CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA apostila (141744)

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CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
Reino
Monera
Protista
Fungi
Plantae
Eucarionte
Eucarionte
Parede celular
Parede celular
quando presente de
celulósica
quitina Maioria
Multicelulares
multicelular, com
com tecidos
diferenciação muito
altamente
reduzida
especializados
Animalia
Eucarionte
Com ou sem
Procarionte
parede celular
Unicelulares,
Geralmente com
Nível de
organização parede celular
celular
Unicelulares,
solitários ou em
colónia
Multicelulares
solitários ou em
Eucarionte Ausência
de parede celular
Multicelulares com
tecidos altamente
especializados
com
colónia
diferenciação
muito reduzida
Modo de
nutrição
Autotróficos
(fotossíntese ou
quimiossíntese) ou
heterotróficos
(absorção ou
ingestão)
Interacção
Produtores ou
no
microconsumidores
ecossistema
Exemplos de
Bactérias
organismos
Autotróficos
(fotossíntese) ou
Heterotróficos
heterotróficos
(absorção)
(absorção ou
ingestão)
Autotróficos
(fotossíntese)
Heterotróficos
(ingestão)
Produtores ou
consumidores
(micro e/ou
macro)
Microconsumidores
Produtores
Macroconsumidores
Protozoários
Leveduras
Coníferas
Animais
invertebrados e
vertebrados
Algas
Bolores
Angiospérmicas
A classificação biológica possibilita que os organismos vivos possam ser estudados de uma maneira
mais sistematizada.
Nós, seres humanos, temos necessidade constante de classificar objetos. Organizamos em casa
nossas compras, por exemplo, separando produtos de limpeza dos produtos alimentícios.
Organizamos ainda nosso guarda-roupa, separando peças íntimas de outros tipos de roupa. Essas
ações são essenciais para manter a organização e facilitar que encontremos algum item
importante.
Na Biologia, classificar também é importante, e esse processo já vem sendo feito desde os tempos de
Aristóteles. Esse importante pesquisador classificava, por exemplo, os animais em organismos que
possuíam sangue e aqueles que não possuíam. Claro que essa classificação não era adequada, mas já
mostrava um processo de sistematização que facilitaria, e muito, a vida de todos os cientistas.
→ Principais categorias taxonômicas
Karl von Linné, ou simplesmente Lineu, era um botânico sueco que, em 1735, propôs a
classificação dos seres em grupos, os quais chamou de táxons. Em seu trabalho intitulado Systema
Naturae, ele sugeriu a classificação em grupos de maior abrangência, denominados de reinos, até
grupos de menor abrangência, os quais chamou de espécie. As categorias propostas por Lineu foram:
reino, classe, ordem, gênero e espécie.
Atualmente as principais categorias taxonômicas são: reino, filo, classe, ordem, família, gênero
e espécie, duas a mais do que as propostas inicialmente por Lineu. O Reino é a maior unidade de
classificação biológica e agrupa filos de organismos com características semelhantes. Os filos, por
sua vez, agrupam classes semelhantes, as quais agrupam ordens semelhantes, que agrupam famílias,
que agrupam gêneros semelhantes. Nos gêneros, são agrupadas espécies semelhantes, que é a
categoria taxonômica mais básica da classificação. Podemos definir espécie como um grupo de
organismos que se reproduzem entre si e são capazes de produzir descendentes férteis.
Observe as categorias taxonômicas básicas e suas relações
Existem autores que consideram ainda uma categoria taxonômica acima de reino, os domínios.
Consideram-se três domínios, também chamados de super-reinos: Bactéria, Archaea e Eukarya.
→ Exemplo de classificação taxonômica
Observe abaixo a classificação taxonômica da espécie humana:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primata
Família: Hominidae
Gênero: Homo
Espécie: Homo sapiens
Curiosidade: A parte da Biologia que classifica e nomeia os seres vivos é denominada de
Taxonomia.
NOMENCLATURA BINOMIAL
A nomenclatura binomial cria um padrão na escrita de nomes científicos, evitando assim a confusão
causada por nomes populares
Sabemos que existe uma infinidade de seres vivos no planeta e cada um recebe um nome popular de
acordo com a região onde é encontrado. Pense como seria impossível todos os pesquisadores do
mundo trocarem informações a respeito de um ser vivo se cada um der um nome diferente a ele.
