uma espécie de polímero. Estes cobertores também protegem as naves de correntes estáticas e de radiação. Para correções na trajetória e para manter a orientação, cada nave possui um tanque de hydrazina, do qual saem 16 canais. Toda vez que houver a necessidade de modificar a velocidade da nave, um pequeno jato desse gás é lançado por esses canais. As Voyager foram lançadas pelo foguete Titan III – Centaur, o qual possuía 50 metros de altura e pesava 635 toneladas, das quais cerca de 500 eram combustível. Essa quantidade de combustível foi necessária para que as naves atingissem uma velocidade de cerca de 45 000 km/h. Tal velocidade é suficiente para que as Voyager chegassem até Júpiter, mas não além disso. Para chegar à Saturno, foi utilizado um recurso – a assistência gravitacional. Este recurso consiste em aproveitar a gravidade e o movimento de revolução de Júpiter para impulsionar a nave até o planeta Saturno. O mesmo método foi usado para impulsionar a Voyager 2 de Saturno até Urano e de Urano até Netuno. De nada adianta enviar sondas ao espaço se não pudermos manter contato com elas. E é justamente esta a função do Deep Space Network (DSN), um complexo de antenas que mantém comunicação com as Voyager. O DSN possui antenas de 26, 34 e 70 metros de diâmetro, localizadas na Califórnia (EUA), na Espanha e na Austrália, de tal forma que possa se manter contato com as sondas 24 horas por dia. A quantidade de dados enviados até hoje pelas duas Voyager equivalem a 6000 de enciclopédias. Foram lançadas em 1977, para aproveitar uma chance única: todos os planetas gasosos estariam de tal forma dispostos que, uma nave viajando rumo aos confins do sistema solar poderia cruzar com todos os quatro planetas sem ter que alterar sua trajetória As Voyager estão hoje escapando do Sistema Solar, a uma velocidade de 17 km/s (Voyager 1) e 15 km/s (Voyager 2). A Voyager 1 se encontra a uma distância de 85,7 AU e a Voyager 2 está a uma distância de 68 AU do Sol. Assim que a Voyager 2 passou por Netuno em 1989, a missão ganhou um novo financiamento e começou assim a Missão Interestelar. As naves ainda estão funcionado e alguns instrumentos estão ligados e coletando informações sobre a heliosfera (“atmosfera” do Sol). A Voyager 1 está se dirigindo para uma estrela, AC+79 3888, na constelação de Camelopardus. A nave irá levar 40 000 anos para passar a uma distância de 1.6 anos-luz da estrela. Já a Voyager 2, daqui a 296 000 anos irá passar a 4.3 anos-luz de distância da estrela Sírius, a mais brilhante do céu. Mas quando isso acontecer, as naves não estarão mais ligadas, uma vez que por volta do ano 2020 os geradores não serão mais capazes de produzir energia elétrica para alimentar os instrumentos das naves. Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm 9 Língua Portuguesa – História - Arte Dönci encontra um disco dourado junto à nave. Comente com seus alunos, que este detalhe é baseado em fatos reais. As naves costumam levar cenas e mensagens do nosso planeta. Isso aconteceu no projeto das Voyagers também. Apresente o texto abaixo e peça que façam um trabalho em grupo recolhendo dados e fotos daquilo que gostariam que seres de outros planetas soubessem sobre nós e qual a mensagem deixariam para eles. DISCO DE OURO DO PROGRAMA VOYAGER como Disco de Ouro do Programa Voyager carregam consigo informações de como decifrar as mensagens gravadas por meios analógicos a fim de obter acesso às 115 fotos e a uma variedade dos sons da Terra. As mensagens enviadas pelas sondas Voyager no LP de ouro, mais que tentar passar informações a alguma outra civilização, passam uma mensagem à própria humanidade no sentido de reunir valores importantes das diversas culturas mundiais num tempo em que vigorava a Guerra Fria. http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Voyager 10 Língua Portuguesa - Ciências Naturais Egon preparam a nave para a viagem. O que será que os astronautas de verdade levam na bagagem. Como é o seu traje espacial e como vivem no interior das naves? Proponha uma pesquisa e