“O que vemos e ouvimos em Jesus prova que Ele é o Messias!”

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3º DOMINGO DO ADVENTO
11 de dezembro de 2016
“O que vemos e
ouvimos em Jesus
prova que Ele é o
Messias!”
Leituras: Isaías 35, 1-6a.10; Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10; Tiago 5, 7-10; e
Mateus 11, 2-11.
COR LITÚRGICA: ROXO OU RÓSEO.
Animador: No terceiro Domingo do Advento celebramos a alegria da proximidade do
Senhor. É o chamado “Domingo da alegria”. O Advento, tempo de espera pela chegada
do Senhor, vai crescendo na alegria e na ansiedade ante o Deus que se aproxima. É um
tempo privilegiado, é preparação de festa, alegria profunda e discreta, crescente e
consistente. Não é alegria passageira, não é surpresa repentina. Esta é a terceira
semana de um tempo construído e vivido na expectativa de um grande encontro, nosso
encontro com o próprio Deus, que se faz humano e habita entre nós.
1. Situando-nos brevemente
Iniciamos a terceira semana do Advento, preparando-nos para a celebração do Senhor
que vem. O tempo do Advento é um tempo em que o Senhor vem e nos alerta para a
verdade de sua vinda no meio de nós.
A terceira vela que acendemos na coroa de Advento nos faz sentir que já fizemos um bom
caminho de preparação para celebrarmos a vinda daquele que é o segredo da melhor
qualidade de vida para os povos. Aproxima-se a festa da vinda do Salvador. Por isso, este
domingo é o domingo chamado “da alegria”, pelo prazer que sentimos pela proximidade
da sua vinda.
Vimos no domingo passado a figura de João Batista exercendo um ministério profético
no deserto de nossa história. Vimos o profeta chamando-nos à conversa, isto é, a uma
mudança de vida, porque o Reino dos céus está próximo. O jeito de ser e agir de Deus
em prol dos fracos e oprimidos está aí como uma realidade, um exemplo a ser seguido, e
dela não tem como fugir.
Os moradores de Jerusalém, de toda a Judeia e dos entornos do rio Jordão – sobretudo
o povo pobre, oprimido e sem amparo, que esperava ansiosamente por uma saída
libertadora – vinham ao encontro de João, confessavam-se pecadores e eram batizados.
2. Recordando a Palavra
O Evangelho de hoje nos apresenta o profeta João Batista na prisão, literalmente na
cadeia. Motivo: havia jogado na cara dos poderosos políticos e religiosos corruptos todo o
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mal que praticavam contra milhares de pessoas simplesmente abandonadas. Resultado:
prisão para ele, talvez até por “desacato” às “autoridades” constituídas!
João tinha ouvido falar “das obras de Jesus” (Mt 11,2). Mas ainda pairava em sua
cabeça alguma dúvida sobre quem seria esse Jesus. Será que é mesmo o esperado desde
tempos remotos? Será ele “o que deve vir”, o Messias, o salvador tão aguardado, que leva
a lei e os profetas à plenitude? E João manda discípulos seus perguntarem a Jesus: “És
tu, aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?” (v.3).
Em resposta, Jesus apenas lembra o que todos estão ouvindo e vendo: “os cegos
recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os
mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” (v.5). Em outras palavras: confere
perfeitamente com o que fora anunciado pelos antigos profetas, a saber, que no futuro
tudo iria dar certo. Logo, a evidência das obras de Jesus, de recuperação da qualidade
de vida do povo, o comprovam: ele é de fato o Messias esperado, a personificação atual
do próprio Deus que vem para salvar.
Pobre entre os pobres, com ele chegou ao mundo o Reino de Deus. E feliz quem não se
escandaliza por causa dele (v.6). Jesus reconhece e elogia o estilo despojado de viver de
Joao Batista, bem como a sua profética missão de mensageiro do Reino que vem
chegando.
No entanto, quem se faz menor com os menores no Reino dos Céus, esse é ainda maior
que João Batista. E quem é esse menor? Jesus mesmo e toda pessoa que não se
escandaliza dele, mas entra no seu jogo de solidariedade com os pequenos. São felizes.
Por quê? Porque acolhem o próprio jeito de Deus viver e agir, que Jesus personifica.
Ouvimos, há pouco, o profeta Isaías, em tempo de profunda crise e depressão, a
expressar sonhos de salvação futura: a volta dos excluídos, a cura dos enfermos, a
natureza toda em festa. “A vinda salvadora de Deus transforma o deserto em paraíso,
cura os enfermos, vence a maldição do pecado de Adão (Gn 3). Liberdade, alegria,
felicidade: a gente gostaria de vê-la antes de acreditar que existem, mas Deus dá um
novo modo de ver, ouvir e falar ( cf. Is 35,5-6; cf. Evangelho). Recebemos nova
capacidade para acatar a verdade e a realidade de Deus” (J.Konings. Op. , p.41-42).
A vinda de Jesus é a prova de que Deus é fiel para sempre e exerce a justiça e prol dos
fracos. Por isso, cantamos hoje o Salmo 145, cujo refrão ressoa assim: “Vinde, Senhor,
para salvar o vosso povo!”
E, na Carta de São Tiago, Deus nos encoraja hoje no sentido de aguardar sem
desistência a vinda do Senhor (Tg 5, 7-10). Ter a teimosa paciência do agricultor, a boa
convivência uns com os outros, a firmeza dos profetas. Em uma palavra, movidos de
profunda esperança no Deus que salva, com espirito de pobre, isto é, desapegados,
entremos no jogo do justo juiz que “está às portas”.
