Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Aula 5.5 Máquinas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Unsihuay-Vila Bibliografia FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência. 6ª Edição, Bookman, 2006. Capítulo 7 – Máquinas CC KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores. Editora Globo. 1986. Capítulo 3 – Relação de Tensão nas Máquinas CC – Geradores CC TORO, V. Del, MARTINS, O. A. Fundamentos de Máquinas Elétricas. LTC, 1999. Capítulo 7 – Geradores de Corrente Contínua; Bim, Edson. Máquinas Elétricas e Acionamento. Editora Elsevier, 2009. Capítulo 7 – Regime permanente de máquinas de corrente contínua Conversão de Energia I Tipos de Geradores de Corrente Contínua Gerador com excitação composta Representação da forma de ligação do enrolamento de campo para um gerador com excitação composta. Conversão de Energia I Tipos de Geradores de Corrente Contínua Gerador com excitação composta Operando como gerador a tensão apresenta uma boa regulação perto da potência nominais. (↑ E ) = K ⋅ (↑ φ )⋅ w a Z pico m Para baixas correntes de armadura o fluxo magnético de campo fica baixo, o que compromete a geração com cargas de baixa potência. Dependendo da relação entre as espiras do campo série e do campo em derivação, podemos obter os comportamentos apresentados ao lado. Conversão de Energia I Tipos de Geradores de Corrente Contínua Gerador com excitação composta Ligação em derivação longa de um gerador ou motor composto. Fmm produzida pelo enrolamento de campo. Fmmcampo = N S ⋅ I a + N f ⋅ I f Qual é a corrente no enrolamento em derivação que produz a mesma Fmm de campo produzida pelos enrolamentos série e derivação. I shut _ equi Conversão de Energia I NS = ⋅ Ia + I f Nf Tipos de Geradores de Corrente Contínua Gerador com excitação composta Ligação em derivação curta de um gerador composto. Fmm produzida pelo enrolamento de campo. Fmmcampo = N S ⋅ I S + N f ⋅ I f Qual é a corrente no enrolamento em derivação que produz a mesma Fmm de campo produzida pelos enrolamentos série e derivação. I shut _ equi Conversão de Energia I NS = ⋅ IS + I f Nf Exercícios Um gerador composto de 100 [kW], 250 [V] e 400 [A], com uma ligação em derivação longa, tem a resistência de armadura (incluindo as escovas) de 0,025 [Ω], a resistência de campo em série de 0,005 [Ω] e a curva de magnetização apresentada na figura abaixo. Há um campo em derivação com 1000 espiras por pólo e um campo em série de três espiras por pólo. O campo em série é ligado de tal modo que uma corrente positiva de armadura produz um Fmm no eixo direto que se soma à do campo em derivação. Calcule a tensão de terminal, para a corrente nominal de terminal, quando a corrente de campo em derivação é 4,7 [A] e a velocidade é 1150 [rpm]. Despreze os efeitos da reação de armadura. ( Vt = 251 [V]) Conversão de Energia I Exercício Um gerador composto de 100 [kW], 250 [V] e 400 [A], com uma ligação em derivação longa, tem a resistência de armadura (incluindo as escovas) de 0,025 [Ω], a resistência de campo em série de 0,005 [Ω] e a curva de magnetização apresentada na figura abaixo. Há um campo em derivação com 1000 espiras por pólo e um campo em série de três espiras por pólo. O campo em série é ligado de tal modo que uma corrente positiva de armadura produz um Fmm no eixo direto que se soma à do campo em derivação. Calcule a tensão de terminal, para a corrente nominal de terminal, quando a corrente de campo em derivação é 4,7 [A] e a velocidade é 1150 [rpm]. Considerar os efeitos da reação de armadura. (Vt = 238 [V] ) Conversão de Energia I Exercício Um gerador CC shunt de 12 [kW], 100 [V], 1000 [rpm] tem uma resistência de armadura Ra = 0,1 [Ω], a resistência do enrolamento de campo Rfw = 80 [Ω], e Nf = 1200 espiras por pólo. As características de magnetização para 1000 [rpm] é apresentada abaixo. O gerador está operando com uma velocidade de rotação de 1000 [rpm]. A reação de armadura para carga nominal é de 0,06 [A]. Na máquina acima foi inserido um enrolamento em série para que opere como uma máquina CC composta. Deseja-se que a máquina forneça uma tensão terminal de 100 [V] sem carga e também com carga nominal (regulação igual a zero). Quantas espiras no enrolamento série são necessárias para obter a regulação igual a zero. Assumindo uma conexão curta do gerador composto e que a resistência do enrolamento série é Rsr =0,01 Ω. Conversão de Energia I Exercício Conversão de Energia I Exercício Na máquina acima foi inserido um enrolamento em série para que opere como uma máquina CC composta. Deseja-se que a máquina forneça uma tensão terminal de 100 [V] sem carga e também com carga nominal (regulação igual a zero). Quantas espiras no enrolamento série são necessárias para obter a regulação igual a zero. Assumindo uma conexão curta do gerador composto e que a resistência do enrolamento série é Rsr =0,01 Ω. Em