ofereça alguns dados. COMO FUNCIONAM OS TRAJES ESPACIAIS por Craig Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil Pense em como você se veste ao sair em um dia frio de inverno: coloca sua camiseta, calças, suéter, talvez roupas íntimas compridas, jaqueta, luvas, chapéu ou gorro, cachecol e botas. Você veste muitas roupas para se proteger do frio. Agora imagine o que teria que vestir para se proteger no espaço sideral! Os trajes espaciais devem proporcionar o conforto e suporte que a Terra ou a espaçonave proporcionam, resolvendo problemas como atmosfera, água e proteção contra radiação. Neste artigo, examinaremos os problemas em andar no espaço sideral e como os trajes espaciais são feitos para lidar com eles. As sondas Voyager, contudo, carregam consigo um conjunto ainda mais amplo de informações gravados num disco fonográfico de 12 polegadas (similar aos LP de vinil, feitos de cobre e folheados em ouro. Esses discos, conhecidos O espaço sideral é um lugar extremamente hostil. Se você fosse sair de uma espaçonave como a Estação Espacial Internacional ou em um mundo com pouca ou nenhuma atmosfera, como a Lua ou Marte, e não estivesse usando um traje espacial, algumas coisas aconteceriam: Você ficaria inconsciente em 15 segundos devido à falta de oxigênio. Seu sangue e fluidos corporais entrariam em “ebulição” e congelariam, pois há pouca ou nenhuma pressão do ar. Seus tecidos (pele, coração e outros órgãos internos) expandiriam devido aos fluidos em ebulição. Você enfrentaria alterações extremas na temperatura: luz solar: 120ºC sombra: -100°C Você seria exposto a vários tipos de radiação, como raios cósmicos e partículas carregadas emitidas do sol (vento solar). Você poderia ser atingido por pequenas partículas de pó ou rocha que se movem em altas velocidades (micro meteoroides) ou detritos de satélites ou espaçonaves em órbita. Então, para lhe proteger desses perigos, um traje espacial deve: • • • • • • • • • • possuir uma atmosfera pressurizada ; fornecer oxigênio; remover o dióxido de carbono; manter uma temperatura confortável, não importando o trabalho árduo ou movimento para dentro e fora de áreas iluminadas pelo sol; protegê-lo de micro meteoroides; protegê-lo da radiação até certo grau; permitir que enxergue claramente; permitir que você mova seu corpo facilmente dentro do traje espacial; permitir que você fale com outros (controladores terrestres, outros astronautas); permitir que você se mova ao redor da parte externa da espaçonave. TORNANDO O ESPAÇO UM LUGAR MAIS SEGURO Ao criar um ambiente similar ao da Terra dentro do próprio traje, os trajes espaciais permitem que os humanos andem no espaço com relativa segurança. Os trajes espaciais proporcionam: ATMOSFERA PRESSURIZADA O traje espacial fornece pressão de ar para manter os fluidos em seu corpo no estado líquido - em outras palavras, para evitar que seus fluidos corporais entrem em ebulição. Como um pneu, o traje espacial é essencialmente um balão inflado restringido por algum tecido emborrachado, neste caso, fibras revestidas de Neoprene. A restrição colocada na parte do “balão” do traje fornece pressão de ar sobre o astronauta que o veste, como soprar um balão dentro de um tubo de papelão. A maioria dos trajes espaciais opera em pressões abaixo da pressão atmosférica normal (14,7 lb/pol2 ou 1atm); a cabine da nave espacial também opera em pressão atmosférica normal. O traje espacial usado por astronautas de espaçonaves opera em 4 lb/pol2 ou 0,29 atm. Portanto, a pressão da cabine, tanto da espaçonave quanto de uma câmara pressurizada, deve ser reduzida antes que um astronauta se vista para um passeio espacial. Um astronauta passeando pelo espaço corre o risco de sofrer uma doença de descompressão devido às alterações na pressão entre o traje espacial e a cabine da espaçonave. OXIGÊNIO Os trajes espaciais não podem usar ar normal (78% de nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases), pois a baixa pressão causaria concentrações de oxigênio perigosamente baixas nos pulmões e sangue, como em uma