1. Escassez: O problema central da economia

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GRUPO 7.2
MÓDULO 2
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Grupo 7.2 - Módulo 2
1. ESCASSEZ: O PROBLEMA CENTRAL DA ECONOMIA
De acordo com Passos e Nogami (2005), a escassez é o problema central
de qualquer sociedade. Para esses autores, se não houvesse escassez, não
haveria a necessidade de estudar economia.
A escassez existe porque as necessidades humanas a serem satisfeitas
por meio do consumo dos mais diversos tipos de bens e serviços são infinitas
e ilimitadas, ao passo que os recursos produtivos à disposição da sociedade
e que são utilizados na produção dos mais diferentes tipos de produtos são
finitos e limitados. Ou seja, são insuficientes para se produzir o volume de
bens e serviços necessários para satisfazer as necessidades de todas as
pessoas.
A escassez em sentido econômico tem sempre implícita uma relação entre
a quantidade de recursos ou bens e as necessidades humanas que por meio
deles buscam satisfação. A escassez pressupõe uma relação entre a
quantidade do bem e as necessidades que com ele se satisfazem, sendo que
os bens são produzidos com recursos. É a relação entre a quantidade dos
recursos (e dos bens) e as necessidades humanas que permite dizer se os
recursos são ou não escassos.
Como se observa, a escassez representa uma de série de problemas para
as diferentes nações. Não obstante, os autores sinalizam que não podemos
confundir escassez com pobreza, afinal pobreza significa ter poucos bens ao
passo que escassez quer dizer mais desejos do que bens para satisfazê-los,
ainda que haja muitos bens.
Ademais, é preciso não confundir escassez com limitação. Um bem pode
ter sua oferta limitada, entretanto, se esse bem não for desejado, ou seja,
se não houver procura por ele, não será escasso.
Não obstante, antes de darmos sequência a essa discussão, cabe aqui
elucidar dois conceitos que é o bem e a necessidade humana, afinal estamos
falando muito sobre os dois termos e não os definimos.
Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma
coisa unida ao desejo de satisfazê-la. Sabemos, por experiência própria, que
as pessoas necessitam de ar, água, alimentos, roupas e abrigo para que
possam sobreviver. Sabemos, também, que não há limite à variedade e ao
número das necessidades humanas. De que forma satisfazemos as
necessidades humanas, ou melhor, com o quê? Muito provavelmente você
tenha acertado, com bens.
E o que são bens? Grosso modo, pode-se dizer que bem é tudo aquilo
que permite satisfazer uma ou várias necessidades humanas. Por essa
razão, um bem é procurado porque é útil. Dessa forma, os bens são
classificados, quanto à raridade, em bens livres e bens econômicos.
Bens livres são aqueles que existem em quantidade ilimitada e podem
ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano. Bens econômicos são
relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano para sua
obtenção.
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No que se refere à classificação, os bens econômicos podem ser bens de
capital ou serviços e, quanto ao destino, podem ser de consumo de capital
ou intermediários, conforme conceituados a seguir.
1. Bens de capital: são bens utilizados na fabricação de outros bens,
mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo.
Exemplo: máquinas, equipamentos.
2. Bens de consumo: destinam-se diretamente ao atendimento das
necessidades humanas. Podem ser classificados como duráveis:
eletrodomésticos,
automóveis. E não duráveis: alimentos, produtos de higiene etc.
3. Bens intermediários: são aqueles que são transformados ou
agregados na produção de outros bens e que são consumidos
totalmente no processo produtivo. Exemplo: matérias-primas, insumos
etc.
De volta ao problema da escassez, podemos afirmar que se trata de
fenômeno que está presente em qualquer sociedade, seja ela rica ou pobre.
É bem verdade que para países como os Estados Unidos, pelo menos antes
da crise econômica mundial que se originou lá, e a Suécia a escassez não é
um problema tão grave como para países pobres da África como a Somália
ou a Etiópia, em que sequer as necessidades básicas da população são
satisfeitas.
Portanto, da dura realidade da escassez decorre a necessidade da
escolha. Já que não se pode produzir tudo o que as pessoas desejam, devem
ser criados mecanismos que de alguma forma auxiliem na decisão de quais
bens serão produzidos e quais necessidades serão atendidas (Passos;
Nogami, 2005).
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