exercícios anteriores vimos que um Rf = 100 Ω produz a tensão a vazio de 100 [V]. (vazio não há corrente no enrolamento série) Conversão de Energia I Exercício Na máquina acima foi inserido um enrolamento em série para que opere como uma máquina CC composta. Deseja-se que a máquina forneça uma tensão terminal de 100 [V] sem carga e também com carga nominal (regulação igual a zero). Quantas espiras no enrolamento série são necessárias para obter a regulação igual a zero. Assumindo uma conexão curta do gerador composto e que a resistência do enrolamento série é Rsr =0,01 Ω. Da curva de magnetização podemos determinar a corrente de campo necessária para produzir uma tensão de armadura de 113,2 [V]. I f = 1,45[ A] Conversão de Energia I Motores de Corrente Contínua Determinação da velocidade de rotação do motor Va = Ea + Ra ⋅ I a Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm VF = RF ⋅ I F ⇒ φ = função ( I F ) T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a T ⇔ Ia = K Z ⋅ φ pico Conversão de Energia I Motores de Corrente Contínua Determinação da velocidade de rotação do motor Va = Ea + Ra ⋅ I a ⇒ Ea = Va − Ra ⋅ I a T Ea = Va − Ra ⋅ I a ⇒ K Z ⋅ φ pico ⋅ wm = Va − Ra ⋅ K Z ⋅ φ pico Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) Conversão de Energia I Motores de Corrente Contínua Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm Conversão de Energia I Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: a) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto o fluxo de campo e o conjugado da carga permanecem constantes; b) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto a corrente de campo e a potência da carga permanecem constante; c) Dobrando o fluxo de campo enquanto a tensão de terminal de armadura e o conjugado da carga permanecem constantes; d) Reduzindo à metade ambos o fluxo de campo e a tensão de terminal de armadura enquanto a potência da carga permanece constante; e) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto o fluxo de campo permanece constante e o conjugado da carga varia segundo o quadrado da velocidade. Conversão de Energia I Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: a) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto o fluxo de campo e o conjugado da carga permanecem constantes; Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) wm = a velocidade reduz aproximadamente a metade; Ia = permanece constante. Conversão de Energia I a Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: b) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto a corrente de campo e a potência da carga permanecem constante; Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) wm = a velocidade reduz aproximadamente a metade; Ia = dobra o valor da corrente; T = dobra o valor do torque. Conversão de Energia I a Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: c) Dobrando o fluxo de campo enquanto a tensão de terminal de armadura e o conjugado da carga permanecem constantes; Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) wm = a velocidade reduz aproximadamente a metade; Ia = a corrente reduz a metade. Conversão de Energia I a Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: d) Reduzindo à metade ambos o fluxo de campo e a tensão de terminal de armadura enquanto a potência da carga permanece constante; Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) wm = a velocidade permanece constante; Ia = dobra o valor da corrente. Conversão de Energia I Exercício Para cada uma das seguintes mudanças nas condições de operação de um motor CC com excitação independente, descreva como a corrente de armadura e a velocidade irão variar: e) Reduzindo à metade a tensão de terminal de armadura enquanto o fluxo de campo permanece constante e o conjugado da carga varia segundo o quadrado da velocidade. Ea = K Z ⋅ φ pico ⋅ wm T = K Z ⋅ φ pico ⋅ I a Va Ra wm = − ⋅T 2 K Z ⋅ φ pico (K Z ⋅ φ pico ) wm = a velocidade reduz aproximadamente a metade; Ia = reduz a um quarto da corrente. Conversão de Energia I a Exercícios Utilizando um sistema para variação de velocidade de um motor CC com excitação independente através da variação da tensão da fonte de alimentação (tensão terminal). O torque e o perfil de tensão são apresentados na figura abaixo. O controle de velocidade opera numa faixa de 0 a 1500 [rpm] através da variação da tensão terminal de 0 a 500 [V], mantendo a corrente de campo constante. a) Determine a corrente de armadura do motor se o torque permanece constante em 300 [N.m] de 0 até a velocidade de 1500 [rpm]. b) Para velocidades acima de 1500 [rpm] o controle de velocidade é obtido pelo enfraquecimento do campo, mantendo a tensão de armadura constante em 500 [V]. Determine o torque para uma velocidade de 3000 [rpm] se a corrente de armadura é mantida constante no valor obtido no item (a). Negligenciar todas as perdas. Conversão de Energia I