escalada ao Monte Everest. Portanto, a maioria dos trajes espaciais fornece uma atmosfera de oxigênio puro para a respiração. Os trajes espaciais obtêm o oxigênio da espaçonave através de um cordão umbilical ou de um sistema de suporte à vida na mochila que os astronautas usam. Tanto a espaçonave quanto a Estação Espacial Internacional têm misturas de ar normal que imitam nossa atmosfera. Portanto, para entrar em um traje espacial de oxigênio puro, um astronauta que vai caminhar no espaço deve respirar oxigênio puro por algum período de tempo antes de se vestir. Essa pré-respiração elimina o nitrogênio do sangue e tecidos do astronauta, minimizando o risco de doença da descompressão. DIÓXIDO DE CARBONO O astronauta exala dióxido de carbono. No espaço, confinado do traje, as concentrações de dióxido de carbono se acumulariam a níveis mortais. Portanto, o dióxido de carbono em excesso deve ser removido da atmosfera do traje espacial. Os trajes espaciais usam tambores de hidróxido de lítio para remover o dióxido de carbono. Esses tambores estão localizados na mochila de suporte à vida do traje espacial ou na espaçonave, caso no qual são acessados através de um cordão umbilical. TEMPERATURA Para lidar com os extremos de temperatura, a maioria dos trajes espaciais são pesadamente isolados com camadas de tecido (Neoprene, Gore-Tex, Dacron) e cobertos com camadas externas reflexivas (Mylar ou tecido branco) para refletir a luz solar. O astronauta produz calor de seu corpo, especialmente ao realizar atividades árduas. Se esse calor não for removido, o suor produzido pelo astronauta irá embaçar o capacete e fará com que o astronauta fique gravemente desidratado; o astronauta Eugene Cernan perdeu vários quilos durante sua caminhada espacial na Gemini 9. Para remover esse excesso de calor, os trajes espaciais têm usado ventiladores/trocadores de calor para soprar o ar frio, como nos programas Mercury e Gemini, ou roupas refrigeradas a água, que são usadas do programa Apollo até hoje. MICRO METEOROIDES Para proteger os astronautas de colisões com micro meteoroides, os trajes espaciais têm múltiplas camadas de tecidos resistentes, como o Dacron ou Kevlar. Essas camadas também evitam que o traje rasgue durante exposição a superfícies da espaçonave, planeta ou Lua. astronautas praticam o passeio espacial em grandes tanques de água na Terra. A flutuação de um traje espacial inflado na água simula a micro gravidade. RADIAÇÃO Os trajes espaciais oferecem apenas proteção limitada da radiação. Alguma proteção é oferecida pelas coberturas reflexivas de Mylar que são embutidas, mas um traje espacial não ofereceria muita proteção de uma fulguração solar. Então, os passeios espaciais são planejados durante períodos de baixa atividade solar. VISÃO CLARA Os trajes espaciais têm capacetes feitos de plástico límpido ou policarbonato resistente. A maioria dos capacetes tem coberturas para refletir a luz solar e visores tonalizados para reduzir o brilho, de modo bem parecido aos óculos de sol. Também, antes de uma caminhada espacial, as placas faciais internas do capacete são borrifadas com um composto antineblina. Finalmente, as coberturas de capacete de traje espacial modernas têm faróis montados de modo que os astronautas possam explorar ou trabalhar em áreas escuras. MOBILIDADE DENTRO DO TRAJE ESPACIAL O movimento dentro de um traje espacial é difícil. Imagine-se tentando mover seus dedos em uma luva de borracha inflada de ar; isso não dá muito certo. Para ajudar neste problema, os trajes espaciais são equipados com juntas especiais ou estreitamentos no tecido para ajudar os astronautas a flexionar suas mãos, braços, pernas, joelhos e tornozelos. COMUNICAÇÕES Os trajes espaciais são equipados com transmissores/receptores de rádio, de modo que os astronautas que passeiam pelo espaço podem falar com os controladores de terra e/ou outros astronautas. Os astronautas usam conjuntos com microfones e fones de ouvido. Os transmissores/receptores estão localizados nas mochilas usadas pelos astronautas. MOBILIDADE