3. Atualizando a Palavra
A Palavra de Deus, neste terceiro domingo do Advento, no fundo, suscita em nós uma
profunda esperança. Esperança que nos enche de alegria. Alegria que nos dá firmeza em
nossa caminhada de fé cristã. E tudo nos convocando à celebração e vivência desta fé no
nosso dia a dia, dentro do mundo complexo em que vivemos.
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Nosso irmão biblista e teólogo, o jesuíta Pe. Johan Konings, sintetiza tudo com as
seguintes palavras: “A esperança suscita em nós alegria confiante: Deus deu início à
realização de seu projeto. Quando se olha com objetividade o que a Palavra de Cristo já
realizou no mundo, apesar das constantes recaídas de uma humanidade inconstante,
reconhecemos que ela foi eficaz. Devemos também olhar para os sinais que se realizam
hoje: a transformação impulsionadora pelo Evangelho de Cristo se reflete na nova
consciência do povo, que assume sua própria história na construção de uma sociedade
mais fraterna.
A esperança fundamenta uma fraqueza permanente, confiante de que Deus erradicará o
mal que ainda persiste.
A esperança exterioriza-se na celebração, expressão comunitária de nossa alegria e
confiança.
A esperança do cristão é Jesus. Ele é aquele que havia de vir. Não precisamos ir atrás de
outros messias, oferecidos pelo mundo do consumo, por promessas politicas ambíguas e
assim por diante. Consumo e política são propostas humanas, e podemos servir-nos
delas conforme convém, com liberdade. Mas o Messias vem de Deus; ele merece nossa
adesão, nele podemos acreditar. Chama-se Jesus (cf. Mt 11,6)!
Esperamos que o amor e a justiça que Cristo veio trazer ao mundo, e nos quais somos
chamados a participar ativamente, realizem o plano de Deus para a humanidade, desde
já e para sempre, ‘assim na terra como no céu’” (Ibidem, p. 43).
4. Ligando a Palavra com ação litúrgica
Este domingo tem sido chamado tradicionalmente de domingo “Gaudete”, isto é,
domingo do “Alegrai-vos”. O nome vem da Antífona de Entrada, tirada de Filipenses
4,4.5: “alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está
perto”.
Por isso, com razão rezamos logo no início desta nossa celebração: “Ó Deus de bondade,
que vedes o vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, concedei que cheguemos
às alergias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia”
(Oração do dia).
Chegaremos a tais alegrias à medida que nos purificarmos de muitos padrões e que,
perigosamente, levam a nos escandalizarmos de Jesus, isto é, nos levam a temer entrar
no jeito de Deus ser e agir personificado no jeito de ser e agir do Jesus solidário com os
pequenos. Por isso, com razão, depois de participarmos da Ceia do Senhor que se faz
pobre, Corpo entregue e Sangue dele derramado para todos nós, o sacerdote suplica em
nome de todos: “Imploramos, ó Pai, vossa clemência, para que estes sacramentos nos
purifiquem dos pecados e nos preparem para as festas que se aproximam” (Oração
depois da comunhão).
Oração dos fiéis:
Presidente: Na alegria da proximidade do Natal, elevemos a Deus nossas preces com a
confiança de filhos e filhas.
1. Vem Senhor, e tornai a Igreja sempre mais santa e comprometida com o Reino de teu
Filho Jesus. Peçamos:
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Todos: (Cantado) Ó vem, Senhor, não tardes mais, vem saciar nossa sede de paz!
2. Vem Senhor, e tornai o coração dos nossos governantes mais generosos com aqueles e
aquelas que estão à margem da sociedade. Peçamos:
3. Vem Senhor, e tornai forte os corações e a vida dos nossos irmãos e irmãs sofredores.
Peçamos:
5. Vem Senhor, e tornai nossa comunidade mais corajosa, para manifestar a força de teu
amor e de tua misericórdia. Peçamos:
(Outras intenções)
Presidente: Ó Deus, que possamos viver a alegria da glória de teu Filho e a restauração
de toda humanidade, ouvi a prece que fazemos. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
Oração da Campanha da Evangelização
Todos: Pai Santo, quisestes que a vossa Igreja/ fosse no mundo fonte de salvação/ para
todas as nações,/ a fim de que a obra do Cristo que vem/ continue até o fim dos tempos.
Aumentai em nós o ardor da evangelização, / derramando o Espírito prometido,/ e fazei
brotar em nossos corações/ a resposta da fé./ Por Cristo, nosso Senhor./ Amém.
Todos: Amém.
III. LITURGIA EUCARÍSTICA
ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS:
Presidente: Possamos, ó Pai, oferecer-vos sem cessar estes dons da vossa devoção, para
que, ao celebrarmos o sacramento que nos destes, se realizem em nós as maravilhas da
salvação. Por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.
ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO:
Presidente: Imploramos, ó Pai, vossa clemência para que estes sacramentos nos
purifiquem dos pecados e nos preparem para as festas que se aproximam. Por Cristo,
nosso Senhor.
Todos: Amém.
BÊNÇÃO E DESPEDIDA:
Presid.: O Senhor esteja convosco. Todos: Ele está no meio de nós.
Presid.: Que o Deus onipotente e misericordioso vos ilumine com o advento do seu
Filho, em cuja vinda credes e cuja volta esperais, derrame sobre vós as suas bênçãos.
Todos: Amém.
Presid.: Que durante esta vida Ele vos torne firmes na fé, alegres na esperança, solícitos
na caridade. Todos: Amém.
Presid.: Alegrando-vos agora pela vinda do Salvador feito homem sejais recompensados
com a vida eterna, quando vier de novo em sua glória. Todos: Amém.
Presid.: (Dá a bênção e despede a todos).
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