Pensando nisso, Carl von Linné, também conhecido como Lineu por nós, brasileiros, apresentou,
em 1735, um livro chamado Systema Naturae, onde propôs uma forma de classificação para os seres
vivos, bem como regras para a nomenclatura biológica.
As regras propostas por Lineu fizeram com que ocorresse uma padronização na escrita dos nomes
das espécies a fim de evitar confusões ao falarmos de um organismo para pessoas de diferentes
regiões.
Manihot esculenta é o nome científico da mandioca, também chamada de macaxeira e aipim
As regras propostas por Lineu ainda são utilizadas, entretanto, com algumas modificações. Observe
abaixo algumas das regras utilizadas para a escrita dos nomes das espécies:
- Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou latinizados;
- Todo nome científico de espécie é composto por dois nomes (daí o nome: nomenclatura
binomial). O primeiro nome deve ter sua inicial maiúscula e diz respeito ao gênero. O segundo
nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula;
Observe que o nome da espécie é formado pelo gênero e pelo epíteto específico. Zea mays é o nome científico do milho
- Os nomes das espécies devem vir destacados no texto, preferencialmente em itálico. Em casos
em que não é possível utilizar o itálico, os nomes podem aparecer sublinhados. O importante é
destacá-lo do restante do texto. Exemplo: Solanum tuberosum ou Solanum tuberosum;
Espécie biológica
Quando olhamos um ser vivo muito semelhante a outro, logo pensamos que são da mesma espécie.
Entretanto, a semelhança física entre os organismos não é um critério confiável para dizer que
um ser é da mesma espécie que outro. Algumas espécies são muito parecidas com outras fisicamente
e, em alguns casos, indivíduos são tão diferentes que nem acreditamos quando dizem que se trata da
mesma espécie. Sendo assim, a aparência não define uma espécie.
Hoje em dia, para definir uma espécie, usamos um conceito proposto em 1942 por um biólogo
chamado Ernst Mayr. Segundo ele, para definirmos uma espécie, devemos observar sua reprodução.
Observe a seguir o conceito de espécie biológica proposto por esse autor:
“Espécies são agrupamentos de populações naturais intercruzantes, reprodutivamente isoladas de
outros grupos semelhantes.”
Ao dizer que essas populações são reprodutivamente isoladas, estamos nos referindo às
modificações biológicas ou até mesmo às barreiras geográficas que impedem o seu cruzamento com
organismos de outras populações. Sendo assim, duas populações de espécies diferentes não podem
reproduzir-se, segundo essa definição.
Apesar de o ponto que afirma que essas populações devem ser reprodutivamente isoladas parecer
simples, ele gera muitos problemas. Alguns organismos, tais como as bactérias, reproduzem-se
através da reprodução assexuada e, por isso, não se enquadram nesse conceito, uma vez que não
possuem isolamento reprodutivo. Além das bactérias, podemos citar alguns moluscos, artrópodes,
peixes, répteis e plantas que se reproduzem dessa maneira e não se enquadram nessa definição.
E o que dizer dos fósseis? Como podemos defini-los como uma espécie se não podemos observar
sua reprodução? Sendo assim, a Paleontologia normalmente utiliza diferenças morfológicas para
definir espécies, uma vez que essas características são as mais facilmente observadas em organismos
fossilizados.
Outro problema do conceito proposto por Mayr diz respeito à formação de híbridos. Jumentos e
éguas, por exemplo, são seres bastante distintos, porém podem reproduzir-se, dando origem à mula,
que é um organismo estéril. Algumas espécies de carvalho também hibridizam com facilidade, assim
como algumas espécies de corvo. Serão essas espécies iguais ou distintas?
Diante desse conceito, que apresenta certas falhas, vários pesquisadores têm tentado criar uma
definição de espécie que solucione esses problemas. De acordo com alguns levantamentos, existem
aproximadamente 26 conceitos diferentes de espécie, entretanto nenhum consegue definitivamente
definir o que é uma espécie. Dessa forma, o de Mayr continua sendo o mais aceito.
Escrito por Ma. Vanessa dos Santos.
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