NA ESPAÇONAVE Na ausência de gravidade, é difícil se movimentar. Se você empurrar alguma coisa, você voa na direção oposta (terceira lei do movimento de Newton - para cada ação há uma reação igual e oposta). Os astronautas da Gemini em passeio pelo espaço relataram grandes problemas em simplesmente manter suas posições; quando tentavam girar uma chave de boca, eles giravam na direção oposta. Portanto, as espaçonaves são equipadas com estribos e suportes de mão para ajudar os astronautas a trabalhar em micro gravidade. Além disso, antes da missão, os http://ciencia.hsw.uol.com.br/trajes-espaciais.htm 11 Língua Portuguesa – Geografia Ciências Naturais - Arte O primeiro planeta que a nave se aproxima é muito perto do sol e por isso eles não agüentam o calor e precisam partir. A nave se afasta muito e vai para o planeta mais distante. Conte aos seus alunos que esse planeta com o clima muito quente se chama Mercúrio e forneça algumas informações. Em seguida, exiba uma imagem do Sistema Solar e vá comparando as informações do texto abaixo com o que foi visto no filme. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, e tem uma órbita invulgarmente excêntrica (apenas Plutão tem uma excentricidade maior). É o planeta que orbita com maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias) e é o segundo mais quente (logo a seguir a Vênus). Pela sua proximidade à Terra, que permite a sua observação a olho nu, é um dos 6 planetas conhecidos da antiguidade. De fato, apesar de não emitir luz própria visível, reflete a luz do Sol e é um dos objetos mais brilhantes do céu. No entanto, é um planeta difícil de observar. Visto da Terra, nunca se afasta muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado por este. Sem telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer do Sol. Por exemplo, quando Mercúrio se encontra perto da sua maior elongação de oeste, pode ser visto pouco antes do nascer do Sol como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o fato de Mercúrio ter uma órbita mais próxima do Sol do que a da Terra permite-nos observar um fenômeno astronômico interessante, chamado Trânsito Solar, quando Mercúrio visto da Terra passa à frente do Sol. Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta “gêmeo” da Terra nos coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a este e põe-se a oeste. No seu período de maior brilho, para um observador na Terra, Vênus é o objeto mais luminoso no céu, apenas ultrapassado pelo Sol e pela Lua. Apesar de, tal como Mercúrio, ser um planeta que orbita entre a Terra e o Sol, está suficientemente afastado deste para que o possamos observar sem que a luz Solar nos ofusque. Vênus é o planeta mais quente do sistema solar devido a um poderoso efeito de estufa. A Terra, o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele que conhecemos melhor, continua a ser o que nos intriga mais. Única no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua a surpreender-nos e a intrigar-nos. Terá sido a origem da vida na Terra um evento único num Universo estéril, ou terá sido apenas o passo seguinte, natural em todos os planetas pelo Universo fora que reúnam condições semelhantes? A física poderá ajudar a responder a esta pergunta. Com a física podemos descobrir os mecanismos que estão em jogo na estabilidade e equilíbrio essenciais à vida: o movimento da Terra no presente, no passado e no futuro, a importância da Lua na estabilidade do eixo da Terra e, portanto, na do seu clima, a natureza do Sol e o seu papel energético, a composição química na atmosfera e no interior da Terra, entre muitos mais segredos que nos ajudarão a definir o espectro de condições em que a vida é possível. Marte, depois da Terra, é o planeta mais fácil de estudar. Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cujas densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. A melhor altura para observar Marte é quando este se encontra na sua oposição, isto é, quando a Terra está entre Marte e o Sol. A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de todos os outros corpos do sistema solar à exceção do Sol. Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Tal como Marte, a melhor altura para observá-lo no céu é quando se encontra em oposição, quando a Terra fica entre Júpiter e o Sol. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50m 28s sendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. No entanto, o astrônomo Gian Domenico Cassini descobriu em 1690 que as regiões do equador do planeta rodam ligeiramente mais devagar que as regiões polares. Junto aos pólos o período de rotação é aproximadamente 9h 55m 41s. Este fato sugere que Júpiter, ao contrário dos planetas terrestres que rodam como um corpo rígido, é maioritariamente líquido no seu interior. O que confirma também que a sua composição é muito diferente da composição dos planetas terrestres. Saturno é dos planetas mais bonitos e populares do sistema solar. Apesar de todos os planetas jovens possuírem anéis, nenhum os possuí como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior que Júpiter embora pelo seu grande tamanho (é o segundo maior planeta do sistema solar) apareça no céu como uma estrela brilhante. De fato, é bem visível no céu, sendo o planeta mais longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30 anos a completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial. Quando olhamos para Saturno as primeiras perguntas que nos vêm à cabeça são: O que são aqueles anéis? De que são feitos? Porque é que Saturno os tem? As respostas a estas perguntas têm sido dadas ao longo dos últimos 3 séculos quer através das observações dos astrônomos, quer, mais recentemente, através das missões que visitaram o sistema saturniano e de simulações computacionais. No entanto, ainda não se sabe bem porque é que Saturno ganhou anéis compostos tão complexos. Para todos os efeitos, são sobretudo evidência da riqueza dinâmica que pode ter origem na interação gravídica, neste caso entre Saturno, as suas luas e os pequenos corpos que constituem os anéis. Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto na era moderna. A Voyager 2 confirmou que a sua atmosfera é maioritariamente composta por hidrogênio (82.5%) e hélio (15.2%), e também 2.3% de metano, 10 vezes mais do que a percentagem que se encontra em Júpiter e Saturno. Curiosamente, Urano tem ainda uma maior percentagem de elementos pesados. Conjectura-se que tanto Urano como Netuno se tenham formado mais próximos do Sol do que estão hoje atualmente, entre 4 e 10 U.A., tendo migrado para as suas órbitas atuais devido às perturbações gravitacionais de Júpiter e Saturno. Isto porque, nas posições atuais de Urano e Netuno, a nébula solar não teria ao que tudo indica matéria suficiente para dar origem a planetas tão massivos como estes num intervalo de tempo tão “curto”. Então, Urano terá ganho elementos pesados na sua posição inicial mas à medida que se foi afastando do Sol terá deixado de ter disponíveis as grandes quantidades de hidrogênio e hélio necessárias para chegar à composição média que hoje encontramos em Júpiter e Saturno (tanto Urano como Netuno são muito mais leves do que aqueles planetas). A sua superfície parece homogênea e está a uma temperatura de -218ºC, ou 55K. A temperaturas tão baixas, o planeta não tem nuvens de amônia nem de água, que congelaram e caíram há muito para o seu interior. Tem contudo nuvens de metano, dificilmente visíveis, uma vez que esta molécula precisa de estar a uma pressão suficientemente alta para condensar em gotículas. Apesar de aparentemente semelhante a Urano, Netuno apresenta diferenças consideráveis. Ambos têm aproximadamente o mesmo diâmetro e a mesma composição química (80% de hidrogênio, 19% de hélio e 2% de metano), mas Netuno tem 18% mais massa. E já sabemos como a massa de um planeta é determinante na sua evolução. De fato, ao contrário de Urano, onde se encontram poucos sinais de uma atmosfera dinâmica, a Voyager 2 mostrounos que Netuno tem uma atmosfera ativa, com padrões de nuvens visíveis e até tempestades de longa duração semelhantes às observadas em Júpiter, figura da direita - a grande mancha negra. Tal como observamos em Urano, é a presença de metano na atmosfera que confere a cor azulada ao planeta. As nuvens brancas que se conseguem ver formam-se quando metano trazido das regiões mais fundas da atmosfera condensa no topo, mais frio, e forma cristais de gelo. Netuno tem 13 luas conhecidas, das quais 6 foram descobertas pela Voyager 2. Conhece-se pouco sobre estas luas, além do fato de serem pequenas e provavelmente constituídas por gelo. Plutão foi descoberto em 1930. É o planeta menor do sistema solar e o que tem a órbita de maior excentricidade, tão excêntrica que, periodicamente, se encontra mais próximo do Sol do que Netuno, figura da direita. Demora 248.60 anos a completar uma volta ao Sol, e o plano da sua órbita faz um ângulo invulgarmente grande, de 17º, com o plano da eclíptica. Pouco se sabe sobre Plutão uma vez que, para além de ser o planeta menor do sistema solar (é mesmo menor que a Lua) e o mais longínquo, é o único que não foi visitado por nenhuma missão espacial. No entanto sabemos que tem uma densidade média de 2000 kg/m3, semelhante à de Tritão, o que nos permite inferir que a sua composição é a que esperamos nos objetos destas regiões do sistema solar: uma mistura de rocha e gelos. http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo6/topico9. php 12 Língua Portuguesa - Ciências Naturais Enquanto Egon dorme um robô comanda a nave. É o piloto automático. Pergunte se sabem o que é e como imaginam que funciona. Proponha uma pesquisa e ofereça algumas informações. PILOTO AUTOMÁTICO Em 1931, o aviador americano Wiley Post voou com seu avião monomotor Lockheed Vega (o “Winnie Mae”) ao redor do mundo em 8 dias, 15 horas e 51 minutos, estabelecendo um novo recorde. Post tinha um navegador chamado Harold Gatty para ajudá-lo a permanecer alerta e combater a fadiga naquele voo histórico. Mas quando Post se tornou a primeira pessoa a realizar um voo solo ao redor do mundo em 1933 ele teve que fazer tudo sozinho. O segredo do seu sucesso, ou pelos menos um de seus segredos, foi um simples piloto automático, que dirigia o avião enquanto ele descansava. Atualmente, os pilotos automáticos são sofisticados sistemas que realizam as mesmas tarefas que um piloto altamente treinado para algumas rotinas e procedimentos durante o voo, os pilotos automáticos são até melhores que as mãos humanas. Eles não apenas tornam os voos mais suaves como os tornam mais seguros e eficientes. Os pilotos automáticos, ou autopilotos, são dispositivos que controlam naves espaciais, aeronaves, embarcações, mísseis e veículos sem a constante intervenção humana. Como a maioria das pessoas associa os pilotos automáticos às aeronaves, vamos nos concentrar nos aviões neste artigo. Entretanto, os mesmos princípios se aplicam aos pilotos automáticos que controlam qualquer tipo de veículo. http://viagem.hsw.uol.com.br/piloto-automatico2.htm 13 Língua Portuguesa – Geografia História - Ciências Naturais Egon está tomando banho e falta água na nave. Ele pesquisa o próximo planeta e vê que nele há plantas, animais, água. O nosso planeta parece ser o único do sistema solar onde há vida. Pergunte o que acham disso. Qual seria o motivo? O que é preciso para um ser vivo existir? Será que os outros também tiveram seres vivos vivendo lá? Apresente o vídeo e promova um debate após a exibição do filme. Poeira das Estrelas: a origem da vida na Terra, disponível em: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM563074-7823POEIRA+DAS+ESTRELAS+A+ORIGEM+DA+VIDA+NA+TER RA,00.html 14 Língua Portuguesa - Ciências Naturais - Arte Ao se aproximarem da Terra eles dão voltas em torno da Lua. Pergunte o que sabem a respeito da lua e proponha uma pesquisa. O trabalho pode ser feito em grupo. Cada grupo pesquisa uma resposta e posteriormente a turma apresenta os resultados. Podem ser pesquisadas poesias, músicas e imagens do nosso satélite e apresentados durante a exposição. Outra ideia interessante é um concurso de fotos tiradas pelos alunos. A lua O que é? Porque está sempre mudando? O que é a lua nova, cheia, crescente e minguante? O que é um eclipse e como acontece? Como a lua influencia nas marés e em outros fenômenos? Aula gratuita sobre a lua: http://www.mamutemidia.com.br/alua/default.asp SATÉLITE DE FASES A Lua é o único satélite natural da Terra. Quatro vezes menor do que nosso planeta, ela também é iluminada pelo Sol, não tem luz própria. Ao longo do ciclo lunar, a Lua vai adquirindo formas diferentes para nós que a observamos daqui da Terra. Mas na verdade sua forma não muda. O que muda é o quanto podemos ver da face da Lua que está sendo iluminada pelo Sol. A Lua demora cerca de 27 dias para dar a volta ao redor da Terra e de seu próprio eixo. Por isso, é sempre o mesmo lado que fica de frente para o nosso planeta, chamado de lado visível. A outra parte, conhecida como lado oculto, alimentou lendas sobre monstros fabulosos. É o único lugar do espaço em que o homem já pisou. Doze astronautas já aterrissaram por lá, desfazendo o mistério: cheia de crateras, poeira e pedras, sem atmosfera nem água, a Lua não abriga nenhuma forma de vida. O ciclo lunar tem quatro fases principais: Lua Nova, Lua Quarto Crescente, Lua Cheia e Lua Quarto Minguante. Fonte: http://www.canalkids.com.br/cultura/ciencias/astronomia/lua.htm 15 Língua Portuguesa – Geografia História - Ciências Naturais A Lua é o único satélite natural da Terra, mas quando eles estão se aproximando, aparecem muitos objetos circulando em volta do nosso planeta. São satélites artificiais. O Que são? Para que servem? Proponha uma pesquisa onde cada aluno anote, em um dia, quantas vezes esteve em uma atividade monitorada por satélite. SATÉLITES ARTIFICIAIS Definição em http://www.brasilescola.com/fisica/satelites-artificiais.htm Satélite artificial é um veículo espacial, tripulado ou não, colocado em órbita de um planeta, de um satélite ou do Sol. É utilizado principalmente na pesquisa científica e nas telecomunicações em geral, como na retransmissão de sinais de rádio e de televisão e na interligação de redes de computadores, como a Internet.Os primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (04/10/57) e o Sputnik II (03/11/57), lançados pelos soviéticos, e seguidos pelo Explorer I (31/01/58), lançado pelos norte-americanos. Nas telecomunicações, o satélite pioneiro foi o Telstar, lançado pelos norte-americanos em 1962.Após o sucesso dessas experiências, imediatamente, o homem colocou satélites artificiais em órbitas de quatro outros astros do sistema solar: O próprio Sol (Luna I, em 1959); a Lua (Luna X, em 1966); Marte (Marine IX, em 1971) e Vênus (Venua IX, em 1975). http://www.astromador.xpg.com.br/satelite.htm 16 Geografia – História - Ciências Naturais Arte - Meio Ambiente O oásis parece ser o que restou do nosso planeta. Há um único sobrevivente, bastante estranho. Pergunte por que acham que ele é assim. O homem consegue reproduzir as imagens do disco em um velho computador. São muitos registros da nossa civilização, imagens de lugares, arte, pessoas e fatos e ao final imagens terríveis de guerra sofrimento. Aparecem pessoas tentando viver de forma alternativa, usando bicicleta e outras formas de obter energia mas depois o que se vê é fome, miséria, acúmulo de lixo, incêndios, tsunamis, desmatamento, falta de água e destruição total.Pergunte qual a mensagem que a nave pretendeu passar naquele disco. Proponha um trabalho em grupo em que as imagens de devastação mostradas sejam analisadas em relação às causas e o que pode ser feito pelos homens para evitar que ocorram. 17 Língua Portuguesa – Geografia – História Ciências Naturais - Arte Depois que o homem conserta a nave Egon e Dönci fazem a viagem de volta e as imagens são passadas de trás para a frente, assim como o relógio de Egon. Pergunte o que acham disso e comente sobre as informações que pesquisaram a respeito de tempo e espaço no cosmos. Isso explica algo a respeito da história do filme? Peça que escrevam a respeito. Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.